Acompanhamento terapêutico: operadores psicanalíticos para uma clínica em movimento

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Júlia Roberta de Oliveira Carvalho Caetano
Data de Publicação: 2018
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFMG
Texto Completo: http://hdl.handle.net/1843/30124
Resumo: O presente estudo tem como objetivo analisar quais operadores clínicos o Acompanhamento Terapêutico poderá dispor para a sua prática diante da psicose, visto que se trata de uma prática permeada pela contingência e pela clínica a céu aberto. O encontro com a psicanálise é norteador para nossa pesquisa, pois será a partir deste referencial teórico e prático que poderemos circunscrever nosso objeto de estudo e o nosso problema de pesquisa. Para empreender neste estudo, é necessário perpassar pela história da loucura, compreender quais posições foram ocupadas pelo louco na sociedade, que passa pelo enigma e pelo enclausuramento. O papel do discurso científico é marcante, ao imprimir o discurso segregacionista de que o louco nada tem a dizer. Apenas com a Reforma Psiquiátrica há a possibilidade de o louco ter a sua liberdade, inclusive de tratamento. Com a Reforma, surge o Acompanhamento Terapêutico na década de 1960, na Argentina. Esta prática se desenvolve à medida que sai do acompanhamento do paciente no espaço hospitalar, para acompanhá-lo na rua, nas andanças pelo território. Temos então uma prática marcada pela contingência, a partir do tratamento realizado em meio aberto, para além do ambiente controlado dos hospitais. Esse saber, que diz do caso a caso, não impede de pensarmos numa formalização para sustentar uma prática clínica. Por isso, apostamos justamente em alguns conceitos e construções da clínica das psicoses, que encontra desde Freud a característica principal de ouvir a palavra do sujeito com sofrimento mental. A partir do desenvolvimento da clínica das psicoses e das elaborações sobre o tratamento do Outro, o diagnóstico de discurso e a construção do caso clínico, bem como outras elaborações e operadores clínicos que dizem respeito à prática da psicanálise nas instituições, a ênfase recai sobre a solução singular que cada sujeito constrói no laço social. Estas elaborações nos ajudarão a analisar de que forma o Sinthoma, conceitualizado por Lacan em seu último ensino, poderá ser um operador clínico para o AT, para que se possa compreender quais as soluções subjetivas que cada sujeito encontra e constrói em seu arranjo, no encontro com o Outro. Alguns fragmentos clínicos serão analisados a partir destes operadores, considerando que o AT encontra uma prática subsidiada por um aporte teórico que destaca a escuta do sujeito.
id UFMG_c39ccf84907603beff0441fdeb992a59
oai_identifier_str oai:repositorio.ufmg.br:1843/30124
network_acronym_str UFMG
network_name_str Repositório Institucional da UFMG
repository_id_str
spelling Antônio Márcio Ribeiro Teixeirahttp://lattes.cnpq.br/7074655967028037Lúcia Grossi dos SantosAndréa Maris Campos Guerrahttp://lattes.cnpq.br/8085500437161376Júlia Roberta de Oliveira Carvalho Caetano2019-09-26T13:47:12Z2019-09-26T13:47:12Z2018-02-28http://hdl.handle.net/1843/30124O presente estudo tem como objetivo analisar quais operadores clínicos o Acompanhamento Terapêutico poderá dispor para a sua prática diante da psicose, visto que se trata de uma prática permeada pela contingência e pela clínica a céu aberto. O encontro com a psicanálise é norteador para nossa pesquisa, pois será a partir deste referencial teórico e prático que poderemos circunscrever nosso objeto de estudo e o nosso problema de pesquisa. Para empreender neste estudo, é necessário perpassar pela história da