Taxonomia, diversidade e prospecção do potencial xerofílico de fungos associados às angiospermas endêmicas da Antártica Colobanthus quitensis e Deschampsia antarctica

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Lívia da Costa Coelho
Data de Publicação: 2019
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFMG
Texto Completo: http://hdl.handle.net/1843/55157
Resumo: A vegetação antártica é composta basicamente por musgos, líquens e angiospermas adaptadas às condições extremas da Antártica, entre as quais se destacam a pouca disponibilidade de água e as baixas temperaturas. As duas únicas angiospermas endêmicas da Antártica, Colobanthus quitensis (Kunth) Bartl. (Caryophyllaceae) e Deschampsia antarctica Desv. (Poaceae), são plantas consideradas criotolerantes. Baseado na hipótese de que certos fungos têm potencial de contribuir para a resistência de plantas frente às condições extremas, este trabalho tem como objetivos caracterizar a diversidade e avaliar o potencial xerofílico dos fungos de C. quitensis e D. antarctica. Amostras de folhas, raiz e rizosfera de ambas as plantas foram coletadas em diferentes Ilhas do arquipélago Shetland do Sul e na Península continental da Antártica. Seiscentos e oitenta e três isolados fúngicos foram obtidos, dos quais 543 (79%) foram representados por fungos filamentosos e 140 (21%) por leveduras. Os fungos foram identificados por meio de técnicas de biologia molecular e caracterizados quanto a sua diversidade, riqueza e dominância. A comunidade associada a D. antarctica apresentou os maiores valores de diversidade, riqueza e dominância entre as duas plantas. Pseudogymnoascus destructans foi a única espécie isolada de todos os locais amostrados, a partir das amostras de D. antarctica. Quinze táxons foram comuns entre as duas angiospermas. Das espécies obtidas sistematicamente das folhas, raízes e rizosferas da D. antarctica, P. destructans foi o único isolado encontrado em comum. Não houve espécies em comum, de ocorrência sistemática, em C. quitensis. Os fungos obtidos das rizosferas de ambas angiospermas foram submetidos a ensaios de crescimento em concentrações graduais de glicerol a fim de se avaliar a capacidade de resistência a baixa disponibilidade de água. O gênero com maior capacidade de tolerar baixas atividades de água foi Penicillium (65 isolados), seguido por Pseudogymnoascus (22), Thelebolus (2 isolados) e Leptosphaeria (1). Os resultados obtidos neste trabalho indicam que as duas angiospermas antárticas abrigam táxons tanto cosmopolitas adaptados ao frio quanto endêmicos, incluindo aqueles xerofílicos capazes de tolerar baixa atividade de água e com potencial biotecnológico para uso em processo de melhoramento de plantas de interesse econômico quanto a resistência a seca.
id UFMG_c7437136a1102082f7afad60bf3660db
oai_identifier_str oai:repositorio.ufmg.br:1843/55157
network_acronym_str UFMG
network_name_str Repositório Institucional da UFMG
repository_id_str
