Papel da formação de espécies reativas de oxigênio na apoptose de eosinófilos in vivo: importância para resolução da resposta inflamatória associada à pleurisia e à asma induzida em camundongos

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Alesandra Corte Reis
Data de Publicação: 2012
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFMG
Texto Completo: http://hdl.handle.net/1843/39249
Resumo: Eosinófilos são células efetoras que desempenham um papel importante na fisiopatologia de doenças alérgicas. Eosinófilos são fontes cruciais de proteínas citotóxicas, mediadores lipídicos e citocinas, que podem contribuir para a gravidade da doença. O acúmulo de eosinófilos no tecido depende não somente do número de células a serem recrutadas, mas também, do número de células que deixam o tecido. Assim, um defeito na remoção destas células está associado com o desenvolvimento de doenças inflamatórias crônicas. Investigamos no presente trabalho o papel desempenhado pelas espécies reativas de oxigênio na resolução inflamatória no modelo de pleurisia alérgica e asma. Para indução da resposta inflamatória, administramos ovalbumina com adjuvante hidróxido de alúminio em camundongos sensibilizados previamente com esse mesmo antígeno. Observou-se um acúmulo inicial de neutrófilos com 12 horas e um aumento de eosinófilos a partir de 24 horas da indução da pleurisia alérgica e asma. A resolução da resposta inflamatória eosinofilica iniciou-se com 48 horas e foi substancialmente resolvida após 72 horas do desafio antigênico. A administração de SOD e H2O2 resolveu a inflamação eosinofílica. Além disso, a resolução da inflamação induzida pelo tratamento com SOD e H2O2 foi acompanhada por um aumento de eosinófilos em apoptose. A produção de ROS em camundongos gp91phox-/- foi significativamente menor quando comparada aos camundongos selvagens e ocorreu um atraso na resolução da resposta inflamatória. Além disso, a inibição da produção de ROS pela NADPH oxidase através do tratamento com apocinina prolongou a resposta inflamatória no modelo de asma. Houve um atraso na resolução eosinofílica em camundongos gp91phox-/- mas não em camundongos iNOS-/-. Interessantemente, a produção de ROS foi significativamente menor em camundongos gp91phox-/- e a inibição da produção de ROS pela apocinina prolongou a resposta inflamatória no modelo de asma. Nossos resultados sugerem que a administração exógena ou a geração endógena de H2O2, pode induzir a resolução da inflamação in vivo em modelos de resposta inflamatória alérgica através da indução de apoptose nos eosinófilos. Esses resultados podem ser relevantes como futuras estratégias terapêuticas para o tratamento de doenças inflamatórias que se tornam crônicas devido a não resolução eosinofílica.
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Para indução da resposta inflamatória, administramos ovalbumina com adjuvante hidróxido de alúminio em camundongos sensibilizados previamente com esse mesmo antígeno. Observou-se um acúmulo inicial de neutrófilos com 12 horas e um aumento de eosinófilos a partir de 24 horas da indução da pleurisia alérgica e asma. A resolução da resposta inflamatória eosinofilica iniciou-se com 48 horas e foi substancialmente resolvida após 72 horas do desafio antigênico. A administração de SOD e H2O2 resolveu a inflamação eosinofílica. Além disso, a resolução da inflamação induzida pelo tratamento com SOD e H2O2 foi acompanhada por um aumento de eosinófilos em apoptose. A produção de ROS em camundongos gp91phox-/- foi significativamente menor quando comparada aos camundongos selvagens e ocorreu um atraso na resolução da resposta inflamatória. Além disso, a inibição da produção de ROS pela NADPH oxidase através do