loucura, compreender quais posições foram ocupadas pelo louco na sociedade, que passa pelo enigma e pelo enclausuramento. O papel do discurso científico é marcante, ao imprimir o discurso segregacionista de que o louco nada tem a dizer. Apenas com a Reforma Psiquiátrica há a possibilidade de o louco ter a sua liberdade, inclusive de tratamento. Com a Reforma, surge o Acompanhamento Terapêutico na década de 1960, na Argentina. Esta prática se desenvolve à medida que sai do acompanhamento do paciente no espaço hospitalar, para acompanhá-lo na rua, nas andanças pelo território. Temos então uma prática marcada pela contingência, a partir do tratamento realizado em meio aberto, para além do ambiente controlado dos hospitais. Esse saber, que diz do caso a caso, não impede de pensarmos numa formalização para sustentar uma prática clínica. Por isso, apostamos justamente em alguns conceitos e construções da clínica das psicoses, que encontra desde Freud a característica principal de ouvir a palavra do sujeito com sofrimento mental. A partir do desenvolvimento da clínica das psicoses e das elaborações sobre o tratamento do Outro, o diagnóstico de discurso e a construção do caso clínico, bem como outras elaborações e operadores clínicos que dizem respeito à prática da psicanálise nas instituições, a ênfase recai sobre a solução singular que cada sujeito constrói no laço social. Estas elaborações nos ajudarão a analisar de que forma o Sinthoma, conceitualizado por Lacan em seu último ensino, poderá ser um operador clínico para o AT, para que se possa compreender quais as soluções subjetivas que cada sujeito encontra e constrói em seu arranjo, no encontro com o Outro. Alguns fragmentos clínicos serão analisados a partir destes operadores, considerando que o AT encontra uma prática subsidiada por um aporte teórico que destaca a escuta do sujeito.This study has as goal to analyze which clinical operators Therapeutic Accompaniment could afford in its practice in the face ofpsychoses, once this practice is affected by the contingency and the open sky clinic. The encounter with psychoanalysis is the guiding principle for our research, because from this theoretical and practical referential we will be able to circumscribe our study goal and research problem. To wage this study is necessary to pass through the history of madness, to understand which positions have been occupied by the madman in society, what includes the enigma and the enclosure. The role of scientific discourse is striking, in imprinting the segregationist discourse that the madman has nothing to say. Only with the Psychiatric Reform, the crazy could have its own liberty, what includes the treatment. With the Psychiatric Reform, arises the Therapeutic Accompaniment in the ‘60s, in Argentina. This practice develops as it leaves the patient's follow-up in the hospital space, to accompany him on the street, in the wandering through the territory. We then have a practice marked by contingency, from the treatment performed in the outdoor environment, in addition to the controlled environment of the hospitals. This knowledge, which he says on a case-by-case basis, does not prevent us from thinking of a formalization to support a clinical practice. For this reason, we focus precisely on some concepts and constructions of the psychoses clinic, which finds since Freud the main characteristic of hearing the subject's word with mental suffering. From the development of the psychosis clinic and the elaborations on the treatment of the Other, the diagnosis of discourse and the construction of the clinical case, as well as other elaborations and clinical operators that concern the practice of psychoanalysis