Transplante hepático pediátrico: experiência do Hospital das Clínicas da UFMG
Autor(a) principal: | |
---|---|
Data de Publicação: | 2007 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UFMG |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/1843/ECJS-77UPWM |
Resumo: | Objetivos: Avaliar a experiência dos primeiros dez anos de transplantehepático em crianças e adolescentes do Serviço de Transplante Hepático do Instituto Alfa de Gastroenterologia no Hospital das Clínicas da Universidade Federal de Minas Gerais em Belo Horizonte (HC-UFMG). Métodos: Estudo descritivo, através da análise retrospectiva de 84 pacientes menores de 18 anos inscritos em lista para transplante hepático no HC-UFMG, no período de março de 1995 a janeiro de 2006, quanto as seguintes variáveis: idade, gênero, grupo sanguíneo, indicação do transplante, escores de gravidade (Child-Pugh, Malatack, PELD/MELD), tempo de espera em lista, complicações pós-operatórias e sobrevida. Resultados: De 84 pacientes inscritos, 40 foram submetidos ao transplante hepático, ocorrendo dois retransplantes, 26 foram a óbito na lista de espera. A Atresia Biliar foi a indicação mais freqüente. A idade no momento do transplante variou de 1,9 a 19,8 anos, mediana 6,6 anos. Dos 40 pacientes submetidos ao transplante hepático 13 morreram, com uma sobrevida de 70% com 180 dias, e 67,2% durante os cinco anos pós-transplante. O tempo de espera em lista dos 40 pacientes transplantados apresentou mediana de 291dias. As complicações pós-transplante não relacionadas ao enxerto ocorreram em 17 dos 42 transplantes (40,5%), com maior frequência para instabilidade hemodinâmica (40,5%) e complicações neurológicas (38%). As complicações relacionadas ao enxerto ocorreram em 24 dos 42 transplantes (57,1%), prevalecendo, os casos de complicações vasculares (30,8%), sendo 16,6% trombose da artéria hepática; episódio de rejeição aguda ocorreu em 19% dos casos. A causa de óbito das crianças que faleceram no pós-tranplante mais frequente foi o não funcionamento primário do enxerto (30,7%). Conclusão: Os resultados encontrados dentro do grupo transplantado em nosso serviço são semelhantes ao que é observado na literatura, em relação às indicações e complicações no pós-transplante, o que enfatiza a importância do trabalho realizado até então. No entanto, ainda temos possibilidade e necessidade de melhora com o objetivo de reduzir o número de complicações não relacionadas ao enxerto, melhora das complicações vasculares, principalmente as associadas à artéria hepática, para que ocorra uma melhora na sobrevida a longo prazo. |
id |
UFMG_bf187fd38b7f0e9839a0795058147cd4 |
---|---|
oai_identifier_str |
oai:repositorio.ufmg.br:1843/ECJS-77UPWM |
network_acronym_str |
UFMG |
network_name_str |
Repositório Institucional da UFMG |
repository_id_str |
|
spelling |
Alexandre Rodrigues FerreiraMariza Leitao Valadares RoqueteEleonora Druve Tavares FagundesAgnaldo Soares LimaMarta Celeste de Oliveira Mesquita2019-08-10T14:59:47Z2019-08-10T14:59:47Z2007-05-30http://hdl.handle.net/1843/ECJS-77UPWMObjetivos: Avaliar a experiência dos primeiros dez anos de transplantehepático em crianças e adolescentes do Serviço de Transplante Hepático do Instituto Alfa de Gastroenterologia no Hospital das Clínicas da Universidade Federal de Minas Gerais em Belo Horizonte (HC-UFMG). Métodos: Estudo descritivo, através da análise retrospectiva de 84 pacientes menores de 18 anos inscritos em lista para transplante hepático no HC-UFMG, no período de março de 1995 a janeiro de 2006, quanto as seguintes variáveis: idade, gênero, grupo sanguíneo, indicação do transplante, escores de gravidade (Child-Pugh, Malatack, PELD/MELD), tempo de espera em lista, complicações pós-operatórias e sobrevida. Resultados: De 84 pacientes inscritos, 40 foram submetidos ao transplante hepático, ocorrendo dois retransplantes, 26 foram a óbito na lista de espera. A