Influência das infecções relacionadas à assistência no tempo de permanência e na mortalidade hospitalar utilizando a classificação do Diagnosis Related Groups como ajuste de risco clínico

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Maria Aparecida Braga
Data de Publicação: 2015
Tipo de documento: Tese
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFMG
Texto Completo: http://hdl.handle.net/1843/BUBD-AW2E9T
Resumo: Infecções relacionadas à assistência (IRAs) são as complicações mais comuns entre os pacientes hospitalizados e resultam em elevado custo direto e indireto, com alta mortalidade associada. Objetivo: determinar o impacto da IRA na permanência hospitalar e na mortalidade. Desenho: estudo caso-controle. Os pacientes foram pareados por instituição hospitalar, ano de admissão e categoria diagnostic related groups (DRG) e idade para pareamento do risco. Local: três hospitais que atendem pacientes da saúde suplementar somam 500 leitos de alta complexidade, com certificados de qualidade pela International Organization for Standardization (ISO) 9001; dois deles também têm certificados de qualidade pela Organização Nacional de Acreditação (ONA) nível 3 e um deles possui certificado de qualidade internacional pela National Integrated Hospital Organization (NIHO). Período de estudo: 2013 a 2015. Critério de entrada: todos os pacientes admitidos com idades de 14 anos ou mais, que permaneceram internados por até 30 dias. Coleta de dados: leitura dos registros hospitalares por uma equipe de enfermeiros treinados, dedicados exclusivamente à função. Os dados foram auditados por médicos e enfermeiros independentes que avaliaram e corrigiram as inconsistências com recoleta. Os dados das IRAs se deu por dupla coleta, pois inclui os dados da busca ativa das equipes de controle de IRAs dessas organizações. Da população inicial de 62.567, extraiu-se o grupo-caso, composto por pacientes com IRA e que não apresentavam outros eventos adversos infecciosos e/ou não infecciosos associados, sendo realizado pareamento 1:1 com grupo-controle sem IRA ou outro evento adverso não infeccioso. Foram excluídos 50 pacientes com IRAs para os quais não existiam pacientes-controle. O estudo foi realizado com 195 pacientes de cada grupo. Foram usados quiquadrado de McNemar e t de Student para avaliação das diferenças e os resultados foram considerados significativos com valor de p<0,05. Resultados: no grupo-caso, a permanência média foi de 15,2 +/- 7,2 dias e controles 7,1 +/- 6,6 dias (p<0,001); nos casos de pneumonias, a permanência média foi de 16,7 ± 6,9 dias nos casos e 8,3 ± 7,6 dias nos controles (p<0,001); em infecções do trato urinário, a permanência média foi de 14,9 ± 7,2 dias para os casos e 7,0 + 5,4 dias para os controles (p<0,001). Os resultados não se modificaram com a exclusão dos pacientes que evoluíram para óbito. A mortalidade global nos casos foi de 18,2%, sendo 7,2% nos controles (p<0,001), estando essa diferença de mortalidade localizada nos casos de pneumonia (32,6%) e seus controles (11,2%) (p <0,001). Conclusões: as IRAs determinam mais permanência hospitalar e as pneumonias se associam ao aumento da mortalidade.
