Influência do baço e de operações para tratamento de hipertensão porta esquistossomática na incidência de trombose das veias principais do sistema porta e em exames hematológicos e bioquímicos

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Leonardo de Souza Vasconcellos
Data de Publicação: 2011
Tipo de documento: Tese
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFMG
Texto Completo: http://hdl.handle.net/1843/BUOS-8JBPLP
Resumo: INTRODUÇÃO: Poucos são os trabalhos que correlacionaram as repercussões laboratoriais e trombogênicas com os vários tipos de tratamento operatório para correção da hipertensão porta esquistossomática (HPE), cuja fisiopatogênese ainda é pouco compreendida.. OBJETIVOS: correlacionar tamanho do baço com valores dos exames hematológicos pré-operatórios; verificar as mudanças nos valores de exames hematológicos e bioquímicos no pré e pósoperatório tardio de pacientes com HPE; associar operações para tratamento de HPE com a incidência de trombose das veias principais do sistema porta e avaliar as repercussões tardias dessa trombose nos valores de exames hematológicos e bioquímicos. MÉTODO: Foram estudados 80 doentes com HPE, distribuídos em quatro grupos, de acordo com o tratamento cirúrgico: Grupo 1 (n = 16): desconexão portavarizes e ligadura da artéria esplênica; Grupo 2 (n = 24): desconexão portavarizes combinada com esplenectomia total; Grupo 3 (n = 30): desconexão portavarizes combinada com esplenectomia subtotal e Grupo 4 (n = 10): desconexão portavarizes combinada com esplenectomia total e implantes esplênicos autógenos no omento maior. O tamanho do baço foi avaliado à ultrassonografia, sendo correlacionado com os valores hematológicos. Os resultados pré e pós-operatórios tardios dos exames hematológicos e bioquímicos foram comparados entre os grupos. Avaliou-se ainda a incidência de trombose no pós-operatório tardio, pela ultrassonografia com Doppler. Os pacientes foram redistribuídos em dois grupos, com e sem trombose, cujos resultados dos exames hematológicos e bioquímicos também foram comparados. Considerou-se o nível de significância de 95%. RESULTADOS: Não houve correlação entre o tamanho do baço e as citopenias observadas no pré-operatório. Plaquetopenia ocorreu em 78 (97,5%) doentes. Leucopenia foi observada em 70 (87,5%) pacientes, a eosinofilia, em 34 (42,5%) doentes e a anemia, em 56 (70%) casos. A atividade de protrombina esteve abaixo de 70% em 44 pacientes (55%). Os exames bioquímicos pré-operatórios foram normais, sem diferença entre os grupos. No pós-operatório tardio, os pacientes do Grupo 1 apresentaram valores mais baixos de leucócitos totais, plaquetas e atividade de protrombina e elevados da relação normatizada internacional (RNI). Não houve diferença entre os grupos para os resultados das provas das funções hepáticas e renais, da glicemia e do lipidograma. Em todos os pacientes houve melhora dos resultados laboratoriais para hemácias, hemoglobina, hematócrito, leucócitos totais e plaquetas. Nos doentes dos grupos 2 e 3 também houve melhora dos valores da atividade de protrombina e do RNI. As funções hepáticas e renais, a glicemia e o lipidograma permaneceram estáveis antes e após o tratamento cirúrgico. A ultrassonografia com Doppler, realizada em 61 doentes no pós-operatório tardio, mostrou incidência de trombose em 42,6% dos casos, a qual não se correlacionou com o tipo de tratamento cirúrgico. Não houve diferença entre os resultados hematológicos e bioquímicos, quando comparados os grupos com e sem trombose. CONCLUSÕES: O tamanho do baço não se correlaciona com os resultados dos exames hematológicos, que melhoraram em todos os pacientes operados; não há diferença entre as operações estudadas com relação aos resultados de exames bioquímicos; trombose das principais veias do sistema porta foi observada em todos os tipos de tratamentos cirúrgicos, sem diferença entre si; a persistência de trombose não interfere nos resultados dos exames hematológicos e bioquímicos no pós-operatório tardio. UNITERMOS: Esquistossomose mansônica, Hipertensão porta, Trombose venosa porta, Ultrassonografia com Doppler, Leucopenia, Plaquetopenia, Anemia, Função hepática, Função renal, Glicemia, Lipidograma, Pré-operatório, Pós-operatório, Tratamento cirúrgico, Desconexão portavarizes, Ligadura da artéria esplênica, Esplenectomia total, Esplenectomia subtotal, Implante esplênico autógeno.
