Associação de níveis plasmáticos e polimorfismos em genes de citocinas com a função renal de pacientes transplantados

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Lorraine Vieira Alves
Data de Publicação: 2018
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFMG
Texto Completo: http://hdl.handle.net/1843/FARB-BCCKYS
Resumo: O transplante de rim é a alternativa de reposição renal mais desejável e com o melhor custo-benefício para pacientes com doença renal crônica, especialmente, em estágio terminal. As citocinas são proteínas solúveis mediadoras da resposta imune. Os polimorfismos de citocinas podem influenciar os seus níveis plasmáticos e, dessa forma, afetar o transplante renal. O objetivo deste estudo foi investigar a influência dos níveis de citocinas e de polimorfismos em seus genes sobre a função do enxerto renal e sobre a presença ou não de episódios prévios de rejeição. Avaliou-se também a relação entre estes biomarcadores e o tempo pós-transplante de receptores do transplante renal. Foram avaliados 146 pacientes distribuídos em grupos de acordo com os níveis de creatinina (C1: 1,4 e C2: >1,4 mg/dL), ritmo de filtração glomerular estimado (R1: <60 e R2: 60 mL/min/1,73m2) e a presença de história prévia de rejeição ao enxerto (REJ: rejeição prévia; nãoREJ: sem episódio de rejeição; INDET: rejeição indeterminada). Para a determinação dos polimorfismos foi utilizado o método de PCR-SSP e para a dosagem de citocinas foi realizada a técnica de ELISA de captura para IL-10 e a técnica de Multiplex para IL-6 e TNF-á. Foi observada uma maior frequência do alelo G e do genótipo GG do polimorfismo -308G>A no gene do TNF-á no grupo R1 em relação ao R2, além de uma maior frequência do carreador A no grupo R2. O alelo G do polimorfismo +25G>C no gene do TGF-â1 foi mais frequente no grupo REJ em relação ao grupo INDET. Foram encontrados maiores níveis de TNF-á no grupo nãoREJ em relação ao grupo INDET. Além disso, a razão TNF-á/IL-10 foi maior no grupo nãoREJ quando comparada aos demais grupos. A análise dos níveis de citocinas em função do tempo pós transplante mostrou maiores níveis de IL-6 nos subgrupos T1 (tempo 1 a 24 meses pós transplante) e T3 (tempo 61 a 120 meses pós transplante) e o predomínio de IL-10 no subgrupo T2 (tempo 25 a 60 meses pós transplante). O estudo demonstrou uma correlação positiva entre IL-6 e TNF-á e negativa entre IL-6 e IL-10, bem como entre IL-6 e o tempo pós-transplante. TNF-á também se correlacionou negativamente com IL-10. Concluiu-se que o alelo A do polimorfismo -308G>A no gene de TNF-á está associado a uma melhor função do enxerto. Pacientes que não apresentaram episódios prévios de rejeição tiveram maiores níveis de TNF-á e maior razão TNF-á/IL-10. Além disso, o polimorfismo +25G>C no gene de TGF-â1 foi associado ao histórico de rejeição neste estudo. A influência genética e o balanço entre os níveis de citocinas podem estar associados à função do enxerto e à sobrevida dos pacientes. Estes biomarcadores poderiam ser utilizados como potenciais ferramentas de monitoramento no transplante renal.
