Alterações do esqueleto axial e complicações neurológicas na acondroplasia

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Antonio Lopes da Cunha Junior
Data de Publicação: 2014
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFMG
Texto Completo: http://hdl.handle.net/1843/BUOS-9R7HTZ
Resumo: Introdução: Acondroplasia é a displasia esquelética não letal mais comum na qual há uma desproporção entre o desenvolvimento das estruturas ósseas e neurais. O forame magno e canal vertebral apresentam menor taxa de crescimento comparado com o SNC. Isto se associa a complicações neurológicas. Objetivos: estudar o esqueleto axial e as complicações neurológicas na acondroplasia atendidos em hospital de reabilitação entre Janeiro de 1998 e Junho de 2013. Método: O projeto foi aprovado pelos Comitês de Ética e Pesquisa da UFMG e da Rede SARAH (registro na Plataforma Brasil CAAE 03970712.5.3001.0022). Trata-se de estudo observacional, clínico e radiológico, transversal e retrospectivo. Foi realizada a revisão de 41 prontuários dos pacientes com diagnóstico definitivo ou diferencial de acondroplasia e eles foram convocados para entrevista. Os pacientes ou seus responsáveis legais que concordaram em participar, leram e assinaram o termo de consentimento livre e esclarecido. Os pacientes foram divididos em dois grupos: um com crianças menores que oito anos de idade, outro com indivíduos de idade maior. Somente foram incluídos no estudo os pacientes com diagnóstico molecular confirmado. Todos pacientes foram examinados pela mesma médica geneticista. O desenvolvimento, peso, estatura, perímetro cefálico, heredograma, história obstétrica e sintomas neurológicos foram avaliados. Tomografias computadorizadas de encéfalo e da TCV por método dinâmico, em flexão e extensão, foram realizadas. Um aparelho helicoidal foi usado para aquisição volumétrica por cortes axiais com 2,5 mm de espessura e intervalo, reconstruções com 0,625 mm para reformatações nos demais planos. Foram utilizadas técnicas com menor quilovoltagem e tempo de exposição para redução da exposição à radiação (princípio ALARA). Para craniometria a média aritmética de três medidas que foram feitas por dois radiologistas foi utilizada. Os seguintes parâmetros foram avaliados: ângulo Welcher, posição do dente do áxis acima da linha de McGregor, distância de Redlund-Johnell, intervalo atlanto-odontoideo, largura do canal espinhal em C2, intervalo básio-odontoideo, intervalo basioaxial, intervalo atlanto-occipital e proporção de Powers. Para medir os ventrículos foram utilizados: relação de Evans, índice cerebroventricular dos cornos anteriores e largura máxima do terceiro ventrículo. Quando havia sinais e/ou sintomas de lesão neurológica, foram realizados radiografias, tomografia e ressonância, se necessário. Para grupo controle das dimensões dos ventrículos encefálicos e forame magno, foram sorteadas 96 tomografias normais de crânio realizadas no mesmo hospital, em proporção de quatro para um, segundo critérios de idade e sexo. Análise estatística utilizou o teste-t (para comparar médias), Kruskal-Wallis (para confirmar diferenças) e teste de Fisher (para comparar grupos). O valor de p<0,05 foi considerado o limiar para significância estatística. Resultados: vinte quatro pacientes com diagnóstico molecular de acondroplasia foram incluídos no estudo. Onze deles eram menores que oito anos de idade, 13 eram do sexo feminino, todos os casos foram esporádicos e a idade paterna era elevada em 53%. Foram identificadas as seguintes alterações da TCV sem diferenças entre os grupos 1 e 2: redução dos diâmetros do forame magno, transverso (100%), anteroposterior (96%), estenose do canal vertebral de C2 (92%), hipoplasia do clivo (88%), instabilidade atlanto-occipital (25%), instabilidade atlantoaxial (13%), invaginação basilar (13%) mais comum em adultos e platibasia (8%). Foram identificadas as seguintes alterações do encéfalo: ventriculomegalia (30%), apagamento dos sulcos hemisféricos (13%)e obliteração do espaço subaracnoideo (9%). Outros achados dos exames são: sinusopatia (79%), secreção pós-timpânica (25%). Não houve nenhum caso de mielopatia compressiva cervical alta. Havia manifestações neurológicas em 54% dos pacientes afetados, em 33% com estenose espinhal alta, 29% com estenose baixa, todos do grupo de maior idade, e em 8% havia estenose em ambos os níveis, todos adultos. Havia sinais de mielorradiculopatia compressiva toracolombar baixa em 17%. Conclusão: este estudo do esqueleto axial e das complicações neurológicas em pacientes com acondroplasia contribui para profissionais envolvidos no seguimento, prevenção e tratamento dos afetados.