id UFMG_ca54d210d21d20cde04c0b4d65379cc4
oai_identifier_str oai:repositorio.ufmg.br:1843/BUOS-8JBPLP
network_acronym_str UFMG
network_name_str Repositório Institucional da UFMG
repository_id_str
spelling Andy PetroianuVivian ResendeAlcino Lazaro da SilvaTarcizo Afonso NunesEnio BuffoloCleber Dario Pinto KruelLeonardo de Souza Vasconcellos2019-08-12T22:31:42Z2019-08-12T22:31:42Z2011-04-18http://hdl.handle.net/1843/BUOS-8JBPLPINTRODUÇÃO: Poucos são os trabalhos que correlacionaram as repercussões laboratoriais e trombogênicas com os vários tipos de tratamento operatório para correção da hipertensão porta esquistossomática (HPE), cuja fisiopatogênese ainda é pouco compreendida.. OBJETIVOS: correlacionar tamanho do baço com valores dos exames hematológicos pré-operatórios; verificar as mudanças nos valores de exames hematológicos e bioquímicos no pré e pósoperatório tardio de pacientes com HPE; associar operações para tratamento de HPE com a incidência de trombose das veias principais do sistema porta e avaliar as repercussões tardias dessa trombose nos valores de exames hematológicos e bioquímicos. MÉTODO: Foram estudados 80 doentes com HPE, distribuídos em quatro grupos, de acordo com o tratamento cirúrgico: Grupo 1 (n = 16): desconexão portavarizes e ligadura da artéria esplênica; Grupo 2 (n = 24): desconexão portavarizes combinada com esplenectomia total; Grupo 3 (n = 30): desconexão portavarizes combinada com esplenectomia subtotal e Grupo 4 (n = 10): desconexão portavarizes combinada com esplenectomia total e implantes esplênicos autógenos no omento maior. O tamanho do baço foi avaliado à ultrassonografia, sendo correlacionado com os valores hematológicos. Os resultados pré e pós-operatórios tardios dos exames hematológicos e bioquímicos foram comparados entre os grupos. Avaliou-se ainda a incidência de trombose no pós-operatório tardio, pela ultrassonografia com Doppler. Os pacientes foram redistribuídos em dois grupos, com e sem trombose, cujos resultados dos exames hematológicos e bioquímicos também foram comparados. Considerou-se o nível de significância de 95%. RESULTADOS: Não houve correlação entre o tamanho do baço e as citopenias observadas no pré-operatório. Plaquetopenia ocorreu em 78 (97,5%) doentes. Leucopenia foi observada em 70 (87,5%) pacientes, a eosinofilia, em 34 (42,5%) doentes e a anemia, em 56 (70%) casos. A atividade de protrombina esteve abaixo de 70% em 44 pacientes (55%). Os exames bioquímicos pré-operatórios foram normais, sem diferença entre os grupos. No pós-operatório tardio, os pacientes do Grupo 1 apresentaram valores mais baixos de leucócitos totais, plaquetas e atividade de protrombina e elevados da relação normatizada internacional (RNI). Não houve diferença entre os grupos para os resultados das provas das funções hepáticas e renais, da glicemia e do lipidograma. Em todos os pacientes houve melhora dos resultados laboratoriais para hemácias, hemoglobina, hematócrito, leucócitos totais e plaquetas. Nos doentes dos grupos 2 e 3 também houve melhora dos valores da atividade de protrombina e do RNI. As funções hepáticas e renais, a glicemia e o lipidograma permaneceram estáveis antes e após o tratamento cirúrgico. A ultrassonografia com Doppler, realizada em 61 doentes no pós-operatório tardio, mostrou incidência de trombose em 42,6% dos casos, a qual não se correlacionou com o tipo de tratamento cirúrgico. Não houve diferença entre os resultados hematológicos e bioquímicos, quando comparados os grupos com e sem trombose. CONCLUSÕES: O tamanho do baço não se correlaciona com os resultados dos exames hematológicos, que melhoraram em todos os pacientes operados; não há diferença entre as operações estudadas com relação aos resultados de exames bioquímicos; trombose das principais veias do sistema porta foi observada em todos os tipos de tratamentos cirúrgicos, sem diferença entre si; a