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João Renato Stehmannhttp://lattes.cnpq.br/2440790381990226Marcos Eduardo Guerra SobralLeandro Cézanne de Souza Assishttp://lattes.cnpq.br/7490924306763279Gustavo Santos Silva2021-03-19T19:49:44Z2021-03-19T19:49:44Z2018-02-27http://hdl.handle.net/1843/35314A história da botânica no Brasil da primeira metade do seculo XX é pouco conhecida, mas muito importante, pois foi quando começam a se difundir e consolidar diversas instituições republicanas, como universidades e centros de pesquisa que perduram até hoje. Junto a essas instituições, surgiram alguns acervos, hoje considerados históricos, com amostras de plantas coletadas em épocas e ambientes que hoje não existem mais. Nesse contexto, o acervo deixado pelo pesquisador Henrique Lamayer de Mello Barreto, com plantas coletadas em Minas Gerais nas décadas de 30 e 40, pode ser considerado um dos mais importantes. Suas amostras foram distribuídas para vários herbários nacionais e estrangeiros e serviram de base para descrição de inúmeras espécies novas para a ciência. Apesar disso, pouco se conhece sobre sua carreira, sua obra e a efetiva contribuição dada para o conhecimento da flora de Minas Gerais. Os objetivos desse trabalho foram resgatar informações sobre sua trajetória profissional e sua produção científica, inventariar o acervo deixado nos herbários referente à flora de Minas Gerais, analisando onde, quando e com quem foram coletadas as amostras. Também foram resgatadas as eponímias, homenagens dadas por outros botânicos taxonomistas quando da descrição de táxons novos para a ciência. A metodologia utilizada constou de pesquisa junto ao acervo de documentos da família, entrevistas, revisão de amostras nos herbários e a construção de um banco de dados contendo os registros das coletas depositadas no Brasil e no exterior. Para avaliação dos táxons por ele descritos, foram utilizadas bibliografias especializadas para a família Melastomataceae e consulta a especialistas. Em relação ao acervo deixado, foram encontrados 9063 registros de exsicatas nas duas principais bases de dados de herbários virtuais disponíveis no Brasil. Os herbários brasileiros que possuem maior quantitativo de espécimes coletados por Mello Barreto foram o BHCB (5.181), SP (1.059), RB (929) e R (443), sendo os grupos mais representativos Fabaceae, Melastomataceae, Asteraceae e Rubiaceae. Os anos de 1933, 1935 e 1937 foram os com mais coletas. A análise da distribuição geográfica indica que ele visitou todas as regiões do estado, mas Belo Horizonte foi a localidade com maior número de registros, seguida por Lagoa Santa e Santa Luzia. A região da Serra do Cipó também merece destaque. As parcerias de coleta começara depois de 1934, tendo ele coletado com 16 pesquisadores, alguns do exterior. Ele reconheceu diversas entidades taxonômicas novas em Melastomataceae, especialmente em Lavoisiera, mas a maioria não foi efetivamente publicada. Um total de 25 epitetos específicos foram dados em sua homenagem, a maior parte em decorrência das suas amostras serem materiais tipos das espécies. Destacamos também as participações em projetos paisagísticos com Burle-Marx em Minas Gerais, a partir da década de 40, incorporando o uso de espécies nativas ornamentais. Mello Barreto deixou um enorme legado ciêntifico sobre a flora de Minas Gerais e foi, sem dúvida alguma, uma das referências mais importante da botânica no estado na primeira metade do século XX.The history of botany in Brazil in the first half of the 20th century is little known, but very important, since it was when diverse institutions, such as universities and research centers, began to spread and consolidate, driven by scientific