Detalhes bibliográficos
Título da fonte: Repositório Institucional da UFMG
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spelling Valdeni da Silva Reishttp://lattes.cnpq.br/9315824655279602Vanderlice dos Santos Andrade SólBeatriz Maria Eckert-HoffPatrícia Christina dos ReisValéria Rosa da Silvahttp://lattes.cnpq.br/6343884861982286Isabela de Oliveira Campos2024-03-04T13:38:49Z2024-03-04T13:38:49Z2023-12-20http://hdl.handle.net/1843/65108https://orcid.org/0000-0003-3480-7972A pesquisa apresentada nesta tese tem como contexto o Projeto UNISALE Parceria Universidade-Escola, da Faculdade de Letras da UFMG. Esta ação extensionista busca estabelecer relações entre professores de inglês em formação, tanto da universidade, quanto da escola, para que estes se encontrem, trabalhem em conjunto e busquem rehistoricizar (REIS et al., 2019) o contato entre a universidade e a escola no que tange à formação docente nesses espaços. Diante das vivências no Projeto, surgiu uma problematização acerca da expressão utilizada para descrevermos algumas relações em seu interior, qual seja, a adjetivação “bem-sucedida”, utilizada inclusive em minha dissertação (CAMPOS, 2019). Entretanto, passamos a entender que essa expressão poderia se tonar vazia de significado ao buscarmos compreender as relações no Projeto UNISALE. Desse modo, esta pesquisa surge dessa inquietação e tem como objetivo geral investigar os sentidos produzidos em torno da relação com o outro na parceria universidade-escola, nos dizeres dos ex-participantes do Projeto UNISALE, a partir de suas vivências e memórias. Inserido na Linguística Aplicada, o estudo se vale da perspectiva transdisciplinar da área e dialoga com a Análise de Discurso franco-brasileira, atravessada pelos estudos psicanalíticos, com a Psicanálise e Educação e com a Filosofia da Educação. De cunho qualitativo e inserido no paradigma interpretativista, ancorado em uma análise discursivo-psicanalítica, esta pesquisa tem o corpus formado por dizeres de ex-participantes do UNISALE, divididos em professores de inglês em exercício, graduandos em Letras/Inglês e pós-graduandos em Estudos Linguísticos que participaram do Projeto de 2016 a 2020. A geração de dados foi feita em duas fases distintas: primeiramente, enviamos questionários via Google Forms para todos os 32 ex-participantes do Projeto UNISALE e obtivemos 22 respostas. Em um segundo momento, após análise dos questionários, realizamos entrevistas semiestruturadas via aplicativo de videoconferência com 13 participantes da pesquisa. Assim, a partir de um movimento de ir e vir entre o corpus e a teoria (ORLANDI, 2015), surgiu uma possibilidade de interpretação e formulação acerca de uma linguagem para a experiência, partindo dos escritos de Larrosa (2020), pensada na relação universidade-escola. Em outras palavras, ao estar frente ao corpus, uma análise foi se desenhando, o que fez com que fossem apreendidos os gestos de interpretação, que culminaram no construto que defendo nesta tese. Para Larrosa (2020), a linguagem não seria apenas uma forma de comunicação, mas um modo de se constituir e de se relacionar com o outro, já a experiência seria aquilo que “nos” acontece e “nos” toca e, por consequência, transforma-nos. Para o educador espanhol, a linguagem para a experiência seria uma alternativa à linguagem crítico-científica no campo educativo, para que, nas relações que estabelecemos nesse campo, algo “nos” aconteça. Ao trazer essa noção para este estudo, a compreendo, inicialmente, como um acontecimento (PÊCHEUX, 2006), isto é, uma ruptura discursiva para que, em uma relação universidade-escola, possamos produzir outros sentidos, representações e posições distintos daqueles historicizados e que, muitas vezes, não movimentam os sujeitos em torno de um trabalho colaborativo e uma formação docente na relação universidade-escola. Nas análises das relações no Projeto UNISALE, a partir dos enunciados dos participantes da pesquisa, compreendo a linguagem para a experiência na relação universidade-escola como um modo de ser, dizer e fazer que comporte a abertura para a experiência, o acontecimento da posição-parceiro e a presença física/virtual e subjetiva dos sujeitos que falam em nome próprio nessa relação. Ademais, essa linguagem é entendida como fluída, não estática e que não se dá da mesma forma nas relações do Projeto UNISALE, pois toda relação se constitui a partir de como os sujeitos responderão às ações e palavras do outro, o que dependerá, sempre, de suas próprias representações, emoções, identificações e momentos de vida. Além disso, as análises também demonstram que, em uma formação docente a partir do par experiência-sentido (LARROSA, 2020), possibilitada pelo atravessamento de uma linguagem para a experiência na relação universidade-escola, há a possibilidade de que as relações com o(s) outro(s) vivenciadas no Projeto UNISALE passem a fazer parte dos sujeitos, de como eles percebem a si mesmos, os outros e, certamente, a docência como professores de inglês, (trans)formando e (re)ssignificando o ser e fazer docente, que vão sendo (re)elaborados no modo como os sujeitos respondem àquilo que “lhes” acontece e no modo como essas relações passam a existir dentro deles.The research presented in this thesis has as its context the UNISALE Project University-School Partnership of the Faculty of Languages at UFMG. This community outreach program seeks to establish relationships between English teachers in initial and continuing education, both at the university and the school, so that they can meet, work together and seek to rehistoricize (REIS, et al., 2019) the contact