O cicloturismo no caminho da fé

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Roberto Marin Viestel
Data de Publicação: 2023
Tipo de documento: Tese
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFMG
Texto Completo: http://hdl.handle.net/1843/61116
https://orcid.org/0000-0003-4026-3043
Resumo: O objetivo desta tese de doutorado é compreender o cicloturismo que ocorre no Caminho da Fé (CF), uma rota de peregrinação de 324 Km que tem início em Águas da Prata/SP, atravessa os Estados de São Paulo e Minas Gerais e finaliza no Santuário de Nossa Senhora Aparecida, em Aparecida/SP. Anualmente o santuário atrai milhões de fiéis; destes, o CF atrai milhares, sendo que mais de vinte mil são de cicloturistas. Procuramos compreender como vem ocorrendo o cicloturismo neste caminho (quem o realiza, as motivações para as cicloviagens, quais percursos realizam e como o fazem); qual o lugar que a paisagem ocupa e como os cicloturistas as percebem; quais as relações que os cicloturistas estabelecem com os espaços; como o lazer se expressa no contexto do CF; e, por fim, como o cicloturismo vem se desenvolvendo. Esta pesquisa foi realizada através de abordagem qualitativa; revisão bibliográfica; e, cicloviagens in loco com mais de 5.000 Km percorridos no CF para observação entre os anos de 2019 e 2022 (antes, durante e “após” a pandemia da COVID-19). Os instrumentos de coleta de dados foram: diário de pesquisa de campo; smartphone (captura de voz e imagens); e, entrevista semiestruturada; foram entrevistados 27 cicloturistas. A bicicleta utilizada foi uma TSW Super Light Alloy, Mountain bike Frame, Aluminium, aro 29, freios à disco e hidráulicos. Os resultados da pesquisa evidenciaram que a prática de lazer do cicloturismo envolve algumas características particulares, tais como: preparação física dos cicloturistas; preparação e manutenção da bicicleta; infraestrutura do CF; e, os diferentes tipos de práticas de cicloturismo. As cicloviagens revelaram que as motivações dos cicloturistas estão ligadas à fé, mas, também, a motivos que vão além da fé, como o turismo, as excursões, a aventura do desconhecido e a própria cicloviagem. Os resultados também indicaram o despertar de relações sensíveis dos cicloturistas em relação à geograficidade do caminho, em uma experiência de realidade geográfica em que as montanhas se mostraram elementos que afetam os órgãos dos sentidos, dando singularidade ao CF e possibilitando a experimentação de uma geografia sensória. Ainda, descobrimos que os lugares e os espaços afetam sentimentalmente os cicloturistas e dão singularidade simbólica a um caminho que vai muito além da fé ou das coisas ligadas ao sagrado, vai em direção a relações afetivas que são possibilitadas pelo lazer em cima de uma bicicleta.
