Influência do tratamento mecânico e da separação magnética no desempenho do rejeito da mineração de ferro como material cimentício suplementar

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Marlo Souza Duarte
Data de Publicação: 2021
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFMG
Texto Completo: http://hdl.handle.net/1843/44368
Resumo: Apesar da grande importância da mineração de ferro na economia brasileira e da otimização dos processos de produção, volumes expressivos de rejeitos com elevado teor de ferro são gerados no processo de beneficiamento do minério. Esse rejeito, composto majoritariamente por ferro e silício e de granulometria mais fina que da areia natural de rio, vem sendo utilizado para a produção de materiais destinados à construção civil. Mesmo com a elevada cristalinidade, estudos mostram que o rejeito de minério de ferro (RMF) pode ser utilizado como material cimentício suplementar (MCS). A literatura ainda apresenta que a redução no tamanho das partículas pode aumentar a reatividade de um material. Neste contexto, este trabalho analisa a influência do tratamento mecânico e da separação magnética no desempenho do RMF como MCS. Para tal, foi avaliado o desempenho de compostos cimentícios (pastas e argamassas para fins estruturais) produzidos com e sem substituição de 15% do cimento por RMF. Foi utilizado o rejeito in natura (como coletado) e o rejeito submetido à separação magnética e/ou tratamento mecânico, que foram caracterizados em cada condição, em relação às suas propriedades físicas, químicas e mineralógicas. Pastas cimentícias foram moldadas para análises térmicas de calorimetria de condução isotérmica e termogravimetria. O desempenho das argamassas foi avaliado quanto à trabalhabilidade, porosidade aberta e absorção de água por imersão, calor de hidratação, resistividade elétrica e resistência à compressão aos 28 e 91 dias. Também se analisou a viabilidade de se reprocessar o material residual rico em ferro, procedente da separação magnética. Os resultados mostraram que, mesmo com a moagem secundária, os rejeitos não apresentaram atividade pozolânica. De modo geral, na trabalhabilidade, porosidade aberta e absorção de água, a influência do rejeito após a tratamento mecânico e/ou separação magnética foi semelhante ao rejeito in natura. O rejeito com separação magnética e moagem secundária influenciou no calor de hidratação, devido ao maior efeito de nucleação, em relação aos outros rejeitos. Para essa amostra, maior resistência à compressão foi alcançada entre as amostras produzidas com RMF. O material residual rico em ferro, ao ser submetido a um processo de flotação, produziu um material com características economicamente interessantes.
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A literatura ainda apresenta que a redução no tamanho das partículas pode aumentar a reatividade de um material. Neste contexto, este trabalho analisa a influência do tratamento mecânico e da separação magnética no desempenho do RMF como MCS. Para tal, foi avaliado o desempenho de compostos cimentícios (pastas e argamassas para fins estruturais) produzidos com e sem substituição de 15% do cimento por RMF. Foi utilizado o rejeito in natura (como coletado) e o rejeito submetido à separação magnética e/ou tratamento mecânico, que foram caracterizados em cada condição, em relação às suas propriedades físicas, químicas e mineralógicas. Pastas cimentícias foram moldadas para análises térmicas de calorimetria de condução isotérmica e termogravimetria. O desempenho das argamassas foi avaliado quanto à trabalhabilidade, porosidade aberta e absorção de água por imersão, calor de hidratação, resistividade elétrica e resistência à compressão aos 28 e 91 dias. Também se analisou a viabilidade de se reprocessar o material