Avaliação biomecânica das lesões ligamentares do complexo articular de Lisfranc: novo modelo cadavérico utilizando estresse em supinação e pronação
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Data de Publicação: | 2020 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UFMG |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/1843/38741 |
Resumo: | Introdução: as lesões no complexo articular de Lisfranc ocorrem devido a trauma direto ou indireto, no qual forças de torção ou axiais são transmitidas ao pé. Os modelos cadavéricos são úteis para avaliar padrões de lesões e modelos de fixação, mas frequentemente a quantidade de deslocamento articular após a lesão torna-se um limitador. O objetivo deste estudo foi testar um modelo cadavérico que inclui carga axial, flexão plantar do pé e movimentos de pronação-supinação, recriando diástase óssea semelhante ao observado em lesões sutis de Lisfranc na prática clínica. Nossa hipótese é de que a aplicação do movimento de pronação e supinação em um modelo cadavérico produziria deslocamentos ósseos confiáveis e mensuráveis. Métodos: foram utilizadas 24 amostras cadavéricas frescas congeladas amputadas abaixo do nível do joelho. Os ossos cuneiformes medial e intermédio, o primeiro e o segundo metatarsos, foram marcados. Uma lesão ligamentar completa foi realizada entre os cuneiformes medial e intermédio e entre o cuneiforme medial e o segundo metatarso em 12 amostras (grupo 1) e adicionou-se a lesão dos ligamentos entre o primeiro metatarso e o cuneiforme medial e entre o segundo metatarso e o cuneiforme intermédio em 12 amostras correspondentes (grupo 2). Pronação e supinação do pé, além de uma carga axial de 400 N, foram aplicadas às amostras, utilizando-se o Instrom Testing Machine. Um digitalizador tridimensional (3D) foi utilizado para medir as distâncias entre os ossos. Resultados: para o grupo de lesão parcial (grupo 1), as distâncias referentes aos ossos nos quais os ligamentos foram seccionados apresentaram aumento na condição lesionada tanto em pronação quanto em supinação, como esperado. Em relação à distância entre o cuneiforme intermédio e o primeiro metatarso e entre o primeiro e o segundo metatarsos, observou-se diminuição na condição lesionada em pronação e aumento em supinação. Para o grupo de lesão completa (grupo 2), as distâncias referentes aos locais de secção dos ligamentos apresentaram aumento na condição lesionada tanto em pronação quanto em supinação, como esperado. No tocante à distância entre o cuneiforme intermédio e o primeiro metatarso e entre o primeiro e o segundo metatarsos, verificou-se o mesmo padrão de comportamento das lesões parciais. Conclusão: o modelo biomecânico cadavérico para lesões do complexo articular de Lisfranc desenvolvido neste estudo simula o mecanismo de estresse clínico da lesão e o tipo de lesão mais comum, exibe variações de distâncias fidedignas e mensuráveis e foi desenvolvido para permitir o teste do tratamento da lesão sem interferência nos dispositivos de aferição, podendo se constituir em excelente método para a comparação de técnicas de fixação das lesões ligamentares tarsometatarsais. |
