Evolução dos inventários nacionais de gases de efeito estufa para o setor de uso da terra, mudança de uso da terra e florestas

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Laura Virgínia Soares Veloso
Data de Publicação: 2019
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFMG
Texto Completo: http://hdl.handle.net/1843/30690
Resumo: Desde sua entrada na Convenção, o Brasil submeteu três Inventários nacionais de GEE. Nesses documentos é significativa a contribuição do setor Uso da terra, Mudança do Uso da Terra e Florestas (LULUCF) nas emissões totais. Por ser este um setor-chave para o país, o presente trabalho teve como objetivo principal compreender a evolução das metodologias de estimativas das emissões do setor LULUCF nos Inventários de GEE do Brasil, bem como analisar comparativamente as origens e implicações das alterações metodológicas entre o Segundo e Terceiro Inventário na estimativa das emissões para 2005. A análise desse ano é particularmente importante, pois a contribuição nacionalmente determinada (NDC) do país foi calculada com base em 2005, e o Terceiro Inventário apresenta uma emissão líquida total 25% superior ao mesmo ano de reporte do Segundo Inventário. Visto que ainda existe um debate, seja dentro do país como também na UNFCCC, sobre como as mudanças metodológicas das comunicações devem ser refletidas nas metas climáticas, uma melhor compreensão do tema poderá contribuir para a implementação do Acordo de Paris no Brasil e em outros países com desafios similares. As análises mostraram que, historicamente, o Brasil dedica um grande esforço para aprimorar a metodologia das estimativas do setor de LULUCF. Esse aperfeiçoamento é o fator responsável pelas diferenças nas emissões de 2005 produzidas pelo Segundo e Terceiro Inventário. Os resultados apontam que esses dois documentos se distinguem em dois principais aspectos: áreas desmatadas e fatores de remoção. Na Amazônia, bioma que responde pela maior parte das emissões do setor, o Terceiro Inventário observou uma área desmatada 51% maior que no Inventário anterior, ao mesmo tempo que houve uma redução em 31% do potencial de remoção por florestas primárias. Por fim, recomenda-se que, nos próximos Inventários, o Brasil inclua as emissões por queimadas não associadas ao desmatamento e por hidrelétricas, além de monitorar o impacto de políticas de mitigação (ex. restauração de pastagem e seus efeitos na remoção de CO2 por solos agrícolas, previstas no plano ABC e NDC). Além disso, propõe-se uma melhor articulação entre as iniciativas nacionais e demais instituições ambientais de modo a continuar aprimorando o reporte de GEE do setor de LULUCF. É também importante que a metodologia do Inventário reflita não só a melhor ciência, mas também esteja alinhada com o posicionamento de outros países, tendo em vista o caráter estratégico e de política pública desse instrumento.