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Local: três hospitais que atendem pacientes da saúde suplementar somam 500 leitos de alta complexidade, com certificados de qualidade pela International Organization for Standardization (ISO) 9001; dois deles também têm certificados de qualidade pela Organização Nacional de Acreditação (ONA) nível 3 e um deles possui certificado de qualidade internacional pela National Integrated Hospital Organization (NIHO). Período de estudo: 2013 a 2015. Critério de entrada: todos os pacientes admitidos com idades de 14 anos ou mais, que permaneceram internados por até 30 dias. Coleta de dados: leitura dos registros hospitalares por uma equipe de enfermeiros treinados, dedicados exclusivamente à função. Os dados foram auditados por médicos e enfermeiros independentes que avaliaram e corrigiram as inconsistências com recoleta. Os dados das IRAs se deu por dupla coleta, pois inclui os dados da busca ativa das equipes de controle de IRAs dessas organizações. Da população inicial de 62.567, extraiu-se o grupo-caso, composto por pacientes com IRA e que não apresentavam outros eventos adversos infecciosos e/ou não infecciosos associados, sendo realizado pareamento 1:1 com grupo-controle sem IRA ou outro evento adverso não infeccioso. Foram excluídos 50 pacientes com IRAs para os quais não existiam pacientes-controle. O estudo foi realizado com 195 pacientes de cada grupo. Foram usados quiquadrado de McNemar e t de Student para avaliação das diferenças e os resultados foram considerados significativos com valor de p<0,05. Resultados: no grupo-caso, a permanência média foi de 15,2 +/- 7,2 dias e controles 7,1 +/- 6,6 dias (p<0,001); nos casos de pneumonias, a permanência média foi de 16,7 ± 6,9 dias nos casos e 8,3 ± 7,6 dias nos controles (p<0,001); em infecções do trato urinário, a permanência média foi de 14,9 ± 7,2 dias para os casos e 7,0 + 5,4 dias para os controles (p<0,001). Os resultados não se modificaram com a exclusão dos pacientes que evoluíram para óbito. A mortalidade global nos casos foi de 18,2%, sendo 7,2% nos controles (p<0,001), estando essa diferença de mortalidade localizada nos casos de pneumonia (32,6%) e seus controles (11,2%) (p <0,001). Conclusões: as IRAs determinam mais permanência hospitalar e as pneumonias se associam ao aumento da mortalidade.Background: Health care associated infections (HAI) are the most common complications affecting hospitalized patients and results in direct and indirect costs. This work aims to estimate the impact of HAI on length-of-stay and mortality. Design: Case-control study. Patients were paired by hospital institution, DRG category using DRG Brasil system, age and year of admission. Setting: At 3 hospitals that together add up to 500 beds of the private healthcare sector. The hospitals are of high complexity, all of them with certified ISO 9001, two accredited by ONA level 3 and one with certified NIHO. The study was from 2013 to 2015, january. Information was collected through the review of hospital records by a supervised team that evaluated the consistency of results and corrected any inconsistencies. Data organization: From a sample of 62.567 adults, acute hospitalized patients, 245 with first-HAI episode and without another adverse events were selected and in 195 we were able to find a corresponding pair. The impact of complications was measured by variations in the length of stay. McNemars chi-square and Students T Test were used and the results were considered significant with a p value of < 0,05. Results: In case group, the average length of stay was 15,2 + 7,2 days and 7,1 + 6,6 days for controls, for pneumonias cases the average length of stay was 16,7 ± 6,9 days and 8,3 ± 7,6 days for controls, for urinary tract infections the average length of stay was 14,9 ± 7,2 days and 7,0+ 5,4 days for controls (p<0,001). The results did not change with the exclusion of patients who died. The overall mortality for cases was 18.2% and 7.2% for controls (p <0.001) being this difference located in pneumonias cases, 32.6%, and its controls, 11.2% (p <0.001). Conclusions: IRAs motivate a greater length os stay and pneumonia are associated with higher mortality.Universidade Federal de Minas GeraisUFMGInfecção hospitalarTempo de internaçãoCustos hospitalaresEfeitos colaterais e reações adversas relacionados a medicamentosMortalidadeMedicinaCustos hospitalaresMortalidadeInfecções hospitalaresEventos adversosTempo de permanênciaInfluência das infecções relacionadas à assistência no tempo de permanência e na mortalidade hospitalar utilizando a classificação do Diagnosis Related Groups como ajuste de risco clínicoinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisinfo:eu-repo/semantics/openAccessporreponame:Repositório Institucional da UFMGinstname:Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)instacron:UFMGORIGINALtese_maria_aparecida_braga.pdfapplication/pdf3074429https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/BUBD-AW2E9T/1/tese_maria_aparecida_braga.pdf7900c8445c85e025c08c3dc6a48dbc29MD51TEXTtese_maria_aparecida_braga.pdf.txttese_maria_aparecida_braga.pdf.txtExtracted texttext/plain286599https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/BUBD-AW2E9T/2/tese_maria_aparecida_braga.pdf.txt7498a188c52816205c0ee087bb5ab977MD521843/BUBD-AW2E9T2019-11-14 18:21:52.821oai:repositorio.ufmg.br:1843/BUBD-AW2E9TRepositório de PublicaçõesPUBhttps://repositorio.ufmg.br/oaiopendoar:2019-11-14T21:21:52Repositório Institucional da UFMG - Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)false
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