Efeito de intervenção nutricional sobre a percepção e o consumo de frutas e hortaliças

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Maria Cecília Ramos de Carvalho
Data de Publicação: 2019
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFMG
Texto Completo: http://hdl.handle.net/1843/30609
Resumo: Esse estudo objetivou analisar o efeito da concordância entre a percepção e o consumo de frutas e hortaliças (FH) sobre a evolução dos estágios de mudança do comportamento alimentar para o consumo de FH e do consumo destes alimentos entre adultos e idosos. Foram utilizados dados oriundos de ensaio comunitário controlado randomizado com 3.414 usuários identificados a partir de amostra por conglomerado simples, representativa do Programa Academia da Saúde de Belo Horizonte-MG. A percepção de adequação do consumo de FH foi avaliada pelos estágios de mudança do MT, e o consumo estimado por questões breves validadas, na linha de base e após a intervenção. Participantes com percepção de adequação condizente com o consumo mantiveram a classificação em um dos cinco estágios originais do MT (pré-contemplação, contemplação, preparação, ação, manutenção). Aqueles com baixo consumo, mas que o consideravam como adequado, foram reclassificados no estágio de pseudomanutenção (PM); aqueles com consumo adequado, mas que não o reconheciam como tal, foram reclassificados no estágio de ação não refletiva (ANR). Indivíduos com percepção e adequação de consumo condizente foram agrupados como “percepção concordante”, e aqueles em PM e ANR como “percepção discordante”. Indivíduos do grupo controle participaram das atividades usuais do serviço (prática de atividade física três vezes por semana) e de ações de educação em saúde não relacionadas ao consumo de FH. Já indivíduos do grupo intervenção, além das atividades usuais, participaram de intervenção de incentivo ao consumo de FH, com duração de sete meses, pautada no MT e na metodologia problematizadora proposta por Paulo Freire, aplicada por equipe multiprofissional. A maioria dos participantes era mulheres de meia idade, com baixa escolaridade e consumo de FH, e com discordância entre a percepção e o consumo de frutas (31,1%) e de hortaliças (51,9%). Após a intervenção, usuários com percepção discordante na linha de base tiveram menores chances tanto de regredir Efeito de intervenção nutricional sobre a percepção e o consumo de frutas e hortaliças 10 para estágios anteriores [odds ratio ajustada: frutas 0,47 (0,36-0,60); hortaliças 0,17 (0,13-0,22)], quanto de progredir para estágios superiores [odds ratio ajustadas: frutas 0,06 (0,04-0,09); hortaliças 0,01 (0,01-0,02)]. Dentro do grupo intervenção, em ambas as categorias de percepção houve aumento no consumo de frutas (0.5±1.3 porções entre os indivíduos com percepção discordante e 0.2±1.3 entre aqueles com percepção concordante), sendo esse aumento significativamente maior no grupo de percepção discordante. Indivíduos com percepção discordante também aumentaram o consumo de hortaliças (0.1±1.4 porções), enquanto aqueles com percepção concordante reduziram (-0.6±1.7 porções). A autoeficácia e o equilíbrio de decisões não foram preditores da mudança no grupo de percepção discordante. Conclui-se que a influência da percepção discordante aparentemente ocorre em duas direções, reduzindo tanto as chances de regredir quanto de progredir nos estágios. Apesar de o grupo de percepção discordante ter resultados mais favoráveis na mudança do consumo, a mudança foi pequena. Isto pode denotar a necessidade de trabalhar melhor a consciência crítica dos participantes sobre o seu estágio de mudança, seu consumo de FH e suas necessidades de aumentá-lo ou mantê-lo. Para isto, se faz necessária a reclassificação prévia dos participantes segundo os estágios de PM e ANR.