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spelling Raoni Guerra Lucas Rajãohttp://lattes.cnpq.br/8230430746330911http://lattes.cnpq.br/3923669692863411Laura Virgínia Soares Veloso2019-10-25T12:46:17Z2019-10-25T12:46:17Z2019-02-14http://hdl.handle.net/1843/30690Desde sua entrada na Convenção, o Brasil submeteu três Inventários nacionais de GEE. Nesses documentos é significativa a contribuição do setor Uso da terra, Mudança do Uso da Terra e Florestas (LULUCF) nas emissões totais. Por ser este um setor-chave para o país, o presente trabalho teve como objetivo principal compreender a evolução das metodologias de estimativas das emissões do setor LULUCF nos Inventários de GEE do Brasil, bem como analisar comparativamente as origens e implicações das alterações metodológicas entre o Segundo e Terceiro Inventário na estimativa das emissões para 2005. A análise desse ano é particularmente importante, pois a contribuição nacionalmente determinada (NDC) do país foi calculada com base em 2005, e o Terceiro Inventário apresenta uma emissão líquida total 25% superior ao mesmo ano de reporte do Segundo Inventário. Visto que ainda existe um debate, seja dentro do país como também na UNFCCC, sobre como as mudanças metodológicas das comunicações devem ser refletidas nas metas climáticas, uma melhor compreensão do tema poderá contribuir para a implementação do Acordo de Paris no Brasil e em outros países com desafios similares. As análises mostraram que, historicamente, o Brasil dedica um grande esforço para aprimorar a metodologia das estimativas do setor de LULUCF. Esse aperfeiçoamento é o fator responsável pelas diferenças nas emissões de 2005 produzidas pelo Segundo e Terceiro Inventário. Os resultados apontam que esses dois documentos se distinguem em dois principais aspectos: áreas desmatadas e fatores de remoção. Na Amazônia, bioma que responde pela maior parte das emissões do setor, o Terceiro Inventário observou uma área desmatada 51% maior que no Inventário anterior, ao mesmo tempo que houve uma redução em 31% do potencial de remoção por florestas primárias. Por fim, recomenda-se que, nos próximos Inventários, o Brasil inclua as emissões por queimadas não associadas ao desmatamento e por hidrelétricas, além de monitorar o impacto de políticas de mitigação (ex. restauração de pastagem e seus efeitos na remoção de CO2 por solos agrícolas, previstas no plano ABC e NDC). Além disso, propõe-se uma melhor articulação entre as iniciativas nacionais e demais instituições ambientais de modo a continuar aprimorando o reporte de GEE do setor de LULUCF. É também importante que a metodologia do Inventário reflita não só a melhor ciência, mas também esteja alinhada com o posicionamento de outros países, tendo em vista o caráter estratégico e de política pública desse instrumento.Brazil ratified the Convention, it has submitted three national GHG inventories: the first communication in 2004, the second in 2010 and the third in 2016. In these documents, the contribution of the Land Use, Land Use Change and Forestry (LULUCF) in total emissions. Therefore, this being key sector, the main objective of this study was to understand the evolution of LULUCF sector emissions accounting methodologies in Brazil's GHG inventories, as well as