id UFMG_cfdf142e7f22bc522d5309a29bd5357c
oai_identifier_str oai:repositorio.ufmg.br:1843/61116
network_acronym_str UFMG
network_name_str Repositório Institucional da UFMG
repository_id_str
spelling Maria Cristina Rosahttp://lattes.cnpq.br/7863499240399270César Teixeira CastilhoEvandro César ClementeJairo Antônio da PaixãoSimone Rechiahttp://lattes.cnpq.br/8616638301212368Roberto Marin Viestel2023-11-17T21:54:13Z2023-11-17T21:54:13Z2023-07-31http://hdl.handle.net/1843/61116https://orcid.org/0000-0003-4026-3043O objetivo desta tese de doutorado é compreender o cicloturismo que ocorre no Caminho da Fé (CF), uma rota de peregrinação de 324 Km que tem início em Águas da Prata/SP, atravessa os Estados de São Paulo e Minas Gerais e finaliza no Santuário de Nossa Senhora Aparecida, em Aparecida/SP. Anualmente o santuário atrai milhões de fiéis; destes, o CF atrai milhares, sendo que mais de vinte mil são de cicloturistas. Procuramos compreender como vem ocorrendo o cicloturismo neste caminho (quem o realiza, as motivações para as cicloviagens, quais percursos realizam e como o fazem); qual o lugar que a paisagem ocupa e como os cicloturistas as percebem; quais as relações que os cicloturistas estabelecem com os espaços; como o lazer se expressa no contexto do CF; e, por fim, como o cicloturismo vem se desenvolvendo. Esta pesquisa foi realizada através de abordagem qualitativa; revisão bibliográfica; e, cicloviagens in loco com mais de 5.000 Km percorridos no CF para observação entre os anos de 2019 e 2022 (antes, durante e “após” a pandemia da COVID-19). Os instrumentos de coleta de dados foram: diário de pesquisa de campo; smartphone (captura de voz e imagens); e, entrevista semiestruturada; foram entrevistados 27 cicloturistas. A bicicleta utilizada foi uma TSW Super Light Alloy, Mountain bike Frame, Aluminium, aro 29, freios à disco e hidráulicos. Os resultados da pesquisa evidenciaram que a prática de lazer do cicloturismo envolve algumas características particulares, tais como: preparação física dos cicloturistas; preparação e manutenção da bicicleta; infraestrutura do CF; e, os diferentes tipos de práticas de cicloturismo. As cicloviagens revelaram que as motivações dos cicloturistas estão ligadas à fé, mas, também, a motivos que vão além da fé, como o turismo, as excursões, a aventura do desconhecido e a própria cicloviagem. Os resultados também indicaram o despertar de relações sensíveis dos cicloturistas em relação à geograficidade do caminho, em uma experiência de realidade geográfica em que as montanhas se mostraram elementos que afetam os órgãos dos sentidos, dando singularidade ao CF e possibilitando a experimentação de uma geografia sensória. Ainda, descobrimos que os lugares e os espaços afetam sentimentalmente os cicloturistas e dão singularidade simbólica a um caminho que vai muito além da fé ou das coisas ligadas ao sagrado, vai em direção a relações afetivas que são possibilitadas pelo lazer em cima de uma bicicleta.The objective of this doctoral thesis is to understand the cycle tourism that takes place on the Caminho da Fé, a 324 km pilgrimage route that begins in Águas da Prata/SP, crosses the Stats of São Paulo and Minas Gerais and ends at the Sanctuary