Curso clínico da hidronefrose fetal isolada: estudo de coorte prospectivo
Autor(a) principal: | |
---|---|
Data de Publicação: | 2007 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UFMG |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/1843/ECJS-778FBZ |
Resumo: | A dilatação da pelve renal fetal é a anomalia mais freqüentemente diagnosticada pela ultra-sonografia pré-natal. O grau de dilatação considerado significativo e preditivo de anomalia do trato urinário é assunto controverso. Neste estudo de coorte prospectivo, o objetivo foi descrever a evolução clínica de crianças portadoras de dilatação isolada da pelve renal fetal. Nos recém-nascidos com diâmetro ântero-posterior da pelve renal = 5 mm no último trimestre de gestação, foram realizados uretrocistografia miccional, ultra-sonografia seriada do trato urinário, cintilografia renal quando o diâmetro antero-posterior era = 10 mm eacompanhamento com exames clínicos e laboratoriais periódicos. O tempo médio de seguimento foi de 24 meses (12 a 40 meses). Um total de 192 neonatos nascidos consecutivamente no HC-UFMG entre 1999 e 2006 foi incluído na análise. Anomalias significativas do trato urinário foram confirmadas em 78 lactentes (41%) e em 114 (59%) foi identificada hidronefrose idiopática transitória. Foram submetidos à intervenção cirúrgica 27 pacientes (15%). Infecção urinária foi diagnosticada em 27 crianças durante o seguimento. Os estudos ultrasonográficos seriados nos casos não submetidos ao tratamento cirúrgico mostraram redução significativa da dimensão da pelve renal. Não houve comprometimento da função renal em nenhum paciente. A acurácia do diâmetro ântero-posterior em identificar casos cirúrgicos foi determinada pela receiver operator curve (ROC). Observou-se que o limiar de dilatação que obteve o melhor desempenho em identificar casos potencialmente cirúrgicos foi de 15 mm (área sob a curva = 0,94, intervalo de confiança 95% = 0,89-0,97). A maioria dos pacientes com dilatação leve não apresentou alterações clínicas significativas durante o seguimento. Uropatia foi diagnosticada em 18% deles e 7,8% apresentaram infecção urinária. Como esperado, observou-se associação entre a magnitude da dilatação e o tempo de resolução da mesma. Os resultados demonstraram que, diferentemente dos casos de dilatação moderada/grave da pelve renal, os eventos de dilatação leve não requereram procedimentos diagnósticos invasivos, sendo suficiente o acompanhamento clínico e ultrasonográfico para avaliar ocorrência de infecção urinária e progressão da dilatação. |
id |
UFMG_bdeab940271970ced236337ee888e8c5 |
---|---|
oai_identifier_str |
oai:repositorio.ufmg.br:1843/ECJS-778FBZ |
network_acronym_str |
UFMG |
network_name_str |
Repositório Institucional da UFMG |
repository_id_str |
|
spelling |
Eduardo Araujo de OliveiraMaria Candida Ferrarez Bouzada VianaJose Maria Penido SilvaAlamanda Kfoury PereiraGraziela de Miranda Coelho2019-08-09T16:02:41Z2019-08-09T16:02:41Z2007-08-23http://hdl.handle.net/1843/ECJS-778FBZA dilatação da pelve renal fetal é a anomalia mais freqüentemente diagnosticada pela ultra-sonografia pré-natal. O grau de dilatação considerado significativo e preditivo de anomalia do trato urinário é assunto controverso. Neste estudo de coorte prospectivo, o objetivo foi descrever a evolução clínica de crianças portadoras de dilatação isolada da pelve renal fetal. Nos recém-nascidos com diâmetro ântero-posterior da pelve renal = 5 mm no último trimestre de gestação, foram realizados uretrocistografia miccional, ultra-sonografia seriada do trato urinário, cintilografia renal quando o diâmetro antero-posterior era = 10 mm eacompanhamento com exames clínicos e laboratoriais periódicos. O tempo médio de seguimento foi de 24 meses (12 a 40 meses). Um total de 192 neonatos nascidos consecutivamente no HC-UFMG entre 1999 e 2006 foi incluído na análise. Anomalias significativas do trato urinário foram confirmadas em 78 lactentes (41%) e em 114 (59%) foi identificada hidronefrose idiopática transitória. Foram submetidos à intervenção cirúrgica 27 pacientes (15%). Infecção urinária foi diagnosticada em 27 crianças durante o seguimento. Os estudos ultrasonográficos seriados nos casos não submetidos ao tratamento cirúrgico mostraram redução significativa da dimensão da pelve