Arquitetura como infraestrutura

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Carlos Alberto Batista Maciel
Data de Publicação: 2015
Tipo de documento: Tese
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFMG
Texto Completo: http://hdl.handle.net/1843/BUOS-9WMW2T
Resumo: Partindo de uma tripla problematização - a obsolescência, a especialização funcional e a analogia linguística na arquitetura -, este trabalho procura construir uma estratégia para abordagem do projeto de arquitetura para além da função e da representação, identificando princípios de projetos baseados na indeterminação, na ênfase no desenho de estruturas e infraestruturas prediais e na vinculação entre edifício e cidade, introduzindo no desenho dos artefatos arquitetônicos o que se denomina raciocínio infraestrutural. Identifica em alguns exemplares da arquitetura moderna da primeira metade do Seculo XX estratégias não funcionalistas que orientam a concepção dos edifícios e reconhece no formalismo da arquitetura moderna brasileira um efeito colateral que permitiu realizar obras de grande indeterminação e alto potencial de urbanidade. Mapeia estratégias de integração do raciocínio infraestrutural no desenho do edifício e na sua relação com a cidade. Desenvolve uma aplicação empírica desses princípios e estratégias através de um exercício de projeto por estudantes de Arquitetura e Urbanismo em um edifício de larga escala, sem uso definido, considerando transformação e crescimento. A introdução de características das infraestruturas no desenho de edifícios implicaria no reconhecimento do caráter diacrônico do processo de concepção de edifícios e cidades; do caráter sistêmico de estruturas e infraestruturas prediais e sua potencial integração com os sistemas urbanos; e do caráter inacabado das obras, concebidas como estruturas mínimas capazes de acomodar a transformação, a complementação e o crescimento no tempo. Por último, implica no reconhecimento da natureza não discursiva e não representacional das infraestruturas, recolocando a questão da funcionalidade e da representação simbólica para além da pré-determinação coercitiva, mas como produto de uma construção aberta e mutável que se realiza no tempo.
id UFMG_d2c405807755f734db39ed0c237000bd
oai_identifier_str oai:repositorio.ufmg.br:1843/BUOS-9WMW2T
network_acronym_str UFMG
network_name_str Repositório Institucional da UFMG
repository_id_str
spelling Maria Lucia MalardMauricio Jose Laguardia CampomoriJose dos Santos Cabral FilhoCarlos Alberto Ferreira MartinsMilton Liebentritt de Almeida BragaDaniele PisaniCarlos Alberto Batista Maciel2019-08-09T20:18:33Z2019-08-09T20:18:33Z2015-03-03http://hdl.handle.net/1843/BUOS-9WMW2TPartindo de uma tripla problematização - a obsolescência, a especialização funcional e a analogia linguística na arquitetura -, este trabalho procura construir uma estratégia para abordagem do projeto de arquitetura para além da função e da representação, identificando princípios de projetos baseados na indeterminação, na ênfase no desenho de estruturas e infraestruturas prediais e na vinculação entre edifício e cidade, introduzindo no desenho dos artefatos arquitetônicos o que se denomina raciocínio infraestrutural. Identifica em alguns exemplares da arquitetura moderna da primeira metade do Seculo XX estratégias não funcionalistas que orientam a concepção dos edifícios e reconhece no formalismo da arquitetura moderna brasileira um efeito colateral que permitiu realizar obras de grande indeterminação e alto potencial de urbanidade. Mapeia estratégias de integração do raciocínio infraestrutural no desenho do edifício e na sua relação com a cidade. Desenvolve uma aplicação empírica desses princípios e estratégias através de um exercício de projeto por estudantes de Arquitetura e Urbanismo em um edifício de larga escala, sem uso definido, considerando transformação e crescimento. A introdução de características das infraestruturas no desenho de edifícios implicaria no reconhecimento do caráter diacrônico do processo de concepção de edifícios e cidades; do caráter sistêmico de estruturas e infraestruturas prediais e sua potencial