of Our Lady Aparecida, in Aparecida/SP. Annually the shrine attracts millions of faithful; of these, the CF attracts thousands, with more than twenty thousand being tourists. We try to understand how cycle tourism has been taking place on this path (who does it, the motivations for cycle trips, which routes they take and how they do it); what place does the landscap occupy and how cycle tourists perceive it; what are the relationships that cycle tourists establish with spaces ; how leisure is expressed in the context of CF; and, finally, how cycle tourism has been developing. This research was carried out using a qualitative approach ; literature review; and, on-site cycle trips with more than 5.000 Kmm traveled in CF for observation between the years 2019 and 2022 (before, during ad « after » the COVID-19 pandemic). The data collection instruments were: field research diary; smartphone (voice and image capture); and, semi-structured interview; 27 cycle tourists were interviewed. The bicycle used was a TSW Super Light Alloy, Mountain bike Frame, Aluminum, 29 rim, disc and hydraulic brakes. The research results showed that the leisure practice of cycle tourism involves some particular characteristics, such as: physical preparation of cycle tourists; bicycle preparation and maintenance ; CF infrastructure; and, the different types of cycle tourism practices. The cycle trips revealed thar the cycle tourists motivations are linked to faith, but also to reasons that go beyond faith, such as tourism, excursions, the adventure of the unknown and cycle travel itself. The results also idicated the awakening of sensitive relationships of cycle tourists in relation to the geography of the path, in an experience of geographic reality in which the mountains proved to be elements that affect the organs of the senses, giving uniqueness to the CF and allowing the experimentation of a sensorial geography. Furthermore, we discoverd tha places and spaces affect cyclotourists sentimentally and give a symbolic uniqueness to a path that goes far beyond faith or things connected to the sacred, it goes towards the affective relationships thar are made possible by leisure on top of a bicycle.porUniversidade Federal de Minas GeraisPrograma de Pós-Graduação em Estudos do LazerUFMGBrasilEEFFTO - ESCOLA DE EDUCAÇÃO FISICA, FISIOTERAPIA E TERAPIA OCUPACIONALhttp://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/pt/info:eu-repo/semantics/openAccessLazerTurismoFéReligiosidadeLazerCaminho da FéCicloturismoGeograficidadeMontanhasO cicloturismo no caminho da féCycling on the path of faithinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisreponame:Repositório Institucional da UFMGinstname:Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)instacron:UFMGORIGINALTESE O CICLOTURISMO NO CAMINHO DA FÉ ROBERTO MARIN VIESTEL (2).pdfTESE O CICLOTURISMO NO CAMINHO DA FÉ ROBERTO MARIN VIESTEL (2).pdfapplication/pdf3941550https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/61116/1/TESE%20O%20CICLOTURISMO%20NO%20CAMINHO%20DA%20F%c3%89%20ROBERTO%20MARIN%20VIESTEL%20%282%29.pdf4f8e0cc6b960eea4bca26b6594935049MD51CC-LICENSElicense_rdflicense_rdfapplication/rdf+xml; charset=utf-8811https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/61116/2/license_rdfcfd6801dba008cb6adbd9838b81582abMD52LICENSElicense.txtlicense.txttext/plain; charset=utf-82118https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/61116/3/license.txtcda590c95a0b51b4d15f60c9642ca272MD531843/611162023-11-17 