O eterno, o humano e a liberdade: a afirmação da ideia de liberdade pela via do livre-arbítrio no pensamento de Santo Agostinho

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Guilherme dos Reis Soares
Data de Publicação: 2022
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFMG
Texto Completo: http://hdl.handle.net/1843/49813
https://orcid.org/0000-0002-5536-5061
Resumo: Na trajetória do Ocidente nota-se a existência de uma ideia de liberdade que respaldou o surgimento desta enquanto construção jurídica, pois em diversos momentos a temática despontou, mesmo que sem ligação com um direito juridicamente assinalado. Esta mesma ideia é fruto de um longo processo de concepção, conceituação e lapidação, ponto em que o pensamento cristão medieval tem sua importância. Agostinho de Hipona foi um dos autores que mais profundamente influenciou o pensamento cristão do medievo, e em sua busca pela verdade, empenhou-se em amalgamar elementos da tradição filosófica da Antiguidade, com as bases da religião cristã que surgia na Antiguidade Tardia. O Bispo de Hipona nasceu e viveu em um ambiente de mudanças, presenciando a decadência e o fim do Império Romano Ocidental, assim como as invasões nórdicas. Tal como seu contexto, seu processo de formação e conversão são marcados pela relação entre o paganismo e o cristianismo, que lhe proporcionaram vasto cabedal e meios para bem transitar nos dois ambientes, o que se refletiu em sua extensa produção filosófica. Dentre os inúmeros pontos possíveis, o presente estudo busca compreender qual a ideia de liberdade que emerge do pensamento de Santo Agostinho. Por se tratar de pesquisa notadamente teórica, sua principal ferramenta foi a revisão bibliográfica, na tentativa de levantar influências e contribuições de outros autores para o pensamento do Hiponense. Metodologicamente, o estudo adere a perspectiva macro filosófica, vislumbrando a possibilidade de uma maior interdisciplinaridade no estudo jus-filosófico, fazendo permear-se: Direito, Filosofia, História e Teologia. Ao mesmo tempo, buscou-se uma visão ampliada da própria construção filosófica de Santo Agostinho, compreendendo-o no contexto da Antiguidade Tardia, com suas raízes profundamente lançadas no platonismo e neoplatonismo. Com isso se permite vislumbrar sua relação com a tradição filosófica anterior, bem como sua contribuição para o pensamento do Ocidente. Estruturando-se em três capítulos, o estudo buscou compreender inicialmente a teorização do Eterno, por meio das influências do maniqueísmo e do cristianismo Católico, onde Agostinho encontra Deus como um todo espiritual que habita a criação. Em suas complexas relações com Deus, o elemento humano se delimita, ponto em que Agostinho descreve o papel atribuído à sensibilidade e a racionalidade, bem como a importância da iluminação divina. Por fim, emergindo da relação entre o Eterno e o Humano surge a ideia de liberdade. Agostinho avança sobre a questão da origem do mal e dela consolida o papel do livre arbítrio, distanciando-se da tradição que o precedeu, e abrindo um novo horizonte de possibilidade ao homem, que não mais se via agrilhoado ao destino. Pela via do livre arbítrio, Agostinho teoriza uma ideia de liberdade que sintetiza o caminho do homem de retorno ao divino, uma vez que valendo-se de sua racionalidade, e iluminado por Deus, o homem deve compreender a ordem do mundo, hierarquizar o que deve ser usado e fruído, e direcionar sua vontade para o que é o verdadeiro fim em si mesmo, ou seja, a beatitude, chegando assim a contemplar e fruir de Deus.