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Marco Antônio Percope de Andradehttp://lattes.cnpq.br/5537510377558805Daniel Soares BaumfeldRobinson Esteves Santos PiresNacime Salomão Barbachan Mansurhttp://lattes.cnpq.br/9542083316605149Tiago Soares Baumfeld2021-11-29T01:55:56Z2021-11-29T01:55:56Z2020-02-17http://hdl.handle.net/1843/387410000-0001-9244-5194Introdução: as lesões no complexo articular de Lisfranc ocorrem devido a trauma direto ou indireto, no qual forças de torção ou axiais são transmitidas ao pé. Os modelos cadavéricos são úteis para avaliar padrões de lesões e modelos de fixação, mas frequentemente a quantidade de deslocamento articular após a lesão torna-se um limitador. O objetivo deste estudo foi testar um modelo cadavérico que inclui carga axial, flexão plantar do pé e movimentos de pronação-supinação, recriando diástase óssea semelhante ao observado em lesões sutis de Lisfranc na prática clínica. Nossa hipótese é de que a aplicação do movimento de pronação e supinação em um modelo cadavérico produziria deslocamentos ósseos confiáveis e mensuráveis. Métodos: foram utilizadas 24 amostras cadavéricas frescas congeladas amputadas abaixo do nível do joelho. Os ossos cuneiformes medial e intermédio, o primeiro e o segundo metatarsos, foram marcados. Uma lesão ligamentar completa foi realizada entre os cuneiformes medial e intermédio e entre o cuneiforme medial e o segundo metatarso em 12 amostras (grupo 1) e adicionou-se a lesão dos ligamentos entre o primeiro metatarso e o cuneiforme medial e entre o segundo metatarso e o cuneiforme intermédio em 12 amostras correspondentes (grupo 2). Pronação e supinação do pé, além de uma carga axial de 400 N, foram aplicadas às amostras, utilizando-se o Instrom Testing Machine. Um digitalizador tridimensional (3D) foi utilizado para medir as distâncias entre os ossos. Resultados: para o grupo de lesão parcial (grupo 1), as distâncias referentes aos ossos nos quais os ligamentos foram seccionados apresentaram aumento na condição lesionada tanto em pronação quanto em supinação, como esperado. Em relação à distância entre o cuneiforme intermédio e o primeiro metatarso e entre o primeiro e o segundo metatarsos, observou-se diminuição na condição lesionada em pronação e aumento em supinação. Para o grupo de lesão completa (grupo 2), as distâncias referentes aos locais de secção dos ligamentos apresentaram aumento na condição lesionada tanto em pronação quanto em supinação, como esperado. No tocante à distância entre o cuneiforme intermédio e o primeiro metatarso e entre o primeiro e o segundo metatarsos, verificou-se o mesmo padrão de comportamento das lesões parciais. Conclusão: o modelo biomecânico cadavérico para lesões do complexo articular de Lisfranc desenvolvido neste estudo simula o mecanismo de estresse clínico da lesão e o tipo de lesão mais comum, exibe variações de distâncias fidedignas e mensuráveis e foi desenvolvido para permitir o teste do tratamento da lesão sem interferência nos dispositivos de aferição, podendo se constituir em excelente método para a comparação de técnicas de fixação das lesões ligamentares tarsometatarsais.Introduction: Lesions in the Lisfranc joint complex occur due to direct or indirect trauma, where a torsional or axial force is transmitted to the foot. Cadaveric models are a useful way to assess injury patterns and fixation models, but a frequent limitation is the amount of joint dislocation after injury. The aim of this study was to test a cadaveric model that includes axial