18:54:13.993oai:repositorio.ufmg.br:1843/61116TElDRU7Dh0EgREUgRElTVFJJQlVJw4fDg08gTsODTy1FWENMVVNJVkEgRE8gUkVQT1NJVMOTUklPIElOU1RJVFVDSU9OQUwgREEgVUZNRwoKQ29tIGEgYXByZXNlbnRhw6fDo28gZGVzdGEgbGljZW7Dp2EsIHZvY8OqIChvIGF1dG9yIChlcykgb3UgbyB0aXR1bGFyIGRvcyBkaXJlaXRvcyBkZSBhdXRvcikgY29uY2VkZSBhbyBSZXBvc2l0w7NyaW8gSW5zdGl0dWNpb25hbCBkYSBVRk1HIChSSS1VRk1HKSBvIGRpcmVpdG8gbsOjbyBleGNsdXNpdm8gZSBpcnJldm9nw6F2ZWwgZGUgcmVwcm9kdXppciBlL291IGRpc3RyaWJ1aXIgYSBzdWEgcHVibGljYcOnw6NvIChpbmNsdWluZG8gbyByZXN1bW8pIHBvciB0b2RvIG8gbXVuZG8gbm8gZm9ybWF0byBpbXByZXNzbyBlIGVsZXRyw7RuaWNvIGUgZW0gcXVhbHF1ZXIgbWVpbywgaW5jbHVpbmRvIG9zIGZvcm1hdG9zIMOhdWRpbyBvdSB2w61kZW8uCgpWb2PDqiBkZWNsYXJhIHF1ZSBjb25oZWNlIGEgcG9sw610aWNhIGRlIGNvcHlyaWdodCBkYSBlZGl0b3JhIGRvIHNldSBkb2N1bWVudG8gZSBxdWUgY29uaGVjZSBlIGFjZWl0YSBhcyBEaXJldHJpemVzIGRvIFJJLVVGTUcuCgpWb2PDqiBjb25jb3JkYSBxdWUgbyBSZXBvc2l0w7NyaW8gSW5zdGl0dWNpb25hbCBkYSBVRk1HIHBvZGUsIHNlbSBhbHRlcmFyIG8gY29udGXDumRvLCB0cmFuc3BvciBhIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gcGFyYSBxdWFscXVlciBtZWlvIG91IGZvcm1hdG8gcGFyYSBmaW5zIGRlIHByZXNlcnZhw6fDo28uCgpWb2PDqiB0YW1iw6ltIGNvbmNvcmRhIHF1ZSBvIFJlcG9zaXTDs3JpbyBJbnN0aXR1Y2lvbmFsIGRhIFVGTUcgcG9kZSBtYW50ZXIgbWFpcyBkZSB1bWEgY8OzcGlhIGRlIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gcGFyYSBmaW5zIGRlIHNlZ3VyYW7Dp2EsIGJhY2stdXAgZSBwcmVzZXJ2YcOnw6NvLgoKVm9jw6ogZGVjbGFyYSBxdWUgYSBzdWEgcHVibGljYcOnw6NvIMOpIG9yaWdpbmFsIGUgcXVlIHZvY8OqIHRlbSBvIHBvZGVyIGRlIGNvbmNlZGVyIG9zIGRpcmVpdG9zIGNvbnRpZG9zIG5lc3RhIGxpY2Vuw6dhLiBWb2PDqiB0YW1iw6ltIGRlY2xhcmEgcXVlIG8gZGVww7NzaXRvIGRlIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gbsOjbywgcXVlIHNlamEgZGUgc2V1IGNvbmhlY2ltZW50bywgaW5mcmluZ2UgZGlyZWl0b3MgYXV0b3JhaXMgZGUgbmluZ3XDqW0uCgpDYXNvIGEgc3VhIHB1YmxpY2HDp8OjbyBjb250ZW5oYSBtYXRlcmlhbCBxdWUgdm9jw6ogbsOjbyBwb3NzdWkgYSB0aXR1bGFyaWRhZGUgZG9zIGRpcmVpdG9zIGF1dG9yYWlzLCB2b2PDqiBkZWNsYXJhIHF1ZSBvYnRldmUgYSBwZXJtaXNzw6NvIGlycmVzdHJpdGEgZG8gZGV0ZW50b3IgZG9zIGRpcmVpdG9zIGF1dG9yYWlzIHBhcmEgY29uY2VkZXIgYW8gUmVwb3NpdMOzcmlvIEluc3RpdHVjaW9uYWwgZGEgVUZNRyBvcyBkaXJlaXRvcyBhcHJlc2VudGFkb3MgbmVzdGEgbGljZW7Dp2EsIGUgcXVlIGVzc2UgbWF0ZXJpYWwgZGUgcHJvcHJpZWRhZGUgZGUgdGVyY2Vpcm9zIGVzdMOhIGNsYXJhbWVudGUgaWRlbnRpZmljYWRvIGUgcmVjb25oZWNpZG8gbm8gdGV4dG8gb3Ugbm8gY29udGXDumRvIGRhIHB1YmxpY2HDp8OjbyBvcmEgZGVwb3NpdGFkYS4KCkNBU08gQSBQVUJMSUNBw4fDg08gT1JBIERFUE9TSVRBREEgVEVOSEEgU0lETyBSRVNVTFRBRE8gREUgVU0gUEFUUk9Dw41OSU8gT1UgQVBPSU8gREUgVU1BIEFHw4pOQ0lBIERFIEZPTUVOVE8gT1UgT1VUUk8gT1JHQU5JU01PLCBWT0PDiiBERUNMQVJBIFFVRSBSRVNQRUlUT1UgVE9ET1MgRSBRVUFJU1FVRVIgRElSRUlUT1MgREUgUkVWSVPDg08gQ09NTyBUQU1Cw4lNIEFTIERFTUFJUyBPQlJJR0HDh8OVRVMgRVhJR0lEQVMgUE9SIENPTlRSQVRPIE9VIEFDT1JETy4KCk8gUmVwb3NpdMOzcmlvIEluc3RpdHVjaW9uYWwgZGEgVUZNRyBzZSBjb21wcm9tZXRlIGEgaWRlbnRpZmljYXIgY2xhcmFtZW50ZSBvIHNldSBub21lKHMpIG91IG8ocykgbm9tZXMocykgZG8ocykgZGV0ZW50b3IoZXMpIGRvcyBkaXJlaXRvcyBhdXRvcmFpcyBkYSBwdWJsaWNhw6fDo28sIGUgbsOjbyBmYXLDoSBxdWFscXVlciBhbHRlcmHDp8OjbywgYWzDqW0gZGFxdWVsYXMgY29uY2VkaWRhcyBwb3IgZXN0YSBsaWNlbsOnYS4KRepositório de PublicaçõesPUBhttps://repositorio.ufmg.br/oaiopendoar:2023-11-17T21:54:13Repositório Institucional da UFMG - Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)false