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spelling Aline Cristine Souza Lopeshttp://lattes.cnpq.br/6800795259915680http://lattes.cnpq.br/5332401138837109Maria Cecília Ramos de Carvalho2019-10-22T10:37:05Z2019-10-22T10:37:05Z2019-03-15http://hdl.handle.net/1843/30609Esse estudo objetivou analisar o efeito da concordância entre a percepção e o consumo de frutas e hortaliças (FH) sobre a evolução dos estágios de mudança do comportamento alimentar para o consumo de FH e do consumo destes alimentos entre adultos e idosos. Foram utilizados dados oriundos de ensaio comunitário controlado randomizado com 3.414 usuários identificados a partir de amostra por conglomerado simples, representativa do Programa Academia da Saúde de Belo Horizonte-MG. A percepção de adequação do consumo de FH foi avaliada pelos estágios de mudança do MT, e o consumo estimado por questões breves validadas, na linha de base e após a intervenção. Participantes com percepção de adequação condizente com o consumo mantiveram a classificação em um dos cinco estágios originais do MT (pré-contemplação, contemplação, preparação, ação, manutenção). Aqueles com baixo consumo, mas que o consideravam como adequado, foram reclassificados no estágio de pseudomanutenção (PM); aqueles com consumo adequado, mas que não o reconheciam como tal, foram reclassificados no estágio de ação não refletiva (ANR). Indivíduos com percepção e adequação de consumo condizente foram agrupados como “percepção concordante”, e aqueles em PM e ANR como “percepção discordante”. Indivíduos do grupo controle participaram das atividades usuais do serviço (prática de atividade física três vezes por semana) e de ações de educação em saúde não relacionadas ao consumo de FH. Já indivíduos do grupo intervenção, além das atividades usuais, participaram de intervenção de incentivo ao consumo de FH, com duração de sete meses, pautada no MT e na metodologia problematizadora proposta por Paulo Freire, aplicada por equipe multiprofissional. A maioria dos participantes era mulheres de meia idade, com baixa escolaridade e consumo de FH, e com discordância entre a percepção e o consumo de frutas (31,1%) e de hortaliças (51,9%). Após a intervenção, usuários com percepção discordante na linha de base tiveram menores chances tanto de regredir Efeito de intervenção nutricional sobre a percepção e o consumo de frutas e hortaliças 10 para estágios anteriores [odds ratio ajustada: frutas 0,47 (0,36-0,60); hortaliças 0,17 (0,13-0,22)], quanto de progredir para estágios superiores [odds ratio ajustadas: frutas 0,06 (0,04-0,09); hortaliças 0,01 (0,01-0,02)]. Dentro do grupo intervenção, em ambas as categorias de percepção houve aumento no consumo de frutas (0.5±1.3 porções entre os indivíduos com percepção discordante e 0.2±1.3 entre aqueles com percepção concordante), sendo esse aumento significativamente maior no grupo de percepção discordante. Indivíduos com percepção discordante também aumentaram o consumo de hortaliças (0.1±1.4 porções), enquanto aqueles com percepção concordante reduziram (-0.6±1.7 porções). A autoeficácia e o equilíbrio de decisões não foram preditores da mudança no grupo de percepção discordante. Conclui-se que a influência da percepção discordante aparentemente ocorre em duas direções, reduzindo tanto as chances de regredir quanto de progredir nos estágios. Apesar de o grupo de percepção discordante ter resultados mais favoráveis na mudança do consumo, a mudança foi pequena. Isto pode denotar a necessidade de trabalhar melhor a consciência crítica dos participantes sobre o seu estágio de mudança, seu consumo de FH e suas necessidades de aumentá-lo ou mantê-lo. Para isto, se faz necessária a reclassificação prévia dos participantes segundo os estágios de PM e ANR.This study aims to describe the effect of misperceived fruit and vegetable (FV) intake on evolution of stages of change for eating FV