renal. Não houve comprometimento da função renal em nenhum paciente. A acurácia do diâmetro ântero-posterior em identificar casos cirúrgicos foi determinada pela receiver operator curve (ROC). Observou-se que o limiar de dilatação que obteve o melhor desempenho em identificar casos potencialmente cirúrgicos foi de 15 mm (área sob a curva = 0,94, intervalo de confiança 95% = 0,89-0,97). A maioria dos pacientes com dilatação leve não apresentou alterações clínicas significativas durante o seguimento. Uropatia foi diagnosticada em 18% deles e 7,8% apresentaram infecção urinária. Como esperado, observou-se associação entre a magnitude da dilatação e o tempo de resolução da mesma. Os resultados demonstraram que, diferentemente dos casos de dilatação moderada/grave da pelve renal, os eventos de dilatação leve não requereram procedimentos diagnósticos invasivos, sendo suficiente o acompanhamento clínico e ultrasonográfico para avaliar ocorrência de infecção urinária e progressão da dilatação.Universidade Federal de Minas GeraisUFMGPelve renal/ultra-sonografiaHidronefrose/cirurgiaHidronefrosePelve renal/cintilografiaEstudos de coortesDoenças fetais/ultrasonografiaObstetríciaPelve renalHidronefroseUltra-sonografiaCintilografia renalUretrocistografia miccionalDilatação da pelve renal fetalCurso clínico da hidronefrose fetal isolada: estudo de coorte prospectivoinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisinfo:eu-repo/semantics/openAccessporreponame:Repositório Institucional da UFMGinstname:Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)instacron:UFMGORIGINALgraziela_de_miranda_coelho.pdfapplication/pdf1673827https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/ECJS-778FBZ/1/graziela_de_miranda_coelho.pdf62e7fa46c0d6f5458b0cabd33a27c7a2MD51TEXTgraziela_de_miranda_coelho.pdf.txtgraziela_de_miranda_coelho.pdf.txtExtracted texttext/plain201098https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/ECJS-778FBZ/2/graziela_de_miranda_coelho.pdf.txt91640dcd0fd56f9942f70733bfcb35dfMD521843/ECJS-778FBZ2019-11-14 05:58:37.321oai:repositorio.ufmg.br:1843/ECJS-778FBZRepositório de PublicaçõesPUBhttps://repositorio.ufmg.br/oaiopendoar:2019-11-14T08:58:37Repositório Institucional da UFMG - Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)false |
dc.title.pt_BR.fl_str_mv |
Curso clínico da hidronefrose fetal isolada: estudo de coorte prospectivo |
title |
Curso clínico da hidronefrose fetal isolada: estudo de coorte prospectivo |
spellingShingle |
Curso clínico da hidronefrose fetal isolada: estudo de coorte prospectivo Graziela de Miranda Coelho Hidronefrose Ultra-sonografia Cintilografia renal Uretrocistografia miccional Dilatação da pelve renal fetal Pelve renal/ultra-sonografia Hidronefrose/cirurgia Hidronefrose Pelve renal/cintilografia Estudos de coortes Doenças fetais/ultrasonografia Obstetrícia Pelve renal |
title_short |
Curso clínico da hidronefrose fetal isolada: estudo de coorte prospectivo |
title_full |
Curso clínico da hidronefrose fetal isolada: estudo de coorte prospectivo |
title_fullStr |
Curso clínico da hidronefrose fetal isolada: estudo de coorte prospectivo |
title_full_unstemmed |
Curso clínico da hidronefrose fetal isolada: estudo de coorte prospectivo |
title_sort |
Curso clínico da hidronefrose fetal isolada: estudo de coorte prospectivo |
author |
Graziela de Miranda Coelho |
author_facet |
Graziela de Miranda Coelho |
author_role |
author |
dc.contributor.advisor1.fl_str_mv |
Eduardo Araujo de Oliveira |
dc.contributor.advisor-co1.fl_str_mv |
Maria Candida Ferrarez Bouzada Viana |
dc.contributor.referee1.fl_str_mv |
Jose Maria Penido Silva |
dc.contributor.referee2.fl_str_mv |
Alamanda Kfoury Pereira |
dc.contributor.author.fl_str_mv |
Graziela de Miranda Coelho |
contributor_str_mv |
Eduardo Araujo de Oliveira Maria Candida Ferrarez Bouzada Viana Jose Maria Penido Silva Alamanda Kfoury Pereira |
dc.subject.por.fl_str_mv |
Hidronefrose Ultra-sonografia Cintilografia renal Uretrocistografia miccional Dilatação da pelve renal fetal |
topic |
Hidronefrose Ultra-sonografia Cintilografia renal Uretrocistografia miccional Dilatação da pelve renal fetal Pelve renal/ultra-sonografia Hidronefrose/cirurgia Hidronefrose Pelve renal/cintilografia Estudos de coortes Doenças fetais/ultrasonografia Obstetrícia Pelve renal |
