Perfil dos Transportes Aeromédicos de Pacientes Críticos do Sistema Único de Saúde em Minas Gerais

• Autor(a) principal: Vânia Paula de Carvalho
• Data de Publicação: 2019
• Outros Autores: Fernando Madalena Volpe, Allana dos Reis Corrêa
• Tipo de documento: Dissertação
• Idioma: por
• Título da fonte: Repositório Institucional da UFMG
• Texto Completo: http://hdl.handle.net/1843/47025; https://orcid.org/ 0000-0002-9336-3606; https://orcid.org/ 0000-0002-3252-6715; https://orcid.org/0000-0003-2208-958X
• topic: Epidemiologia; Transporte de Pacientes; Ambulâncias Aéreas; Serviços Médicos de Emergência; Unidade de Terapia Intensiva; Epidemiologia; Transporte de Pacientes; Resgate Aéreo; Serviços Médicos de Emergência; Unidade de Terapia Intensiva

O transporte aeromédico de pacientes críticos é uma realidade frequente, constitui um complemento importante para o transporte terrestre e é uma alternativa para cobrir os vazios assistenciais terciários. O estado de Minas Gerais, situado na região Sudeste, possui grandes dimensões territoriais e a maior quantidade de municípios do Brasil. O objetivo deste estudo foi analisar o perfil epidemiológico dos transportes aeromédicos inter-hospitalares realizados por um serviço terceirizado a pacientes críticos do SUS- MG, entre novembro de 2012 e dezembro de 2017. Os dados desta pesquisa foram provenientes de uma empresa privada, que foi terceirizada, para atendimento a usuários do Sistema Único de Saúde de Minas Gerais (SUS-MG). A população foi constituída de 702 pacientes críticos, que necessitaram de transportes inter-hospitalares aéreos. Trata-se de uma pesquisa quantitativa, com caráter observacional e descritivo. Os dados levantados foram armazenados em planilhas do programa Excel® e os softwares utilizados nas análises foram o R, versão 3.6.0, (R Core Team, 2019), o IBM SSPSS, versão 20.0 (IBM Corp. Released 2011), e o MiniTab, versão 18.0 (MiniTab, Inc. 2000). As variáveis categóricas foram apresentadas como frequências absolutas e relativas. Para as variáveis contínuas, determinaram-se medidas de posição (média, mediana, quartil 1 e quartil 3, mínimo e máximo) e medidas de dispersão (desvio padrão e coeficiente de variação). Realizados mapas com georreferenciamentos aéreos e os mapas com as mesorregiões do estado com as cidades de origem e destino. Os resultados encontrados foram: a Macrorregião Norte foi a que mais demandou os transportes para centros terciários de saúde (23,1%); a Região Metropolitana foi a que mais recebeu pacientes críticos (509/72,5%), em sua maioria para UTIs neonatais; os transportes nas aeronaves de asa fixam foram prevalentes (701/99,8%); a maioria dos atendidos foi do sexo masculino (56,6%), na faixa etária neonatal (37,0%), peso corporal com mediana até 10 anos de idade de 3,2Kg e acima de 10 anos de 70,7Kg; a maior parte dos pacientes estava com acesso venoso periférico (59,1%), classificação diagnóstica ‘cardiológico/cardiovascular’ até 10 anos de idade (45,0%) e ‘trauma’ acima de 10 anos de idade (40,1%), em ventilação mecânica (51,7%), em uso de oxigênio (89%) e com FiO² até 50% (68,0%); dos 95 transportes categorizados como ‘trauma’, com registro de TCE (28,4%), a maioria na faixa etária acima de 10 anos (85,2%) e classificada como TCE grave (51,9%); a distância mediana até a cidade de destino foi de 336,5Km e os horários de decolagens da base mais prevalentes foram no período matutino. Existem poucas pesquisas nacionais no âmbito da medicina aeroespacial, a população estudada foi representativa, aliada ao transporte aeromédico terceirizado para atendimento a pacientes críticos do SUS, denotando caráter inédito e pioneirismo.