residual rico em ferro, procedente da separação magnética. Os resultados mostraram que, mesmo com a moagem secundária, os rejeitos não apresentaram atividade pozolânica. De modo geral, na trabalhabilidade, porosidade aberta e absorção de água, a influência do rejeito após a tratamento mecânico e/ou separação magnética foi semelhante ao rejeito in natura. O rejeito com separação magnética e moagem secundária influenciou no calor de hidratação, devido ao maior efeito de nucleação, em relação aos outros rejeitos. Para essa amostra, maior resistência à compressão foi alcançada entre as amostras produzidas com RMF. O material residual rico em ferro, ao ser submetido a um processo de flotação, produziu um material com características economicamente interessantes.Despite the great importance of iron mining in the Brazilian economy and the optimization of production processes, significant volumes of tailings with high iron content are generated in the ore processing. This tailing, composed mostly of iron and silicon and with a finer grain size than natural river sand, has been used for the production of materials for civil construction. Even with its high crystallinity, studies show that iron ore tailing (IOT) can be used as a supplementary cementitious material (SCM). The literature also shows that particle size reduction can increase the reactivity of a material. In this context, this work analyzes the influence of mechanical treatment and magnetic separation on the performance of IOT as SCM. The performance of cementitious compounds (pastes and mortars for structural purposes) produced with and without replacement of 15% of cement by IOT was evaluated. In natura tailings (as collected) and tailings submitted to magnetic separation and/or mechanical treatment were used, which were characterized in each condition, in relation to their physical, chemical and mineralogical properties. Cementitious pastes were molded for thermal analysis by isothermal conduction calorimetry and thermogravimetry. The performance of the mortars was evaluated regarding workability, open porosity and water absorption by immersion, electrical resistivity and compressive strength at 28 and 91 days. The feasibility of reprocessing the iron-rich waste material originated from magnetic separation was also analyzed. The results showed that, even with secondary grinding, the tailings did not show pozzolanic activity. In general, in the workability, open porosity and water absorption, the influence of the tailings after mechanical treatment and/or magnetic separation was similar to the in natura tailings. The tainling with magnetic separation and secondary grinding influenced the heat of hydration, due to the greater nucleation effect, compared to other tailings. For this sample, greater compressive strength was achieved among the samples produced with IOT. The iron-rich waste material, when subjected to a flotation process, produced a material with economically interesting characteristics.porUniversidade Federal de Minas GeraisPrograma de Pós-Graduação em Construção CivilUFMGBrasilENG - DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA MATERIAIS E DA CONSTRUÇÃO CIVILConstrução civilMateriais de construçãoMinérios de ferroResíduos de mineraçãoSeparação magnética de minérioRejeito da mineração de ferroTratamento mecânicoSeparação magnéticaMaterial cimentício suplementarInfluência do tratamento mecânico e da separação magnética no desempenho do rejeito da mineração de ferro como material cimentício suplementarinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UFMGinstname:Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)instacron:UFMGORIGINALINFLUÊNCIA DO TRATAMENTO MECÂNICO E DA SEPARAÇÃO MAGNÉTICA NO DESEMPENHO DO RMF COMO MCS.pdfINFLUÊNCIA DO TRATAMENTO MECÂNICO E