Uso da lidocaína venosa em pacientes pediátricos submetidos à tonsilectomia: analgesia pós-operatória

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Gisela Magalhães Braga
Data de Publicação: 2015
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFMG
Texto Completo: http://hdl.handle.net/1843/BUBD-A4YGUU
Resumo: A tonsilectomia é um dos procedimentos cirúrgicos mais realizados nos pacientes pediátricos. Uma grande limitação para a alta hospitalar é a dor pós-operatória, que é intensa em até 50% dessas crianças. A lidocaína por via venosa tem propriedades analgésicas, anti-hiperálgicas e anti inflamatórias. Estudos mostram a eficácia da lidocaína endovenosa peroperatória como estratégia para a diminuição da dor pós-operatória, sendo capaz de reduzir o requerimento analgésico intra e pós-operatório em diversos tipos de cirurgias. Entretanto, não há dados na literatura da utilização em tonsilectomia de crianças. O presente estudo avaliou o uso da lidocaína venosa peroperatória para redução da dor em crianças de 5 a 12 anos submetidas à tonsilectomia, com ou sem adenoidectomia. Trata-se de estudo prospectivo, aleatório e duplamente encoberto, incluindo 14 pacientes, que foram distribuídos em grupo-lidocaína e grupo-controle. Foi avaliada a escala visual analógica (EVA) de dor em repouso e à deglutição nos tempos 1, 3, 6, 12, 18 horas após a cirurgia e na alta hospitalar, a necessidade de analgesia de resgate, consumo de opioides, a qualidade do despertar e o tempo até a reintrodução da dieta nos dois grupos. Não houve diferença entre os grupos quanto à dor pós-operatória. A média da EVA em repouso encontrada no período observado foi de 1,4 no grupo-controle e 1,29 no grupo-lidocaína. À deglutição, a média da EVA ao longo do tempo foi de 2,5 no grupo-controle e 2,78 no grupolidocaína. Não houve diferença entre os grupos também no consumo total de analgésicos, qualidade do despertar e o tempo para reintrodução da dieta. Administração peroperatória de lidocaína venosa não reduziu a EVA nem o consumo de analgésicos entre os grupos.
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