Comparação entre as técnicas de shouldice modificada por berliner e de falci-lichtenstein na hernioplastia inguinal

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Rachid Guimaraes Nagem
Data de Publicação: 2007
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFMG
Texto Completo: http://hdl.handle.net/1843/ECJS-76JJER
Resumo: A hérnia inguinal é uma afecção muito comum e de grande impacto socioeconomico. As técnicas de hernioplastias mais difundidas atualmente são as de Falci-Lichtenstein e de Shouldice. Na primeira é feito implante sistemático de prótese na região inguinal. A segunda abre a fáscia transversal e realiza reparo em quatro planos superpostos. Berliner modificou-a para apenas dois planos. Não encontramos difusão na literatura dessa modificação e isso motivou este estudo. Foram comparadas as técnicas de Shouldice modificada por Berliner e de Falci-Lichtenstein em relação a duração do procedimento, permanência hospitalar, retorno ao trabalho, complicações e recidiva herniária. Foram estudados prospectivamente 312 homens, maiores de 18 anos, com hérnias inguinais tipo 3 A, 3 B e 4 da classificação de Nyhus, operados pelo mesmo cirurgião. O grupo 1 constou de 84 pacientes tratados pela técnica de Falci-Lichtenstein. O grupo 2 foi formado por 228 pacientes operados pela técnica de Shouldice modificada por Berliner. A duração média dos procedimentos foi de 53,56 min no grupo 1 e de 57,32 min no grupo 2 (p=0,2982). No grupo 1, 94,1% dos pacientes deixaram o hospital em menos de 24h enquanto no grupo 2 foram 92,6% (p=0,8050). Não houve mortalidade operatória e a taxa de complicações foi de 10% no grupo 1 e de 12% no grupo 2 (p=0,5557). O seguimento médio dos pacientes foi de 3,35 anos no grupo 1 e de 3,64 anos no grupo 2 (p=0,2337). A taxa de recidiva no grupo 1 foi de 1,2% (0% nas hérnias primárias e 10% nas recidivadas) e no grupo 2 de 5,4% (4,4% nas primárias e 12,5% nas recidivadas), diferença não significante (p=0,0935). Comparou-se a taxa de recidiva nas metades inicial (p=0,0472) e final (p=0,6593) da casuística e observou-se diferença significante entre as duas técnicas na primeira metade dos pacientes operados. Concluiu-se que as técnicas de Falci-Lichtenstein e de Shouldice modificada por Berliner são comparáveis em relação à duração do procedimento, permanência hospitalar, complicações e recidiva herniária, em pacientes masculinos, maiores de 18 anos, com hérnias tipo 3 A, 3 B e 4 da classificação de Nyhus. Quando se analisou a metade inicial da casuística, a técnica de Shouldice modificada por Berliner apresentou maior recidiva herniária.
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Foram estudados prospectivamente 312 homens, maiores de 18 anos, com hérnias inguinais tipo 3 A, 3 B e 4 da classificação de Nyhus, operados pelo mesmo cirurgião. O grupo 1 constou de 84 pacientes tratados pela técnica de Falci-Lichtenstein. O grupo 2 foi formado por 228 pacientes operados pela técnica de Shouldice modificada por Berliner. A duração média dos procedimentos foi de 53,56 min no grupo 1 e de 57,32 min no grupo 2 (p=0,2982). No grupo 1, 94,1% dos pacientes deixaram o hospital em menos de 24h enquanto no grupo 2 foram 92,6% (p=0,8050). Não houve mortalidade operatória e a taxa de complicações foi de 10% no grupo 1 e de 12% no grupo 2 (p=0,5557). O seguimento médio dos pacientes foi de 3,35 anos no grupo 1 e de 3,64 anos no grupo 2 (p=0,2337). A taxa de recidiva no grupo 1 foi de 1,2% (0% nas hérnias primárias e 10% nas recidivadas) e no grupo 2 de 5,4% (4,4% nas primárias e 12,5% nas recidivadas), diferença não significante (p=0,0935). Comparou-se a taxa de recidiva nas metades inicial (p=0,0472) e final (p=0,6593) da casuística e observou-se diferença significante entre as duas técnicas na primeira metade dos pacientes operados. Concluiu-se que as técnicas de Falci-Lichtenstein e de Shouldice modificada por Berliner são comparáveis em relação à duração do procedimento, permanência hospitalar, complicações e recidiva herniária, em pacientes masculinos, maiores de 18 anos, com hérnias tipo 3 A, 3 B e 4 da classificação de Nyhus. Quando se analisou a metade inicial da casuística, a técnica de Shouldice modificada por Berliner apresentou maior recidiva herniária.Surgical repair of inguinal hernias is a common procedure in adult men. The most commonly perfomed repairs today are the Falci-Lichtenstein and the Shouldice. The first one uses a prosthetic mesh and the second one divides the transversalis fascia and creates a four layer repair. Berliner modified it to a double layer repair. There is no diffusion in the literature of this modification. The techniques were compared with regard of operative time, length of hospital stay, return to work, complications and recurrence. It was prospectively studied 312 men, over 18 years with type 3 A, 3 B e 4 of Nyhus classification inguinal hernias operated on by one single