persistência de trombose não interfere nos resultados dos exames hematológicos e bioquímicos no pós-operatório tardio. UNITERMOS: Esquistossomose mansônica, Hipertensão porta, Trombose venosa porta, Ultrassonografia com Doppler, Leucopenia, Plaquetopenia, Anemia, Função hepática, Função renal, Glicemia, Lipidograma, Pré-operatório, Pós-operatório, Tratamento cirúrgico, Desconexão portavarizes, Ligadura da artéria esplênica, Esplenectomia total, Esplenectomia subtotal, Implante esplênico autógeno.BACKGROUND: There are few studies that correlate the laboratory and thrombogenic effects with different surgical procedures for the treatment of schistosomal portal hypertension (SPH), whose physiopathology is not yet understood. OBJECTIVES: To correlate the size of the spleen with the serum levels of the preoperative haematological tests; to verify changes in the serum levels of haematological and biochemical tests in pre- and postoperative period; to correlate four different surgical techniques for treatment of SPH with the incidence of portal vein thrombosis in the late post-operative period; to verify if portal vein thrombosis can produce changes in the serum levels of haematological and biochemical tests. METHODS: 80 patients with SPH were divided in four groups: Group 1 (n = 16): submitted to oesophagogastric desvascularization and splenic artery ligation, Group 2 (n = 24): submitted to oesophagogastric desvascularization and total splenectomy, Group 3 (n = 30): submitted to oesophagogastric desvascularization and subtotal splenectomy preserving the upper pole and Group 4 (n = 10): submitted to oesophagogastric desvascularization, with splenectomy and autogenous splenic implants on the greater omentum. The size of the spleen was estimated by the preoperative ultrasound and correlated with the the serum levels of haematological tests. The results of haematological and biochemical tests were compared between groups. Late postoperative portal vein thrombosis was diagnosed using Doppler ultrasound. The patients were divided into two groups, with and without postoperative portal vein thrombosis and the results of haematological and biochemical tests compared, with p value < 0.05 being significant. RESULTS: The size of the spleen was not correlated with preoperative cytopenias. Thrombocytopenia was observed in 78 (97.5%) patients. Leukopenia occurred in 70 (87.5%) cases, eosinophilia in 34 (42.5%) and anemia in 56 (70%). The prothrombin activity was below 70% in 44 patients (55%). There was no difference in preoperative biochemical blood tests between groups. During the late postoperative follow-up, patients in Group 1 had a low levels of leukocytes, platelets and prothrombin activity, and a high level of international normalazed ratio (INR) Liver and kidney functions, as well as glucose and lipid levels, were similar between groups. The levels of erythrocytes, haemoglobin, haematocrit, total leukocyte and platelets were improved in all patients, while prothrombin time and INR seen only in groups 2 and 3. Portal vein thrombosis was diagnosed in 26 (42.6% ) patients and this result was not correlated with any specific group of surgical treatment. There was no difference in haematological and biochemical tests between groups with or without portal vein thrombosis. CONCLUSIONS: The size of the spleen was not correlated with the haematological tests; all patients had blood cells count raised; there was no difference in postoperative biochemical blood tests between groups. Portal vein thrombosis was diagnosed during the late postoperative follow-up in all groups, with no difference between them. This result did not interfere with the haematological or biochemical tests. KEYWORDS: Schistosomiasis, Portal hypertension, Portal vein thrombosis, Doppler ultrasound, Leukopenia, Thrombocytopenia, Anemia, Liver function, Kidney function, Glucose