spelling Luiz Henrique Rosahttp://lattes.cnpq.br/3197093513022771Camila Rodrigues de CarvalhoDaniel de Assis SantosDenise de Oliveira ScoarisLuiz Henrique Rosahttp://lattes.cnpq.br/6205524505010722Lívia da Costa Coelho2023-06-20T16:59:42Z2023-06-20T16:59:42Z2019-03-12http://hdl.handle.net/1843/551570000-0002-3980-2014A vegetação antártica é composta basicamente por musgos, líquens e angiospermas adaptadas às condições extremas da Antártica, entre as quais se destacam a pouca disponibilidade de água e as baixas temperaturas. As duas únicas angiospermas endêmicas da Antártica, Colobanthus quitensis (Kunth) Bartl. (Caryophyllaceae) e Deschampsia antarctica Desv. (Poaceae), são plantas consideradas criotolerantes. Baseado na hipótese de que certos fungos têm potencial de contribuir para a resistência de plantas frente às condições extremas, este trabalho tem como objetivos caracterizar a diversidade e avaliar o potencial xerofílico dos fungos de C. quitensis e D. antarctica. Amostras de folhas, raiz e rizosfera de ambas as plantas foram coletadas em diferentes Ilhas do arquipélago Shetland do Sul e na Península continental da Antártica. Seiscentos e oitenta e três isolados fúngicos foram obtidos, dos quais 543 (79%) foram representados por fungos filamentosos e 140 (21%) por leveduras. Os fungos foram identificados por meio de técnicas de biologia molecular e caracterizados quanto a sua diversidade, riqueza e dominância. A comunidade associada a D. antarctica apresentou os maiores valores de diversidade, riqueza e dominância entre as duas plantas. Pseudogymnoascus destructans foi a única espécie isolada de todos os locais amostrados, a partir das amostras de D. antarctica. Quinze táxons foram comuns entre as duas angiospermas. Das espécies obtidas sistematicamente das folhas, raízes e rizosferas da D. antarctica, P. destructans foi o único isolado encontrado em comum. Não houve espécies em comum, de ocorrência sistemática, em C. quitensis. Os fungos obtidos das rizosferas de ambas angiospermas foram submetidos a ensaios de crescimento em concentrações graduais de glicerol a fim de se avaliar a capacidade de resistência a baixa disponibilidade de água. O gênero com maior capacidade de tolerar baixas atividades de água foi Penicillium (65 isolados), seguido por Pseudogymnoascus (22), Thelebolus (2 isolados) e Leptosphaeria (1). Os resultados obtidos neste trabalho indicam que as duas angiospermas antárticas abrigam táxons tanto cosmopolitas adaptados ao frio quanto endêmicos, incluindo aqueles xerofílicos capazes de tolerar baixa atividade de água e com potencial biotecnológico para uso em processo de melhoramento de plantas de interesse econômico quanto a resistência a seca.Antarctica’s vegetation is composed by, basically, mosses, lichens and angiosperms that have adaptations to extreme conditions, mainly dehydration and low temperatures. The only two Angiosperms that were present in the Antarctic ecosystem: Colobanthus quitensis (Kunth) Bartl. (Caryophyllaceae) and Deschampsia antarctica Desv. (Poaceae) are plants considered to be cold tolerant. Agreeing with the idea that the fungi contribute to the resistance of the plant in a cold environment, the present work has as proposal the characterization of the diversity and evaluation of the xerophilic potential of the fungi isolated from C. quitensis e D. antarctica. Samples of leaves, roots and rhizosphere from both plants were collected in different places from South Shetlands Islands and in the Antarctic Peninsula. Six hundred eighty-three fungal isolates were