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Maria Alice de Lima Gomes NogueiraAna Maria Fonseca de AlmeidaRosaly Hermengarda Lima BrandãoGeraldo RomanelliAntonio Augusto Gomes BatistaCeres Leite Prado2019-08-14T11:53:04Z2019-08-14T11:53:04Z2002-08-30http://hdl.handle.net/1843/IOMS-5KENPAEste trabalho busca compreender a prática dos intercâmbios culturais, hoje, no Brasil. Utilizada para designar diferentes cursos realizados no exterior, a expressão vincula-se, mais estreitamente, a uma de suas modalidades: o aluno do ensino médio que freqüenta, em país estrangeiro, um ou dois semestres escolares e reside, durante esse período, com uma família. A inexistência de trabalhos acadêmicos sobre o tema, no Brasil, direcionou a organização do trabalho em duas vertentes. Num primeiro momento, as agências operadoras de intercâmbio da cidade de Belo Horizonte foram localizadas; os responsáveis, entrevistados e um significativo material publicitário, coletado. A análise dos dados permitiu estabelecer algumas distinções entre as agências, a mais explícita sendo a que as divide entre agências com fins lucrativos e sem fins lucrativos. Estas últimas, estruturadas com base no voluntariado, oferecem maiores possibilidades de países de destino do que as primeiras, que buscam, principalmente, atender à demanda. Foi possível também levantar o número de jovens que partiram da cidade nos anos de 1996, 1997 e 1998 (N=1334), seu destino e dados que permitiram caracterizar o espaço social ocupado por suas famílias. Os pais, em sua maioria, possuem diploma universitário, exercem ocupações de nível superior e moram em bairros que abrigam as camadas média e média-alta da cidade. Quanto aos jovens intercambistas, pôde ser feito o esboço de um perfil: rapazes e moças, com idade entre 15 e 19 anos, geralmente freqüentando, antes da viagem, o segundo ano do ensino médio em um estabelecimento particular de ensino, que se dirigem preferencialmente a países de língua inglesa, com os Estados Unidos ocupando aí uma posição de destaque. Um segundo momento, essencialmente qualitativo, consistiu em entrevistas com 20 famílias intercambistas com o objetivo de aprofundar a compreensão dessa prática. A análise das entrevistas permite concluir que, para as famílias, os intercâmbios representam uma forma de atender, ao mesmo tempo, às duas grandes exigências colocadas hoje para a família contemporânea: garantir aos filhos trunfos que lhes forneçam maior competitividade nos mercados escolar e profissional e, principalmente, possibilitar-lhes o bem-estar e o desenvolvimento de qualidades pessoais que façam deles indivíduos realizados, saudáveis do ponto de vista psicológico e felizes. Nesse sentido, os intercâmbios constituem, efetivamente, estratégias educativas das famílias.Universidade Federal de Minas GeraisUFMGEducaçãoIntercambio de estudantes Intercâmbios culturaisPráticas educativasFamíliasIntercâmbios culturais: como práticas educativas em famílias das camadas médiasinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisinfo:eu-repo/semantics/openAccessporreponame:Repositório Institucional da UFMGinstname:Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)instacron:UFMGORIGINAL2000000044.pdfapplication/pdf2646703https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/IOMS-5KENPA/1/2000000044.pdfed37974e1dfffcee1a7844c26d77b151MD51TEXT2000000044.pdf.txt2000000044.pdf.txtExtracted texttext/plain782512https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/IOMS-5KENPA/2/2000000044.pdf.txt0a7ab160e9fba9dd4541c739f24e5855MD521843/IOMS-5KENPA2019-11-14 14:03:07.822oai:repositorio.ufmg.br:1843/IOMS-5KENPARepositório InstitucionalPUBhttps://repositorio.ufmg.br/oaiopendoar:2019-11-14T17:03:07Repositório Institucional da UFMG - Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)false
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