and technological advances and new challenges political, social and economic. To support research in the botanic area, some herbaria were created at that time and now house samples of plants collected in environments that no longer exist or are altered. In this context, the collection left by the researcher Henrique Lamayer de Mello Barreto, with plants collected in Minas Gerais in the 1930s and 1940s, can be considered one of the most important. Their samples were distributed to several national and foreign herbaria and served as a basis for description of numerous new species for science. Despite this, little is known about his career, his work and the effective contribution given to the knowledge of the flora of Minas Gerais. The objectives of this work were to retrieve information about its professional trajectory and its scientific production and to inventory the collection left in the herbaria referring to the flora of Minas Gerais, analyzing where, when and with whom samples were collected. The eponymy were also rescued, tributes given by other botanists taxonomists when describing new taxa. The methodology consisted of research using private documents provided by his relatives, interviews, revision of samples in the herbariums and the construction of a database containing the records of collections deposited in Brazil and abroad herbaria. For the evaluation of the taxa described by him, specialized bibliographies were used for the family Melastomataceae and consultation of specialists. In relation to the collection left, 9063 records were found in the two main databases of virtual herbaria available in Brazil. The Brazilian herbaria with the highest number of specimens collected by Mello Barreto were BHCB (5,181), SP (1,059), RB (929) and R (443). The most representative groups were Fabaceae, Melastomataceae, Asteraceae and Rubiaceae. The years 1933, 1935 and 1937 were the ones with the most collections. The analysis of the geographical distribution indicates that all regions of the state where visited by him, but Belo Horizonte was the locality with the highest number of records, followed by Lagoa Santa and Santa Luzia. The Serra do Cipó region is also worth mentioning. The collection partnerships began after 1934, with the collaboration of 16 researchers, some from abroad. He recognized several new taxonomic entities in Melastomataceae, especially in Lavoisiera, but most of them were not efectively published. A total of 25 specific epithet was given in their honor, mostly because their samples were type material. We also highlight the participation in landscape projects with Burle-Marx in Minas Gerais, beginning in the 1940s, incorporating the use of native ornamental species. Mello Barreto left a huge scientific legacy on the flora of Minas Gerais and, for this, must be considered one of the most important and recognized botanist in the 1930 and 1940 decades.porUniversidade Federal de Minas GeraisPrograma de Pós-Graduação em Biologia VegetalUFMGBrasilICB - INSTITUTO DE CIÊNCIAS BIOLOGICAShttp://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/pt/info:eu-repo/semantics/openAccessBotânicaHerbárioTaxonomia vegetalFloraPaisagismo - Minas GeraisMello BarretoHerbárioColeção históricaFlora MineiraPaisagismoO botânico Henrique Lahmeyer de Mello Barreto e sua contribuição para o conhecimento da flora de Minas Geraisinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisreponame:Repositório Institucional da