obtained, of which 543 (79%) were represented by filamentous fungi and 140 (21%) by yeasts. The isolates were identified by molecular taxonomy and classified according to their diversity, richness and dominance. The community associated with D. antarctica showed higher values of diversity, richness and dominance between both plants. Pseudogymnoascus destructans was the only species isolated in common with D. antarctica’s samples, in all islands. Comparing the isolated taxa between both plants, 15 taxons in common were found. From the fungi recovered sistematically from leaf, roots and rhizosphere of D. antarctica, P. destructans was the only species found among them. There were no species in common isolated systematically from C. quitensis. The rhizosphere’s fungi obtained from both plants, were also used in biological essay of growth in gradual glicerol’s concentration, to evaluate the capacity of those fungi to resist to the low water availability. The taxon found more often among the xerophilic isolates was Penicillium (65 isolates), followed by Pseudogymnoascus (22). Less often were Thelebolus (2 isolates) and Leptosphaeria (1). The results obtained in this work showed that both Antarctic angiosperms shelter cold-adapted cosmopolitan fungi as well as endemic fungi, including those xerophilic capable of tolerating low water activity and with biotechnological capability to be used in the improvement of plants with economic potential regarding resistance to drought.CAPES - Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível SuperiorporUniversidade Federal de Minas GeraisPrograma de Pós-Graduação em MicrobiologiaUFMGBrasilICB - DEPARTAMENTO DE MICROBIOLOGIAMicrobiologiaFungosRegiões AntárticasMagnoliopsidaFungosAntárticaPlantas antárticasDeschampsia antarcticaColobanthus quitensisXerofílicosTaxonomia, diversidade e prospecção do potencial xerofílico de fungos associados às angiospermas endêmicas da Antártica Colobanthus quitensis e Deschampsia antarcticaTaxonomy, diversity and prospecting of the xerophilic potential of fungi associated with endemic Antarctic angiosperms Colobanthus quitensis and Deschampsia antarcticainfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UFMGinstname:Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)instacron:UFMGORIGINALDissertação_Final_depositada.pdfDissertação_Final_depositada.pdfapplication/pdf1929755https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/55157/1/Disserta%c3%a7%c3%a3o_Final_depositada.pdfb696c2d1c9a68585cb07cd87793dece0MD51LICENSElicense.txtlicense.txttext/plain; charset=utf-82118https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/55157/2/license.txtcda590c95a0b51b4d15f60c9642ca272MD521843/551572023-06-20 13:59:42.921oai:repositorio.ufmg.br:1843/55157TElDRU7Dh0EgREUgRElTVFJJQlVJw4fDg08gTsODTy1FWENMVVNJVkEgRE8gUkVQT1NJVMOTUklPIElOU1RJVFVDSU9OQUwgREEgVUZNRwoKQ29tIGEgYXByZXNlbnRhw6fDo28gZGVzdGEgbGljZW7Dp2EsIHZvY8OqIChvIGF1dG9yIChlcykgb3UgbyB0aXR1bGFyIGRvcyBkaXJlaXRvcyBkZSBhdXRvcikgY29uY2VkZSBhbyBSZXBvc2l0w7NyaW8gSW5zdGl0dWNpb25hbCBkYSBVRk1HIChSSS1VRk1HKSBvIGRpcmVpdG8gbsOjbyBleGNsdXNpdm8gZSBpcnJldm9nw6F2ZWwgZGUgcmVwcm9kdXppciBlL291IGRpc3RyaWJ1aXIgYSBzdWEgcHVibGljYcOnw6NvIChpbmNsdWluZG8gbyByZXN1bW8pIHBvciB0b2RvIG8gbXVuZG8gbm8gZm9ybWF0byBpbXByZXNzbyBlIGVsZXRyw7RuaWNvIGUgZW0gcXVhbHF1ZXIgbWVpbywgaW5jbHVpbmRvIG9zIGZvcm1hdG9zIMOhdWRpbyBvdSB2w61kZW8uCgpWb2PDqiBkZWNsYXJhIHF1ZSBjb25oZWNlIGEgcG9sw610aWNhIGRlIGNvcHlyaWdodCBkYSBlZGl0b3JhIGRvIHNldSBkb2N1bWVudG8gZSBxdWUgY29uaGVjZSBlIGFjZWl0YSBhcyBEaXJldHJpemVzIGRvIFJJLVVGTUcuCgpWb2PDqiBjb25jb3JkYSBxdWUgbyBSZXBvc2l0w7NyaW8gSW5zdGl0dWNpb25hbCBkYSBVRk1HIHBvZGUsIHNlbSBhbHRlcmFyIG8gY29udGXDumRvLCB0cmFuc3BvciBhIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gcGFyYSBxdWFscXVlciBtZWlvIG91IGZvcm1hdG8gcGFyYSBmaW5zIGRlIHByZXNlcnZhw6fDo28uCgpWb2PDqiB0YW1iw6ltIGNvbmNvcmRhIHF1ZSBvIFJlcG9zaXTDs3JpbyBJbnN0aXR1Y2lvbmFsIGRhIFVGTUcgcG9kZSBtYW50ZXIgbWFpcyBkZSB1bWEgY8OzcGlhIGRlIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gcGFyYSBmaW5zIGRlIHNlZ3VyYW7Dp2EsIGJhY2stdXAgZSBwcmVzZXJ2YcOnw6NvLgoKVm9jw6ogZGVjbGFyYSBxdWUgYSBzdWEgcHVibGljYcOnw6NvIMOpIG9yaWdpbmFsIGUgcXVlIHZvY8OqIHRlbSBvIHBvZGVyIGRlIGNvbmNlZGVyIG9zIGRpcmVpdG9zIGNvbnRpZG9zIG5lc3RhIGxpY2Vuw6dhLiBWb2PDqiB0YW1iw6ltIGRlY2xhcmEgcXVlIG8gZGVww7NzaXRvIGRlIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gbsOjbywgcXVlIHNlamEgZGUgc2V1IGNvbmhlY2ltZW50bywgaW5mcmluZ2UgZGlyZWl0b3MgYXV0b3JhaXMgZGUgbmluZ3XDqW0uCgpDYXNvIGEgc3VhIHB1YmxpY2HDp8OjbyBjb250ZW5oYSBtYXRlcmlhbCBxdWUgdm9jw6ogbsOjbyBwb3NzdWkgYSB0aXR1bGFyaWRhZGUgZG9zIGRpcmVpdG9zIGF1dG9yYWlzLCB2b2PDqiBkZWNsYXJhIHF1ZSBvYnRldmUgYSBwZXJtaXNzw6NvIGlycmVzdHJpdGEgZG8gZGV0ZW50b3IgZG9zIGRpcmVpdG9zIGF1dG9yYWlzIHBhcmEgY29uY2VkZXIgYW8gUmVwb3NpdMOzcmlvIEluc3RpdHVjaW9uYWwgZGEgVUZNRyBvcyBkaXJlaXRvcyBhcHJlc2VudGFkb3MgbmVzdGEgbGljZW7Dp2EsIGUgcXVlIGVzc2UgbWF0ZXJpYWwgZGUgcHJvcHJpZWRhZGUgZGUgdGVyY2Vpcm9zIGVzdMOhIGNsYXJhbWVudGUgaWRlbnRpZmljYWRvIGUgcmVjb25oZWNpZG8gbm8gdGV4dG8gb3Ugbm8gY29udGXDumRvIGRhIHB1YmxpY2HDp8OjbyBvcmEgZGVwb3NpdGFkYS4KCkNBU08gQSBQVUJMSUNBw4fDg08gT1JBIERFUE9TSVRBREEgVEVOSEEgU0lETyBSRVNVTFRBRE8gREUgVU0gUEFUUk9Dw41OSU8gT1UgQVBPSU8gREUgVU1BIEFHw4pOQ0lBIERFIEZPTUVOVE8gT1UgT1VUUk8gT1JHQU5JU01PLCBWT0PDiiBERUNMQVJBIFFVRSBSRVNQRUlUT1UgVE9ET1MgRSBRVUFJU1FVRVIgRElSRUlUT1MgREUgUkVWSVPDg08gQ09NTyBUQU1Cw4lNIEFTIERFTUFJUyBPQlJJR0HDh8OVRVMgRVhJR0lEQVMgUE9SIENPTlRSQVRPIE9VIEFDT1JETy4KCk8gUmVwb3NpdMOzcmlvIEluc3RpdHVjaW9uYWwgZGEgVUZNRyBzZSBjb21wcm9tZXRlIGEgaWRlbnRpZmljYXIgY2xhcmFtZW50ZSBvIHNldSBub21lKHMpIG91IG8ocykgbm9tZXMocykgZG8ocykgZGV0ZW50b3IoZXMpIGRvcyBkaXJlaXRvcyBhdXRvcmFpcyBkYSBwdWJsaWNhw6fDo28sIGUgbsOjbyBmYXLDoSBxdWFscXVlciBhbHRlcmHDp8OjbywgYWzDqW0gZGFxdWVsYXMgY29uY2VkaWRhcyBwb3IgZXN0YSBsaWNlbsOnYS4KRepositório de PublicaçõesPUBhttps://repositorio.ufmg.br/oaiopendoar:2023-06-20T16:59:42Repositório Institucional da UFMG - Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)false
dc.title.pt_BR.fl_str_mv Taxonomia, diversidade e prospecção do potencial xerofílico de fungos associados às angiospermas endêmicas da Antártica Colobanthus quitensis e Deschampsia antarctica
dc.title.alternative.pt_BR.fl_str_mv Taxonomy, diversity and prospecting of the xerophilic potential of fungi associated with endemic Antarctic angiosperms Colobanthus quitensis and Deschampsia antarctica
title Taxonomia, diversidade e prospecção do potencial xerofílico de fungos associados às angiospermas endêmicas da Antártica Colobanthus quitensis e Deschampsia antarctica
spellingShingle Taxonomia, diversidade e prospecção do potencial xerofílico de fungos associados às angiospermas endêmicas da Antártica Colobanthus quitensis e Deschampsia antarctica