level, Lipids levels, Preoperative, Postoperative, Surgery, Oesophagogastric desvascularization, Splenic artery Ligation, Total splenectomy, Subtotal splenectomy, Autogenous splenic implants.Universidade Federal de Minas GeraisUFMGEsplenomegaliaAnemiaUltrassonografia dopplerTestes hematológicosHipertensãoLeucopeniaEsquistossomose mansoniHipertensão portalTrombose venosaRimBaçoPeríodo pós-operatórioCirurgiaPeriodo pré-operatórioFunção hepáticaLipidogramaImplante esplênico autógenoAnemiaPré-operatórioDesconexão portavarizesLeucopeniaTratamento cirúrgicoLigadura da artéria esplênicaEsplenectomia totalFunção renalHipertensão portaPós-operatórioEsquistossomose mansônicaTrombose venosa portaPlaquetopeniaUltrassonografia com DopplerGlicemiaEsplenectomia subtotalInfluência do baço e de operações para tratamento de hipertensão porta esquistossomática na incidência de trombose das veias principais do sistema porta e em exames hematológicos e bioquímicosinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisinfo:eu-repo/semantics/openAccessporreponame:Repositório Institucional da UFMGinstname:Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)instacron:UFMGORIGINALtese_doutorado_leonardo_vasconcellos.pdfapplication/pdf1760689https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/BUOS-8JBPLP/1/tese_doutorado_leonardo_vasconcellos.pdf032655bd242aa84a8bbedeea11413b8bMD51TEXTtese_doutorado_leonardo_vasconcellos.pdf.txttese_doutorado_leonardo_vasconcellos.pdf.txtExtracted texttext/plain223103https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/BUOS-8JBPLP/2/tese_doutorado_leonardo_vasconcellos.pdf.txt8823543c6f3912cf5c261b6fa36de1bcMD521843/BUOS-8JBPLP2019-11-14 20:13:21.916oai:repositorio.ufmg.br:1843/BUOS-8JBPLPRepositório de PublicaçõesPUBhttps://repositorio.ufmg.br/oaiopendoar:2019-11-14T23:13:21Repositório Institucional da UFMG - Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)false
dc.title.pt_BR.fl_str_mv Influência do baço e de operações para tratamento de hipertensão porta esquistossomática na incidência de trombose das veias principais do sistema porta e em exames hematológicos e bioquímicos
title Influência do baço e de operações para tratamento de hipertensão porta esquistossomática na incidência de trombose das veias principais do sistema porta e em exames hematológicos e bioquímicos
spellingShingle Influência do baço e de operações para tratamento de hipertensão porta esquistossomática na incidência de trombose das veias principais do sistema porta e em exames hematológicos e bioquímicos
Leonardo de Souza Vasconcellos
Função hepática
Lipidograma
Implante esplênico autógeno
Anemia
Pré-operatório
Desconexão portavarizes
Leucopenia
Tratamento cirúrgico
Ligadura da artéria esplênica
Esplenectomia total
Função renal
Hipertensão porta
Pós-operatório
Esquistossomose mansônica
Trombose venosa porta
Plaquetopenia
Ultrassonografia com Doppler
Glicemia
Esplenectomia subtotal
Esplenomegalia
Anemia
Ultrassonografia doppler
Testes hematológicos
Hipertensão
Leucopenia
Esquistossomose mansoni
Hipertensão portal
Trombose venosa
Rim
Baço
Período pós-operatório
Cirurgia
Periodo pré-operatório
title_short Influência do baço e de operações para tratamento de hipertensão porta esquistossomática na incidência de trombose das veias principais do sistema porta e em exames hematológicos e bioquímicos
title_full Influência do baço e de operações para tratamento de hipertensão porta esquistossomática na incidência de trombose das veias principais do sistema porta e em exames hematológicos e bioquímicos
title_fullStr Influência do baço e de operações para tratamento de hipertensão porta esquistossomática na incidência de trombose das veias principais do sistema porta e em exames hematológicos e bioquímicos
title_full_unstemmed Influência do baço e de operações para tratamento de hipertensão porta esquistossomática na incidência de trombose das veias principais do sistema porta e em exames hematológicos e bioquímicos