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Foram avaliados 146 pacientes distribuídos em grupos de acordo com os níveis de creatinina (C1: 1,4 e C2: >1,4 mg/dL), ritmo de filtração glomerular estimado (R1: <60 e R2: 60 mL/min/1,73m2) e a presença de história prévia de rejeição ao enxerto (REJ: rejeição prévia; nãoREJ: sem episódio de rejeição; INDET: rejeição indeterminada). Para a determinação dos polimorfismos foi utilizado o método de PCR-SSP e para a dosagem de citocinas foi realizada a técnica de ELISA de captura para IL-10 e a técnica de Multiplex para IL-6 e TNF-á. Foi observada uma maior frequência do alelo G e do genótipo GG do polimorfismo -308G>A no gene do TNF-á no grupo R1 em relação ao R2, além de uma maior frequência do carreador A no grupo R2. O alelo G do polimorfismo +25G>C no gene do TGF-â1 foi mais frequente no grupo REJ em relação ao grupo INDET. Foram encontrados maiores níveis de TNF-á no grupo nãoREJ em relação ao grupo INDET. Além disso, a razão TNF-á/IL-10 foi maior no grupo nãoREJ quando comparada aos demais grupos. A análise dos níveis de citocinas em função do tempo pós transplante mostrou maiores níveis de IL-6 nos subgrupos T1 (tempo 1 a 24 meses pós transplante) e T3 (tempo 61 a 120 meses pós transplante) e o predomínio de IL-10 no subgrupo T2 (tempo 25 a 60 meses pós transplante). O estudo demonstrou uma correlação positiva entre IL-6 e TNF-á e negativa entre IL-6 e IL-10, bem como entre IL-6 e o tempo pós-transplante. TNF-á também se correlacionou negativamente com IL-10. Concluiu-se que o alelo A do polimorfismo -308G>A no gene de TNF-á está associado a uma melhor função do enxerto. Pacientes que não apresentaram episódios prévios de rejeição tiveram maiores níveis de TNF-á e maior razão TNF-á/IL-10. Além disso, o polimorfismo +25G>C no gene de TGF-â1 foi associado ao histórico de rejeição neste estudo. A influência genética e o balanço entre os níveis de citocinas podem estar associados à função do enxerto e à sobrevida dos pacientes. Estes biomarcadores poderiam ser utilizados como potenciais ferramentas de monitoramento no transplante renal.Kidney transplantation is the most desired and cost-effective alternative of renal replacement for end-stage renal disease patients. Cytokines are soluble proteins that influence the immune response. Cytokines polymorphisms can influence their plasma levels and thus affect kidney transplantation. The aim of this study was to investigate the influence of cytokines levels and their polymorphisms on renal graft function and in the presence or not of previous rejection episode. We also evaluated the relationship between these biomarkers and post-transplant time of renal transplant recipients. A total of 146 patients were classified into groups according to creatinine levels (C1: 1,4 and C2: >1,4 mg/dL), estimated glomerular filtration rate (R1: <60 and R2: 60 mL/ min/1.73m2) and presence of previous graft rejection episode (REJ: prior rejection, noREJ: no rejection episode, INDET: indeterminate rejection). The assessment of polymorphisms was performed by PCR-SSP. IL-10 was measured by sandwich ELISA and IL-6 and TNF-á were determined using Multiplex. A higher frequency of the G allele and the GG genotype of -308G>A polymorphism in the TNF-á gene was observed in the R1 group compared to R2. In addition, it was found a higher frequency of the A carrier in the R2 group. The G allele of +25G>C polymorphism in the TGF-â1 gene was more frequent in the REJ group compared to INDET group. TNF-á higher levels were found in the noREJ group compared to INDET group. Furthermore, TNF-á/IL-10 ratio was higher in noREJ group when compared to other groups. The analysis of the time after transplantation showed higher levels of IL-6 in the T1 (time 1 to 24 months post transplantation) and T3 (time 61 to 120 months post transplantation) groups and predominance of IL-10 in T2 group (time 25 to 60 months after transplantation). This study demonstrated a positive correlation between IL-6 and TNF-á and negative correlation between IL-6 and IL-10 as well as IL-6 and post-transplant time. TNF-á also correlated negatively with IL-10. As conclusion, A allele of -308G>A polymorphism in the TNF-á gene is associated with better graft function. Patients who did not present previous rejection episode had higher levels of TNF-á and higher TNF-á/IL-10 ratio. In addition, the +25G>C polymorphism in the TGF-â1 gene was associated with the history of rejection in this study. Genetic influence and balance between cytokine levels may be associated with graft function and patient survival. These biomarkers could be used as potential monitoring tools in renal transplant.Universidade Federal de Minas GeraisUFMGRins TransplanteRejeição de enxertosPolimorfismo (Genética)CitocinasPolimorfismo GenéticoRejeição de EnxertoTransplante de RimCitocinasAssociação de níveis plasmáticos e polimorfismos em genes de citocinas com a função renal de pacientes transplantadosinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisinfo:eu-repo/semantics/openAccessporreponame:Repositório Institucional da UFMGinstname:Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)instacron:UFMGORIGINALdisserta__o_lorraine_vieira_alves.pdfapplication/pdf15423187https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/FARB-BCCKYS/1/disserta__o_lorraine_vieira_alves.pdf7654a853a8a10dd2ea16390f9ad4f5d9MD51TEXTdisserta__o_lorraine_vieira_alves.pdf.txtdisserta__o_lorraine_vieira_alves.pdf.txtExtracted texttext/plain243847https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/FARB-BCCKYS/2/disserta__o_lorraine_vieira_alves.pdf.txtc96d8b47f975649eeab11d1ba809ad1fMD521843/FARB-BCCKYS2019-11-14 19:53:47.915oai:repositorio.ufmg.br:1843/FARB-BCCKYSRepositório de PublicaçõesPUBhttps://repositorio.ufmg.br/oaiopendoar:2019-11-14T22:53:47Repositório Institucional da UFMG - Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)false
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