Biochar de casca de pequi como condicionador de solo no desempenho agronômico de feijoeiro

• Autor(a) principal: Maria Shirley Amorim Silva
• Data de Publicação: 2017
• Tipo de documento: Dissertação
• Idioma: por
• Título da fonte: Repositório Institucional da UFMG
• Texto Completo: http://hdl.handle.net/1843/NCAP-AQBGZZ
• topic: Granulometria; Caryocar brasiliense; Resíduo orgânico; Pirólise; Produção vegetal

Com o objetivo de avaliar o efeito do biochar de casca de pequi (BCP) como condicionador de solo e sua influência nas características agronômicas do feijoeiro (Phaseolus vulgaris L.), realizou-se experimento em viveiro de plantas. Foi utilizado um delineamento experimental em blocos casualizados, esquema fatorial 4x3+2, sendo os fatores constituídos por quatro doses de biochar: 2,5; 5,0; 7,5 e 10 (% v/v) e três granulometrias: < 0,5 mm, granulometria 1; 0,5 1,0 mm granulometria 2; 1,0 2,0 mm granulometria 3, dois tratamentos controles, sendo um com solo natural, ou seja, sem qualquer adição de biochar e o outro com calcário e sem biochar. Avaliou-se a caracterização física do fruto do pequi, as características químicas do solo antes e depois da implantação do experimento, o desempenho agronômico da cultura do feijão por meio da massa seca da parte aérea (MSPA) e massa seca das raízes (MSR) e o teor de nutrientes na MSPA. A caracterização física do fruto de pequizeiro demonstrou maior rendimento do mesocarpo externo com 73,71% de massa em relação ao pirênio com 26,29%. A pirólise da casca proporcionou a redução de 94,36% da biomassa original. Os atributos químicos do solo foram influenciados pelo BCP, que promoveu mudanças positivas nos componentes da acidez do solo, elevando o pH e reduzindo o Al trocável e a acidez potencial, apresentando potencial para funcionar como condicionador de solo, principalmente à granulometria <0,5mm. Quanto ao fornecimento de nutrientes, o BCP não aumentou a disponibilidade dos mesmos no solo, devido à baixa concentração, exceto para o K e C orgânico com maior incremento para a granulometria <0,5 mm. Para as características agronômicas, as maiores granulometrias favoreceram melhor produção de matéria seca da raiz e da parte aérea, com resposta semelhante ou superior ao solo corrigido com calcário. Apenas o K foi influenciado positivamente para teor, devido à elevação da concentração desse nutriente no solo, ocorreu seu aumento no teor da MSPA, principalmente para a granulometria < 0,5 mm. Os outros nutrientes sofreram pouca ou nenhuma influência. Desse modo, o BCP influencia positivamente alguns atributos do solo, sendo que, quando não foi superior, se igualou ao tratamento controle com calcário, demonstrando a capacidade de funcionar mais como corretivo de solo do que como fornecedor de nutrientes. Verifica-se ainda a potencialidade do mesmo em poder servir como mistura a outros resíduos ou materiais ricos em nutrientes para balanço de suas disponibilidades aos solos.