Atresia Biliar foi a indicação mais freqüente. A idade no momento do transplante variou de 1,9 a 19,8 anos, mediana 6,6 anos. Dos 40 pacientes submetidos ao transplante hepático 13 morreram, com uma sobrevida de 70% com 180 dias, e 67,2% durante os cinco anos pós-transplante. O tempo de espera em lista dos 40 pacientes transplantados apresentou mediana de 291dias. As complicações pós-transplante não relacionadas ao enxerto ocorreram em 17 dos 42 transplantes (40,5%), com maior frequência para instabilidade hemodinâmica (40,5%) e complicações neurológicas (38%). As complicações relacionadas ao enxerto ocorreram em 24 dos 42 transplantes (57,1%), prevalecendo, os casos de complicações vasculares (30,8%), sendo 16,6% trombose da artéria hepática; episódio de rejeição aguda ocorreu em 19% dos casos. A causa de óbito das crianças que faleceram no pós-tranplante mais frequente foi o não funcionamento primário do enxerto (30,7%). Conclusão: Os resultados encontrados dentro do grupo transplantado em nosso serviço são semelhantes ao que é observado na literatura, em relação às indicações e complicações no pós-transplante, o que enfatiza a importância do trabalho realizado até então. No entanto, ainda temos possibilidade e necessidade de melhora com o objetivo de reduzir o número de complicações não relacionadas ao enxerto, melhora das complicações vasculares, principalmente as associadas à artéria hepática, para que ocorra uma melhora na sobrevida a longo prazo.Objectives: To evaluate the experience of the division of liver transplantation of the Alfa Institute of HC/UFMG, over the first ten years.Method: Descriptive study, through retrospective analysis of 84 children and adolescents enrolled in liver transplantation waiting list of HC/UFMG, from March 1995 to January 2006, by the following facts: age, sex, blood group, aetiology of underlying liver disease, Child-Pugh, Malatack, model for end-stage liver disease (MELD) and pediatric end-stage liver disease (PELD) scores, time in waiting list, complications and survival after the procedure. Results: Since 1995, 40 children have had 42 liver transplants. Twenty six died in the waiting list. Biliary atresia was the most frequent indication for transplant. The median age was 6,6 years (range 1,9 to 19,8 years). Post liver transplant mortality was 32,5% (13 of 40 children). Survival after 6 months and 5 years post-transplant was 70% and 67,2%, respectively. The time of waiting in the liver transplant list presented medium of 291 days. Complications unrelated to graft had occurred in 17 of the 42 transplants (40,5%), including instabilityhemodinamic (40,5%) and neurological complications (38%). Complications related to graft had occurred in 24 of 42 transplants (57,1%), including vascular complications (30,8%), with the hepatic artery thrombosis being the most frequent (16,6%); acute rejection had occurred in 19%. The most frequent cause of mortality was primary non-function (30,7%). Conclusion: The joined results in our service are similar to what was observed in literature, about the indications and complications post-transplant, what emphasizes the importance of work carried through until then. However, we still have the possibility and necessity of improvement, with the objective to reduce complications unrelated to graft and vascular complications, especially thoserelated to hepatic artery, so that an improvement of survival might occurs in the long term.Universidade Federal de Minas GeraisUFMGTaxa de sobrevidaAtresia biliar/complicaçõesListas de esperaTransplante de fígado/efeitos adversosTransplante de fígado/mortalidadeComplicações pós-operatóriasResultado de tratamentoEstudos retrospectivosCriançaAdolescentemortalidadeTaxa de sobrevidaTransplante de fígado/efeitos adversosComplicações pós-operatóriasResultado de tratamentoTransplante de fígado/CriançaAdolescenteTransplante hepático