dc.title.pt_BR.fl_str_mv O cicloturismo no caminho da fé
dc.title.alternative.pt_BR.fl_str_mv Cycling on the path of faith
title O cicloturismo no caminho da fé
spellingShingle O cicloturismo no caminho da fé
Roberto Marin Viestel
Lazer
Caminho da Fé
Cicloturismo
Geograficidade
Montanhas
Lazer
Turismo

Religiosidade
title_short O cicloturismo no caminho da fé
title_full O cicloturismo no caminho da fé
title_fullStr O cicloturismo no caminho da fé
title_full_unstemmed O cicloturismo no caminho da fé
title_sort O cicloturismo no caminho da fé
author Roberto Marin Viestel
author_facet Roberto Marin Viestel
author_role author
dc.contributor.advisor1.fl_str_mv Maria Cristina Rosa
dc.contributor.advisor1Lattes.fl_str_mv http://lattes.cnpq.br/7863499240399270
dc.contributor.referee1.fl_str_mv César Teixeira Castilho
dc.contributor.referee2.fl_str_mv Evandro César Clemente
dc.contributor.referee3.fl_str_mv Jairo Antônio da Paixão
dc.contributor.referee4.fl_str_mv Simone Rechia
dc.contributor.authorLattes.fl_str_mv http://lattes.cnpq.br/8616638301212368
dc.contributor.author.fl_str_mv Roberto Marin Viestel
contributor_str_mv Maria Cristina Rosa
César Teixeira Castilho
Evandro César Clemente
Jairo Antônio da Paixão
Simone Rechia
dc.subject.por.fl_str_mv Lazer
Caminho da Fé
Cicloturismo
Geograficidade
Montanhas
topic Lazer
Caminho da Fé
Cicloturismo
Geograficidade
Montanhas
Lazer
Turismo

Religiosidade
dc.subject.other.pt_BR.fl_str_mv Lazer
Turismo

Religiosidade
description O objetivo desta tese de doutorado é compreender o cicloturismo que ocorre no Caminho da Fé (CF), uma rota de peregrinação de 324 Km que tem início em Águas da Prata/SP, atravessa os Estados de São Paulo e Minas Gerais e finaliza no Santuário de Nossa Senhora Aparecida, em Aparecida/SP. Anualmente o santuário atrai milhões de fiéis; destes, o CF atrai milhares, sendo que mais de vinte mil são de cicloturistas. Procuramos compreender como vem ocorrendo o cicloturismo neste caminho (quem o realiza, as motivações para as cicloviagens, quais percursos realizam e como o fazem); qual o lugar que a paisagem ocupa e como os cicloturistas as percebem; quais as relações que os cicloturistas estabelecem com os espaços; como o lazer se expressa no contexto do CF; e, por fim, como o cicloturismo vem se desenvolvendo. Esta pesquisa foi realizada através de abordagem qualitativa; revisão bibliográfica; e, cicloviagens in loco com mais de 5.000 Km percorridos no CF para observação entre os anos de 2019 e 2022 (antes, durante e “após” a pandemia da COVID-19). Os instrumentos de coleta de dados foram: diário de pesquisa de campo; smartphone (captura de voz e imagens); e, entrevista semiestruturada; foram entrevistados 27 cicloturistas. A bicicleta utilizada foi uma TSW Super Light Alloy, Mountain bike Frame, Aluminium, aro 29, freios à disco e hidráulicos. Os resultados da pesquisa evidenciaram que a prática de lazer do cicloturismo envolve algumas características particulares, tais como: preparação física dos