surgeon. Group 1 was composed for 84 patients treated with the Falci-Lichtenstein technique. Group 2 included 228 patients operated with the Shouldice modified by Berliner repair. Mean operative time was 53,56min for group 1 and 57,32min for group 2 (p=0,2982). In group 1, 94,1% of the patients left hospital within 24h whereas 92,6% did so in group 2 (p=0,8050). There was no surgical mortality and complication rate was 10% in group 1 and 12,5% in group 2 (p=0,5557). Mean follow up time was 3,35 years in group 1 and 3,64 years in group 2 (p=0,2337). Recurrence was 1,2% (0% in primary and 10% in recurrent hernias) in group 1 and 5,4% (4,4% in primary and 12,5% in recurrent hernias) in group 2 (p=0,0935). None of these differences were significant. It was evaluated the recurrence rate in the first and second half of the operated patients and demonstrated significant difference between the two techniques in the first half (p=0,0472) We concluded the Shouldice modified by Berliner repair is similar to the Falci-Lichtenstein in men, over 18 years with type 3 A, 3 B and 4 inguinal 78 hernias of Nyhus classification. When the first half of patients were analized the modified Shouldice presented more recurrencesUniversidade Federal de Minas GeraisUFMGProcedimentos cirúrgicos do sistema digestório/métodosIdosoTelas cirúrgicas/utilizaçãoMeia-idadeResultado de tratamentoPolipropilenos/uso terapêuticoTécnicas de sutura/utilizaçãoHomensHérnia inguinal/cirurgiaAdolescenteHernia inguinalHernioplastiaComparação de técnicasComparação entre as técnicas de shouldice modificada por berliner e de falci-lichtenstein na hernioplastia inguinalinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisinfo:eu-repo/semantics/openAccessporreponame:Repositório Institucional da UFMGinstname:Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)instacron:UFMGORIGINALrachid_guimar_es_nagem.pdfapplication/pdf1974713https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/ECJS-76JJER/1/rachid_guimar_es_nagem.pdf9bc4233009f685b1af87704ba7f1928eMD51TEXTrachid_guimar_es_nagem.pdf.txtrachid_guimar_es_nagem.pdf.txtExtracted texttext/plain124805https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/ECJS-76JJER/2/rachid_guimar_es_nagem.pdf.txt8faeadbfdb77ecb8653a9e88d89b9717MD521843/ECJS-76JJER2019-11-14 13:42:52.245oai:repositorio.ufmg.br:1843/ECJS-76JJERRepositório de PublicaçõesPUBhttps://repositorio.ufmg.br/oaiopendoar:2019-11-14T16:42:52Repositório Institucional da UFMG - Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)false
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description A hérnia inguinal é uma afecção muito comum e de grande impacto socioeconomico. As técnicas de hernioplastias mais difundidas atualmente são as de Falci-Lichtenstein e de Shouldice. Na primeira é feito implante sistemático de prótese na região inguinal. A segunda abre a fáscia transversal e realiza reparo em quatro planos superpostos. Berliner modificou-a para apenas dois planos. Não encontramos difusão na literatura dessa modificação e isso motivou este estudo. Foram comparadas as técnicas de Shouldice modificada por Berliner e de Falci-Lichtenstein em relação a duração do procedimento, permanência hospitalar, retorno ao trabalho, complicações e recidiva herniária. Foram estudados prospectivamente 312 homens, maiores de 18 anos, com hérnias inguinais tipo 3 A, 3 B e 4 da classificação de Nyhus, operados pelo mesmo cirurgião. O grupo 1 constou de 84 pacientes tratados pela técnica de Falci-Lichtenstein. O grupo 2 foi formado por 228 pacientes operados pela técnica de Shouldice modificada por Berliner. A duração média dos procedimentos foi de 53,56 min no grupo 1 e de 57,32 min no grupo 2 (p=0,2982). No grupo 1, 94,1% dos pacientes deixaram o hospital em menos de 24h enquanto no grupo 2 foram 92,6% (p=0,8050). Não houve mortalidade operatória e a taxa de complicações foi de 10% no grupo 1 e de 12% no grupo 2 (p=0,5557). O seguimento médio dos pacientes foi de 3,35 anos no grupo 1 e de 3,64 anos no grupo 2 (p=0,2337). A taxa de recidiva no grupo 1 foi de 1,2% (0% nas hérnias primárias e 10% nas recidivadas) e no grupo 2 de 5,4% (4,4% nas primárias e 12,5% nas recidivadas), diferença não significante (p=0,0935). Comparou-se a taxa de recidiva nas metades inicial (p=0,0472) e final (p=0,6593) da casuística e observou-se diferença significante entre as duas técnicas na primeira metade dos pacientes operados. Concluiu-se que as técnicas de Falci-Lichtenstein e de Shouldice modificada por Berliner são comparáveis em relação à duração do procedimento, permanência hospitalar, complicações e recidiva herniária, em pacientes masculinos, maiores de 18 anos, com hérnias tipo 3 A, 3 B e 4 da classificação de Nyhus. Quando se analisou a metade inicial da casuística, a técnica de Shouldice modificada por Berliner apresentou maior recidiva herniária.
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