tratamento com apocinina prolongou a resposta inflamatória no modelo de asma. Houve um atraso na resolução eosinofílica em camundongos gp91phox-/- mas não em camundongos iNOS-/-. Interessantemente, a produção de ROS foi significativamente menor em camundongos gp91phox-/- e a inibição da produção de ROS pela apocinina prolongou a resposta inflamatória no modelo de asma. Nossos resultados sugerem que a administração exógena ou a geração endógena de H2O2, pode induzir a resolução da inflamação in vivo em modelos de resposta inflamatória alérgica através da indução de apoptose nos eosinófilos. Esses resultados podem ser relevantes como futuras estratégias terapêuticas para o tratamento de doenças inflamatórias que se tornam crônicas devido a não resolução eosinofílica.Eosinophils are effector cells that play an important role in the pathophysiology of allergic disease. In allergic diseases, such as asthma, eosinophils are a crucial source of cytotoxic proteins, lipid mediators, oxygen metabolites, and cytokines, which may contribute to the severity of disease. The accumulation of eosinophil in tissue depends not only on the number of cells being recruited at any particular time, but also on the number of cells that are cleared or leave the tissue. Thus, defective removal of these cells plays an important role in the initiation and propagation of chronic inflammatory diseases. Here we investigated the role of ROS in the resolution of the inflammatory response after induction of asthma and allergic pleurisy in mice. Previous studies have demonstrated the role of ROS as pro-inflammatory mediators but the role of ROS in the resolution phase is poorly understood. For induction of the inflammatory response to ovalbumin adjuvant aluminum hydroxide in mice previously sensitized with the same antigen. There was an initial accumulation of neutrophils at 12 hours and an increase of eosinophils after 24 hours of pleurisy and asthma induction. The resolution of the eosinophilic inflammatory response was initiated with 48 hours and was substantially resolved after 72 hours of antigenic challenge. Administration of H2O2 or SOD resolved eosinophilic inflammation. In addition, the resolution of inflammation induced by SOD or H2O2 was accompanied by an increase in the number of apoptotic eosinophils. Furthermore, eosinophil resolution was delayed in gp91phox-/- mice but not in iNOS-/- mice. Interestingly, ROS production was diminished in gp91phox-/- mice. Moreover, the inhibition of ROS production by apocinin prolonged inflammatory response in asthma model. Our findings indicate that levels of H2O2 increase during eosinophil influx and are necessary for the resolution of allergic inflammation in vivo by induce apoptosis of eosinophils. These results may be relevant as future therapeutic strategies for the treatment of inflammatory diseases that may to become chronic due to lack of resolution.CNPq - Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e TecnológicoFAPEMIG - Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Minas GeraisCAPES - Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível SuperiorporUniversidade Federal de Minas GeraisPrograma de Pós-Graduação em Biologia CelularUFMGBrasilICB - INSTITUTO DE CIÊNCIAS BIOLOGICASBiologia CelularEosinófilosAsmaPleurisiaEspécies reativas de oxigênioApoptose de eosinófilosAsmaPleurisiaEspécies reativas de oxigênioPapel da formação de espécies reativas de oxigênio na apoptose de eosinófilos in vivo: importância para resolução da resposta inflamatória associada à pleurisia e à asma induzida em camundongosinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UFMGinstname:Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)instacron:UFMGORIGINALDISSERTAÇÃO - ALESANDRA CORTE REIS.pdfDISSERTAÇÃO - ALESANDRA CORTE REIS.pdfapplication/pdf970403https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/39249/1/DISSERTA%c3%87%c3%83O%20-%20ALESANDRA%20CORTE%20REIS.pdfb38c759189e2100b04e511397b194e1aMD51LICENSElicense.txtlicense.txttext/plain; charset=utf-82119https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/39249/2/license.txt34badce4be7e31e3adb4575ae96af679MD521843/392492022-02-01 16:49:12.234oai:repositorio.ufmg.br:1843/39249TElDRU7Dh0EgREUgRElTVFJJQlVJw4fDg08gTsODTy1FWENMVVNJVkEgRE8gUkVQT1NJVMOTUklPIElOU1RJVFVDSU9OQUwgREEgVUZNRwoKQ29tIGEgYXByZXNlbnRhw6fDo28gZGVzdGEgbGljZW7Dp2EsIHZvY8OqIChvIGF1dG9yIChlcykgb3UgbyB0aXR1bGFyIGRvcyBkaXJlaXRvcyBkZSBhdXRvcikgY29uY2VkZSBhbyBSZXBvc2l0w7NyaW8gSW5zdGl0dWNpb25hbCBkYSBVRk1HIChSSS1VRk1HKSBvIGRpcmVpdG8gbsOjbyBleGNsdXNpdm8gZSBpcnJldm9nw6F2ZWwgZGUgcmVwcm9kdXppciBlL291IGRpc3RyaWJ1aXIgYSBzdWEgcHVibGljYcOnw6NvIChpbmNsdWluZG8gbyByZXN1bW8pIHBvciB0b2RvIG8gbXVuZG8gbm8gZm9ybWF0byBpbXByZXNzbyBlIGVsZXRyw7RuaWNvIGUgZW0gcXVhbHF1ZXIgbWVpbywgaW5jbHVpbmRvIG9zIGZvcm1hdG9zIMOhdWRpbyBvdSB2w61kZW8uCgpWb2PDqiBkZWNsYXJhIHF1ZSBjb25oZWNlIGEgcG9sw610aWNhIGRlIGNvcHlyaWdodCBkYSBlZGl0b3JhIGRvIHNldSBkb2N1bWVudG8gZSBxdWUgY29uaGVjZSBlIGFjZWl0YSBhcyBEaXJldHJpemVzIGRvIFJJLVVGTUcuCgpWb2PDqiBjb25jb3JkYSBxdWUgbyBSZXBvc2l0w7NyaW8gSW5zdGl0dWNpb25hbCBkYSBVRk1HIHBvZGUsIHNlbSBhbHRlcmFyIG8gY29udGXDumRvLCB0cmFuc3BvciBhIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gcGFyYSBxdWFscXVlciBtZWlvIG91IGZvcm1hdG8gcGFyYSBmaW5zIGRlIHByZXNlcnZhw6fDo28uCgpWb2PDqiB0YW1iw6ltIGNvbmNvcmRhIHF1ZSBvIFJlcG9zaXTDs3JpbyBJbnN0aXR1Y2lvbmFsIGRhIFVGTUcgcG9kZSBtYW50ZXIgbWFpcyBkZSB1bWEgY8OzcGlhIGRlIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gcGFyYSBmaW5zIGRlIHNlZ3VyYW7Dp2EsIGJhY2stdXAgZSBwcmVzZXJ2YcOnw6NvLgoKVm9jw6ogZGVjbGFyYSBxdWUgYSBzdWEgcHVibGljYcOnw6NvIMOpIG9yaWdpbmFsIGUgcXVlIHZvY8OqIHRlbSBvIHBvZGVyIGRlIGNvbmNlZGVyIG9zIGRpcmVpdG9zIGNvbnRpZG9zIG5lc3RhIGxpY2Vuw6dhLiBWb2PDqiB0YW1iw6ltIGRlY2xhcmEgcXVlIG8gZGVww7NzaXRvIGRlIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gbsOjbywgcXVlIHNlamEgZGUgc2V1IGNvbmhlY2ltZW50bywgaW5mcmluZ2UgZGlyZWl0b3MgYXV0b3JhaXMgZGUgbmluZ3XDqW0uCgpDYXNvIGEgc3VhIHB1YmxpY2HDp8OjbyBjb250ZW5oYSBtYXRlcmlhbCBxdWUgdm9jw6ogbsOjbyBwb3NzdWkgYSB0aXR1bGFyaWRhZGUgZG9zIGRpcmVpdG9zIGF1dG9yYWlzLCB2b2PDqiBkZWNsYXJhIHF1ZSBvYnRldmUgYSBwZXJtaXNzw6NvIGlycmVzdHJpdGEgZG8gZGV0ZW50b3IgZG9zIGRpcmVpdG9zIGF1dG9yYWlzIHBhcmEgY29uY2VkZXIgYW8gUmVwb3NpdMOzcmlvIEluc3RpdHVjaW9uYWwgZGEgVUZNRyBvcyBkaXJlaXRvcyBhcHJlc2VudGFkb3MgbmVzdGEgbGljZW7Dp2EsIGUgcXVlIGVzc2UgbWF0ZXJpYWwgZGUgcHJvcHJpZWRhZGUgZGUgdGVyY2Vpcm9zIGVzdMOhIGNsYXJhbWVudGUgaWRlbnRpZmljYWRvIGUgcmVjb25oZWNpZG8gbm8gdGV4dG8gb3Ugbm8gY29udGXDumRvIGRhIHB1YmxpY2HDp8OjbyBvcmEgZGVwb3NpdGFkYS4KCkNBU08gQSBQVUJMSUNBw4fDg08gT1JBIERFUE9TSVRBREEgVEVOSEEgU0lETyBSRVNVTFRBRE8gREUgVU0gUEFUUk9Dw41OSU8gT1UgQVBPSU8gREUgVU1BIEFHw4pOQ0lBIERFIEZPTUVOVE8gT1UgT1VUUk8gT1JHQU5JU01PLCBWT0PDiiBERUNMQVJBIFFVRSBSRVNQRUlUT1UgVE9ET1MgRSBRVUFJU1FVRVIgRElSRUlUT1MgREUgUkVWSVPDg08gQ09NTyBUQU1Cw4lNIEFTIERFTUFJUyBPQlJJR0HDh8OVRVMgRVhJR0lEQVMgUE9SIENPTlRSQVRPIE9VIEFDT1JETy4KCk8gUmVwb3NpdMOzcmlvIEluc3RpdHVjaW9uYWwgZGEgVUZNRyBzZSBjb21wcm9tZXRlIGEgaWRlbnRpZmljYXIgY2xhcmFtZW50ZSBvIHNldSBub21lKHMpIG91IG8ocykgbm9tZXMocykgZG8ocykgZGV0ZW50b3IoZXMpIGRvcyBkaXJlaXRvcyBhdXRvcmFpcyBkYSBwdWJsaWNhw6fDo28sIGUgbsOjbyBmYXLDoSBxdWFscXVlciBhbHRlcmHDp8OjbywgYWzDqW0gZGFxdWVsYXMgY29uY2VkaWRhcyBwb3IgZXN0YSBsaWNlbsOnYS4KCg==Repositório de PublicaçõesPUBhttps://repositorio.ufmg.br/oaiopendoar:2022-02-01T19:49:12Repositório Institucional da UFMG - Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)false
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Alesandra Corte Reis
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