pediátrico: experiência do Hospital das Clínicas da UFMGinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisinfo:eu-repo/semantics/openAccessporreponame:Repositório Institucional da UFMGinstname:Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)instacron:UFMGORIGINALmarta_celeste_de_oliveira_mesquita.pdfapplication/pdf269757https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/ECJS-77UPWM/1/marta_celeste_de_oliveira_mesquita.pdf5ca61ff83bc3e58620763e032f8856deMD51TEXTmarta_celeste_de_oliveira_mesquita.pdf.txtmarta_celeste_de_oliveira_mesquita.pdf.txtExtracted texttext/plain131111https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/ECJS-77UPWM/2/marta_celeste_de_oliveira_mesquita.pdf.txte4cf1826d508d4a8c584a416656e24a6MD521843/ECJS-77UPWM2019-11-14 05:59:14.156oai:repositorio.ufmg.br:1843/ECJS-77UPWMRepositório de PublicaçõesPUBhttps://repositorio.ufmg.br/oaiopendoar:2019-11-14T08:59:14Repositório Institucional da UFMG - Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)false |
dc.title.pt_BR.fl_str_mv |
Transplante hepático pediátrico: experiência do Hospital das Clínicas da UFMG |
title |
Transplante hepático pediátrico: experiência do Hospital das Clínicas da UFMG |
spellingShingle |
Transplante hepático pediátrico: experiência do Hospital das Clínicas da UFMG Marta Celeste de Oliveira Mesquita mortalidade Taxa de sobrevida Transplante de fígado/efeitos adversos Complicações pós-operatórias Resultado de tratamento Transplante de fígado/ Criança Adolescente Taxa de sobrevida Atresia biliar/complicações Listas de espera Transplante de fígado/efeitos adversos Transplante de fígado/mortalidade Complicações pós-operatórias Resultado de tratamento Estudos retrospectivos Criança Adolescente |
title_short |
Transplante hepático pediátrico: experiência do Hospital das Clínicas da UFMG |
title_full |
Transplante hepático pediátrico: experiência do Hospital das Clínicas da UFMG |
title_fullStr |
Transplante hepático pediátrico: experiência do Hospital das Clínicas da UFMG |
title_full_unstemmed |
Transplante hepático pediátrico: experiência do Hospital das Clínicas da UFMG |
title_sort |
Transplante hepático pediátrico: experiência do Hospital das Clínicas da UFMG |
author |
Marta Celeste de Oliveira Mesquita |
author_facet |
Marta Celeste de Oliveira Mesquita |
author_role |
author |
dc.contributor.advisor1.fl_str_mv |
Alexandre Rodrigues Ferreira |
dc.contributor.advisor-co1.fl_str_mv |
Mariza Leitao Valadares Roquete |
dc.contributor.referee1.fl_str_mv |
Eleonora Druve Tavares Fagundes |
dc.contributor.referee2.fl_str_mv |
Agnaldo Soares Lima |
dc.contributor.author.fl_str_mv |
Marta Celeste de Oliveira Mesquita |
contributor_str_mv |
Alexandre Rodrigues Ferreira Mariza Leitao Valadares Roquete Eleonora Druve Tavares Fagundes Agnaldo Soares Lima |
dc.subject.por.fl_str_mv |
mortalidade Taxa de sobrevida Transplante de fígado/efeitos adversos Complicações pós-operatórias Resultado de tratamento Transplante de fígado/ Criança Adolescente |
topic |
mortalidade Taxa de sobrevida Transplante de fígado/efeitos adversos Complicações pós-operatórias Resultado de tratamento Transplante de fígado/ Criança Adolescente Taxa de sobrevida Atresia biliar/complicações Listas de espera Transplante de fígado/efeitos adversos Transplante de fígado/mortalidade Complicações pós-operatórias Resultado de tratamento Estudos retrospectivos Criança Adolescente |
dc.subject.other.pt_BR.fl_str_mv |
Taxa de sobrevida Atresia biliar/complicações Listas de espera Transplante de fígado/efeitos adversos Transplante de fígado/mortalidade Complicações pós-operatórias Resultado de tratamento Estudos retrospectivos Criança Adolescente |
description |
