Anatomia ecológica e dendrologia de Eugenia sonderiana O. Berg e Eucalyptus saligna sm. na Serra do Cipó MG

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Luciana de Moura Seabra
Data de Publicação: 2012
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFMG
Texto Completo: http://hdl.handle.net/1843/BUOS-8UENVD
Resumo: Estudos envolvendo o lenho são de grande valia para diversas áreas da botânica, como a sistemática e a anatomia, foco deste trabalho. A madeira é capaz de registrar as variações do ambiente, por meio da atividade cambial, sendo possível resgatar informações climáticas de tempos anteriores. Amostras do lenho de indivíduos de Eucalyptus saligna provenientes de uma plantação localizada no Parque Nacional da Serra do Cipó (PARNA da Serra do Cipó), e da espécie nativa Eugenia sonderiana, situados no entorno desta plantação, foram utilizadas para confecção de lâminas histológicas das seções transversais, longitudinais tangenciais e radiais, e de material macerado. O comprimento, espessura da parede, diâmetro do lume e largura de elementos de vaso e fibras foram medidos e a densidade dessas células e dos raios parenquimáticos foi calculada. Discos do lenho foram polidos para a visualização e contagem dos anéis de crescimento, os quais foram relacionados aos dados climatológicos dos últimos 10 anos da região. A estrutura anatômica de Eucalyptus saligna é diferente daquela de indivíduos provenientes de populações nativas da Austrália e introduzidas no estado de São Paulo. Períodos prolongados de seca apresentam evidências de que foram a variável responsável por essas diferenças. Eugenia sonderiana apresentou caracteres demonstrando que está melhor adaptada do que Eucalyptus saligna ao ambiente da Serra do Cipó, por possuir características diagnósticas do ambiente. A desorganização no espaçamento dos indivíduos na plantação de Eucalyptus saligna foi explicada pela presença de rebrotos a partir cortes, quedas e lignotuber e pela propagação por sementes; após polimento das amostras, observou-se que ambas as espécies registram anéis de crescimento. Eugenia sonderiana possui circunferência equivalente a indivíduos das classes mais finas de Eucalyptus saligna e idade semelhante aos indivíduos com maior circunferência, indicando que a espécie nativa se desenvolve de uma maneira mais lenta que a exótica
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O comprimento, espessura da parede, diâmetro do lume e largura de elementos de vaso e fibras foram medidos e a densidade dessas células e dos raios parenquimáticos foi calculada. Discos do lenho foram polidos para a visualização e contagem dos anéis de crescimento, os quais foram relacionados aos dados climatológicos dos últimos 10 anos da região. A estrutura anatômica de Eucalyptus saligna é diferente daquela de indivíduos provenientes de populações nativas da Austrália e introduzidas no estado de São Paulo. Períodos prolongados de seca apresentam evidências de que foram a variável responsável por essas diferenças. Eugenia sonderiana apresentou caracteres demonstrando que está melhor adaptada do que Eucalyptus saligna ao ambiente da Serra do Cipó, por possuir características diagnósticas do ambiente. A desorganização no espaçamento dos indivíduos na plantação de Eucalyptus saligna foi explicada pela presença de rebrotos a partir cortes, quedas e lignotuber e pela propagação por sementes; após polimento das amostras, observou-se que ambas as espécies registram anéis de crescimento. Eugenia sonderiana possui circunferência equivalente a indivíduos das classes mais finas de Eucalyptus saligna e idade semelhante aos indivíduos com maior circunferência, indicando que a espécie nativa se desenvolve de uma maneira mais lenta que a exóticaStudies of the wood are valuable for many areas of botany, such as systematic and anatomy, being this last one, the focus of this work. The wood is able to record the environmental variations expressed through the cambium activity, allowing the retrievement of climate data of earlier times. Individuals from a plantation of Eucalyptus saligna located in the Parque Nacional da Serra do Cipó (PARNA Serra do Cipó), and native species Eugenia sonderiana, located in the vicinity of this plantation had their wood sampled and prepared for histological slides. Transverse, longitudinal tangential and radial sections, besides macerated material were observed. The length, wall thickness, lumen diameter and width of the vessel elements and fibers were measured and the density of these cells and ray parenchyma was calculated. Discs of wood were polished in order to view and count the growth rings, which were related to the climatological data of the last 10 years in the region. The anatomical structure of Eucalyptus saligna is different from that of individuals from populations native to Australia and introduced in the state of São Paulo. Long-term drought is believed to be the variable responsible for these differences. Eugenia sonderiana characters shows that it is better suited to the environment of Serra do Cipó than Eucalyptus saligna, because it has diagnostic features of the environment. The spatial disorganization of individuals in the plantation of Eucalyptus saligna was explained by the presence of resprouting from cuts, falls and lignotuber, besides seed propagation. After polishing the samples, we observed that both species recorded growth rings. The circumference of individuals of Eugenia sonderiana is equivalent to the circumference of the youngest Eucalyptus saligna individuals, although they age-match the individuals with greater circumference, indicating that the native species develops slower than the exotic oneUniversidade Federal de Minas GeraisUFMGBotânicaDendroclimatologiaLenhoEugenia sonderianaAnatomia ecológicaEucalyptus salignaDendrocronologiaAnatomia ecológica e dendrologia de Eugenia sonderiana O. Berg e Eucalyptus saligna sm. na Serra do Cipó MGinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisinfo:eu-repo/semantics/openAccessporreponame:Repositório Institucional da UFMGinstname:Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)instacron:UFMGORIGINALdisserta__omestradolucianaseabra.pdfapplication/pdf872572https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/BUOS-8UENVD/1/disserta__omestradolucianaseabra.pdf7a674253d0630b9a18c4858f59470e0fMD51TEXTdisserta__omestradolucianaseabra.pdf.txtdisserta__omestradolucianaseabra.pdf.txtExtracted texttext/plain71128https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/BUOS-8UENVD/2/disserta__omestradolucianaseabra.pdf.txt78edac549af68daee6a40e1225d497f7MD521843/BUOS-8UENVD2019-11-14 17:06:26.598oai:repositorio.ufmg.br:1843/BUOS-8UENVDRepositório de PublicaçõesPUBhttps://repositorio.ufmg.br/oaiopendoar:2019-11-14T20:06:26Repositório Institucional da UFMG - Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)false
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