Perfil glicêmico, expressão de marcadores inflamatórios e metabolismo hepático de camundongos alimentados com bebida láctea fermentada adicionada de óleo essencial de Syzygium aromaticum

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Keicy Sandy Silvestre de Souza
Data de Publicação: 2019
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFMG
Texto Completo: http://hdl.handle.net/1843/ICAS-BAWGZC
Resumo: O Brasil está entre os principais produtores de Óleos Essenciais (OEs). Dentre as plantas utilizadas tem-se o Syzygium aromaticum (cravo-da-índia) que apresenta além de diversas funções farmacológicas, descritas na literatura, o potencial para ser utilizado como conservador de alimentos. Estudos prévios mostraram através de teste in vivo, que a concentração de 200 mg/kg o OE de Syzygium aromaticum não apresentou alterações histopatológicas em fígado, rim, cérebro, pulmão, coração, baço. Baseando na evidência apresentada nesse estudo, de não toxicidade do OE de Syzygium aromaticum, resolvemos avaliar in vivo, a capacidade de uma bebida láctea fermentada, desenvolvida anteriormente, testada apenas in vitro, na qual o conservante químico padrão, sorbato de potássio, foi substituído pelo OE de cravo da índia, em ser um alimento funcional. Para isso, 24 camundongos Swiss machos foram divididos em três grupos por delineamento inteiramente casualizado e submetidos a análise de comportamento, testes de sensibilidade à insulina (TSI) e tolerância à glicose (TTG). Avaliou-se também a taxa de decaimento da glicose (Kitt), a morfologia e histopatologia do fígado e quantificou-se as citocinas pró-inflamatórias, interleucina 6 (IL6), interleucina 1 beta (IL1-) e fator de necrose tumoral alfa (TNF) e anti-inflamatória, interleucina 10 (IL-10), do fígado através da reação em cadeia da polimerase via transcriptase reversa quantitativa em tempo real (qRT-PCR), após administração diária de 2 ml da bebida láctea fermentada adicionada de 2ul/ml do óleo essencial de cravo da índia durante 30 dias. O grupo que recebeu a bebida láctea fermentada com óleo essencial de cravo apresentou menor índice glicêmico no TTG, maior sensibilidade à insulina e maior Kitt, em relação aos demais grupos. Os animais pertencentes aos três grupos, não apresentaram alterações clínicas ou de comportamento. Os parâmetros bioquímicos, análise histopatológica do fígado e expressão das citocinas pró-inflamatórias e anti-inflamatória não se diferiram entre os grupos experimentais comparado com o grupo controle. Estes resultados demonstram que a bebida láctea fermentada com óleo essencial de cravo na concentração de 2 l/ml, não induziu a toxicidade dos animais, visto que não foram encontradas alterações no comportamento sistêmico, nas análises bioquímicas e histopatológicas, que indicassem toxicidade nos camundongos durante o período experimental. Dessa forma essa bebida tem potencial funcional, para ser adicionado à dieta de indivíduos saudáveis, e o óleo essencial de cravo da índia pode funcionar como um substituto para conservadores químicos convencionais e reduzir a glicemia.
