Entre a forma e a finalidade, a gambiarra

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Sabrina Sedlmayer Pinto
Data de Publicação: 2019
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFMG
Texto Completo: http://hdl.handle.net/1843/60407
https://orcid.org/0000-0002-6606-116X
Resumo: Carolina Maria de Jesus, em um diário escrito entre os anos 1955-1960, compôs uma cartografia do lixo orientada pela busca de papelão e de sucatas por entre as ruas da cidade de São Paulo. Publicado com o título Quarto de despejo: diário de uma favelada, além de trazer um mapa errático e desconcertante, elabora uma mistura de mundos e de línguas ao colocar em prática experimentações improvisadas diante das adversidades vividas. Descobrimos, ao cabo da leitura, que despejo é uma palavra intraduzível, tal como define Barbara Cassin (2004): uma espécie de dispositivo criativo para o pensamento, que não cessa de (não) traduzir.1 Mais que refugo, resto, reciclagem, é risco, instabilidade, desobediência, imprevisibilidade, fronteira e subversão.
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