title_sort Influência do baço e de operações para tratamento de hipertensão porta esquistossomática na incidência de trombose das veias principais do sistema porta e em exames hematológicos e bioquímicos
author Leonardo de Souza Vasconcellos
author_facet Leonardo de Souza Vasconcellos
author_role author
dc.contributor.advisor1.fl_str_mv Andy Petroianu
dc.contributor.advisor-co1.fl_str_mv Vivian Resende
dc.contributor.referee1.fl_str_mv Alcino Lazaro da Silva
dc.contributor.referee2.fl_str_mv Tarcizo Afonso Nunes
dc.contributor.referee3.fl_str_mv Enio Buffolo
dc.contributor.referee4.fl_str_mv Cleber Dario Pinto Kruel
dc.contributor.author.fl_str_mv Leonardo de Souza Vasconcellos
contributor_str_mv Andy Petroianu
Vivian Resende
Alcino Lazaro da Silva
Tarcizo Afonso Nunes
Enio Buffolo
Cleber Dario Pinto Kruel
dc.subject.por.fl_str_mv Função hepática
Lipidograma
Implante esplênico autógeno
Anemia
Pré-operatório
Desconexão portavarizes
Leucopenia
Tratamento cirúrgico
Ligadura da artéria esplênica
Esplenectomia total
Função renal
Hipertensão porta
Pós-operatório
Esquistossomose mansônica
Trombose venosa porta
Plaquetopenia
Ultrassonografia com Doppler
Glicemia
Esplenectomia subtotal
topic Função hepática
Lipidograma
Implante esplênico autógeno
Anemia
Pré-operatório
Desconexão portavarizes
Leucopenia
Tratamento cirúrgico
Ligadura da artéria esplênica
Esplenectomia total
Função renal
Hipertensão porta
Pós-operatório
Esquistossomose mansônica
Trombose venosa porta
Plaquetopenia
Ultrassonografia com Doppler
Glicemia
Esplenectomia subtotal
Esplenomegalia
Anemia
Ultrassonografia doppler
Testes hematológicos
Hipertensão
Leucopenia
Esquistossomose mansoni
Hipertensão portal
Trombose venosa
Rim
Baço
Período pós-operatório
Cirurgia
Periodo pré-operatório
dc.subject.other.pt_BR.fl_str_mv Esplenomegalia
Anemia
Ultrassonografia doppler
Testes hematológicos
Hipertensão
Leucopenia
Esquistossomose mansoni
Hipertensão portal
Trombose venosa
Rim
Baço
Período pós-operatório
Cirurgia
Periodo pré-operatório
description INTRODUÇÃO: Poucos são os trabalhos que correlacionaram as repercussões laboratoriais e trombogênicas com os vários tipos de tratamento operatório para correção da hipertensão porta esquistossomática (HPE), cuja fisiopatogênese ainda é pouco compreendida.. OBJETIVOS: correlacionar tamanho do baço com valores dos exames hematológicos pré-operatórios; verificar as mudanças nos valores de exames hematológicos e bioquímicos no pré e pósoperatório tardio de pacientes com HPE; associar operações para tratamento de HPE com a incidência de trombose das veias principais do sistema porta e avaliar as repercussões tardias dessa trombose nos valores de exames hematológicos e bioquímicos. MÉTODO: Foram estudados 80 doentes com HPE, distribuídos em quatro grupos, de acordo com o tratamento cirúrgico: Grupo 1 (n = 16): desconexão portavarizes e ligadura da artéria esplênica; Grupo 2 (n = 24): desconexão portavarizes combinada com esplenectomia total; Grupo 3 (n = 30): desconexão portavarizes combinada com esplenectomia subtotal e Grupo 4 (n = 10): desconexão portavarizes combinada com esplenectomia total e implantes esplênicos autógenos no omento maior. O tamanho do baço foi avaliado à ultrassonografia, sendo correlacionado com os valores hematológicos. Os resultados pré e pós-operatórios tardios dos exames hematológicos e bioquímicos foram comparados entre os grupos. Avaliou-se ainda a incidência de trombose no pós-operatório tardio, pela ultrassonografia com Doppler. Os pacientes foram redistribuídos em dois grupos, com e sem trombose, cujos resultados dos exames hematológicos e bioquímicos também foram comparados. Considerou-se o nível de significância de 95%. RESULTADOS: Não houve correlação entre o tamanho do baço e as citopenias observadas no