integração com os sistemas urbanos; e do caráter inacabado das obras, concebidas como estruturas mínimas capazes de acomodar a transformação, a complementação e o crescimento no tempo. Por último, implica no reconhecimento da natureza não discursiva e não representacional das infraestruturas, recolocando a questão da funcionalidade e da representação simbólica para além da pré-determinação coercitiva, mas como produto de uma construção aberta e mutável que se realiza no tempo.Starting from a triple issue - the obsolescence, the functional specialization and the linguistic analogy in architecture - this thesis intends to delineate an architectural design strategy beyond function and representation, identifying design principles based on indeterminacy, on an emphasis in the design of the permanent elements of the building - structures and building systems - and on a close interaction between building and city, introducing in architectural design what could be defined as an infrastructural logic. It identifies some examples of modern architecture of the first half of XXth century where non-functionalist strategies guide the design of buildings, and recognizes as a side effect of the formalism of Brazilian modern architecture the emergence of some important works with a high degree of indeterminacy and a high potential of urbanity. This work then maps some design strategies related to the introduction of an infrastructural logic in the realm of architectural object and in its relation to the urban context. It presents an empirical application of these principles and strategies in a design studio for undergraduate students of Architecture, that were supposed to design a large-scale building, without definite use, considering transformation and growth. The introduction of infrastructural thinking in the design of buildings would imply a recognition of the diachronic character of the production of both buildings and cities; the systemic nature of structures and services of the building and their potential integration with urban systems; and the unfinished character of the built works, designed as minimal structures that should be able to accommodate transformation, complementation and growth over time, blurring its recognition as objects. Finally, it implies the recognition of the non-discursive and non-representational nature of infrastructure, placing the issues of functionality and symbolic representation beyond the coercive pre-determination, but as the product of an open and changeable construct on time.Universidade Federal de Minas GeraisUFMGArquitetura moderna Séc XXIArquiteturaArquitetura e UrbanismoArquitetura como infraestruturainfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisinfo:eu-repo/semantics/openAccessporreponame:Repositório Institucional da UFMGinstname:Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)instacron:UFMGORIGINALarquitetura_como_infraestrutura_carlos_alberto_maciel_03_201.pdfapplication/pdf220881156https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/BUOS-9WMW2T/1/arquitetura_como_infraestrutura_carlos_alberto_maciel_03_201.pdfd29018aff6df0d4ed7fafe7f10408890MD511843/BUOS-9WMW2T2019-08-09 17:18:34.049oai:repositorio.ufmg.br:1843/BUOS-9WMW2TRepositório de PublicaçõesPUBhttps://repositorio.ufmg.br/oaiopendoar:2019-08-09T20:18:34Repositório Institucional da UFMG - Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)false
dc.title.pt_BR.fl_str_mv Arquitetura como infraestrutura
title Arquitetura como infraestrutura
spellingShingle Arquitetura como infraestrutura
Carlos Alberto Batista Maciel
Arquitetura e Urbanismo
Arquitetura moderna Séc XXI
Arquitetura
title_short Arquitetura como infraestrutura
title_full Arquitetura como infraestrutura
title_fullStr Arquitetura como infraestrutura
title_full_unstemmed Arquitetura como infraestrutura
title_sort Arquitetura como infraestrutura
author Carlos Alberto Batista Maciel
author_facet Carlos Alberto Batista Maciel
author_role author
dc.contributor.advisor1.fl_str_mv Maria Lucia Malard
dc.contributor.referee1.fl_str_mv Mauricio Jose Laguardia Campomori
dc.contributor.referee2.fl_str_mv Jose dos Santos Cabral Filho
