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Egler ChiariMaria Terezinha BahiaEliane Lages SilvaMarilene Suzan Marques MichalickRicardo Wagner de Almeida VitorRosa Maria Esteves ArantesVanja Maria Veloso2019-08-09T13:09:30Z2019-08-09T13:09:30Z2007-11-29http://hdl.handle.net/1843/SAGF-7AXLQUVários aspectos da história natural da doença de Chagas foram avaliados em cães Beagle, experimentalmente infectados com três cepas do Trypanosoma cruzi, com características biológicas e genéticas distintas. Para isso, 34 cães foram inoculados com 2000 ou 4000 tripomastigotas sangüíneos (TS) das cepas, Be-78, Y ou ABC do T. cruzi/kg de peso corporal. Os animais foram avaliados clinicamente durante as fases aguda e crônica da infecção e a permanência do parasito no sangue e nos tecidos desses animais foi monitorada ao longo de 24 meses, por meio de exames parasitológicos, moleculares e imuno-histoquímico. Além de ter sido avaliada a sensibilidade das técnicas utilizadas, a positividade dos testes parasitológicos foi relacionada com a positividade da PCR em tecidos cardíacos. As alterações histopatológicas foram avaliadas pela análise semi-quantitativa da presença de infiltrado de células adiposas, inflamação e fibrose em fragmentos do coração. Além disso, os parasitos isolados na fase aguda e crônica foram avaliados geneticamente por quatro marcadores moleculares distintos.A avaliação clínica dos animais, durante a fase aguda da infecção, mostrou alterações clínicas discretas. Nos animais inoculados com as cepas Be-78, Y ou ABC, o exame de sangue a fresco (ESF) apresentou 86% (19/22) de positividade. Entretanto, a freqüência de testes positivos foi variável entre os animais inoculados com essas cepas. Durante a fase crônica da infecção foram realizadas 88 hemoculturas (Hc) em 22 animais, sendo observado uma taxa de positividade de 46,6% (41/88). A freqüência de testes positivos, na fase crônica da infecção foi similar entre os animais inoculados com as cepas Be-78 (75%) e ABC (62.5%), e significativamente menor (6,2%) naqueles inoculados com a cepa Y. Durante a fase crônica da infecção a taxa de positividade da PCR foi de 72,7% (64/88), superior a da Hc. Nos testes de PCR realizados no sangue dos animais inoculados com as cepas Be-78, Y ou ABC a positividade foi de 94,4%, 41,6% e 93,7%, respectivamente. O T. cruzi foi demonstrado, pela análise imuno-histoquímica (IMH), nos fragmentos cardíacos de todos os animais avaliados durante a fase aguda da infecção, porém, na fase crônica foi negativa em todos os fragmentos analisados. Entretanto, a presença do parasito foi demonstrada, na fase crônica da infecção, em todos os animais infectados com as três cepas, por meio da PCR. O parasitismo tecidual médio avaliado na fase crônica, pela PCR, em seis fragmentos cardíacos, foi semelhante entre os animais inoculados com as diferentes cepas. Porém, o padrão histopatológico das lesões cardíacas, observado na fase crônica, foi relacionado com a cepa do T. cruzi. Os resultados das avaliações realizadas nos animais inoculados com 2000 TS foram similares aos inoculados com 4000 TS. A caracterização molecular dos isolados do T. cruzi obtidos de todos os cães infectados foi realizada na fase aguda (30 dias após a inoculação) e na fase crônica (até 24 meses após a inoculação). O perfil eletroforético de isoenzima foi idêntico entre as cepas parentais Be-78 ou ABC e seus respectivos isolados. Entretanto, o perfil de isoenzima da cepa Y pode ser alterado durante a fase crônica da infecção de cães, sendo esta mudança acompanhada pela alteração nos perfis de RAPD e DNA mitocondrial (CO II). O fenograma construído pela UPGMA permitiu separar as cepas Be-78, Y e ABC e os respectivos isolados em dois grupos distintos, correspondendo a T. cruzi II e T. cruzi III ou híbrido. Os dados obtidos pelo rDNA mostraram perfil do grupo 1 (T. cruzi II) para todas as cepas parentais e seus isolados. Entretanto, o DNA mitocondrial (CO II) mostrou perfil de T. cruzi II para as cepas Be-78 e Y e de T. cruzi III ou híbrido para dois isolados da cepa Y e para a cepa ABC e seus isolados. Esses dados demonstraram que a cepa do T. cruzi exerce um papel importante no curso da história natural da doença de Chagas em cães e reforçam a importância da presença do parasito na formação/gênese das lesões cardíacas, cujo padrão histopatológico estaria relacionado especialmente com a população do T. cruzi presente nos tecidos.Universidade Federal de Minas GeraisUFMGParasitologiaTripanossoma cruziDiagnóstico bacteriológicoChagas, Doença deReação em cadeia de polimeraseParasitologiaTecidoHistopatologiaDoença de ChagasBeagle (Cão)Trypanossoma cruziDiagnóstico parasitológicoReação em cadeia de polimeraseDoença de Chagas experimental em cães da raça Beagle: avaliação clínica, parasitológica, histopatológica e molecular.info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisinfo:eu-repo/semantics/openAccessporreponame:Repositório Institucional da UFMGinstname:Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)instacron:UFMGORIGINALveloso_vm___tese.pdfapplication/pdf28388987https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/SAGF-7AXLQU/1/veloso_vm___tese.pdf6042d384fadfeb565e2050675fab5b17MD51TEXTveloso_vm___tese.pdf.txtveloso_vm___tese.pdf.txtExtracted texttext/plain281401https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/SAGF-7AXLQU/2/veloso_vm___tese.pdf.txtd7780f522175b7fa6acd500ce8f6555fMD521843/SAGF-7AXLQU2019-11-14 04:58:30.607oai:repositorio.ufmg.br:1843/SAGF-7AXLQURepositório InstitucionalPUBhttps://repositorio.ufmg.br/oaiopendoar:2019-11-14T07:58:30Repositório Institucional da UFMG - Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)false
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