in the institutions, the emphasis is on the unique solution that each subject builds in the social bond. These elaborations will help us to analyze how the Sinthome, conceptualized by Lacan in his last teaching, can be a clinical operator for the TA, so that one can understand the subjective solutions that each subject finds out and constructs in his arrangement, in its encounter with the Other. Some clinical fragments will be analyzed from these operators, where the TA finds a practice subsidized by a theoretical contribution that emphasizes the listening of the subject.porUniversidade Federal de Minas GeraisPrograma de Pós-Graduação em PsicologiaUFMGBrasilFAF - DEPARTAMENTO DE PSICOLOGIAAcompanhamento terapêuticoPsicanáliseReforma psiquiátricaClínica da psicoseSinthomaAcompanhamento terapêutico: operadores psicanalíticos para uma clínica em movimentoinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UFMGinstname:Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)instacron:UFMGORIGINALDissertação Julia Roberta O C Caetano.pdfDissertação Julia Roberta O C Caetano.pdfAbertoapplication/pdf1057221https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/30124/1/Disserta%c3%a7%c3%a3o%20Julia%20Roberta%20O%20C%20Caetano.pdf0017faa9a72bccb612c91e4d8673af7eMD51LICENSElicense.txtlicense.txttext/plain; charset=utf-82119https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/30124/2/license.txt34badce4be7e31e3adb4575ae96af679MD52TEXTDissertação Julia Roberta O C Caetano.pdf.txtDissertação Julia Roberta O C Caetano.pdf.txtExtracted texttext/plain209801https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/30124/3/Disserta%c3%a7%c3%a3o%20Julia%20Roberta%20O%20C%20Caetano.pdf.txtee4248f154e8663679bd8716e0774918MD531843/301242019-11-14 12:18:52.706oai:repositorio.ufmg.br:1843/30124TElDRU7Dh0EgREUgRElTVFJJQlVJw4fDg08gTsODTy1FWENMVVNJVkEgRE8gUkVQT1NJVMOTUklPIElOU1RJVFVDSU9OQUwgREEgVUZNRwoKQ29tIGEgYXByZXNlbnRhw6fDo28gZGVzdGEgbGljZW7Dp2EsIHZvY8OqIChvIGF1dG9yIChlcykgb3UgbyB0aXR1bGFyIGRvcyBkaXJlaXRvcyBkZSBhdXRvcikgY29uY2VkZSBhbyBSZXBvc2l0w7NyaW8gSW5zdGl0dWNpb25hbCBkYSBVRk1HIChSSS1VRk1HKSBvIGRpcmVpdG8gbsOjbyBleGNsdXNpdm8gZSBpcnJldm9nw6F2ZWwgZGUgcmVwcm9kdXppciBlL291IGRpc3RyaWJ1aXIgYSBzdWEgcHVibGljYcOnw6NvIChpbmNsdWluZG8gbyByZXN1bW8pIHBvciB0b2RvIG8gbXVuZG8gbm8gZm9ybWF0byBpbXByZXNzbyBlIGVsZXRyw7RuaWNvIGUgZW0gcXVhbHF1ZXIgbWVpbywgaW5jbHVpbmRvIG9zIGZvcm1hdG9zIMOhdWRpbyBvdSB2w61kZW8uCgpWb2PDqiBkZWNsYXJhIHF1ZSBjb25oZWNlIGEgcG9sw610aWNhIGRlIGNvcHlyaWdodCBkYSBlZGl0b3JhIGRvIHNldSBkb2N1bWVudG8gZSBxdWUgY29uaGVjZSBlIGFjZWl0YSBhcyBEaXJldHJpemVzIGRvIFJJLVVGTUcuCgpWb2PDqiBjb25jb3JkYSBxdWUgbyBSZXBvc2l0w7NyaW8gSW5zdGl0dWNpb25hbCBkYSBVRk1HIHBvZGUsIHNlbSBhbHRlcmFyIG8gY29udGXDumRvLCB0cmFuc3BvciBhIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gcGFyYSBxdWFscXVlciBtZWlvIG91IGZvcm1hdG8gcGFyYSBmaW5zIGRlIHByZXNlcnZhw6fDo28uCgpWb2PDqiB0YW1iw6ltIGNvbmNvcmRhIHF1ZSBvIFJlcG9zaXTDs3JpbyBJbnN0aXR1Y2lvbmFsIGRhIFVGTUcgcG9kZSBtYW50ZXIgbWFpcyBkZSB1bWEgY8OzcGlhIGRlIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gcGFyYSBmaW5zIGRlIHNlZ3VyYW7Dp2EsIGJhY2stdXAgZSBwcmVzZXJ2YcOnw6NvLgoKVm9jw6ogZGVjbGFyYSBxdWUgYSBzdWEgcHVibGljYcOnw6NvIMOpIG9yaWdpbmFsIGUgcXVlIHZvY8OqIHRlbSBvIHBvZGVyIGRlIGNvbmNlZGVyIG9zIGRpcmVpdG9zIGNvbnRpZG9zIG5lc3RhIGxpY2Vuw6dhLiBWb2PDqiB0YW1iw6ltIGRlY2xhcmEgcXVlIG8gZGVww7NzaXRvIGRlIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gbsOjbywgcXVlIHNlamEgZGUgc2V1IGNvbmhlY2ltZW50bywgaW5mcmluZ2UgZGlyZWl0b3MgYXV0b3JhaXMgZGUgbmluZ3XDqW0uCgpDYXNvIGEgc3VhIHB1YmxpY2HDp8OjbyBjb250ZW5oYSBtYXRlcmlhbCBxdWUgdm9jw6ogbsOjbyBwb3NzdWkgYSB0aXR1bGFyaWRhZGUgZG9zIGRpcmVpdG9zIGF1dG9yYWlzLCB2b2PDqiBkZWNsYXJhIHF1ZSBvYnRldmUgYSBwZXJtaXNzw6NvIGlycmVzdHJpdGEgZG8gZGV0ZW50b3IgZG9zIGRpcmVpdG9zIGF1dG9yYWlzIHBhcmEgY29uY2VkZXIgYW8gUmVwb3NpdMOzcmlvIEluc3RpdHVjaW9uYWwgZGEgVUZNRyBvcyBkaXJlaXRvcyBhcHJlc2VudGFkb3MgbmVzdGEgbGljZW7Dp2EsIGUgcXVlIGVzc2UgbWF0ZXJpYWwgZGUgcHJvcHJpZWRhZGUgZGUgdGVyY2Vpcm9zIGVzdMOhIGNsYXJhbWVudGUgaWRlbnRpZmljYWRvIGUgcmVjb25oZWNpZG8gbm8gdGV4dG8gb3Ugbm8gY29udGXDumRvIGRhIHB1YmxpY2HDp8OjbyBvcmEgZGVwb3NpdGFkYS4KCkNBU08gQSBQVUJMSUNBw4fDg08gT1JBIERFUE9TSVRBREEgVEVOSEEgU0lETyBSRVNVTFRBRE8gREUgVU0gUEFUUk9Dw41OSU8gT1UgQVBPSU8gREUgVU1BIEFHw4pOQ0lBIERFIEZPTUVOVE8gT1UgT1VUUk8gT1JHQU5JU01PLCBWT0PDiiBERUNMQVJBIFFVRSBSRVNQRUlUT1UgVE9ET1MgRSBRVUFJU1FVRVIgRElSRUlUT1MgREUgUkVWSVPDg08gQ09NTyBUQU1Cw4lNIEFTIERFTUFJUyBPQlJJR0HDh8OVRVMgRVhJR0lEQVMgUE9SIENPTlRSQVRPIE9VIEFDT1JETy4KCk8gUmVwb3NpdMOzcmlvIEluc3RpdHVjaW9uYWwgZGEgVUZNRyBzZSBjb21wcm9tZXRlIGEgaWRlbnRpZmljYXIgY2xhcmFtZW50ZSBvIHNldSBub21lKHMpIG91IG8ocykgbm9tZXMocykgZG8ocykgZGV0ZW50b3IoZXMpIGRvcyBkaXJlaXRvcyBhdXRvcmFpcyBkYSBwdWJsaWNhw6fDo28sIGUgbsOjbyBmYXLDoSBxdWFscXVlciBhbHRlcmHDp8OjbywgYWzDqW0gZGFxdWVsYXMgY29uY2VkaWRhcyBwb3IgZXN0YSBsaWNlbsOnYS4KCg==Repositório de PublicaçõesPUBhttps://repositorio.ufmg.br/oaiopendoar:2019-11-14T15:18:52Repositório Institucional da UFMG - Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)false
dc.title.pt_BR.fl_str_mv Acompanhamento terapêutico: operadores psicanalíticos para uma clínica em movimento
title Acompanhamento terapêutico: operadores psicanalíticos para uma clínica em movimento
spellingShingle Acompanhamento terapêutico: operadores psicanalíticos para uma clínica em movimento
Júlia Roberta de Oliveira Carvalho Caetano
Acompanhamento terapêutico
Psicanálise
Reforma psiquiátrica
Clínica da psicose
Sinthoma
title_short Acompanhamento terapêutico: operadores psicanalíticos para uma clínica em movimento
title_full Acompanhamento terapêutico: operadores psicanalíticos para uma clínica em movimento
title_fullStr Acompanhamento terapêutico: operadores psicanalíticos para uma clínica em movimento
title_full_unstemmed Acompanhamento terapêutico: operadores psicanalíticos para uma clínica em movimento
title_sort Acompanhamento terapêutico: operadores psicanalíticos para uma clínica em movimento
author Júlia Roberta de Oliveira Carvalho Caetano
author_facet Júlia Roberta de Oliveira Carvalho Caetano
author_role author
dc.contributor.advisor1.fl_str_mv Antônio Márcio Ribeiro Teixeira
dc.contributor.advisor1Lattes.fl_str_mv http://lattes.cnpq.br/7074655967028037
dc.contributor.referee1.fl_str_mv Lúcia Grossi dos Santos
dc.contributor.referee2.fl_str_mv Andréa Maris Campos Guerra
dc.contributor.authorLattes.fl_str_mv http://lattes.cnpq.br/8085500437161376
dc.contributor.author.fl_str_mv Júlia Roberta de Oliveira Carvalho Caetano
contributor_str_mv Antônio Márcio Ribeiro Teixeira
Lúcia Grossi dos Santos
Andréa Maris Campos Guerra
dc.subject.por.fl_str_mv Acompanhamento terapêutico
Psicanálise
Reforma psiquiátrica
Clínica da psicose
Sinthoma
topic Acompanhamento terapêutico
Psicanálise
Reforma psiquiátrica
Clínica da psicose
Sinthoma
description O presente estudo tem como objetivo analisar quais operadores clínicos o Acompanhamento Terapêutico poderá dispor para a sua prática diante da psicose, visto que se trata de uma prática permeada pela contingência e pela clínica a céu aberto. O encontro com a psicanálise é norteador para nossa pesquisa, pois será a partir deste referencial teórico e prático que poderemos circunscrever nosso objeto de estudo e o nosso problema de pesquisa. Para empreender neste estudo, é necessário perpassar pela história da loucura, compreender quais posições foram ocupadas pelo louco na sociedade, que passa pelo enigma e pelo enclausuramento. O papel do discurso científico é marcante, ao