to analyse comparatively the origins and implications of methodological changes between the Second and Third Inventory in accounting for emissions for 2005. This year's review is particularly important because the country's nationally determined contribution (NDC) was calculated on a 2005 basis, and the Third Inventory has a total net emission 25% higher than the same reporting year for the Second Inventory. Since there is still a debate, both within the country and at the UNFCCC, on how methodological changes in communications should be reflected in climate goals, a better understanding on this topic could contribute to the implementation of the Paris Agreement in Brazil and in other countries with similar challenges. The analysis showed that, historically, Brazil dedicates a great effort to improve the methodology of the LULUCF sector estimates. This improvement is responsible for the differences in 2005 emissions produced by the Second and Third Inventories. The results indicate that these two documents are distinguished in two main aspects: deforested areas, and removal factors. In the Amazon, a biome that accounts for most emissions from the sector, the Third Inventory observed a deforested area 51% higher than in the previous Inventory, while there was a reduction in 31% of the removal potential from primary forests. It is expected that the continuous improvement of the estimates will be maintained by Brazil, since many changes are already planned for the Fourth Inventory. It is recommended that in the next Inventories Brazil include emissions from fires not associated with deforestation and hydroelectric dams, as well as the monitoring of activities related to key mitigation policies (e.g. CO2 removals from agricultural soils, proposed in Plano ABC and the NDC). In addition, there should be better coordination between national initiatives and other environmental institutions in order to continue improving the GHG reporting of LULUCF sector. Lastly, considering the strategic and public policy nature of this instrument, it is important that the Inventory methodology reflect not only the best available science, but also be aligned with the conduct of other countries.porUniversidade Federal de Minas GeraisPrograma de Pós-Graduação em Análise e Modelagem de Sistemas AmbientaisUFMGBrasilInventárioGases de efeito estufaUso da terraMudança do uso da terra e florestasLULUCFBrasilEvolução dos inventários nacionais de gases de efeito estufa para o setor de uso da terra, mudança de uso da terra e florestasinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UFMGinstname:Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)instacron:UFMGORIGINALDissertação_FINAL_para_cd.pdfDissertação_FINAL_para_cd.pdfapplication/pdf2408371https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/30690/1/Disserta%c3%a7%c3%a3o_FINAL_para_cd.pdfa0555425cd87390285918f820ff18dd0MD51LICENSElicense.txtlicense.txttext/plain; charset=utf-82119https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/30690/2/license.txt34badce4be7e31e3adb4575ae96af679MD52TEXTDissertação_FINAL_para_cd.pdf.txtDissertação_FINAL_para_cd.pdf.txtExtracted texttext/plain288636https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/30690/3/Disserta%c3%a7%c3%a3o_FINAL_para_cd.pdf.txt4e5eed218a369e9e3db35e7744022660MD531843/306902019-11-14 