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Ao mesmo tempo, buscou-se uma visão ampliada da própria construção filosófica de Santo Agostinho, compreendendo-o no contexto da Antiguidade Tardia, com suas raízes profundamente lançadas no platonismo e neoplatonismo. Com isso se permite vislumbrar sua relação com a tradição filosófica anterior, bem como sua contribuição para o pensamento do Ocidente. Estruturando-se em três capítulos, o estudo buscou compreender inicialmente a teorização do Eterno, por meio das influências do maniqueísmo e do cristianismo Católico, onde Agostinho encontra Deus como um todo espiritual que habita a criação. Em suas complexas relações com Deus, o elemento humano se delimita, ponto em que Agostinho descreve o papel atribuído à sensibilidade e a racionalidade, bem como a importância da iluminação divina. Por fim, emergindo da relação entre o Eterno e o Humano surge a ideia de liberdade. Agostinho avança sobre a questão da origem do mal e dela consolida o papel do livre arbítrio, distanciando-se da tradição que o precedeu, e abrindo um novo horizonte de possibilidade ao homem, que não mais se via agrilhoado ao destino. Pela via do livre arbítrio, Agostinho teoriza uma ideia de liberdade que sintetiza o caminho do homem de retorno ao divino, uma vez que valendo-se de sua racionalidade, e iluminado por Deus, o homem deve compreender a ordem do mundo, hierarquizar o que deve ser usado e fruído, e direcionar sua vontade para o que é o verdadeiro fim em si mesmo, ou seja, a beatitude, chegando assim a contemplar e fruir de Deus.In the trajectory of the West, the existence of an idea of freedom that supported the emergence of it as a legal construction can be noted, as a fact that at different times, the theme emerged, even without connection with a legally designated right. This idea is the result of a long process of conception, conceptualization and polishing, point in which medieval Christian thought has its importance. Augustine of Hippo was one of the authors who most profoundly influenced Christian thought in the Middle Ages, and in his search for truth, he endeavored to amalgamate elements of the philosophical tradition of antiquity with the foundations of the Christian religion, that emerged in Late Antiquity. The Bishop of Hippo was born and lived in an environment of change, witnessing the decline and end of the Western Roman Empire, as well as the Barbarian invasions. Like his context, his formation and conversion process are marked by the relationship between paganism and Christianity, which provided him with a vast intellectual wealth and means to move well in both environments, which was reflected in his extensive philosophical production. Among the countless possible points, the present study seeks to understand the idea of freedom that emerges from the thought of Saint Augustine. Because it is notably a theoretical research, its main tool was the bibliographic review, in an attempt to raise influences and contributions from other authors to the Hiponense thought. Methodologically, the study adheres to the macro philosophical perspective, envisioning the possibility of greater