between the university and the school, regarding teacher education in these spaces. During the involvements in the Project, a question arose regarding the expression used to describe some relationships within it, namely the adjective “successful”, even used in my master's thesis (CAMPOS, 2019). However, we came to understand that this expression could become empty of meaning when we seek to understand the relationships in the UNISALE Project. Thus, this research arises from this concern and aims to investigate the meanings produced around the relationship with others in the university-school partnership, in the words of former UNISALE Project participants, based on their involvements and memories. Inserted in Applied Linguistics, the study uses the transdisciplinary perspective of the area and establishes a dialogue with Franco-Brazilian Discourse Analysis, crossed by psychoanalytic studies, with Psychoanalysis and Education and with the Philosophy of Education. Qualitative in nature and inserted in the interpretivist paradigm, anchored in a discursive-psychoanalytic analysis, this research has a corpus made up of sayings from former UNISALE participants, divided into in-service English teachers, undergraduates in English and graduate students in Linguistic Studies who participated in the Project from 2016 to 2020. Data generation was carried out in two distinct phases: first, we sent questionnaires via Google Forms to all 32 former UNISALE Project participants and obtained 22 responses. In a second step, after analyzing the questionnaires, we carried out semi-structured interviews via videoconferencing application with 13 research participants. Thus, from a movement of back and forth between the corpus and theory (ORLANDI, 2015), a possibility of interpretation emerged regarding a language for experience, based on the studies of Larrosa (2020), and brought to the university- school relationship context. In other words, when faced with the corpus, an analysis was designed, which led to some gestures of interpretation being apprehended, which culminated in the construct that I defend in this thesis. According to Larrosa (2020), language would not just be a form of communication, but a way of constituting ourselves and relating to others, while experience would be what happens to us and touches us and, consequently, transforms us. For the Spanish educator, language for experience would be an alternative to critical-scientific language in the educational field, so that, in the relationships we establish in this field, something happens to us. When we bring this notion to this study, we understand it, initially, as an event (PÊCHEUX, 2006), that is, a discursive rupture so that, in a university-school relationship, we can produce other meanings, representations and positions distinct from those historicized and that often do not push people towards collaborative work and teacher education in the university-school relationship. Thus, in our analysis of the relationships in the UNISALE Project, based on the statements of the research participants, we developed a construct about a language for the experience in the university-school relationship and we understood it as a way of being, saying and doing that involves the openness to experience, the event of the partner-position and the physical/virtual and subjective presence of people who speak in their own name in this relationship. Furthermore, this language is understood as fluid, not static and does not occur in the same way in the relationships of the UNISALE Project, as every relationship is constituted based on how people will respond to the actions and words of the other, which will always depend on their own representations, emotions, identifications and moments of life. In addition to that, the analyzes demonstrate that, in teaching education based on the experience-meaning pair (LARROSA, 2020), which is possible due to a language for experience in the university-school relationship, there is the possibility that the relationships with others experienced in the UNISALE Project will become part of people, of how they perceive themselves, others and, certainly, their teaching as English teachers; (trans)forming and (re)signifying the being and doing in teaching, which are (re)elaborated in the way they respond to what happens to “them” and in the way these relationships come to exist within them.CAPES - Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível SuperiorporUniversidade Federal de Minas GeraisPrograma de Pós-Graduação em Estudos LinguísticosUFMGBrasilFALE - FACULDADE DE LETRASLíngua inglesa – Estudo e ensinoProfessores de inglês – FormaçãoPsicanálise e EducaçãoRelação universidade-escolaFormação de Professores de InglêsAnálise de discursoPsicanálise e educaçãoLinguagem para a experiênciaRelação universidade-escola na formação de professores de inglês: uma linguagem para a experiênciaUniversity-school relationship in the English teaching education: a language for experienceinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UFMGinstname:Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)instacron:UFMGORIGINALRelação Universidade-Escola na Formação de Professores de Inglês.pdfRelação Universidade-Escola na Formação de Professores de Inglês.pdfapplication/pdf4088396https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/65108/1/Rela%c3%a7%c3%a3o%20Universidade-Escola%20na%20Forma%c3%a7%c3%a3o%20de%20Professores%20de%20Ingl%c3%aas.pdf9d94482f0dd713ea50c8eab8a82228a4MD51LICENSElicense.txtlicense.txttext/plain; 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