Estudo da infiltração de tecidos orais em pacientes com doenças hematológicas malignas
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Data de Publicação: | 2022 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UFMG |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/1843/47592 https://orcid.org/0000-0003-1083-9064 |
Resumo: | Este trabalho realizou um estudo retrospectivo dos prontuários do Hospital das Clínicas (HC) da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). Foram incluídos os indivíduos admitidos no período de 2010 a 2021 com diagnóstico de leucemia/linfoma e que foram avaliados pela equipe do Serviço de Odontologia do HC-UFMG. Foram coletados dados demográficos, características clínicas da doença de base e da cavidade bucal e presença de infiltração oral maligna. O teste t não pareado foi utilizado para avaliar os hemogramas e o teste McNemar para comparar indivíduos que desenvolveram infiltração oral maligna e aqueles que não desenvolveram. A significância estatística foi estabelecida como p<0,05. Adicionalmente, uma revisão da literatura de relatos de casos e séries de casos foi realizada em quatro bases de dados eletrônicas (PubMed, Web of Science, Scopus e Embase). Dos 781 prontuários analisados, a leucemia linfocítica aguda (30,1%) foi o diagnóstico mais frequente. Pacientes nas duas primeiras décadas de vida foram mais acometidos pela doença de base. Cárie (36,7%) e alterações periodontais (34,6%) foram as condições bucais mais observadas. Infiltração oral maligna ocorreu em 25 (3,2%) indivíduos, envolvendo principalmente a gengiva (80%) e indivíduos diagnosticados com leucemia mieloide aguda (64%). Comparando os dados de pacientes pediátricos que desenvolveram infiltração maligna e aqueles que não desenvolveram, a proporção de óbitos foi maior naqueles que tiveram infiltração (p=0,002), enquanto em adultos, aqueles que desenvolveram infiltração exibiram pior condição periodontal e maior proporção de óbitos (p<0,001). Dados da revisão da literatura demonstraram que a infiltração oral maligna foi mais frequente na gengiva (37%) e em pacientes com leucemia mieloide aguda (47%). As principais características clínicas e de imagem associadas à infiltração oral foram aumento de volume e lesões osteolíticas. Em conjunto, os dados sugerem a importância do monitoramento clínico odontológico de pacientes com leucemia/linfoma considerando os piores desfechos clínicos relacionados à infiltração dos tecidos orais. |
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Tarcília Aparecida da Silvahttp://lattes.cnpq.br/5000032662280310Denise Vieira TravassosViviane Almeida SarmentoCassius Carvalho Torres Pereirahttp://lattes.cnpq.br/2563636998191796Ana Carolina Velasco Pondé de Sena2022-11-30T16:01:43Z2022-11-30T16:01:43Z2022-10-19http://hdl.handle.net/1843/47592https://orcid.org/0000-0003-1083-9064Este trabalho realizou um estudo retrospectivo dos prontuários do Hospital das Clínicas (HC) da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). Foram incluídos os indivíduos admitidos no período de 2010 a 2021 com diagnóstico de leucemia/linfoma e que foram avaliados pela equipe do Serviço de Odontologia do HC-UFMG. Foram coletados dados demográficos, características clínicas da doença de base e da cavidade bucal e presença de infiltração oral maligna. O teste t não pareado foi utilizado para avaliar os hemogramas e o teste McNemar para comparar indivíduos que desenvolveram infiltração oral maligna e aqueles que não desenvolveram. A significância estatística foi estabelecida como p<0,05. Adicionalmente, uma revisão da literatura de relatos de casos e séries de casos foi realizada em quatro bases de dados eletrônicas (PubMed, Web of Science, Scopus e Embase). Dos 781 prontuários analisados, a