Desnudação geoquímica na evolução da Serra do Espinhaço Meridional - MG - Brasil

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Leonardo Cristian Rocha
Data de Publicação: 2011
Tipo de documento: Tese
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFMG
Texto Completo: http://hdl.handle.net/1843/MPBB-8VHHXS
Resumo: Este trabalho tem como objetivo compreender como os processos geoquímicos atuam na elaboração do relevo da Serra do Espinhaço Meridional (SdEM) e contribuir no entendimento da distribuição espacial das taxas de perda por erosão química. Para isso foram feitos, modelos digitais de terreno (MDT), elaboração de um mapa geológico contendo as principais tipos de rochas e estruturas da SdEM, análises químicas de rocha, solo e água. Além do tratamento estatístico dos dados geoquímicos para reconhecer os principais componentes e seus agrupamentos, bem como a espacialização dos mesmos na SdEM. O intemperismo em quartzitos na região estudada consiste na dissolução do quartzo junto ao arranjo dos cristais. Assim o quartzito perde coesão e se reduz à areia. Em sub-superficie o intemperismo ocorre preferencialmente, nos planos de estratificação. O esvaziamento geoquímico é capaz então de desagregar os quartzitos. Este fato, em junção com o intemperismo de sub-superfície, promove o rebaixamento do relevo, formando superfícies aplainadas na Serra do Espinhaço Meridional. A lixiviação da sílica ocorre em mantos de alteração em estágios avançados de intemperismo, proporcionando a formação dos óxidos e hidróxidos de ferro e alumínio, quando em quantidades suficientes, podem conduzir a processos de laterização na SdEM. A laterização e a intensa lixiviação favoreceram a formação de goethita, hematita e gibbsita, elementos estes que permitem sugerir que área está por muito tempo sobre a influência de um clima quente e úmido. Estes mesmos elementos favorecem a translocação da matéria orgânica em solos onde o material de origem é pobre em argila (rochas psamíticas) propiciando a formação de espodossolos. A união dos processos geoquímicos leva a uma perda generalizada de grande parte de todos os elementos encontrados, com exceção daqueles de baixa mobilidade como o titânio e o zircônio. No balanço de massa isso ficou nítido, os dados sugerem a perda de 41% do alumínio em alguns perfis analisados. Esses fatos sugerem que Serra do Espinhaço Meridional apresenta um expressivo esvaziamento geoquímico na atualidade, significando uma progressiva perda de volume, manifestada mais intensamente nos mantos de intemperismo.
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Em sub-superficie o intemperismo ocorre preferencialmente, nos planos de estratificação. O esvaziamento geoquímico é capaz então de desagregar os quartzitos. Este fato, em junção com o intemperismo de sub-superfície, promove o rebaixamento do relevo, formando superfícies aplainadas na Serra do Espinhaço Meridional. A lixiviação da sílica ocorre em mantos de alteração em estágios avançados de intemperismo, proporcionando a formação dos óxidos e hidróxidos de ferro e alumínio, quando em quantidades suficientes, podem conduzir a processos de laterização na SdEM. A laterização e a intensa lixiviação favoreceram a formação de goethita, hematita e gibbsita, elementos estes que permitem sugerir que área está por muito tempo sobre a influência de um clima quente e úmido. Estes mesmos elementos favorecem a translocação da matéria orgânica em solos onde o material de origem é pobre em argila (rochas psamíticas) propiciando a formação de espodossolos. A união dos processos geoquímicos leva a uma perda generalizada de grande parte de todos os elementos encontrados, com exceção daqueles de baixa mobilidade como o titânio e o zircônio. No balanço de massa isso ficou nítido, os dados sugerem a perda de 41% do alumínio em alguns perfis analisados. Esses fatos sugerem que Serra do Espinhaço Meridional apresenta um expressivo esvaziamento geoquímico na atualidade, significando uma progressiva perda de volume, manifestada mais intensamente nos mantos de intemperismo.This study aims to understand how geochemical processes in the development of the landforms of the Serra do Espinhaço Meridional (SdEM) and contribute to the understanding of the spatial distribution of loss rates by chemical erosion. To this were done, digital terrain models (DTM), preparation of a geological map containing the main rock types and structures of SdEM, chemical analyzes of rock, soil and water. In addition to the statistical treatment of geochemical data to recognize the main components and their associations, as well as the spatial distribution of the same SdEM. The weathering of quartzite in the study area consists of quartz dissolution by the arrangement of crystals. So quartzite loses cohesion and reduces the sand. In sub-surface weathering occurs preferentially in the planes of stratification. The geochemical emptying can then break down the quartzite. This fact, coupled with the sub-surface weathering, promotes the lowering of the landforms, forming flattened surfaces in the Espinhaço Meridional. The leaching of silica alteration mantles occurs in advanced stages of weathering, providing the formation of oxides and hydroxides of iron and aluminum, when in sufficient quantities, can lead to processes in lateritization SdEM. The lateritization intense leaching and favored the formation of goethite, hematite and gibbsite, those elements that suggest the area is long on the influence of a hot and humid climate. These same elements favor the translocation of organic matter in soils where the source material is poor in clay (psammitic rocks) favoring the formation of Spodosols. The combination of geochemical processes leads to a generalized loss of a large part of all elements found, except those of low mobility such as titanium and zirconium. In the mass it became clear, the data suggest the loss of 41% of the aluminum in some profiles analyzed. These facts suggest that the Espinhaço Meridional presents a significant drain geochemical today, meaning a progressive loss of volume, expressed more intensely in the mantle of weathering.Universidade Federal de Minas GeraisUFMGIntemperismoRelevoGeoquímicaEspinhaço, Serra do (MG e BA)Desnudação geoquímicaRebaixamento do relevoIntemperismoDesnudação geoquímica na evolução da Serra do Espinhaço Meridional - MG - Brasilinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisinfo:eu-repo/semantics/openAccessporreponame:Repositório Institucional da UFMGinstname:Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)instacron:UFMGORIGINALleonardo_cristian_rocha.pdfapplication/pdf5056134https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/MPBB-8VHHXS/1/leonardo_cristian_rocha.pdfb537bd09a451945fd592b2959d2f8544MD51TEXTleonardo_cristian_rocha.pdf.txtleonardo_cristian_rocha.pdf.txtExtracted texttext/plain343308https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/MPBB-8VHHXS/2/leonardo_cristian_rocha.pdf.txt03fa63771c2273decc793d628fbe02b0MD521843/MPBB-8VHHXS2019-11-14 21:11:36.124oai:repositorio.ufmg.br:1843/MPBB-8VHHXSRepositório de PublicaçõesPUBhttps://repositorio.ufmg.br/oaiopendoar:2019-11-15T00:11:36Repositório Institucional da UFMG - Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)false
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