Vírus da leucose enzoótica bovina: filogenia e regulação gênica de LTR e POL em amostras brasileiras

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Christian Hirsch
Data de Publicação: 2005
Tipo de documento: Tese
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFMG
Texto Completo: http://hdl.handle.net/1843/BUOS-8C4ET6
Resumo: Este trabalho apresenta os resultados da investigação de duas regiões do genoma do vírus BLV Bovine Leukemia Vírus, em amostras brasileiras. As amostras de DNA bovino, de animais infectados pelo BLV, pertencem ao banco de DNA do Retrolab/EV/UFMG, oriundas de quatro localidades diferentes no Brasil. Três PCRs foram desenvolvidas: uma foi projetada para amplificar o gene constitutivo da B-actina bovina e desenvolvida para acessar a qualidade dos DNAs. A segunda PCR foi utilizada na amplificação de um fragmento de 582pb dentro da região promotora da transcrição do BLV, 5LTR. A terceira PCR procurou amplificar um fragmento de 783pb da porção terminal do gene pol do BLV, correspondente a região codificadora da Integrase. Os resultados das amplificações, sua importância, seqüenciamento e análises filogenéticas são apresentados e discutidos. Ambas PCRs de amplificação de fragmentos do genoma do BLV atenderam ao objetivo básico de gerar produtos para o seqüenciamento. Foram obtidos vinte e dois seqüenciamentos da região 5LTR e dez seqüenciamentos da região pol. A análise filogenética destes genomas apontou para um elevado grau de concentração na região 5LTR, e permitiu a caracterização de cinco agrupamentos, embora não tenha sido possível associar estes agrupamentos com as regiões brasileiras de origem dos DNAs. Em relação ao país de origem dos vírus seqüenciados, esta árvore sugere a formação de um agrupamento Brasil Argentina, um agrupamento norte-americano (FLK), um agrupamento Japão Belgica Brasil, um agrupamento Brasil e um agrupamento Brasil Austrália. Foi executada uma análise de restrição enzimática in silico destes fragmentos, cujo resultado corrobora em parte os achados na árvore filogenética e sugere a formação de um macro-agrupamento sul-americano, aglutinado uma amostra Argentina e todas as amostras brasileiras, porém nenhuma amostra de outra parte do mundo. Além disto, a comparação das 22 amostras brasileiras indicou a presença de uma região mais variável em um segmento de 88pb, coincide com as DAS, seqüência ativadoras a jusante, descritas por Kiss-Toth e Unk em 1994. A interação deste achado com a atividade de transcrição viral e a patogenia é discutida. Para a região pol, uma árvore filogenética foi gerada com valores de bootstrap consistentes, entretanto o pequeno número de DNAs seqüenciados, assim como dos disponíveis no banco de dados genômicos mundial GenBank, para esta região, não permitiu a inferência de agrupamentos consistentes. Destacou-se nos seqüenciamentos de pol a existência de uma região mais variável na extremidade terminal, que levou a importantes alterações dos aminoácidos em algumas amostras.
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Os resultados das amplificações, sua importância, seqüenciamento e análises filogenéticas são apresentados e discutidos. Ambas PCRs de amplificação de fragmentos do genoma do BLV atenderam ao objetivo básico de gerar produtos para o seqüenciamento. Foram obtidos vinte e dois seqüenciamentos da região 5LTR e dez seqüenciamentos da região pol. A análise filogenética destes genomas apontou para um elevado grau de concentração na região 5LTR, e permitiu a caracterização de cinco agrupamentos, embora não tenha sido possível associar estes agrupamentos com as regiões brasileiras de origem dos DNAs. Em relação ao país de origem dos vírus seqüenciados, esta árvore sugere a formação de um agrupamento Brasil Argentina, um agrupamento norte-americano (FLK), um agrupamento Japão Belgica Brasil, um agrupamento Brasil e um agrupamento Brasil Austrália. Foi executada uma análise de restrição enzimática in silico destes fragmentos, cujo resultado corrobora em parte os achados na árvore filogenética e sugere a formação de um macro-agrupamento sul-americano, aglutinado uma amostra Argentina e todas as amostras brasileiras, porém nenhuma amostra de outra parte do mundo. Além disto, a comparação das 22 amostras brasileiras indicou a presença de uma região mais variável em um segmento de 88pb, coincide com as DAS, seqüência ativadoras a jusante, descritas por Kiss-Toth e Unk em 1994. A interação deste achado com a atividade de transcrição viral e a patogenia é discutida. Para a região pol, uma árvore filogenética foi gerada com valores de bootstrap consistentes, entretanto o pequeno número de DNAs seqüenciados, assim como dos disponíveis no banco de dados genômicos