DA SEPARAÇÃO MAGNÉTICA NO DESEMPENHO DO RMF COMO MCS.pdfDissertação de Mestradoapplication/pdf1913357https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/44368/3/INFLU%c3%8aNCIA%20DO%20TRATAMENTO%20MEC%c3%82NICO%20E%20DA%20SEPARA%c3%87%c3%83O%20MAGN%c3%89TICA%20NO%20DESEMPENHO%20DO%20RMF%20COMO%20MCS.pdfe208d285231030c00904138cccf6c8a2MD53LICENSElicense.txtlicense.txttext/plain; charset=utf-82118https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/44368/4/license.txtcda590c95a0b51b4d15f60c9642ca272MD541843/443682022-08-18 15:02:34.931oai:repositorio.ufmg.br:1843/44368TElDRU7Dh0EgREUgRElTVFJJQlVJw4fDg08gTsODTy1FWENMVVNJVkEgRE8gUkVQT1NJVMOTUklPIElOU1RJVFVDSU9OQUwgREEgVUZNRwoKQ29tIGEgYXByZXNlbnRhw6fDo28gZGVzdGEgbGljZW7Dp2EsIHZvY8OqIChvIGF1dG9yIChlcykgb3UgbyB0aXR1bGFyIGRvcyBkaXJlaXRvcyBkZSBhdXRvcikgY29uY2VkZSBhbyBSZXBvc2l0w7NyaW8gSW5zdGl0dWNpb25hbCBkYSBVRk1HIChSSS1VRk1HKSBvIGRpcmVpdG8gbsOjbyBleGNsdXNpdm8gZSBpcnJldm9nw6F2ZWwgZGUgcmVwcm9kdXppciBlL291IGRpc3RyaWJ1aXIgYSBzdWEgcHVibGljYcOnw6NvIChpbmNsdWluZG8gbyByZXN1bW8pIHBvciB0b2RvIG8gbXVuZG8gbm8gZm9ybWF0byBpbXByZXNzbyBlIGVsZXRyw7RuaWNvIGUgZW0gcXVhbHF1ZXIgbWVpbywgaW5jbHVpbmRvIG9zIGZvcm1hdG9zIMOhdWRpbyBvdSB2w61kZW8uCgpWb2PDqiBkZWNsYXJhIHF1ZSBjb25oZWNlIGEgcG9sw610aWNhIGRlIGNvcHlyaWdodCBkYSBlZGl0b3JhIGRvIHNldSBkb2N1bWVudG8gZSBxdWUgY29uaGVjZSBlIGFjZWl0YSBhcyBEaXJldHJpemVzIGRvIFJJLVVGTUcuCgpWb2PDqiBjb25jb3JkYSBxdWUgbyBSZXBvc2l0w7NyaW8gSW5zdGl0dWNpb25hbCBkYSBVRk1HIHBvZGUsIHNlbSBhbHRlcmFyIG8gY29udGXDumRvLCB0cmFuc3BvciBhIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gcGFyYSBxdWFscXVlciBtZWlvIG91IGZvcm1hdG8gcGFyYSBmaW5zIGRlIHByZXNlcnZhw6fDo28uCgpWb2PDqiB0YW1iw6ltIGNvbmNvcmRhIHF1ZSBvIFJlcG9zaXTDs3JpbyBJbnN0aXR1Y2lvbmFsIGRhIFVGTUcgcG9kZSBtYW50ZXIgbWFpcyBkZSB1bWEgY8OzcGlhIGRlIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gcGFyYSBmaW5zIGRlIHNlZ3VyYW7Dp2EsIGJhY2stdXAgZSBwcmVzZXJ2YcOnw6NvLgoKVm9jw6ogZGVjbGFyYSBxdWUgYSBzdWEgcHVibGljYcOnw6NvIMOpIG9yaWdpbmFsIGUgcXVlIHZvY8OqIHRlbSBvIHBvZGVyIGRlIGNvbmNlZGVyIG9zIGRpcmVpdG9zIGNvbnRpZG9zIG5lc3RhIGxpY2Vuw6dhLiBWb2PDqiB0YW1iw6ltIGRlY2xhcmEgcXVlIG8gZGVww7NzaXRvIGRlIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gbsOjbywgcXVlIHNlamEgZGUgc2V1IGNvbmhlY2ltZW50bywgaW5mcmluZ2UgZGlyZWl0b3MgYXV0b3JhaXMgZGUgbmluZ3XDqW0uCgpDYXNvIGEgc3VhIHB1YmxpY2HDp8OjbyBjb250ZW5oYSBtYXRlcmlhbCBxdWUgdm9jw6ogbsOjbyBwb3NzdWkgYSB0aXR1bGFyaWRhZGUgZG9zIGRpcmVpdG9zIGF1dG9yYWlzLCB2b2PDqiBkZWNsYXJhIHF1ZSBvYnRldmUgYSBwZXJtaXNzw6NvIGlycmVzdHJpdGEgZG8gZGV0ZW50b3IgZG9zIGRpcmVpdG9zIGF1dG9yYWlzIHBhcmEgY29uY2VkZXIgYW8gUmVwb3NpdMOzcmlvIEluc3RpdHVjaW9uYWwgZGEgVUZNRyBvcyBkaXJlaXRvcyBhcHJlc2VudGFkb3MgbmVzdGEgbGljZW7Dp2EsIGUgcXVlIGVzc2UgbWF0ZXJpYWwgZGUgcHJvcHJpZWRhZGUgZGUgdGVyY2Vpcm9zIGVzdMOhIGNsYXJhbWVudGUgaWRlbnRpZmljYWRvIGUgcmVjb25oZWNpZG8gbm8gdGV4dG8gb3Ugbm8gY29udGXDumRvIGRhIHB1YmxpY2HDp8OjbyBvcmEgZGVwb3NpdGFkYS4KCkNBU08gQSBQVUJMSUNBw4fDg08gT1JBIERFUE9TSVRBREEgVEVOSEEgU0lETyBSRVNVTFRBRE8gREUgVU0gUEFUUk9Dw41OSU8gT1UgQVBPSU8gREUgVU1BIEFHw4pOQ0lBIERFIEZPTUVOVE8gT1UgT1VUUk8gT1JHQU5JU01PLCBWT0PDiiBERUNMQVJBIFFVRSBSRVNQRUlUT1UgVE9ET1MgRSBRVUFJU1FVRVIgRElSRUlUT1MgREUgUkVWSVPDg08gQ09NTyBUQU1Cw4lNIEFTIERFTUFJUyBPQlJJR0HDh8OVRVMgRVhJR0lEQVMgUE9SIENPTlRSQVRPIE9VIEFDT1JETy4KCk8gUmVwb3NpdMOzcmlvIEluc3RpdHVjaW9uYWwgZGEgVUZNRyBzZSBjb21wcm9tZXRlIGEgaWRlbnRpZmljYXIgY2xhcmFtZW50ZSBvIHNldSBub21lKHMpIG91IG8ocykgbm9tZXMocykgZG8ocykgZGV0ZW50b3IoZXMpIGRvcyBkaXJlaXRvcyBhdXRvcmFpcyBkYSBwdWJsaWNhw6fDo28sIGUgbsOjbyBmYXLDoSBxdWFscXVlciBhbHRlcmHDp8OjbywgYWzDqW0gZGFxdWVsYXMgY29uY2VkaWRhcyBwb3IgZXN0YSBsaWNlbsOnYS4KRepositório de PublicaçõesPUBhttps://repositorio.ufmg.br/oaiopendoar:2022-08-18T18:02:34Repositório Institucional da UFMG - Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)false
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Marlo Souza Duarte
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