load, plantar flexion of the foot and pronation-supination movement, recreating bone diastasis similar to that observed in subtle Lisfranc lesions in clinical practice. Our hypothesis is that the application of pronation and supination motion in a cadaveric model would produce reliable and measurable bone displacements. Methods: Twenty-four fresh frozen cadaveric leg samples were used. The medial (C1) and intermediate (C2) cuneiform bones, the first (M1) and second (M2) metatarsal bones were marked. A complete ligament injury was performed between C1-C2 and C1-M2 in 12 samples (Group 1) and between C1-C2, C1-M2, C1-M1 and C2-M2 in 12 corresponding samples (Group 2). Foot pronation and supination, in addition to an axial load of 400 N, were applied to the samples. A 3D scanner was used to measure the distances between the bones. Results: For the partial lesion group (Group 1), in which the ligaments between C1-C2 and C1-M2 were injured, these distances increased in the injured condition in both pronation and supination, as expected. Regarding the distance C2-M1 and M1-M2, there was a decrease in the injured condition in pronation and an increase in supination. For the complete lesion group (Group 2), in which the ligaments between C1-C2, C1-M2, C1-M1, and C2-M2 were injured, these distances increased in injured condition both in pronation and supination, as expected. Regarding the behavior of distances C2-M1 and M1-M2, the same behavior pattern was observed as in partial injuries. Conclusion: The cadaveric biomechanical model for Lisfranc joint complex injuries developed in this study simulates the mechanism of clinical stress of the lesion and the most common type of lesion, exhibits reliable and measurable distances, and allows lesion treatment without compromise, being, possibly, an excellent method for comparing tarsometatarsal ligament injury fixation methods.porUniversidade Federal de Minas GeraisPrograma de Pós-Graduação em Ciências Aplicadas à Cirurgia e à OftalmologiaUFMGBrasilMED - DEPARTAMENTO DE APARELHO LOCOMOTORhttp://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/pt/info:eu-repo/semantics/openAccessTraumatismos do péArticulações tarsianasOssos do tarso/lesõesOssos do metatarso/lesõeesLuxações articularesLigamentos articulares/lesõesFenômenos biomecânicosPronaçãoSupinaçãoCadáverArticulações tarsianasTraumatismo do péLuxações articularesLigamentos articularesOssos do metatarsoOssos do tarsoCadáverFenômenos biomecânicosAvaliação biomecânica das lesões ligamentares do complexo articular de Lisfranc: novo modelo cadavérico utilizando estresse em supinação e pronaçãoinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisreponame:Repositório Institucional da UFMGinstname:Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)instacron:UFMGCC-LICENSElicense_rdflicense_rdfapplication/rdf+xml; charset=utf-8811https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/38741/2/license_rdfcfd6801dba008cb6adbd9838b81582abMD52ORIGINALMestrado - Tiago Baumfeld - repositório - Corrigido.pdfMestrado - Tiago Baumfeld - repositório - Corrigido.pdfapplication/pdf4559706https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/38741/6/Mestrado%20-%20Tiago%20Baumfeld%20-%20reposit%c3%b3rio%20-%20Corrigido.pdf548126175ca6ed2e55f89a73111c29b6MD56LICENSElicense.txtlicense.txttext/plain; charset=utf-82119https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/38741/7/license.txt34badce4be7e31e3adb4575ae96af679MD571843/387412021-11-28 