pré-operatório. Plaquetopenia ocorreu em 78 (97,5%) doentes. Leucopenia foi observada em 70 (87,5%) pacientes, a eosinofilia, em 34 (42,5%) doentes e a anemia, em 56 (70%) casos. A atividade de protrombina esteve abaixo de 70% em 44 pacientes (55%). Os exames bioquímicos pré-operatórios foram normais, sem diferença entre os grupos. No pós-operatório tardio, os pacientes do Grupo 1 apresentaram valores mais baixos de leucócitos totais, plaquetas e atividade de protrombina e elevados da relação normatizada internacional (RNI). Não houve diferença entre os grupos para os resultados das provas das funções hepáticas e renais, da glicemia e do lipidograma. Em todos os pacientes houve melhora dos resultados laboratoriais para hemácias, hemoglobina, hematócrito, leucócitos totais e plaquetas. Nos doentes dos grupos 2 e 3 também houve melhora dos valores da atividade de protrombina e do RNI. As funções hepáticas e renais, a glicemia e o lipidograma permaneceram estáveis antes e após o tratamento cirúrgico. A ultrassonografia com Doppler, realizada em 61 doentes no pós-operatório tardio, mostrou incidência de trombose em 42,6% dos casos, a qual não se correlacionou com o tipo de tratamento cirúrgico. Não houve diferença entre os resultados hematológicos e bioquímicos, quando comparados os grupos com e sem trombose. CONCLUSÕES: O tamanho do baço não se correlaciona com os resultados dos exames hematológicos, que melhoraram em todos os pacientes operados; não há diferença entre as operações estudadas com relação aos resultados de exames bioquímicos; trombose das principais veias do sistema porta foi observada em todos os tipos de tratamentos cirúrgicos, sem diferença entre si; a persistência de trombose não interfere nos resultados dos exames hematológicos e bioquímicos no pós-operatório tardio. UNITERMOS: Esquistossomose mansônica, Hipertensão porta, Trombose venosa porta, Ultrassonografia com Doppler, Leucopenia, Plaquetopenia, Anemia, Função hepática, Função renal, Glicemia, Lipidograma, Pré-operatório, Pós-operatório, Tratamento cirúrgico, Desconexão portavarizes, Ligadura da artéria esplênica, Esplenectomia total, Esplenectomia subtotal, Implante esplênico autógeno.
publishDate 2011
dc.date.issued.fl_str_mv 2011-04-18
dc.date.accessioned.fl_str_mv 2019-08-12T22:31:42Z
dc.date.available.fl_str_mv 2019-08-12T22:31:42Z
dc.type.status.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/publishedVersion
dc.type.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/doctoralThesis
format doctoralThesis
status_str publishedVersion
dc.identifier.uri.fl_str_mv http://hdl.handle.net/1843/BUOS-8JBPLP
url http://hdl.handle.net/1843/BUOS-8JBPLP
dc.language.iso.fl_str_mv por
language por
dc.rights.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/openAccess
eu_rights_str_mv openAccess
dc.publisher.none.fl_str_mv Universidade Federal de Minas Gerais
dc.publisher.initials.fl_str_mv UFMG
publisher.none.fl_str_mv Universidade Federal de Minas Gerais
dc.source.none.fl_str_mv reponame:Repositório Institucional da UFMG
instname:Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)
instacron:UFMG
instname_str Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)
instacron_str UFMG
institution UFMG
reponame_str Repositório Institucional da UFMG
collection Repositório Institucional da UFMG
bitstream.url.fl_str_mv https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/BUOS-8JBPLP/1/tese_doutorado_leonardo_vasconcellos.pdf
https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/BUOS-8JBPLP/2/tese_doutorado_leonardo_vasconcellos.pdf.txt
bitstream.checksum.fl_str_mv 032655bd242aa84a8bbedeea11413b8b
8823543c6f3912cf5c261b6fa36de1bc
bitstream.checksumAlgorithm.fl_str_mv MD5
MD5
repository.name.fl_str_mv Repositório Institucional da UFMG - Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)
repository.mail.fl_str_mv
_version_ 1803589327582658560