Objetivos: Avaliar a experiência dos primeiros dez anos de transplantehepático em crianças e adolescentes do Serviço de Transplante Hepático do Instituto Alfa de Gastroenterologia no Hospital das Clínicas da Universidade Federal de Minas Gerais em Belo Horizonte (HC-UFMG). Métodos: Estudo descritivo, através da análise retrospectiva de 84 pacientes menores de 18 anos inscritos em lista para transplante hepático no HC-UFMG, no período de março de 1995 a janeiro de 2006, quanto as seguintes variáveis: idade, gênero, grupo sanguíneo, indicação do transplante, escores de gravidade (Child-Pugh, Malatack, PELD/MELD), tempo de espera em lista, complicações pós-operatórias e sobrevida. Resultados: De 84 pacientes inscritos, 40 foram submetidos ao transplante hepático, ocorrendo dois retransplantes, 26 foram a óbito na lista de espera. A Atresia Biliar foi a indicação mais freqüente. A idade no momento do transplante variou de 1,9 a 19,8 anos, mediana 6,6 anos. Dos 40 pacientes submetidos ao transplante hepático 13 morreram, com uma sobrevida de 70% com 180 dias, e 67,2% durante os cinco anos pós-transplante. O tempo de espera em lista dos 40 pacientes transplantados apresentou mediana de 291dias. As complicações pós-transplante não relacionadas ao enxerto ocorreram em 17 dos 42 transplantes (40,5%), com maior frequência para instabilidade hemodinâmica (40,5%) e complicações neurológicas (38%). As complicações relacionadas ao enxerto ocorreram em 24 dos 42 transplantes (57,1%), prevalecendo, os casos de complicações vasculares (30,8%), sendo 16,6% trombose da artéria hepática; episódio de rejeição aguda ocorreu em 19% dos casos. A causa de óbito das crianças que faleceram no pós-tranplante mais frequente foi o não funcionamento primário do enxerto (30,7%). Conclusão: Os resultados encontrados dentro do grupo transplantado em nosso serviço são semelhantes ao que é observado na literatura, em relação às indicações e complicações no pós-transplante, o que enfatiza a importância do trabalho realizado até então. No entanto, ainda temos possibilidade e necessidade de melhora com o objetivo de reduzir o número de complicações não relacionadas ao enxerto, melhora das complicações vasculares, principalmente as associadas à artéria hepática, para que ocorra uma melhora na sobrevida a longo prazo. |
publishDate |
2007 |
dc.date.issued.fl_str_mv |
2007-05-30 |
dc.date.accessioned.fl_str_mv |
2019-08-10T14:59:47Z |
dc.date.available.fl_str_mv |
2019-08-10T14:59:47Z |
dc.type.status.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/publishedVersion |
dc.type.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/masterThesis |
format |
masterThesis |
status_str |
publishedVersion |
dc.identifier.uri.fl_str_mv |
http://hdl.handle.net/1843/ECJS-77UPWM |
url |
http://hdl.handle.net/1843/ECJS-77UPWM |
dc.language.iso.fl_str_mv |
por |
language |
por |
dc.rights.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/openAccess |
eu_rights_str_mv |
openAccess |
dc.publisher.none.fl_str_mv |
Universidade Federal de Minas Gerais |
dc.publisher.initials.fl_str_mv |
UFMG |
publisher.none.fl_str_mv |
Universidade Federal de Minas Gerais |
dc.source.none.fl_str_mv |
reponame:Repositório Institucional da UFMG instname:Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) instacron:UFMG |
instname_str |
Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) |
instacron_str |
UFMG |
institution |
UFMG |
reponame_str |
Repositório Institucional da UFMG |
collection |
Repositório Institucional da UFMG |
bitstream.url.fl_str_mv |
https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/ECJS-77UPWM/1/marta_celeste_de_oliveira_mesquita.pdf https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/ECJS-77UPWM/2/marta_celeste_de_oliveira_mesquita.pdf.txt |
bitstream.checksum.fl_str_mv |
5ca61ff83bc3e58620763e032f8856de e4cf1826d508d4a8c584a416656e24a6 |
bitstream.checksumAlgorithm.fl_str_mv |
MD5 MD5 |
repository.name.fl_str_mv |
Repositório Institucional da UFMG - Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) |
repository.mail.fl_str_mv |
|
_version_ |
1803589531353481216 |