interdisciplinarity in the legalphilosophical study, permeating Law, Philosophy, History and Theology. At the same time, an expanded view of Saint Augustine's own philosophical construction was sought, understanding it in the context of Late Antiquity, with its roots deeply cast in Platonism and Neoplatonism. This allows us to glimpse its relationship with the previous philosophical tradition, as well as its contribution to Western thought. Structured in three chapters, the study initially sought to understand the theorization of the Eternal, through the influences of Manichaeism and Catholic Christianity, where Augustine finds God as a spiritual totality that inhabits creation. In his complex relationships with God, the human element was delimited, at which point Augustine describes the role attributed to sensitivity and rationality, as well as the importance of divine enlightenment. Finally, emerging from the relationship between the Eternal and the Human elements, the idea of freedom emerges. Augustine advances on the question of the origin of evil to consolidates the role of free will, distancing himself from the tradition that preceded him, and opening a new horizon of possibilities for men, who no longer saw themself chained to destiny. Through free will, Augustine theorizes an idea of freedom that summarizes men's path back to the divine, since, taking advantage of his rationality, and enlightened by God, men must understand the order of the world, hierarchize what it must be used and enjoyed, and direct its will to what is the true end itself, namely, beatitude, thus coming to the contemplation and enjoyment of God.porUniversidade Federal de Minas GeraisPrograma de Pós-Graduação em DireitoUFMGBrasilDIREITO - FACULDADE DE DIREITOhttp://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/pt/info:eu-repo/semantics/openAccessDireitoLiberdadeLivre-arbítrio e determinismoCristianismoFilosofia medievalLiberdadeLivre arbítrioSanto AgostinhoCristianismoFilosofia medievalO eterno, o humano e a liberdade: a afirmação da ideia de liberdade pela via do livre-arbítrio no pensamento de Santo AgostinhoThe eternal, the human and freedom: the affirmation of the idea of ​​freedom through free will in the thought of Saint Augustineinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisreponame:Repositório Institucional da UFMGinstname:Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)instacron:UFMGLICENSElicense.txtlicense.txttext/plain; charset=utf-82118https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/49813/5/license.txtcda590c95a0b51b4d15f60c9642ca272MD55ORIGINALDissertação - O Eterno, o humano e a Liberdade - 2022.pdfDissertação - O Eterno, o humano e a Liberdade - 2022.pdfapplication/pdf2856827https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/49813/4/Disserta%c3%a7%c3%a3o%20-%20O%20Eterno%2c%20o%20humano%20e%20a%20Liberdade%20-%202022.pdf9e1301e8d8ebc6de05b82d975f707f96MD54CC-LICENSElicense_rdflicense_rdfapplication/rdf+xml; charset=utf-8811https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/49813/2/license_rdfcfd6801dba008cb6adbd9838b81582abMD521843/498132023-02-09 