leucemia linfocítica aguda (30,1%) foi o diagnóstico mais frequente. Pacientes nas duas primeiras décadas de vida foram mais acometidos pela doença de base. Cárie (36,7%) e alterações periodontais (34,6%) foram as condições bucais mais observadas. Infiltração oral maligna ocorreu em 25 (3,2%) indivíduos, envolvendo principalmente a gengiva (80%) e indivíduos diagnosticados com leucemia mieloide aguda (64%). Comparando os dados de pacientes pediátricos que desenvolveram infiltração maligna e aqueles que não desenvolveram, a proporção de óbitos foi maior naqueles que tiveram infiltração (p=0,002), enquanto em adultos, aqueles que desenvolveram infiltração exibiram pior condição periodontal e maior proporção de óbitos (p<0,001). Dados da revisão da literatura demonstraram que a infiltração oral maligna foi mais frequente na gengiva (37%) e em pacientes com leucemia mieloide aguda (47%). As principais características clínicas e de imagem associadas à infiltração oral foram aumento de volume e lesões osteolíticas. Em conjunto, os dados sugerem a importância do monitoramento clínico odontológico de pacientes com leucemia/linfoma considerando os piores desfechos clínicos relacionados à infiltração dos tecidos orais.This work carried out a retrospective study of the medical records at the Hospital das Clínicas (HC), Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). Individuals admitted in the period from 2010 to 2021 with a diagnosis of leukaemia/lymphoma and who were evaluated by the team of the dental service of HC-UFMG were included. Demographic data, clinical characteristics of the underlying disease and oral cavity, and presence of malignant oral infiltration were collected. The unpaired t test was employed to assess the blood count and the McNemar test to compare individuals who developed malignant oral infiltration and those who did not. Statistical significance was set at p<0.05. Additionally, a literature review of case reports and case series was undertaken in four electronic databases (PubMed, Web of Science, Scopus, and Embase). Of the 781 medical records analysed, acute lymphocytic leukaemia (30.1%) was the most frequent diagnosis. Patients in the first two decades of life were more affected by the underlying disease. Caries (36.7%) and periodontal changes (34.6%) were the most frequently observed oral conditions. Oral malignant infiltration took place in 25 (3.2%) individuals, mainly involving the gingiva (80%) and individuals diagnosed with acute myeloid leukaemia (64%). Comparing data from paediatric patients who developed malignant infiltration and those who did not, the proportion of deaths was higher in those who had infiltration (p=0.002), while in adults, those who developed infiltration had worse periodontal status and a higher proportion of death (p<0.001). Data from the literature review showed that oral malignant infiltration was more frequent in the gingiva (37%) and in patients with acute myeloid leukaemia (47%). The main clinical and imaging features associated with oral infiltration were swelling and osteolytic lesions. Altogether, the data suggest the importance of clinical dental monitoring of patients with leukaemia/lymphoma considering the worst clinical outcomes related to oral tissue infiltration.CAPES - Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível SuperiorporUniversidade Federal de Minas GeraisPrograma de Pós-Graduação em OdontologiaUFMGBrasilFAO - DEPARTAMENTO DE CLÍNICABocaGengivaInfiltração leucêmicaLeucemiaNeoplasias hematológicasCavidade oralGengivaInfiltração leucêmicaLeucemiaLinfomaNeoplasias hematológicasEstudo da infiltração de tecidos orais em pacientes com doenças hematológicas malignasStudy of oral infiltration in patients with malignant haematological diseasesinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UFMGinstname:Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)instacron:UFMGORIGINALDissertação Impressão (1).pdfDissertação Impressão (1).pdfDissertaçãoapplication/pdf7811281https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/47592/1/Disserta%c3%a7%c3%a3o%20Impress%c3%a3o%20%281%29.pdf08c57ae0bb22525aa8044f14d59aa563MD51LICENSElicense.txtlicense.txttext/plain; charset=utf-82118https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/47592/2/license.txtcda590c95a0b51b4d15f60c9642ca272MD521843/475922022-11-30 13:01:43.631oai:repositorio.ufmg.br:1843/47592TElDRU7Dh0EgREUgRElTVFJJQlVJw4fDg08gTsODTy1FWENMVVNJVkEgRE8gUkVQT1NJVMOTUklPIElOU1RJVFVDSU9OQUwgREEgVUZNRwoKQ29tIGEgYXByZXNlbnRhw6fDo28gZGVzdGEgbGljZW7Dp2EsIHZvY8OqIChvIGF1dG9yIChlcykgb3UgbyB0aXR1bGFyIGRvcyBkaXJlaXRvcyBkZSBhdXRvcikgY29uY2VkZSBhbyBSZXBvc2l0w7NyaW8gSW5zdGl0dWNpb25hbCBkYSBVRk1HIChSSS1VRk1HKSBvIGRpcmVpdG8gbsOjbyBleGNsdXNpdm8gZSBpcnJldm9nw6F2ZWwgZGUgcmVwcm9kdXppciBlL291IGRpc3RyaWJ1aXIgYSBzdWEgcHVibGljYcOnw6NvIChpbmNsdWluZG8gbyByZXN1bW8pIHBvciB0b2RvIG8gbXVuZG8gbm8gZm9ybWF0byBpbXByZXNzbyBlIGVsZXRyw7RuaWNvIGUgZW0gcXVhbHF1ZXIgbWVpbywgaW5jbHVpbmRvIG9zIGZvcm1hdG9zIMOhdWRpbyBvdSB2w61kZW8uCgpWb2PDqiBkZWNsYXJhIHF1ZSBjb25oZWNlIGEgcG9sw610aWNhIGRlIGNvcHlyaWdodCBkYSBlZGl0b3JhIGRvIHNldSBkb2N1bWVudG8gZSBxdWUgY29uaGVjZSBlIGFjZWl0YSBhcyBEaXJldHJpemVzIGRvIFJJLVVGTUcuCgpWb2PDqiBjb25jb3JkYSBxdWUgbyBSZXBvc2l0w7NyaW8gSW5zdGl0dWNpb25hbCBkYSBVRk1HIHBvZGUsIHNlbSBhbHRlcmFyIG8gY29udGXDumRvLCB0cmFuc3BvciBhIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gcGFyYSBxdWFscXVlciBtZWlvIG91IGZvcm1hdG8gcGFyYSBmaW5zIGRlIHByZXNlcnZhw6fDo28uCgpWb2PDqiB0YW1iw6ltIGNvbmNvcmRhIHF1ZSBvIFJlcG9zaXTDs3JpbyBJbnN0aXR1Y2lvbmFsIGRhIFVGTUcgcG9kZSBtYW50ZXIgbWFpcyBkZSB1bWEgY8OzcGlhIGRlIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gcGFyYSBmaW5zIGRlIHNlZ3VyYW7Dp2EsIGJhY2stdXAgZSBwcmVzZXJ2YcOnw6NvLgoKVm9jw6ogZGVjbGFyYSBxdWUgYSBzdWEgcHVibGljYcOnw6NvIMOpIG9yaWdpbmFsIGUgcXVlIHZvY8OqIHRlbSBvIHBvZGVyIGRlIGNvbmNlZGVyIG9zIGRpcmVpdG9zIGNvbnRpZG9zIG5lc3RhIGxpY2Vuw6dhLiBWb2PDqiB0YW1iw6ltIGRlY2xhcmEgcXVlIG8gZGVww7NzaXRvIGRlIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gbsOjbywgcXVlIHNlamEgZGUgc2V1IGNvbmhlY2ltZW50bywgaW5mcmluZ2UgZGlyZWl0b3MgYXV0b3JhaXMgZGUgbmluZ3XDqW0uCgpDYXNvIGEgc3VhIHB1YmxpY2HDp8OjbyBjb250ZW5oYSBtYXRlcmlhbCBxdWUgdm9jw6ogbsOjbyBwb3NzdWkgYSB0aXR1bGFyaWRhZGUgZG9zIGRpcmVpdG9zIGF1dG9yYWlzLCB2b2PDqiBkZWNsYXJhIHF1ZSBvYnRldmUgYSBwZXJtaXNzw6NvIGlycmVzdHJpdGEgZG8gZGV0ZW50b3IgZG9zIGRpcmVpdG9zIGF1dG9yYWlzIHBhcmEgY29uY2VkZXIgYW8gUmVwb3NpdMOzcmlvIEluc3RpdHVjaW9uYWwgZGEgVUZNRyBvcyBkaXJlaXRvcyBhcHJlc2VudGFkb3MgbmVzdGEgbGljZW7Dp2EsIGUgcXVlIGVzc2UgbWF0ZXJpYWwgZGUgcHJvcHJpZWRhZGUgZGUgdGVyY2Vpcm9zIGVzdMOhIGNsYXJhbWVudGUgaWRlbnRpZmljYWRvIGUgcmVjb25oZWNpZG8gbm8gdGV4dG8gb3Ugbm8gY29udGXDumRvIGRhIHB1YmxpY2HDp8OjbyBvcmEgZGVwb3NpdGFkYS4KCkNBU08gQSBQVUJMSUNBw4fDg08gT1JBIERFUE9TSVRBREEgVEVOSEEgU0lETyBSRVNVTFRBRE8gREUgVU0gUEFUUk9Dw41OSU8gT1UgQVBPSU8gREUgVU1BIEFHw4pOQ0lBIERFIEZPTUVOVE8gT1UgT1VUUk8gT1JHQU5JU01PLCBWT0PDiiBERUNMQVJBIFFVRSBSRVNQRUlUT1UgVE9ET1MgRSBRVUFJU1FVRVIgRElSRUlUT1MgREUgUkVWSVPDg08gQ09NTyBUQU1Cw4lNIEFTIERFTUFJUyBPQlJJR0HDh8OVRVMgRVhJR0lEQVMgUE9SIENPTlRSQVRPIE9VIEFDT1JETy4KCk8gUmVwb3NpdMOzcmlvIEluc3RpdHVjaW9uYWwgZGEgVUZNRyBzZSBjb21wcm9tZXRlIGEgaWRlbnRpZmljYXIgY2xhcmFtZW50ZSBvIHNldSBub21lKHMpIG91IG8ocykgbm9tZXMocykgZG8ocykgZGV0ZW50b3IoZXMpIGRvcyBkaXJlaXRvcyBhdXRvcmFpcyBkYSBwdWJsaWNhw6fDo28sIGUgbsOjbyBmYXLDoSBxdWFscXVlciBhbHRlcmHDp8OjbywgYWzDqW0gZGFxdWVsYXMgY29uY2VkaWRhcyBwb3IgZXN0YSBsaWNlbsOnYS4KRepositório de PublicaçõesPUBhttps://repositorio.ufmg.br/oaiopendoar:2022-11-30T16:01:43Repositório Institucional da UFMG - Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)false |
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