A doença periodontal na comunidade negra dos Arturos, Contagem-MG

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Takeshi Kato Segundo
Data de Publicação: 2002
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFMG
Texto Completo: http://hdl.handle.net/1843/ZMRO-7JHJNE
Resumo: Trata-se de um estudo seccional transversal para verificar a prevalência da doença periodontal em uma população da raça negra, que, segundo a literatura, apresenta maior prevalência da doença. A comunidade selecionada para o estudo chama-se Arturos, tendo sido criada em 1917 por um escravo alforriado. Compõem acomunidade 380 indivíduos, dos quais, 154 residem na mesma chácara. A amostra foi constituída por 104 indivíduos acima de 13 anos de idade, residentes nesta chácara, sendo 63 mulheres e 41 homens. O exame clínico foi realizado no próprio local, utilizando EPI completo, sonda periodontal, espelho bucal, luz artificial e cadeira própria. Foram examinados todos os dentes presentes, com exceção dos 3ºs molares.Cada dente foi sondado em seis sítios: disto-vestibular, vestibular, mésio-vestibular, disto-lingual, lingual e mésio-lingual, medindo a profundidade de sondagem (P.S.) e perda de inserção (P.I.). O registro de sangramento após sondagem e presença de cálculo foi verificado nas superfícies mesial, distal, vestibular e lingual. O levantamentode alguns dados comportamentais e sociais foi realizado por meio de questionário. Os dados foram analisados utilizando-se o programa EPINFO (OMS) e testes estatísticos para cada condição. Observou-se que do total da amostra, o sangramento à sondagem foi detectado em 90,4%, a profundidade de sondagem = 4 mm foi observada em 43,3%,a perda de inserção variou de 1 a 13 mm, sendo que a perda = 4 mm foi verificada em 63,5% e em 75% da amostra observou-se a presença de cálculo. Com relação a faixa etária, de 46 a 60 anos, observou-se a maior média de P.I. 8,3 (±4,27) mm e também P.S. 4,6 (±3,5) mm. A maior média de presença de cálculo foi verificada na faixa de 36a 45 anos sendo de 24,1 (±22,75) superfícies. A maior média de sangramento foi 37,9 (±25,71) superfícies, observado na faixa etária de 21 a 35 anos. Na análise multivariada observou-se que a correlação mais forte foi vista entre P.S. e P.I., seguida da correlação entre a presença de cálculo e P.I. e logo em seguida, cálculo e P.S. Conclui-se que a prevalência da doença periodontal na comunidade está dentro dos padrões conhecidos no Brasil e no mundo, 9,6% em sua forma grave. Faixa etária, escolaridade e uso de tabaco foram indicadores de risco relacionados estatisticamente com a doença.
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