12:02:25.342oai:repositorio.ufmg.br:1843/49813TElDRU7Dh0EgREUgRElTVFJJQlVJw4fDg08gTsODTy1FWENMVVNJVkEgRE8gUkVQT1NJVMOTUklPIElOU1RJVFVDSU9OQUwgREEgVUZNRwoKQ29tIGEgYXByZXNlbnRhw6fDo28gZGVzdGEgbGljZW7Dp2EsIHZvY8OqIChvIGF1dG9yIChlcykgb3UgbyB0aXR1bGFyIGRvcyBkaXJlaXRvcyBkZSBhdXRvcikgY29uY2VkZSBhbyBSZXBvc2l0w7NyaW8gSW5zdGl0dWNpb25hbCBkYSBVRk1HIChSSS1VRk1HKSBvIGRpcmVpdG8gbsOjbyBleGNsdXNpdm8gZSBpcnJldm9nw6F2ZWwgZGUgcmVwcm9kdXppciBlL291IGRpc3RyaWJ1aXIgYSBzdWEgcHVibGljYcOnw6NvIChpbmNsdWluZG8gbyByZXN1bW8pIHBvciB0b2RvIG8gbXVuZG8gbm8gZm9ybWF0byBpbXByZXNzbyBlIGVsZXRyw7RuaWNvIGUgZW0gcXVhbHF1ZXIgbWVpbywgaW5jbHVpbmRvIG9zIGZvcm1hdG9zIMOhdWRpbyBvdSB2w61kZW8uCgpWb2PDqiBkZWNsYXJhIHF1ZSBjb25oZWNlIGEgcG9sw610aWNhIGRlIGNvcHlyaWdodCBkYSBlZGl0b3JhIGRvIHNldSBkb2N1bWVudG8gZSBxdWUgY29uaGVjZSBlIGFjZWl0YSBhcyBEaXJldHJpemVzIGRvIFJJLVVGTUcuCgpWb2PDqiBjb25jb3JkYSBxdWUgbyBSZXBvc2l0w7NyaW8gSW5zdGl0dWNpb25hbCBkYSBVRk1HIHBvZGUsIHNlbSBhbHRlcmFyIG8gY29udGXDumRvLCB0cmFuc3BvciBhIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gcGFyYSBxdWFscXVlciBtZWlvIG91IGZvcm1hdG8gcGFyYSBmaW5zIGRlIHByZXNlcnZhw6fDo28uCgpWb2PDqiB0YW1iw6ltIGNvbmNvcmRhIHF1ZSBvIFJlcG9zaXTDs3JpbyBJbnN0aXR1Y2lvbmFsIGRhIFVGTUcgcG9kZSBtYW50ZXIgbWFpcyBkZSB1bWEgY8OzcGlhIGRlIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gcGFyYSBmaW5zIGRlIHNlZ3VyYW7Dp2EsIGJhY2stdXAgZSBwcmVzZXJ2YcOnw6NvLgoKVm9jw6ogZGVjbGFyYSBxdWUgYSBzdWEgcHVibGljYcOnw6NvIMOpIG9yaWdpbmFsIGUgcXVlIHZvY8OqIHRlbSBvIHBvZGVyIGRlIGNvbmNlZGVyIG9zIGRpcmVpdG9zIGNvbnRpZG9zIG5lc3RhIGxpY2Vuw6dhLiBWb2PDqiB0YW1iw6ltIGRlY2xhcmEgcXVlIG8gZGVww7NzaXRvIGRlIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gbsOjbywgcXVlIHNlamEgZGUgc2V1IGNvbmhlY2ltZW50bywgaW5mcmluZ2UgZGlyZWl0b3MgYXV0b3JhaXMgZGUgbmluZ3XDqW0uCgpDYXNvIGEgc3VhIHB1YmxpY2HDp8OjbyBjb250ZW5oYSBtYXRlcmlhbCBxdWUgdm9jw6ogbsOjbyBwb3NzdWkgYSB0aXR1bGFyaWRhZGUgZG9zIGRpcmVpdG9zIGF1dG9yYWlzLCB2b2PDqiBkZWNsYXJhIHF1ZSBvYnRldmUgYSBwZXJtaXNzw6NvIGlycmVzdHJpdGEgZG8gZGV0ZW50b3IgZG9zIGRpcmVpdG9zIGF1dG9yYWlzIHBhcmEgY29uY2VkZXIgYW8gUmVwb3NpdMOzcmlvIEluc3RpdHVjaW9uYWwgZGEgVUZNRyBvcyBkaXJlaXRvcyBhcHJlc2VudGFkb3MgbmVzdGEgbGljZW7Dp2EsIGUgcXVlIGVzc2UgbWF0ZXJpYWwgZGUgcHJvcHJpZWRhZGUgZGUgdGVyY2Vpcm9zIGVzdMOhIGNsYXJhbWVudGUgaWRlbnRpZmljYWRvIGUgcmVjb25oZWNpZG8gbm8gdGV4dG8gb3Ugbm8gY29udGXDumRvIGRhIHB1YmxpY2HDp8OjbyBvcmEgZGVwb3NpdGFkYS4KCkNBU08gQSBQVUJMSUNBw4fDg08gT1JBIERFUE9TSVRBREEgVEVOSEEgU0lETyBSRVNVTFRBRE8gREUgVU0gUEFUUk9Dw41OSU8gT1UgQVBPSU8gREUgVU1BIEFHw4pOQ0lBIERFIEZPTUVOVE8gT1UgT1VUUk8gT1JHQU5JU01PLCBWT0PDiiBERUNMQVJBIFFVRSBSRVNQRUlUT1UgVE9ET1MgRSBRVUFJU1FVRVIgRElSRUlUT1MgREUgUkVWSVPDg08gQ09NTyBUQU1Cw4lNIEFTIERFTUFJUyBPQlJJR0HDh8OVRVMgRVhJR0lEQVMgUE9SIENPTlRSQVRPIE9VIEFDT1JETy4KCk8gUmVwb3NpdMOzcmlvIEluc3RpdHVjaW9uYWwgZGEgVUZNRyBzZSBjb21wcm9tZXRlIGEgaWRlbnRpZmljYXIgY2xhcmFtZW50ZSBvIHNldSBub21lKHMpIG91IG8ocykgbm9tZXMocykgZG8ocykgZGV0ZW50b3IoZXMpIGRvcyBkaXJlaXRvcyBhdXRvcmFpcyBkYSBwdWJsaWNhw6fDo28sIGUgbsOjbyBmYXLDoSBxdWFscXVlciBhbHRlcmHDp8OjbywgYWzDqW0gZGFxdWVsYXMgY29uY2VkaWRhcyBwb3IgZXN0YSBsaWNlbsOnYS4KRepositório de PublicaçõesPUBhttps://repositorio.ufmg.br/oaiopendoar:2023-02-09T15:02:25Repositório Institucional da UFMG - Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)false
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