22:55:57.033oai:repositorio.ufmg.br:1843/38741TElDRU7Dh0EgREUgRElTVFJJQlVJw4fDg08gTsODTy1FWENMVVNJVkEgRE8gUkVQT1NJVMOTUklPIElOU1RJVFVDSU9OQUwgREEgVUZNRwoKQ29tIGEgYXByZXNlbnRhw6fDo28gZGVzdGEgbGljZW7Dp2EsIHZvY8OqIChvIGF1dG9yIChlcykgb3UgbyB0aXR1bGFyIGRvcyBkaXJlaXRvcyBkZSBhdXRvcikgY29uY2VkZSBhbyBSZXBvc2l0w7NyaW8gSW5zdGl0dWNpb25hbCBkYSBVRk1HIChSSS1VRk1HKSBvIGRpcmVpdG8gbsOjbyBleGNsdXNpdm8gZSBpcnJldm9nw6F2ZWwgZGUgcmVwcm9kdXppciBlL291IGRpc3RyaWJ1aXIgYSBzdWEgcHVibGljYcOnw6NvIChpbmNsdWluZG8gbyByZXN1bW8pIHBvciB0b2RvIG8gbXVuZG8gbm8gZm9ybWF0byBpbXByZXNzbyBlIGVsZXRyw7RuaWNvIGUgZW0gcXVhbHF1ZXIgbWVpbywgaW5jbHVpbmRvIG9zIGZvcm1hdG9zIMOhdWRpbyBvdSB2w61kZW8uCgpWb2PDqiBkZWNsYXJhIHF1ZSBjb25oZWNlIGEgcG9sw610aWNhIGRlIGNvcHlyaWdodCBkYSBlZGl0b3JhIGRvIHNldSBkb2N1bWVudG8gZSBxdWUgY29uaGVjZSBlIGFjZWl0YSBhcyBEaXJldHJpemVzIGRvIFJJLVVGTUcuCgpWb2PDqiBjb25jb3JkYSBxdWUgbyBSZXBvc2l0w7NyaW8gSW5zdGl0dWNpb25hbCBkYSBVRk1HIHBvZGUsIHNlbSBhbHRlcmFyIG8gY29udGXDumRvLCB0cmFuc3BvciBhIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gcGFyYSBxdWFscXVlciBtZWlvIG91IGZvcm1hdG8gcGFyYSBmaW5zIGRlIHByZXNlcnZhw6fDo28uCgpWb2PDqiB0YW1iw6ltIGNvbmNvcmRhIHF1ZSBvIFJlcG9zaXTDs3JpbyBJbnN0aXR1Y2lvbmFsIGRhIFVGTUcgcG9kZSBtYW50ZXIgbWFpcyBkZSB1bWEgY8OzcGlhIGRlIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gcGFyYSBmaW5zIGRlIHNlZ3VyYW7Dp2EsIGJhY2stdXAgZSBwcmVzZXJ2YcOnw6NvLgoKVm9jw6ogZGVjbGFyYSBxdWUgYSBzdWEgcHVibGljYcOnw6NvIMOpIG9yaWdpbmFsIGUgcXVlIHZvY8OqIHRlbSBvIHBvZGVyIGRlIGNvbmNlZGVyIG9zIGRpcmVpdG9zIGNvbnRpZG9zIG5lc3RhIGxpY2Vuw6dhLiBWb2PDqiB0YW1iw6ltIGRlY2xhcmEgcXVlIG8gZGVww7NzaXRvIGRlIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gbsOjbywgcXVlIHNlamEgZGUgc2V1IGNvbmhlY2ltZW50bywgaW5mcmluZ2UgZGlyZWl0b3MgYXV0b3JhaXMgZGUgbmluZ3XDqW0uCgpDYXNvIGEgc3VhIHB1YmxpY2HDp8OjbyBjb250ZW5oYSBtYXRlcmlhbCBxdWUgdm9jw6ogbsOjbyBwb3NzdWkgYSB0aXR1bGFyaWRhZGUgZG9zIGRpcmVpdG9zIGF1dG9yYWlzLCB2b2PDqiBkZWNsYXJhIHF1ZSBvYnRldmUgYSBwZXJtaXNzw6NvIGlycmVzdHJpdGEgZG8gZGV0ZW50b3IgZG9zIGRpcmVpdG9zIGF1dG9yYWlzIHBhcmEgY29uY2VkZXIgYW8gUmVwb3NpdMOzcmlvIEluc3RpdHVjaW9uYWwgZGEgVUZNRyBvcyBkaXJlaXRvcyBhcHJlc2VudGFkb3MgbmVzdGEgbGljZW7Dp2EsIGUgcXVlIGVzc2UgbWF0ZXJpYWwgZGUgcHJvcHJpZWRhZGUgZGUgdGVyY2Vpcm9zIGVzdMOhIGNsYXJhbWVudGUgaWRlbnRpZmljYWRvIGUgcmVjb25oZWNpZG8gbm8gdGV4dG8gb3Ugbm8gY29udGXDumRvIGRhIHB1YmxpY2HDp8OjbyBvcmEgZGVwb3NpdGFkYS4KCkNBU08gQSBQVUJMSUNBw4fDg08gT1JBIERFUE9TSVRBREEgVEVOSEEgU0lETyBSRVNVTFRBRE8gREUgVU0gUEFUUk9Dw41OSU8gT1UgQVBPSU8gREUgVU1BIEFHw4pOQ0lBIERFIEZPTUVOVE8gT1UgT1VUUk8gT1JHQU5JU01PLCBWT0PDiiBERUNMQVJBIFFVRSBSRVNQRUlUT1UgVE9ET1MgRSBRVUFJU1FVRVIgRElSRUlUT1MgREUgUkVWSVPDg08gQ09NTyBUQU1Cw4lNIEFTIERFTUFJUyBPQlJJR0HDh8OVRVMgRVhJR0lEQVMgUE9SIENPTlRSQVRPIE9VIEFDT1JETy4KCk8gUmVwb3NpdMOzcmlvIEluc3RpdHVjaW9uYWwgZGEgVUZNRyBzZSBjb21wcm9tZXRlIGEgaWRlbnRpZmljYXIgY2xhcmFtZW50ZSBvIHNldSBub21lKHMpIG91IG8ocykgbm9tZXMocykgZG8ocykgZGV0ZW50b3IoZXMpIGRvcyBkaXJlaXRvcyBhdXRvcmFpcyBkYSBwdWJsaWNhw6fDo28sIGUgbsOjbyBmYXLDoSBxdWFscXVlciBhbHRlcmHDp8OjbywgYWzDqW0gZGFxdWVsYXMgY29uY2VkaWRhcyBwb3IgZXN0YSBsaWNlbsOnYS4KCg==Repositório de PublicaçõesPUBhttps://repositorio.ufmg.br/oaiopendoar:2021-11-29T01:55:57Repositório Institucional da UFMG - Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)false |
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