Padrões fitogeográficos da região central do domínio atlântico brasileiro

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Felipe Zamborlini Saiter
Data de Publicação: 2015
Tipo de documento: Tese
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFMG
Texto Completo: http://hdl.handle.net/1843/BUBD-A58JFH
Resumo: A região central do Domínio Atlântico brasileiro se estende do Recôncavo Baiano ao rio Paraíba do Sul (12°-22° Sul). As florestas dessa região são caracterizadas por elevados níveis de diversidade florística e endemismo. Meu objetivo principal nesta tese foi investigar o papel de variáveis ambientais e espaciais na variação florística ao longo da região central do Domínio Atlântico brasileiro. Eu usei subconjuntos distintos de um extenso banco de dados para responder perguntas específicas relacionadas a esse objetivo. O banco de dados completo foi composto por 53.237 registros de ocorrência de 3.047 espécies arbóreas em 227 localidades e 49 variáveis geoclimáticas. Para cada um dos cinco capítulos eu escolhi um escopo analítico diferente considerando algumas das seguintes técnicas: análises de ordenação, de agrupamento, de autocorrelação espacial, ANOVA, e modelos de regressão linear e de dissimilaridade ecológica. Os capítulos foram integrados sob o tema geral de conservação de florestas. Eu indiquei mudanças climáticas como causas da quebra da Floresta Atlântica em dois blocos florísticos em torno da latitude 18°-19° S. Demonstrei que variações na sazonalidade do clima e na localização geográfica são, provavelmente, as principais causas do gradiente florístico latitudinal em restingas. Notei que a variação florística no leste da Bahia está relacionada a gradientes de balanço água-energia e de temperatura, e confirmei parcialmente a consistência de uma classificação das florestas dessa região de acordo com faixas altitudinais e regime de renovação foliar. Identifiquei seis unidades florísticas na bacia do rio Doce, onde a variação florística está fortemente relacionada a mudanças sazonais na precipitação e na temperatura. Por fim, revisei a controversa classificação da Floresta de Linhares e discuti o efeito de intercâmbios florísticos sobre a sua alta diversidade.
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