imprimir o discurso segregacionista de que o louco nada tem a dizer. Apenas com a Reforma Psiquiátrica há a possibilidade de o louco ter a sua liberdade, inclusive de tratamento. Com a Reforma, surge o Acompanhamento Terapêutico na década de 1960, na Argentina. Esta prática se desenvolve à medida que sai do acompanhamento do paciente no espaço hospitalar, para acompanhá-lo na rua, nas andanças pelo território. Temos então uma prática marcada pela contingência, a partir do tratamento realizado em meio aberto, para além do ambiente controlado dos hospitais. Esse saber, que diz do caso a caso, não impede de pensarmos numa formalização para sustentar uma prática clínica. Por isso, apostamos justamente em alguns conceitos e construções da clínica das psicoses, que encontra desde Freud a característica principal de ouvir a palavra do sujeito com sofrimento mental. A partir do desenvolvimento da clínica das psicoses e das elaborações sobre o tratamento do Outro, o diagnóstico de discurso e a construção do caso clínico, bem como outras elaborações e operadores clínicos que dizem respeito à prática da psicanálise nas instituições, a ênfase recai sobre a solução singular que cada sujeito constrói no laço social. Estas elaborações nos ajudarão a analisar de que forma o Sinthoma, conceitualizado por Lacan em seu último ensino, poderá ser um operador clínico para o AT, para que se possa compreender quais as soluções subjetivas que cada sujeito encontra e constrói em seu arranjo, no encontro com o Outro. Alguns fragmentos clínicos serão analisados a partir destes operadores, considerando que o AT encontra uma prática subsidiada por um aporte teórico que destaca a escuta do sujeito.
publishDate 2018
dc.date.issued.fl_str_mv 2018-02-28
dc.date.accessioned.fl_str_mv 2019-09-26T13:47:12Z
dc.date.available.fl_str_mv 2019-09-26T13:47:12Z
dc.type.status.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/publishedVersion
dc.type.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/masterThesis
format masterThesis
status_str publishedVersion
dc.identifier.uri.fl_str_mv http://hdl.handle.net/1843/30124
url http://hdl.handle.net/1843/30124
dc.language.iso.fl_str_mv por
language por
dc.rights.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/openAccess
eu_rights_str_mv openAccess
dc.publisher.none.fl_str_mv Universidade Federal de Minas Gerais
dc.publisher.program.fl_str_mv Programa de Pós-Graduação em Psicologia
dc.publisher.initials.fl_str_mv UFMG
dc.publisher.country.fl_str_mv Brasil
dc.publisher.department.fl_str_mv FAF - DEPARTAMENTO DE PSICOLOGIA
publisher.none.fl_str_mv Universidade Federal de Minas Gerais
dc.source.none.fl_str_mv reponame:Repositório Institucional da UFMG
instname:Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)
instacron:UFMG
instname_str Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)
instacron_str UFMG
institution UFMG
reponame_str Repositório Institucional da UFMG
collection Repositório Institucional da UFMG
bitstream.url.fl_str_mv https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/30124/1/Disserta%c3%a7%c3%a3o%20Julia%20Roberta%20O%20C%20Caetano.pdf
https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/30124/2/license.txt
https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/30124/3/Disserta%c3%a7%c3%a3o%20Julia%20Roberta%20O%20C%20Caetano.pdf.txt
bitstream.checksum.fl_str_mv 0017faa9a72bccb612c91e4d8673af7e
34badce4be7e31e3adb4575ae96af679
ee4248f154e8663679bd8716e0774918
bitstream.checksumAlgorithm.fl_str_mv MD5
MD5
MD5
repository.name.fl_str_mv Repositório Institucional da UFMG - Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)
repository.mail.fl_str_mv
_version_ 1803589460990885888