dc.subject.other.pt_BR.fl_str_mv |
Pelve renal/ultra-sonografia Hidronefrose/cirurgia Hidronefrose Pelve renal/cintilografia Estudos de coortes Doenças fetais/ultrasonografia Obstetrícia Pelve renal |
description |
A dilatação da pelve renal fetal é a anomalia mais freqüentemente diagnosticada pela ultra-sonografia pré-natal. O grau de dilatação considerado significativo e preditivo de anomalia do trato urinário é assunto controverso. Neste estudo de coorte prospectivo, o objetivo foi descrever a evolução clínica de crianças portadoras de dilatação isolada da pelve renal fetal. Nos recém-nascidos com diâmetro ântero-posterior da pelve renal = 5 mm no último trimestre de gestação, foram realizados uretrocistografia miccional, ultra-sonografia seriada do trato urinário, cintilografia renal quando o diâmetro antero-posterior era = 10 mm eacompanhamento com exames clínicos e laboratoriais periódicos. O tempo médio de seguimento foi de 24 meses (12 a 40 meses). Um total de 192 neonatos nascidos consecutivamente no HC-UFMG entre 1999 e 2006 foi incluído na análise. Anomalias significativas do trato urinário foram confirmadas em 78 lactentes (41%) e em 114 (59%) foi identificada hidronefrose idiopática transitória. Foram submetidos à intervenção cirúrgica 27 pacientes (15%). Infecção urinária foi diagnosticada em 27 crianças durante o seguimento. Os estudos ultrasonográficos seriados nos casos não submetidos ao tratamento cirúrgico mostraram redução significativa da dimensão da pelve renal. Não houve comprometimento da função renal em nenhum paciente. A acurácia do diâmetro ântero-posterior em identificar casos cirúrgicos foi determinada pela receiver operator curve (ROC). Observou-se que o limiar de dilatação que obteve o melhor desempenho em identificar casos potencialmente cirúrgicos foi de 15 mm (área sob a curva = 0,94, intervalo de confiança 95% = 0,89-0,97). A maioria dos pacientes com dilatação leve não apresentou alterações clínicas significativas durante o seguimento. Uropatia foi diagnosticada em 18% deles e 7,8% apresentaram infecção urinária. Como esperado, observou-se associação entre a magnitude da dilatação e o tempo de resolução da mesma. Os resultados demonstraram que, diferentemente dos casos de dilatação moderada/grave da pelve renal, os eventos de dilatação leve não requereram procedimentos diagnósticos invasivos, sendo suficiente o acompanhamento clínico e ultrasonográfico para avaliar ocorrência de infecção urinária e progressão da dilatação. |
publishDate |
2007 |
dc.date.issued.fl_str_mv |
2007-08-23 |
dc.date.accessioned.fl_str_mv |
2019-08-09T16:02:41Z |
dc.date.available.fl_str_mv |
2019-08-09T16:02:41Z |
dc.type.status.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/publishedVersion |
dc.type.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/masterThesis |
format |
masterThesis |
status_str |
publishedVersion |
dc.identifier.uri.fl_str_mv |
http://hdl.handle.net/1843/ECJS-778FBZ |
url |
http://hdl.handle.net/1843/ECJS-778FBZ |
dc.language.iso.fl_str_mv |
por |
language |
por |
dc.rights.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/openAccess |
eu_rights_str_mv |
openAccess |
dc.publisher.none.fl_str_mv |
Universidade Federal de Minas Gerais |
dc.publisher.initials.fl_str_mv |
UFMG |
publisher.none.fl_str_mv |
Universidade Federal de Minas Gerais |
dc.source.none.fl_str_mv |
reponame:Repositório Institucional da UFMG instname:Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) instacron:UFMG |
instname_str |
Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) |
instacron_str |
UFMG |
institution |
UFMG |
reponame_str |
Repositório Institucional da UFMG |
collection |
Repositório Institucional da UFMG |
bitstream.url.fl_str_mv |
https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/ECJS-778FBZ/1/graziela_de_miranda_coelho.pdf https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/ECJS-778FBZ/2/graziela_de_miranda_coelho.pdf.txt |
bitstream.checksum.fl_str_mv |
62e7fa46c0d6f5458b0cabd33a27c7a2 91640dcd0fd56f9942f70733bfcb35df |
bitstream.checksumAlgorithm.fl_str_mv |
MD5 MD5 |
repository.name.fl_str_mv |
Repositório Institucional da UFMG - Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) |
repository.mail.fl_str_mv |
|
_version_ |
1803589459516588032 |