and estimated FV intake in adults and seniors. A randomized controlled community trial was carried out with a representative sample of Health Academy Program users in Belo Horizonte, Brazil, comprised of 3414 service users. Perception of intake adequacy was measured by the Transtheoretical Model (TTM) Stages of Change and FV intake was estimated from brief validated questions, both at baseline and after intervention. Participants whose perception of intake adequacy matched estimated intake maintained their original classification in one of the five original stages (pre-contemplation, contemplation, preparation, action or maintenance). Users with low FV intake who believed it was adequate were classified as pseudomaintenance (PM); those who met guidelines without recognizing it were classified as non-reflective action (NRA). Afterwards, perception was dichotomized in “concordant (one of the five original stages)” or “discordant (PM or NRA)”. Participants were randomized to control or intervention group and TTM-based tailored intervention was performed in the intervention group by trained dietitians and psychologists for seven months, while the control group received usual care (physical activity three times a week and group health education not including FV intake interventions). The pedagogy of Paulo Freire was also used as a theoretical framework for the intervention. Participants were mostly women of middle age, with low schooling, low FV intake and misperceived intake of fruit (31.1%) and vegetables (51.9%). Users with misperceived intake at baseline had lower odds of regressing to lower stages [adjusted odds ratios: fruit 0,47 (0,36-0,60); vegetables 0,17 (0,13-0,22)] and also lower odds of progressing to higher stages after intervention [adjusted odds ratios: fruit 0,06 (0,04-0,09); vegetables 0,01 (0,01-0,02)]. Fruit intake increased in both categories of perception in the intervention group, but change in the misperception category was larger than in the concordant perception category (0.5±1.3 versus 0.2±1.3 servings). Individuals with misperceived intake also increased vegetables intake (0.1±1.4 servings) while those with concordant perception decreased it (-0.6±1.7). Baseline self-efficacy and decisional balance did not predict changes in FV intake among the discordant perception group. We conclude that that discordant Efeito de intervenção nutricional sobre a percepção e o consumo de frutas e hortaliças 12 perception affects stage evolution in two different directions, reducing the odds of stage progression and regression. Despite the higher increases in FV intake among discordant perception individuals, change was still small. This may indicate the need to improve participants’ awareness of their stage, FV intake and their personal motivations to increase or maintain it. Hence, there is a need to employ the stage reclassification in PM or NRA before intervention begins.CNPq - Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e TecnológicoporUniversidade Federal de Minas GeraisPrograma de Pós-Graduação em Nutrição e SaúdeUFMGBrasilAtribuição-NãoComercial-SemDerivados 3.0 Portugalhttp://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/pt/info:eu-repo/semantics/openAccessComportamento alimentarEducação alimentar e nutricionalEnsaio clínicoFrutasPromoção da saúdeVerdurasEfeito de intervenção nutricional sobre a percepção e o consumo de frutas e hortaliçasinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisreponame:Repositório Institucional da UFMGinstname:Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)instacron:UFMGORIGINALDissertação Maria Cecília Ramos de Carvalho.pdfDissertação Maria Cecília Ramos de