UFMGinstname:Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)instacron:UFMGORIGINALDissertação_Gustavo_Versao_EntregueBiblioteca.pdfDissertação_Gustavo_Versao_EntregueBiblioteca.pdfapplication/pdf7613578https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/35314/1/Dissertac%cc%a7a%cc%83o_Gustavo_Versao_EntregueBiblioteca.pdfedabb425bdba83381952957b94eb6bd8MD51CC-LICENSElicense_rdflicense_rdfapplication/rdf+xml; charset=utf-8811https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/35314/2/license_rdfcfd6801dba008cb6adbd9838b81582abMD52LICENSElicense.txtlicense.txttext/plain; charset=utf-82119https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/35314/3/license.txt34badce4be7e31e3adb4575ae96af679MD531843/353142021-03-19 16:49:44.946oai:repositorio.ufmg.br:1843/35314TElDRU7Dh0EgREUgRElTVFJJQlVJw4fDg08gTsODTy1FWENMVVNJVkEgRE8gUkVQT1NJVMOTUklPIElOU1RJVFVDSU9OQUwgREEgVUZNRwoKQ29tIGEgYXByZXNlbnRhw6fDo28gZGVzdGEgbGljZW7Dp2EsIHZvY8OqIChvIGF1dG9yIChlcykgb3UgbyB0aXR1bGFyIGRvcyBkaXJlaXRvcyBkZSBhdXRvcikgY29uY2VkZSBhbyBSZXBvc2l0w7NyaW8gSW5zdGl0dWNpb25hbCBkYSBVRk1HIChSSS1VRk1HKSBvIGRpcmVpdG8gbsOjbyBleGNsdXNpdm8gZSBpcnJldm9nw6F2ZWwgZGUgcmVwcm9kdXppciBlL291IGRpc3RyaWJ1aXIgYSBzdWEgcHVibGljYcOnw6NvIChpbmNsdWluZG8gbyByZXN1bW8pIHBvciB0b2RvIG8gbXVuZG8gbm8gZm9ybWF0byBpbXByZXNzbyBlIGVsZXRyw7RuaWNvIGUgZW0gcXVhbHF1ZXIgbWVpbywgaW5jbHVpbmRvIG9zIGZvcm1hdG9zIMOhdWRpbyBvdSB2w61kZW8uCgpWb2PDqiBkZWNsYXJhIHF1ZSBjb25oZWNlIGEgcG9sw610aWNhIGRlIGNvcHlyaWdodCBkYSBlZGl0b3JhIGRvIHNldSBkb2N1bWVudG8gZSBxdWUgY29uaGVjZSBlIGFjZWl0YSBhcyBEaXJldHJpemVzIGRvIFJJLVVGTUcuCgpWb2PDqiBjb25jb3JkYSBxdWUgbyBSZXBvc2l0w7NyaW8gSW5zdGl0dWNpb25hbCBkYSBVRk1HIHBvZGUsIHNlbSBhbHRlcmFyIG8gY29udGXDumRvLCB0cmFuc3BvciBhIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gcGFyYSBxdWFscXVlciBtZWlvIG91IGZvcm1hdG8gcGFyYSBmaW5zIGRlIHByZXNlcnZhw6fDo28uCgpWb2PDqiB0YW1iw6ltIGNvbmNvcmRhIHF1ZSBvIFJlcG9zaXTDs3JpbyBJbnN0aXR1Y2lvbmFsIGRhIFVGTUcgcG9kZSBtYW50ZXIgbWFpcyBkZSB1bWEgY8OzcGlhIGRlIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gcGFyYSBmaW5zIGRlIHNlZ3VyYW7Dp2EsIGJhY2stdXAgZSBwcmVzZXJ2YcOnw6NvLgoKVm9jw6ogZGVjbGFyYSBxdWUgYSBzdWEgcHVibGljYcOnw6NvIMOpIG9yaWdpbmFsIGUgcXVlIHZvY8OqIHRlbSBvIHBvZGVyIGRlIGNvbmNlZGVyIG9zIGRpcmVpdG9zIGNvbnRpZG9zIG5lc3RhIGxpY2Vuw6dhLiBWb2PDqiB0YW1iw6ltIGRlY2xhcmEgcXVlIG8gZGVww7NzaXRvIGRlIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gbsOjbywgcXVlIHNlamEgZGUgc2V1IGNvbmhlY2ltZW50bywgaW5mcmluZ2UgZGlyZWl0b3MgYXV0b3JhaXMgZGUgbmluZ3XDqW0uCgpDYXNvIGEgc3VhIHB1YmxpY2HDp8OjbyBjb250ZW5oYSBtYXRlcmlhbCBxdWUgdm9jw6ogbsOjbyBwb3NzdWkgYSB0aXR1bGFyaWRhZGUgZG9zIGRpcmVpdG9zIGF1dG9yYWlzLCB2b2PDqiBkZWNsYXJhIHF1ZSBvYnRldmUgYSBwZXJtaXNzw6NvIGlycmVzdHJpdGEgZG8gZGV0ZW50b3IgZG9zIGRpcmVpdG9zIGF1dG9yYWlzIHBhcmEgY29uY2VkZXIgYW8gUmVwb3NpdMOzcmlvIEluc3RpdHVjaW9uYWwgZGEgVUZNRyBvcyBkaXJlaXRvcyBhcHJlc2VudGFkb3MgbmVzdGEgbGljZW7Dp2EsIGUgcXVlIGVzc2UgbWF0ZXJpYWwgZGUgcHJvcHJpZWRhZGUgZGUgdGVyY2Vpcm9zIGVzdMOhIGNsYXJhbWVudGUgaWRlbnRpZmljYWRvIGUgcmVjb25oZWNpZG8gbm8gdGV4dG8gb3Ugbm8gY29udGXDumRvIGRhIHB1YmxpY2HDp8OjbyBvcmEgZGVwb3NpdGFkYS4KCkNBU08gQSBQVUJMSUNBw4fDg08gT1JBIERFUE9TSVRBREEgVEVOSEEgU0lETyBSRVNVTFRBRE8gREUgVU0gUEFUUk9Dw41OSU8gT1UgQVBPSU8gREUgVU1BIEFHw4pOQ0lBIERFIEZPTUVOVE8gT1UgT1VUUk8gT1JHQU5JU01PLCBWT0PDiiBERUNMQVJBIFFVRSBSRVNQRUlUT1UgVE9ET1MgRSBRVUFJU1FVRVIgRElSRUlUT1MgREUgUkVWSVPDg08gQ09NTyBUQU1Cw4lNIEFTIERFTUFJUyBPQlJJR0HDh8OVRVMgRVhJR0lEQVMgUE9SIENPTlRSQVRPIE9VIEFDT1JETy4KCk8gUmVwb3NpdMOzcmlvIEluc3RpdHVjaW9uYWwgZGEgVUZNRyBzZSBjb21wcm9tZXRlIGEgaWRlbnRpZmljYXIgY2xhcmFtZW50ZSBvIHNldSBub21lKHMpIG91IG8ocykgbm9tZXMocykgZG8ocykgZGV0ZW50b3IoZXMpIGRvcyBkaXJlaXRvcyBhdXRvcmFpcyBkYSBwdWJsaWNhw6fDo28sIGUgbsOjbyBmYXLDoSBxdWFscXVlciBhbHRlcmHDp8OjbywgYWzDqW0gZGFxdWVsYXMgY29uY2VkaWRhcyBwb3IgZXN0YSBsaWNlbsOnYS4KCg==Repositório InstitucionalPUBhttps://repositorio.ufmg.br/oaiopendoar:2021-03-19T19:49:44Repositório Institucional da UFMG - Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)false
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