Efeitos do cuidado Mãe Canguru nos sinais vitais dos recém-nascidos prematuros com peso inferior a 1.500 gramas em ventilação mecânica

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Vivian Mara Goncalves de Oliveira Azevedo
Data de Publicação: 2008
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFMG
Texto Completo: http://hdl.handle.net/1843/ECJS-7N8GGL
Resumo: O Cuidado Mãe Canguru (CMC) ainda é um assunto pouco explorado em recém-nascidos (RN) com peso inferior a 1.500g, submetidos à ventilação mecânica, visto que há poucas publicações na literatura internacional e não há publicações no âmbito nacional. Portanto, com a preocupação de estimular o contato precoce entre mãe e filho, e a de analisar a possibilidade do CMC em RNs de muito e extremo baixo peso em ventilação mecânica, o presente estudo teve como objetivo avaliar os sinais vitais e descrever as respostas comportamentais dos RNs com peso ao nascer menor que 1.500g, entubados e estáveis hemodinamicamente, no CMC por 1hora. Em um estudo do tipo quase-experimental, realizado na Unidade de Terapia Intensiva do Hospital Sofia Feldman, foram avaliados 44 RNs (poder amostral >0,90), sendo 25 RNs do sexo masculino e Idade Gestacional média de 29,1 semanas. Os RNs foram avaliados durante um período de noventa minutos, sendo quinze minutos antes, uma hora durante e quinze minutos após à exposição ao CMC. As variáveis resposta freqüência cardíaca, pressão arterial média, temperatura axilar e fração inspirada de oxigênio foram avaliadas utilizando-se dados longitudinais (variância de 3 a 11 dados seqüenciais) por meio de análises uni e multivariada. O estado comportamental (Brazelton, 1995; Holditch-Davis; 1990) foi avaliado antes, durante e após a intervenção e analisado utilizando-se o teste Qui-quadrado de Pearson e o teste exato de Fisher. Estudo aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da UFMG (311/07) e Comitê de Ética em Pesquisa do Hospital Sofia Feldman (nº 07/2007).As variáveis resposta mostraram diferenças significativas (p<0,05) quando comparadas longitudinalmente, contudo tais variações não foram clinicamente significantes (variações menores que 5% do basal). Além disso, o CMC favoreceu o sono, principalmente o sono profundo. Assim, a interpretação dos resultados evidencia que o CMC seja um método seguro nas condições deste estudo, sendo um método promissor no sentido de favorecer precocemente o vínculo mãe-filho além de mostrar-se ferramenta importante para o desenvolvimento neurocomportamental, uma vez que favoreceu o estado comportamental do sono, especialmente o sono profundo.
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Em um estudo do tipo quase-experimental, realizado na Unidade de Terapia Intensiva do Hospital Sofia Feldman, foram avaliados 44 RNs (poder amostral >0,90), sendo 25 RNs do sexo masculino e Idade Gestacional média de 29,1 semanas. Os RNs foram avaliados durante um período de noventa minutos, sendo quinze minutos antes, uma hora durante e quinze minutos após à exposição ao CMC. As variáveis resposta freqüência cardíaca, pressão arterial média, temperatura axilar e fração inspirada de oxigênio foram avaliadas utilizando-se dados longitudinais (variância de 3 a 11 dados seqüenciais) por meio de análises uni e multivariada. O estado comportamental (Brazelton, 1995; Holditch-Davis; 1990) foi avaliado antes, durante e após a intervenção e analisado utilizando-se o teste Qui-quadrado de Pearson e o teste exato de Fisher. Estudo aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da UFMG (311/07) e Comitê de Ética em Pesquisa do Hospital Sofia Feldman (nº 07/2007).As variáveis resposta mostraram diferenças significativas (p<0,05) quando comparadas longitudinalmente, contudo tais variações não foram clinicamente significantes (variações menores que 5% do basal). Além disso, o CMC favoreceu o sono, principalmente o sono profundo. Assim, a interpretação dos resultados evidencia que o CMC seja um método seguro nas condições deste estudo, sendo um método promissor no sentido de favorecer precocemente o vínculo mãe-filho além de mostrar-se ferramenta importante para o desenvolvimento neurocomportamental, uma vez que favoreceu o estado comportamental do sono, especialmente o sono profundo.The kangaroo mother care (KMC) is still controversial when explored in premature newborns (PN) weighting less than 1,500g in mechanical ventilation, because there are few studies on international literature and there is no study about this on national literature. So, seeking to help the approach of mother and child earlier and to analyze the possibility of KMC in PN with very low and extreme low birth weight on mechanical ventilation, this study was to consider the vital signs and to describe the behavioral response of PN weighing less than 1,500g, intubated and haemodynamically stable in KMC per 1 hour. A quasi-experimental study, did at Neonatal Intensive Care Unit of Sofia Feldman Hospital, were analyzed 44 PN (sample power >0,9), with 25 male and mean of gestational age of 29,1 weeks. PN were evaluated during ninety minutes, with fifteen minutes before, one hour during and fifteen minutes after KMC. The outcome variables heart rate, mean arterial blood pressure, skin temperature and inspirated oxygen fraction were analyzed using longitudinal data (variation of 3 to 11 sequential data), through uni- and multivariate analyses. The behavioral response (Brazelton, 1995; Holditch-Davis; 1990) was evaluated before, during and after intervention and analyzed using qui-square test and Fisher test. The study was approved by UFMGs (311/07) and Sofia Feldmans (nº 07/2007) Research Ethical Committees (311/07 and 07/2007). The outcome variables showed a statistical significant difference (p<0.05) when compared longitudinally. However, the results were not clinically significant (variance < 5% from base). Besides, the KMC encouraged the behavioral state of sleep, especially deep sleep. So, the interpretation of the results show that KMC can be a safe method in the conditions of this study and its use is promising in encouraging mother-child bonding early and seems to be an important tool for neurobehavioral development, since it encouraged the behavioral state of sleep, especially deep sleep.Universidade Federal de Minas GeraisUFMGCuidado do lactente /métodosMétodo Mãe CanguruComportamento do lactenteFrequência cardíacaRecém-nascido de baixo pesoRelações mãe-filhoSonoExame clínicoEfeitos do Cuidado Mãe Canguru nos sinais vitais dos recém-nascidos prematuros com peso inferior a 1500 gramas em ventilação mecânicaEfeitos do cuidado Mãe Canguru nos sinais vitais dos recém-nascidos prematuros com peso inferior a 1.500 gramas em ventilação mecânicainfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisinfo:eu-repo/semantics/openAccessporreponame:Repositório Institucional da UFMGinstname:Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)instacron:UFMGORIGINALvivian_mara_gon_alves_de_oliveira_azevedo.pdfapplication/pdf444070https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/ECJS-7N8GGL/1/vivian_mara_gon_alves_de_oliveira_azevedo.pdf72765e251b435187e19a7b2a58246f46MD51TEXTvivian_mara_gon_alves_de_oliveira_azevedo.pdf.txtvivian_mara_gon_alves_de_oliveira_azevedo.pdf.txtExtracted texttext/plain137270https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/ECJS-7N8GGL/2/vivian_mara_gon_alves_de_oliveira_azevedo.pdf.txt961311caf951164b9dac0abb9ad23675MD521843/ECJS-7N8GGL2019-11-14 08:14:43.674oai:repositorio.ufmg.br:1843/ECJS-7N8GGLRepositório de PublicaçõesPUBhttps://repositorio.ufmg.br/oaiopendoar:2019-11-14T11:14:43Repositório Institucional da UFMG - Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)false
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