Carvalho.pdfAbertoapplication/pdf3914569https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/30609/1/Disserta%c3%a7%c3%a3o%20Maria%20Cec%c3%adlia%20Ramos%20de%20Carvalho.pdfae05fe7b7108eac267cc0a9934fee2e8MD51CC-LICENSElicense_rdflicense_rdfapplication/rdf+xml; charset=utf-8811https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/30609/2/license_rdfcfd6801dba008cb6adbd9838b81582abMD52LICENSElicense.txtlicense.txttext/plain; charset=utf-82119https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/30609/3/license.txt34badce4be7e31e3adb4575ae96af679MD53TEXTDissertação Maria Cecília Ramos de Carvalho.pdf.txtDissertação Maria Cecília Ramos de Carvalho.pdf.txtExtracted texttext/plain165716https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/30609/4/Disserta%c3%a7%c3%a3o%20Maria%20Cec%c3%adlia%20Ramos%20de%20Carvalho.pdf.txtae79ba36f3c77e8cb02021cc485eda69MD541843/306092019-11-14 13:01:14.159oai:repositorio.ufmg.br:1843/30609TElDRU7Dh0EgREUgRElTVFJJQlVJw4fDg08gTsODTy1FWENMVVNJVkEgRE8gUkVQT1NJVMOTUklPIElOU1RJVFVDSU9OQUwgREEgVUZNRwoKQ29tIGEgYXByZXNlbnRhw6fDo28gZGVzdGEgbGljZW7Dp2EsIHZvY8OqIChvIGF1dG9yIChlcykgb3UgbyB0aXR1bGFyIGRvcyBkaXJlaXRvcyBkZSBhdXRvcikgY29uY2VkZSBhbyBSZXBvc2l0w7NyaW8gSW5zdGl0dWNpb25hbCBkYSBVRk1HIChSSS1VRk1HKSBvIGRpcmVpdG8gbsOjbyBleGNsdXNpdm8gZSBpcnJldm9nw6F2ZWwgZGUgcmVwcm9kdXppciBlL291IGRpc3RyaWJ1aXIgYSBzdWEgcHVibGljYcOnw6NvIChpbmNsdWluZG8gbyByZXN1bW8pIHBvciB0b2RvIG8gbXVuZG8gbm8gZm9ybWF0byBpbXByZXNzbyBlIGVsZXRyw7RuaWNvIGUgZW0gcXVhbHF1ZXIgbWVpbywgaW5jbHVpbmRvIG9zIGZvcm1hdG9zIMOhdWRpbyBvdSB2w61kZW8uCgpWb2PDqiBkZWNsYXJhIHF1ZSBjb25oZWNlIGEgcG9sw610aWNhIGRlIGNvcHlyaWdodCBkYSBlZGl0b3JhIGRvIHNldSBkb2N1bWVudG8gZSBxdWUgY29uaGVjZSBlIGFjZWl0YSBhcyBEaXJldHJpemVzIGRvIFJJLVVGTUcuCgpWb2PDqiBjb25jb3JkYSBxdWUgbyBSZXBvc2l0w7NyaW8gSW5zdGl0dWNpb25hbCBkYSBVRk1HIHBvZGUsIHNlbSBhbHRlcmFyIG8gY29udGXDumRvLCB0cmFuc3BvciBhIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gcGFyYSBxdWFscXVlciBtZWlvIG91IGZvcm1hdG8gcGFyYSBmaW5zIGRlIHByZXNlcnZhw6fDo28uCgpWb2PDqiB0YW1iw6ltIGNvbmNvcmRhIHF1ZSBvIFJlcG9zaXTDs3JpbyBJbnN0aXR1Y2lvbmFsIGRhIFVGTUcgcG9kZSBtYW50ZXIgbWFpcyBkZSB1bWEgY8OzcGlhIGRlIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gcGFyYSBmaW5zIGRlIHNlZ3VyYW7Dp2EsIGJhY2stdXAgZSBwcmVzZXJ2YcOnw6NvLgoKVm9jw6ogZGVjbGFyYSBxdWUgYSBzdWEgcHVibGljYcOnw6NvIMOpIG9yaWdpbmFsIGUgcXVlIHZvY8OqIHRlbSBvIHBvZGVyIGRlIGNvbmNlZGVyIG9zIGRpcmVpdG9zIGNvbnRpZG9zIG5lc3RhIGxpY2Vuw6dhLiBWb2PDqiB0YW1iw6ltIGRlY2xhcmEgcXVlIG8gZGVww7NzaXRvIGRlIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gbsOjbywgcXVlIHNlamEgZGUgc2V1IGNvbmhlY2ltZW50bywgaW5mcmluZ2UgZGlyZWl0b3MgYXV0b3JhaXMgZGUgbmluZ3XDqW0uCgpDYXNvIGEgc3VhIHB1YmxpY2HDp8OjbyBjb250ZW5oYSBtYXRlcmlhbCBxdWUgdm9jw6ogbsOjbyBwb3NzdWkgYSB0aXR1bGFyaWRhZGUgZG9zIGRpcmVpdG9zIGF1dG9yYWlzLCB2b2PDqiBkZWNsYXJhIHF1ZSBvYnRldmUgYSBwZXJtaXNzw6NvIGlycmVzdHJpdGEgZG8gZGV0ZW50b3IgZG9zIGRpcmVpdG9zIGF1dG9yYWlzIHBhcmEgY29uY2VkZXIgYW8gUmVwb3NpdMOzcmlvIEluc3RpdHVjaW9uYWwgZGEgVUZNRyBvcyBkaXJlaXRvcyBhcHJlc2VudGFkb3MgbmVzdGEgbGljZW7Dp2EsIGUgcXVlIGVzc2UgbWF0ZXJpYWwgZGUgcHJvcHJpZWRhZGUgZGUgdGVyY2Vpcm9zIGVzdMOhIGNsYXJhbWVudGUgaWRlbnRpZmljYWRvIGUgcmVjb25oZWNpZG8gbm8gdGV4dG8gb3Ugbm8gY29udGXDumRvIGRhIHB1YmxpY2HDp8OjbyBvcmEgZGVwb3NpdGFkYS4KCkNBU08gQSBQVUJMSUNBw4fDg08gT1JBIERFUE9TSVRBREEgVEVOSEEgU0lETyBSRVNVTFRBRE8gREUgVU0gUEFUUk9Dw41OSU8gT1UgQVBPSU8gREUgVU1BIEFHw4pOQ0lBIERFIEZPTUVOVE8gT1UgT1VUUk8gT1JHQU5JU01PLCBWT0PDiiBERUNMQVJBIFFVRSBSRVNQRUlUT1UgVE9ET1MgRSBRVUFJU1FVRVIgRElSRUlUT1MgREUgUkVWSVPDg08gQ09NTyBUQU1Cw4lNIEFTIERFTUFJUyBPQlJJR0HDh8OVRVMgRVhJR0lEQVMgUE9SIENPTlRSQVRPIE9VIEFDT1JETy4KCk8gUmVwb3NpdMOzcmlvIEluc3RpdHVjaW9uYWwgZGEgVUZNRyBzZSBjb21wcm9tZXRlIGEgaWRlbnRpZmljYXIgY2xhcmFtZW50ZSBvIHNldSBub21lKHMpIG91IG8ocykgbm9tZXMocykgZG8ocykgZGV0ZW50b3IoZXMpIGRvcyBkaXJlaXRvcyBhdXRvcmFpcyBkYSBwdWJsaWNhw6fDo28sIGUgbsOjbyBmYXLDoSBxdWFscXVlciBhbHRlcmHDp8OjbywgYWzDqW0gZGFxdWVsYXMgY29uY2VkaWRhcyBwb3IgZXN0YSBsaWNlbsOnYS4KCg==Repositório de PublicaçõesPUBhttps://repositorio.ufmg.br/oaiopendoar:2019-11-14T16:01:14Repositório Institucional da UFMG - Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)false
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