dc.contributor.referee3.fl_str_mv Carlos Alberto Ferreira Martins
dc.contributor.referee4.fl_str_mv Milton Liebentritt de Almeida Braga
dc.contributor.referee5.fl_str_mv Daniele Pisani
dc.contributor.author.fl_str_mv Carlos Alberto Batista Maciel
contributor_str_mv Maria Lucia Malard
Mauricio Jose Laguardia Campomori
Jose dos Santos Cabral Filho
Carlos Alberto Ferreira Martins
Milton Liebentritt de Almeida Braga
Daniele Pisani
dc.subject.por.fl_str_mv Arquitetura e Urbanismo
topic Arquitetura e Urbanismo
Arquitetura moderna Séc XXI
Arquitetura
dc.subject.other.pt_BR.fl_str_mv Arquitetura moderna Séc XXI
Arquitetura
description Partindo de uma tripla problematização - a obsolescência, a especialização funcional e a analogia linguística na arquitetura -, este trabalho procura construir uma estratégia para abordagem do projeto de arquitetura para além da função e da representação, identificando princípios de projetos baseados na indeterminação, na ênfase no desenho de estruturas e infraestruturas prediais e na vinculação entre edifício e cidade, introduzindo no desenho dos artefatos arquitetônicos o que se denomina raciocínio infraestrutural. Identifica em alguns exemplares da arquitetura moderna da primeira metade do Seculo XX estratégias não funcionalistas que orientam a concepção dos edifícios e reconhece no formalismo da arquitetura moderna brasileira um efeito colateral que permitiu realizar obras de grande indeterminação e alto potencial de urbanidade. Mapeia estratégias de integração do raciocínio infraestrutural no desenho do edifício e na sua relação com a cidade. Desenvolve uma aplicação empírica desses princípios e estratégias através de um exercício de projeto por estudantes de Arquitetura e Urbanismo em um edifício de larga escala, sem uso definido, considerando transformação e crescimento. A introdução de características das infraestruturas no desenho de edifícios implicaria no reconhecimento do caráter diacrônico do processo de concepção de edifícios e cidades; do caráter sistêmico de estruturas e infraestruturas prediais e sua potencial integração com os sistemas urbanos; e do caráter inacabado das obras, concebidas como estruturas mínimas capazes de acomodar a transformação, a complementação e o crescimento no tempo. Por último, implica no reconhecimento da natureza não discursiva e não representacional das infraestruturas, recolocando a questão da funcionalidade e da representação simbólica para além da pré-determinação coercitiva, mas como produto de uma construção aberta e mutável que se realiza no tempo.
publishDate 2015
dc.date.issued.fl_str_mv 2015-03-03
dc.date.accessioned.fl_str_mv 2019-08-09T20:18:33Z
dc.date.available.fl_str_mv 2019-08-09T20:18:33Z
dc.type.status.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/publishedVersion
dc.type.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/doctoralThesis
format doctoralThesis
status_str publishedVersion
dc.identifier.uri.fl_str_mv http://hdl.handle.net/1843/BUOS-9WMW2T
url http://hdl.handle.net/1843/BUOS-9WMW2T
dc.language.iso.fl_str_mv por
language por
dc.rights.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/openAccess
eu_rights_str_mv openAccess
dc.publisher.none.fl_str_mv Universidade Federal de Minas Gerais
dc.publisher.initials.fl_str_mv UFMG
publisher.none.fl_str_mv Universidade Federal de Minas Gerais
dc.source.none.fl_str_mv reponame:Repositório Institucional da UFMG
instname:Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)
instacron:UFMG
instname_str Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)
instacron_str UFMG
institution UFMG
reponame_str Repositório Institucional da UFMG
collection Repositório Institucional da UFMG
bitstream.url.fl_str_mv https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/BUOS-9WMW2T/1/arquitetura_como_infraestrutura_carlos_alberto_maciel_03_201.pdf
bitstream.checksum.fl_str_mv d29018aff6df0d4ed7fafe7f10408890
bitstream.checksumAlgorithm.fl_str_mv MD5
repository.name.fl_str_mv Repositório Institucional da UFMG - Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)
repository.mail.fl_str_mv
_version_ 1803589548854214656