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Foi realizada a revisão de 41 prontuários dos pacientes com diagnóstico definitivo ou diferencial de acondroplasia e eles foram convocados para entrevista. Os pacientes ou seus responsáveis legais que concordaram em participar, leram e assinaram o termo de consentimento livre e esclarecido. Os pacientes foram divididos em dois grupos: um com crianças menores que oito anos de idade, outro com indivíduos de idade maior. Somente foram incluídos no estudo os pacientes com diagnóstico molecular confirmado. Todos pacientes foram examinados pela mesma médica geneticista. O desenvolvimento, peso, estatura, perímetro cefálico, heredograma, história obstétrica e sintomas neurológicos foram avaliados. Tomografias computadorizadas de encéfalo e da TCV por método dinâmico, em flexão e extensão, foram realizadas. Um aparelho helicoidal foi usado para aquisição volumétrica por cortes axiais com 2,5 mm de espessura e intervalo, reconstruções com 0,625 mm para reformatações nos demais planos. 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Foram identificadas as seguintes alterações da TCV sem diferenças entre os grupos 1 e 2: redução dos diâmetros do forame magno, transverso (100%), anteroposterior (96%), estenose do canal vertebral de C2 (92%), hipoplasia do clivo (88%), instabilidade atlanto-occipital (25%), instabilidade atlantoaxial (13%), invaginação basilar (13%) mais comum em adultos e platibasia (8%). Foram identificadas as seguintes alterações do encéfalo: ventriculomegalia (30%), apagamento dos sulcos hemisféricos (13%)e obliteração do espaço subaracnoideo (9%). Outros achados dos exames são: sinusopatia (79%), secreção pós-timpânica (25%). Não houve nenhum caso de mielopatia compressiva cervical alta. Havia manifestações neurológicas em 54% dos pacientes afetados, em 33% com estenose espinhal alta, 29% com estenose baixa, todos do grupo de maior idade, e em 8% havia estenose em ambos os níveis, todos adultos. Havia sinais de mielorradiculopatia compressiva toracolombar baixa em 17%. Conclusão: este estudo do esqueleto axial e das complicações neurológicas em pacientes com acondroplasia contribui para profissionais envolvidos no seguimento, prevenção e tratamento dos afetados.Background: Achondroplasia is the most common non-lethal skeletal dysplasia and there is disproportion between bone and neural structures development. The foramen magnum and spinal canal present underdevelopment compared with the central nervous system. It is associated with neurological complications. Purposes: to study the axial skeleton and the neurological complications of achondroplasia in patients treated at a rehabilitation hospital between May of 1998 and June of 2013. Method: The project was approved by the Ethics and Research Committee at UFMG and SARAH Network (Plataforma Brasil recorded in CAAE 03970712.5.3001.0022). This is a cross-sectional and a retrospective clinical and radiological observational study. The review of 41 medical records of patients with a definitive or differential diagnosis of achondroplasia was performed and they were called for interview. The patients or their legal guardians agreed to participate, read and signed the consent form. The patients were divided into two groups: one with children younger than eight years old and other with older individuals. Only patients with confirmed molecular genetic testing participated in the study. The same medical geneticist examined all patients. The development, weight, height, head circumference, pedigree, obstetric history and neurological symptoms were evaluated. Brain CT scans and CVJ dynamic flexion-extension CT studies were performed. A helical scanner was used for a volumetric acquisition by axial slices with 2.5 mm thickness and interval, reconstructed with 0.625 mm for multiplanar reformation. It was used techniques with lower kilovoltage and exposure time to reduce