Lívia da Costa Coelho
Fungos
Antártica
Plantas antárticas
Deschampsia antarctica
Colobanthus quitensis
Xerofílicos
Microbiologia
Fungos
Regiões Antárticas
Magnoliopsida
title_short Taxonomia, diversidade e prospecção do potencial xerofílico de fungos associados às angiospermas endêmicas da Antártica Colobanthus quitensis e Deschampsia antarctica
title_full Taxonomia, diversidade e prospecção do potencial xerofílico de fungos associados às angiospermas endêmicas da Antártica Colobanthus quitensis e Deschampsia antarctica
title_fullStr Taxonomia, diversidade e prospecção do potencial xerofílico de fungos associados às angiospermas endêmicas da Antártica Colobanthus quitensis e Deschampsia antarctica
title_full_unstemmed Taxonomia, diversidade e prospecção do potencial xerofílico de fungos associados às angiospermas endêmicas da Antártica Colobanthus quitensis e Deschampsia antarctica
title_sort Taxonomia, diversidade e prospecção do potencial xerofílico de fungos associados às angiospermas endêmicas da Antártica Colobanthus quitensis e Deschampsia antarctica
author Lívia da Costa Coelho
author_facet Lívia da Costa Coelho
author_role author
dc.contributor.advisor1.fl_str_mv Luiz Henrique Rosa
dc.contributor.advisor1Lattes.fl_str_mv http://lattes.cnpq.br/3197093513022771
dc.contributor.advisor-co1.fl_str_mv Camila Rodrigues de Carvalho
dc.contributor.referee1.fl_str_mv Daniel de Assis Santos
dc.contributor.referee2.fl_str_mv Denise de Oliveira Scoaris
dc.contributor.referee3.fl_str_mv Luiz Henrique Rosa
dc.contributor.authorLattes.fl_str_mv http://lattes.cnpq.br/6205524505010722
dc.contributor.author.fl_str_mv Lívia da Costa Coelho
contributor_str_mv Luiz Henrique Rosa
Camila Rodrigues de Carvalho
Daniel de Assis Santos
Denise de Oliveira Scoaris
Luiz Henrique Rosa
dc.subject.por.fl_str_mv Fungos
Antártica
Plantas antárticas
Deschampsia antarctica
Colobanthus quitensis
Xerofílicos
topic Fungos
Antártica
Plantas antárticas
Deschampsia antarctica
Colobanthus quitensis
Xerofílicos
Microbiologia
Fungos
Regiões Antárticas
Magnoliopsida
dc.subject.other.pt_BR.fl_str_mv Microbiologia
Fungos
Regiões Antárticas
Magnoliopsida
description A vegetação antártica é composta basicamente por musgos, líquens e angiospermas adaptadas às condições extremas da Antártica, entre as quais se destacam a pouca disponibilidade de água e as baixas temperaturas. As duas únicas angiospermas endêmicas da Antártica, Colobanthus quitensis (Kunth) Bartl. (Caryophyllaceae) e Deschampsia antarctica Desv. (Poaceae), são plantas consideradas criotolerantes. Baseado na hipótese de que certos fungos têm potencial de contribuir para a resistência de plantas frente às condições extremas, este trabalho tem como objetivos caracterizar a diversidade e avaliar o potencial xerofílico dos fungos de C. quitensis e D. antarctica. Amostras de folhas, raiz e rizosfera de ambas as plantas foram coletadas em diferentes Ilhas do arquipélago Shetland do Sul e na Península continental da Antártica. Seiscentos e oitenta e três isolados fúngicos foram obtidos, dos quais 543 (79%) foram representados por fungos filamentosos e 140 (21%) por leveduras. Os fungos foram identificados por meio de técnicas de