Utilização de um rejeito da fabricação do alumínio como carga inorgânica em espumas flexíveis de poliuretano

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Sabrina Sa e Sant Anna
Data de Publicação: 2008
Tipo de documento: Tese
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFMG
Texto Completo: http://hdl.handle.net/1843/SFSA-8ADUF8
Resumo: Durante o processo Bayer, na indústria de alumínio, um pó preto é descartado nos pátios industriais gerando contaminação ambiental. Este resíduo é rico em alumina (Al2O3), material de alto valor comercial. Difração de Raios X confirmaram ainda a presença de hidróxido de alumínio (Al(OH)3) nesse rejeito. Com intuito de procurar aplicações para este rejeito, foram sintetizadas espumas flexíveis de poliuretano utilizando este pó preto como carga. Cargas são substâncias adicionadas aos materiais poliméricos para melhorar suas propriedades mecânicas e térmicas. No presente trabalho, o pó preto foi adicionado às espumas e os compósitos obtidos foram comparados com compósitos de espumas contendo cargas comerciais como carbonato de cálcio e alumina. Foram utilizadas ainda, como carga, alumina recuperada do pó preto e uma mistura preparada com alumina comercial e hidróxido de alumínio. MEV, análises térmica e mecânica foram utilizadas para caracterizar as espumas flexíveis contendo pó preto. Estas espumas apresentaram excelentes propriedades mecânicas e de retardância de chamas. Análises por calorimetria exploratória diferencial (DSC) das espumas contendo o pó preto como carga mostraram transições vítreas dos segmentos flexíveis a ca. -50oC, e dos segmentos rígidos, acima de 0oC. Os valores de temperatura de transição vítrea, referente aos segmentos rígidos decresceram como o aumento de pó preto na formulação, sendo este fato atribuído, provavelmente, a reação entre o rejeito e isocianato. Neste caso, o excesso de isocianato introduzido na formulação para promoverligações cruzadas, enrijecendo a matriz polimérica, foi consumido na reação com o pó preto, ficando as cadeias poliméricas com maior liberdade de movimentação, fato esse que gera redução na temperatura de transição vítrea.
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