13:03:47.174oai:repositorio.ufmg.br:1843/30690TElDRU7Dh0EgREUgRElTVFJJQlVJw4fDg08gTsODTy1FWENMVVNJVkEgRE8gUkVQT1NJVMOTUklPIElOU1RJVFVDSU9OQUwgREEgVUZNRwoKQ29tIGEgYXByZXNlbnRhw6fDo28gZGVzdGEgbGljZW7Dp2EsIHZvY8OqIChvIGF1dG9yIChlcykgb3UgbyB0aXR1bGFyIGRvcyBkaXJlaXRvcyBkZSBhdXRvcikgY29uY2VkZSBhbyBSZXBvc2l0w7NyaW8gSW5zdGl0dWNpb25hbCBkYSBVRk1HIChSSS1VRk1HKSBvIGRpcmVpdG8gbsOjbyBleGNsdXNpdm8gZSBpcnJldm9nw6F2ZWwgZGUgcmVwcm9kdXppciBlL291IGRpc3RyaWJ1aXIgYSBzdWEgcHVibGljYcOnw6NvIChpbmNsdWluZG8gbyByZXN1bW8pIHBvciB0b2RvIG8gbXVuZG8gbm8gZm9ybWF0byBpbXByZXNzbyBlIGVsZXRyw7RuaWNvIGUgZW0gcXVhbHF1ZXIgbWVpbywgaW5jbHVpbmRvIG9zIGZvcm1hdG9zIMOhdWRpbyBvdSB2w61kZW8uCgpWb2PDqiBkZWNsYXJhIHF1ZSBjb25oZWNlIGEgcG9sw610aWNhIGRlIGNvcHlyaWdodCBkYSBlZGl0b3JhIGRvIHNldSBkb2N1bWVudG8gZSBxdWUgY29uaGVjZSBlIGFjZWl0YSBhcyBEaXJldHJpemVzIGRvIFJJLVVGTUcuCgpWb2PDqiBjb25jb3JkYSBxdWUgbyBSZXBvc2l0w7NyaW8gSW5zdGl0dWNpb25hbCBkYSBVRk1HIHBvZGUsIHNlbSBhbHRlcmFyIG8gY29udGXDumRvLCB0cmFuc3BvciBhIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gcGFyYSBxdWFscXVlciBtZWlvIG91IGZvcm1hdG8gcGFyYSBmaW5zIGRlIHByZXNlcnZhw6fDo28uCgpWb2PDqiB0YW1iw6ltIGNvbmNvcmRhIHF1ZSBvIFJlcG9zaXTDs3JpbyBJbnN0aXR1Y2lvbmFsIGRhIFVGTUcgcG9kZSBtYW50ZXIgbWFpcyBkZSB1bWEgY8OzcGlhIGRlIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gcGFyYSBmaW5zIGRlIHNlZ3VyYW7Dp2EsIGJhY2stdXAgZSBwcmVzZXJ2YcOnw6NvLgoKVm9jw6ogZGVjbGFyYSBxdWUgYSBzdWEgcHVibGljYcOnw6NvIMOpIG9yaWdpbmFsIGUgcXVlIHZvY8OqIHRlbSBvIHBvZGVyIGRlIGNvbmNlZGVyIG9zIGRpcmVpdG9zIGNvbnRpZG9zIG5lc3RhIGxpY2Vuw6dhLiBWb2PDqiB0YW1iw6ltIGRlY2xhcmEgcXVlIG8gZGVww7NzaXRvIGRlIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gbsOjbywgcXVlIHNlamEgZGUgc2V1IGNvbmhlY2ltZW50bywgaW5mcmluZ2UgZGlyZWl0b3MgYXV0b3JhaXMgZGUgbmluZ3XDqW0uCgpDYXNvIGEgc3VhIHB1YmxpY2HDp8OjbyBjb250ZW5oYSBtYXRlcmlhbCBxdWUgdm9jw6ogbsOjbyBwb3NzdWkgYSB0aXR1bGFyaWRhZGUgZG9zIGRpcmVpdG9zIGF1dG9yYWlzLCB2b2PDqiBkZWNsYXJhIHF1ZSBvYnRldmUgYSBwZXJtaXNzw6NvIGlycmVzdHJpdGEgZG8gZGV0ZW50b3IgZG9zIGRpcmVpdG9zIGF1dG9yYWlzIHBhcmEgY29uY2VkZXIgYW8gUmVwb3NpdMOzcmlvIEluc3RpdHVjaW9uYWwgZGEgVUZNRyBvcyBkaXJlaXRvcyBhcHJlc2VudGFkb3MgbmVzdGEgbGljZW7Dp2EsIGUgcXVlIGVzc2UgbWF0ZXJpYWwgZGUgcHJvcHJpZWRhZGUgZGUgdGVyY2Vpcm9zIGVzdMOhIGNsYXJhbWVudGUgaWRlbnRpZmljYWRvIGUgcmVjb25oZWNpZG8gbm8gdGV4dG8gb3Ugbm8gY29udGXDumRvIGRhIHB1YmxpY2HDp8OjbyBvcmEgZGVwb3NpdGFkYS4KCkNBU08gQSBQVUJMSUNBw4fDg08gT1JBIERFUE9TSVRBREEgVEVOSEEgU0lETyBSRVNVTFRBRE8gREUgVU0gUEFUUk9Dw41OSU8gT1UgQVBPSU8gREUgVU1BIEFHw4pOQ0lBIERFIEZPTUVOVE8gT1UgT1VUUk8gT1JHQU5JU01PLCBWT0PDiiBERUNMQVJBIFFVRSBSRVNQRUlUT1UgVE9ET1MgRSBRVUFJU1FVRVIgRElSRUlUT1MgREUgUkVWSVPDg08gQ09NTyBUQU1Cw4lNIEFTIERFTUFJUyBPQlJJR0HDh8OVRVMgRVhJR0lEQVMgUE9SIENPTlRSQVRPIE9VIEFDT1JETy4KCk8gUmVwb3NpdMOzcmlvIEluc3RpdHVjaW9uYWwgZGEgVUZNRyBzZSBjb21wcm9tZXRlIGEgaWRlbnRpZmljYXIgY2xhcmFtZW50ZSBvIHNldSBub21lKHMpIG91IG8ocykgbm9tZXMocykgZG8ocykgZGV0ZW50b3IoZXMpIGRvcyBkaXJlaXRvcyBhdXRvcmFpcyBkYSBwdWJsaWNhw6fDo28sIGUgbsOjbyBmYXLDoSBxdWFscXVlciBhbHRlcmHDp8OjbywgYWzDqW0gZGFxdWVsYXMgY29uY2VkaWRhcyBwb3IgZXN0YSBsaWNlbsOnYS4KCg==Repositório de PublicaçõesPUBhttps://repositorio.ufmg.br/oaiopendoar:2019-11-14T16:03:47Repositório Institucional da UFMG - Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)false
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