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Baseando na evidência apresentada nesse estudo, de não toxicidade do OE de Syzygium aromaticum, resolvemos avaliar in vivo, a capacidade de uma bebida láctea fermentada, desenvolvida anteriormente, testada apenas in vitro, na qual o conservante químico padrão, sorbato de potássio, foi substituído pelo OE de cravo da índia, em ser um alimento funcional. Para isso, 24 camundongos Swiss machos foram divididos em três grupos por delineamento inteiramente casualizado e submetidos a análise de comportamento, testes de sensibilidade à insulina (TSI) e tolerância à glicose (TTG). Avaliou-se também a taxa de decaimento da glicose (Kitt), a morfologia e histopatologia do fígado e quantificou-se as citocinas pró-inflamatórias, interleucina 6 (IL6), interleucina 1 beta (IL1-) e fator de necrose tumoral alfa (TNF) e anti-inflamatória, interleucina 10 (IL-10), do fígado através da reação em cadeia da polimerase via transcriptase reversa quantitativa em tempo real (qRT-PCR), após administração diária de 2 ml da bebida láctea fermentada adicionada de 2ul/ml do óleo essencial de cravo da índia durante 30 dias. O grupo que recebeu a bebida láctea fermentada com óleo essencial de cravo apresentou menor índice glicêmico no TTG, maior sensibilidade à insulina e maior Kitt, em relação aos demais grupos. Os animais pertencentes aos três grupos, não apresentaram alterações clínicas ou de comportamento. 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Among the plants used is the Syzygium aromaticum (clove) which presents besides several pharmacological functions, described in the literature, the potential to be used as food preservative. Previous studies have shown by in vivo test that the Syzygium aromaticum EO concentration of 200 mg/kg showed no histopathological changes in liver, kidney, brain, lung, heart, spleen. Based on the evidence presented in this non-toxicity study of Syzygium aromaticum EO, we decided to evaluate in vivo the ability of a previously developed fermented milk drink, tested only in vitro, in which the standard chemical preservative, potassium sorbate, was replaced by clove EO, to be a functional food. For this, 24 male Swiss mice were divided into three groups by completely randomized design and submitted to behavioral analysis, insulin sensitivity test (IST) and glucose tolerance test (GTT). We also evaluated the glucose decay constant rate (Kitt), liver morphology and histopathology and we investigated the proinflammatory cytokines, interleukin 6 (IL6), interleukin 1 beta (IL1-) and tumor necrosis factor-alpha (TNF) and anti-inflammatory, interleukin 10 (IL- 10), from the liver through the quantitative real-time polymerase chain reaction (qRT-PCR), after administering daily 2 ml of the fermented milk drink with 2 ul/ml clove essential oil for 30 days. The group that received the fermented milk drink with clove essential oil showed a lower glycemic level in GTT, a greater sensitivity to insulin and a greater Kitt, in relation to the other groups. The animals belonging to the three groups had no clinical or behavioral changes. The biochemical parameters, histopathological analysis of the liver and expression of proinflammatory and anti-inflammatory cytokines did not differ between the experimental groups with the control group. These results demonstrate that the fermented milk drink with clove essential oil at the concentration of 2 l/ml did not induce the toxicity of the animals, since no changes were found that indicated toxicity in the mice during the experimental period. In this way this drink has functional potential to be added to the diet of healthy individuals, and clove essential oil can function as a substitute for conventional chemical preservatives and reduce glycaemia.Universidade Federal de Minas GeraisUFMGoxicidade estesTagetesCitocinasEugenolCitocinas Cravo da índia Eugenol ToxicidadePerfil glicêmico, expressão de marcadores inflamatórios e metabolismo hepático de camundongos alimentados com bebida láctea fermentada adicionada de óleo essencial de Syzygium aromaticuminfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisinfo:eu-repo/semantics/openAccessporreponame:Repositório Institucional da UFMGinstname:Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)instacron:UFMGORIGINALkeicy_sandy_silvestre_de_souza_disserta__o_prod_animal_perfil_glic_mico.pdfapplication/pdf1197805https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/ICAS-BAWGZC/1/keicy_sandy_silvestre_de_souza_disserta__o_prod_animal_perfil_glic_mico.pdf144b596c06b2d395cecb4ad9fce32012MD51TEXTkeicy_sandy_silvestre_de_souza_disserta__o_prod_animal_perfil_glic_mico.pdf.txtkeicy_sandy_silvestre_de_souza_disserta__o_prod_animal_perfil_glic_mico.pdf.txtExtracted texttext/plain139762https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/ICAS-BAWGZC/2/keicy_sandy_silvestre_de_souza_disserta__o_prod_animal_perfil_glic_mico.pdf.txtd69cdebfcc24f89c0855b1577c5363e5MD521843/ICAS-BAWGZC2019-11-14 06:27:56.8oai:repositorio.ufmg.br:1843/ICAS-BAWGZCRepositório de PublicaçõesPUBhttps://repositorio.ufmg.br/oaiopendoar:2019-11-14T09:27:56Repositório Institucional da UFMG - Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)false
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