Distribuição espaço-temporal da raiva em bovinos, morcegos e cachorros-do-mato, associada ao uso da terra no Estado de Sergipe, de 1987 à 2014

• Autor(a) principal: Karla Dias Antunes
• Data de Publicação: 2017
• Tipo de documento: Tese
• Idioma: por
• Título da fonte: Repositório Institucional da UFMG
• Texto Completo: http://hdl.handle.net/1843/35229
• topic: Epidemiologia; Bovino; Raiva; Ciência animal

Organização do Espaço como Determinante do Processo Saúde-Doença para a Raiva, Indicadores do Uso da Terra Associados à Raiva Bovina e Ecologia da Paisagem em Relação à Raiva dos Bovinos são temas que estão inteiramente relacionados e abarcam informações necessárias para esclarecer conceitos e dúvidas na área da Pecuária e ambiente silvestre. A pesquisa destes temas elucida o quão importante é o acompanhamento do processo saúde-doença no espaço, principalmente no caso da raiva que é uma doença secular ainda presente nos dias de hoje. Portanto, este trabalho levantou informações a respeito da influência dos indicadores do uso da terra, da organização espacial e da ecologia da paisagem na compreensão da raiva em bovinos no Estado de Sergipe. Utilizou-se como fonte de informação os resultados dos diagnósticos de raiva realizados em espécies de animais bovinos, morcegos e cachorros-do-mato oriundos de todo o Estado, durante o período de 1987 a 2014. Os diagnósticos foram realizados a partir de notificações de casos suspeitos de raiva examinados no Laboratório Central - LACEN, da Fundação de Saúde Parreiras Horta do Estado de Sergipe. Foram observados 1.776 resultados de diagnósticos realizados em bovinos, morcegos e em cachorros-do-mato de 1987 a 2014, a saber: 793 em bovinos, 935 em morcegos hematófagos da espécie Desmodus rotundus e 48 em cachorros-do-mato da espécie Cerdocyon thous. Os resultados observados evidenciaram a circulação do vírus em ambiente silvestre no Estado de Sergipe, com uma janela permanentemente aberta, capaz de alimentar a doença em ambientes urbanos e rurais. Essa situação impõe a necessidade de uma permanente e sistemática vigilância epidemiológica da raiva nos ambientes naturais, em espécies silvestres chave, como os quirópteros e os carnívoros, já que o país não dispõe de programa de vacinação de espécies silvestres.