biologia molecular e caracterizados quanto a sua diversidade, riqueza e dominância. A comunidade associada a D. antarctica apresentou os maiores valores de diversidade, riqueza e dominância entre as duas plantas. Pseudogymnoascus destructans foi a única espécie isolada de todos os locais amostrados, a partir das amostras de D. antarctica. Quinze táxons foram comuns entre as duas angiospermas. Das espécies obtidas sistematicamente das folhas, raízes e rizosferas da D. antarctica, P. destructans foi o único isolado encontrado em comum. Não houve espécies em comum, de ocorrência sistemática, em C. quitensis. Os fungos obtidos das rizosferas de ambas angiospermas foram submetidos a ensaios de crescimento em concentrações graduais de glicerol a fim de se avaliar a capacidade de resistência a baixa disponibilidade de água. O gênero com maior capacidade de tolerar baixas atividades de água foi Penicillium (65 isolados), seguido por Pseudogymnoascus (22), Thelebolus (2 isolados) e Leptosphaeria (1). Os resultados obtidos neste trabalho indicam que as duas angiospermas antárticas abrigam táxons tanto cosmopolitas adaptados ao frio quanto endêmicos, incluindo aqueles xerofílicos capazes de tolerar baixa atividade de água e com potencial biotecnológico para uso em processo de melhoramento de plantas de interesse econômico quanto a resistência a seca.
publishDate 2019
dc.date.issued.fl_str_mv 2019-03-12
dc.date.accessioned.fl_str_mv 2023-06-20T16:59:42Z
dc.date.available.fl_str_mv 2023-06-20T16:59:42Z
dc.type.status.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/publishedVersion
dc.type.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/masterThesis
format masterThesis
status_str publishedVersion
dc.identifier.uri.fl_str_mv http://hdl.handle.net/1843/55157
dc.identifier.orcid.pt_BR.fl_str_mv 0000-0002-3980-2014
url http://hdl.handle.net/1843/55157
identifier_str_mv 0000-0002-3980-2014
dc.language.iso.fl_str_mv por
language por
dc.rights.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/openAccess
eu_rights_str_mv openAccess
dc.publisher.none.fl_str_mv Universidade Federal de Minas Gerais
dc.publisher.program.fl_str_mv Programa de Pós-Graduação em Microbiologia
dc.publisher.initials.fl_str_mv UFMG
dc.publisher.country.fl_str_mv Brasil
dc.publisher.department.fl_str_mv ICB - DEPARTAMENTO DE MICROBIOLOGIA
publisher.none.fl_str_mv Universidade Federal de Minas Gerais
dc.source.none.fl_str_mv reponame:Repositório Institucional da UFMG
instname:Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)
instacron:UFMG
instname_str Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)
instacron_str UFMG
institution UFMG
reponame_str Repositório Institucional da UFMG
collection Repositório Institucional da UFMG
bitstream.url.fl_str_mv https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/55157/1/Disserta%c3%a7%c3%a3o_Final_depositada.pdf
https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/55157/2/license.txt
bitstream.checksum.fl_str_mv b696c2d1c9a68585cb07cd87793dece0
cda590c95a0b51b4d15f60c9642ca272
bitstream.checksumAlgorithm.fl_str_mv MD5
MD5
repository.name.fl_str_mv Repositório Institucional da UFMG - Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)
repository.mail.fl_str_mv
_version_ 1803589411760242688