cicloturistas; preparação e manutenção da bicicleta; infraestrutura do CF; e, os diferentes tipos de práticas de cicloturismo. As cicloviagens revelaram que as motivações dos cicloturistas estão ligadas à fé, mas, também, a motivos que vão além da fé, como o turismo, as excursões, a aventura do desconhecido e a própria cicloviagem. Os resultados também indicaram o despertar de relações sensíveis dos cicloturistas em relação à geograficidade do caminho, em uma experiência de realidade geográfica em que as montanhas se mostraram elementos que afetam os órgãos dos sentidos, dando singularidade ao CF e possibilitando a experimentação de uma geografia sensória. Ainda, descobrimos que os lugares e os espaços afetam sentimentalmente os cicloturistas e dão singularidade simbólica a um caminho que vai muito além da fé ou das coisas ligadas ao sagrado, vai em direção a relações afetivas que são possibilitadas pelo lazer em cima de uma bicicleta.
publishDate 2023
dc.date.accessioned.fl_str_mv 2023-11-17T21:54:13Z
dc.date.available.fl_str_mv 2023-11-17T21:54:13Z
dc.date.issued.fl_str_mv 2023-07-31
dc.type.status.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/publishedVersion
dc.type.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/doctoralThesis
format doctoralThesis
status_str publishedVersion
dc.identifier.uri.fl_str_mv http://hdl.handle.net/1843/61116
dc.identifier.orcid.pt_BR.fl_str_mv https://orcid.org/0000-0003-4026-3043
url http://hdl.handle.net/1843/61116
https://orcid.org/0000-0003-4026-3043
dc.language.iso.fl_str_mv por
language por
dc.rights.driver.fl_str_mv http://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/pt/
info:eu-repo/semantics/openAccess
rights_invalid_str_mv http://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/pt/
eu_rights_str_mv openAccess
dc.publisher.none.fl_str_mv Universidade Federal de Minas Gerais
dc.publisher.program.fl_str_mv Programa de Pós-Graduação em Estudos do Lazer
dc.publisher.initials.fl_str_mv UFMG
dc.publisher.country.fl_str_mv Brasil
dc.publisher.department.fl_str_mv EEFFTO - ESCOLA DE EDUCAÇÃO FISICA, FISIOTERAPIA E TERAPIA OCUPACIONAL
publisher.none.fl_str_mv Universidade Federal de Minas Gerais
dc.source.none.fl_str_mv reponame:Repositório Institucional da UFMG
instname:Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)
instacron:UFMG
instname_str Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)
instacron_str UFMG
institution UFMG
reponame_str Repositório Institucional da UFMG
collection Repositório Institucional da UFMG
bitstream.url.fl_str_mv https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/61116/1/TESE%20O%20CICLOTURISMO%20NO%20CAMINHO%20DA%20F%c3%89%20ROBERTO%20MARIN%20VIESTEL%20%282%29.pdf
https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/61116/2/license_rdf
https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/61116/3/license.txt
bitstream.checksum.fl_str_mv 4f8e0cc6b960eea4bca26b6594935049
cfd6801dba008cb6adbd9838b81582ab
cda590c95a0b51b4d15f60c9642ca272
bitstream.checksumAlgorithm.fl_str_mv MD5
MD5
MD5
repository.name.fl_str_mv Repositório Institucional da UFMG - Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)
repository.mail.fl_str_mv
_version_ 1803589398901555200