radiation exposure (ALARA safety principle). For the craniometry, the arithmetic mean of three measurements were made by two radiologists were used. The following parameters were evaluated: Welcher angle, dens tip position above McGregor line, Redlund-Johnell method, atlantodens interval, width of the spinal canal at C2 segment, basion-dens interval, lengths of posterior axial line, condylar displacement and Powers ratio. To measure the ventricles were used: Evans ratio, cerebroventricular index of the anterior horns and maximum width of the third ventricle. When there were signs and/or symptoms of neurological damage, roentgen, computed tomography and magnetic resonance were performed. To assess the size of the ventricles and foramen magnum, 96 normal scans of skull were selected as control group among CT scans performed in the same hospital, in the proportion of four to one, according to age and sex criteria. Statistical analysis used the t-test (to compare means), Kruskal-Wallis test (for differences between means) and Fisher test (to compare groups). A p-value<0.05 threshold was considered for statistical significance. Results: twenty-four patients with molecular confirmation of achondroplasia were included in the study. Eleven of them were younger than eight years old, 13 were females, all cases were sporadic and the paternal age was high in 53%. Prenatal ultrasound in 71% detected short limbs in 53%. The following CVJ findings were found: narrowing of the diameter of the foramen magnum transverse (100%) and anteroposterior (96%), spinal stenosis at C2 (92%), clivus hypoplasia (88%), atlanto-occipital instability (25%), atlantoaxial instability (13 %), basilar invagination (13%) was more common in older individuals, platybasia (8%). The following brain findings were found: ventriculomegaly (30%), lack of hemispheric sulci (13%), subarachnoid space obliteration (9%). Other findings in the exams were sinusitis (79%) and post-tympanic secretion (25%). There was no upper cervical compressive myelopathy. Affected patients had neurological symptoms in 54%: in 33% with upper cervical spinal stenosis, 29% with lower thoracolumbar spinal stenosis and all from the older group, and in 8% there is spinal stenosis in both levels, all adults. There were signs of lower thoracolumbar compressive myeloradiculopathy in 17%. Conclusion: the study of the axial skeleton and neurological complications in patients with achondroplasia contributed for professionals involved in the monitoring, prevention and treatment of the affected individuals.Universidade Federal de Minas GeraisUFMGPediatriaAcondroplasiaTomografiaMedula espinhalHidrocefaliaFGFR3OsteocondrodisplasiasAlterações do esqueleto axial e complicações neurológicas na acondroplasiainfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisinfo:eu-repo/semantics/openAccessporreponame:Repositório Institucional da UFMGinstname:Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)instacron:UFMGORIGINALalteracoes_do_esqueleto_axial_e_lesoes_neurologicas_na_acondroplasia.pdfapplication/pdf7347908https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/BUOS-9R7HTZ/1/alteracoes_do_esqueleto_axial_e_lesoes_neurologicas_na_acondroplasia.pdf6b36aa4eadf748c94877c8629ba5d30bMD51TEXTalteracoes_do_esqueleto_axial_e_lesoes_neurologicas_na_acondroplasia.pdf.txtalteracoes_do_esqueleto_axial_e_lesoes_neurologicas_na_acondroplasia.pdf.txtExtracted texttext/plain191356https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/BUOS-9R7HTZ/2/alteracoes_do_esqueleto_axial_e_lesoes_neurologicas_na_acondroplasia.pdf.txtb47fdeed8f1ae60ad00b8524d2718431MD521843/BUOS-9R7HTZ2019-11-14 05:34:44.564oai:repositorio.ufmg.br:1843/BUOS-9R7HTZRepositório de PublicaçõesPUBhttps://repositorio.ufmg.br/oaiopendoar:2019-11-14T08:34:44Repositório Institucional da UFMG - Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)false
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