mundial GenBank, para esta região, não permitiu a inferência de agrupamentos consistentes. Destacou-se nos seqüenciamentos de pol a existência de uma região mais variável na extremidade terminal, que levou a importantes alterações dos aminoácidos em algumas amostras.This work presents the results of the inquiry of two regions of the genoma of BLV virus Bovine Leukemia Virus, in Brazilian samples. The samples of bovine DNA, of BLV infected animais, belong to the bank of DNA of the Retrolab/EV/UFMG, deriving of four different localities in Brazil. Three PCRs had been developed: one was projected to amplify the constituent gene of the bovine B-actina and developed to have Access the quality of the DNAs. The second PCR was used in the amplification of na 582bp fragment inside the promoter region of the BLV, 5LTR, and the third PCR looked for to amplify na 783bp fragment within the terminal portion of the pol gene, correspondent to the intergrase codifyng region. The results of amplifications, its importance, sequences and phylogenetic analyses are presented and argued. Both PCRs designed to amplify fragments from the BLV genoma had reached the basic objective to generate the proposed products. Twenty two sequences from the 5LTR and tem sequences from pol region had been gotten. The phylogenetic analysis of the 5LTR pointed with respect to one high degree of conservation, and the construction of an phylogenetic tree allowed the characterization of Five groupings. However, hás not been possible to associate these groupings with the Brazilian regions of origino f the DNAs. In relation to the country of origin of the sequenced viruses, this tree suggests the formation of a grouping Brazil Argentina, a North American grouping with only one sample, FLK derived, a Japan Belgium Brazil grouping, a Brazil-only grouping and a Brazil Austrália grouping. Na restriction fragment lenght polymorphism RFLP in silico analyse of these fragments was executed, whose result corroborates in part the tree findings and suggests the formation of a South American macro - grouping, agglutinanting the Argentina sample and all Brazilian samples, but no one sample of other parto f the world. Moreover, the comparison of the 22 Brazilian samples indicated the presence of a more changeable region in a segment of 88bp, coincident with the DAS, downstream activator sequences, described by Kiss-Toth and Unk in 1994. The interaction of this finding with the viral transcription activity and the patogeny is argued. For the pol region, an phylogenetic tree was generated, showing consistent values of bootstrap. However, the small number of DNAs sequenced, as well as the available in the world-wide GenBank database for this region, did not allow the interference of consistent groupings. Was distinguished the existence of a more variable region in the terminal extremity from this sequences, that presented important amino acid changes in some samples.Universidade Federal de Minas GeraisUFMGVeterináriaAnálise filogenéticaBVLTranscrição viralLTRPolVírus da leucose enzoótica bovina: filogenia e regulação gênica de LTR e POL em amostras brasileirasinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisinfo:eu-repo/semantics/openAccessporreponame:Repositório Institucional da UFMGinstname:Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)instacron:UFMGORIGINALtese_de_doutorado_de_christian_hirsch_parte1.pdfapplication/pdf19992036https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/BUOS-8C4ET6/1/tese_de_doutorado_de_christian_hirsch_parte1.pdfbb09fad43edd6b4438ab9840aac9f963MD51tese_de_doutorado_de_christian_hirsch_parte2.pdfapplication/pdf9901973https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/BUOS-8C4ET6/2/tese_de_doutorado_de_christian_hirsch_parte2.pdff147856fad15b1738b65f3d72e0e55ecMD52TEXTtese_de_doutorado_de_christian_hirsch_parte1.pdf.txttese_de_doutorado_de_christian_hirsch_parte1.pdf.txtExtracted texttext/plain67https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/BUOS-8C4ET6/3/tese_de_doutorado_de_christian_hirsch_parte1.pdf.txtccd236835bc95b0924b25ccb9dc0f54fMD53tese_de_doutorado_de_christian_hirsch_parte2.pdf.txttese_de_doutorado_de_christian_hirsch_parte2.pdf.txtExtracted texttext/plain37https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/BUOS-8C4ET6/4/tese_de_doutorado_de_christian_hirsch_parte2.pdf.txt48175cc56e52e020bf178616c0977374MD541843/BUOS-8C4ET62019-11-14 05:44:48.826oai:repositorio.ufmg.br:1843/BUOS-8C4ET6Repositório de PublicaçõesPUBhttps://repositorio.ufmg.br/oaiopendoar:2019-11-14T08:44:48Repositório Institucional da UFMG - Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)false
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