Temos que pegar : espirais de apropriação e regras autoimpostas de jogabilidade em trechos de vídeos de let’s play do jogo Pokémon Leafgreen
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Data de Publicação: | 2016 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UFMG |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/1843/47343 |
Resumo: | A dissertação aborda a identificação e análise de diferentes formas de apropriação visíveis em vídeos de partidas de jogos eletrônicos. Optamos por estudar a série de Let’s Play chamada Super Best Friends Play Pokémon LeafGreen [Nuzlocke/Hard Mode], publicada no canal de YouTube TheSw1tcher. Estes vídeos apresentam uma tentativa feita pelos criadores do canal de completar o jogo Pokémon LeafGreen, porém sob a condição de regras autoimpostas que alteram a forma de se jogar esse videogame. Apoiamo-nos em leituras sobre cultura do remix e do mashup, assim como na noção de apropriação para expandir nosso entendimento do objeto. Não somente, procuramos fazer dialogar esses conceitos com referências teóricas do funcionamento do jogar e de narrações do jogar. Observamos como as regras transformadas, a jogabilidade, os diálogos dos autores e as relações com o público funcionam como elementos de uma espiral de apropriações que se faz ver em interferências realizadas pelos autores nos vídeos. Esses trechos trabalham com noções de morte e funeral que são inseridas na temática dos jogos Pokémon pelas regras Nuzlocke. Os trechos apresentam várias referências apropriadas pelos criadores do Let’s Play que exigem uma construção gradativa em conjunto com o público do canal para que sejam corretamente compreendidas. Procuramos descrever e analisar tais trechos, de forma a enfatizar as continuidades e rupturas entre as apropriações feitas. Na sequência, entendemos que jogos são definidos pela forma como são jogados, ou seja, pela sua jogabilidade, e acreditamos que os vídeos analisados transparecem uma apropriação de jogabilidade, o que chamamos de uma rejogabilidade. Verificamos que não é possível afirmar que o jogo Pokémon, quando no contexto das regras autoimpostas Nuzlocke, mantém sua experiência tradicional de jogabilidade. Por fim, a compreensão da espiral de apropriações nos permite verificar conflitos da função dupla de jogador-narrador assumida pelo Let’s Player. A maneira como os trechos e as intervenções apresentam uma sequência de desapropriações e retornos de jogabilidade pelos membros do canal TheSw1tcher abre espaço para uma leitura da queda de popularidade desses vídeos como consequência de um desinteresse compartilhado entre jogadores, tanto os criadores do Let’s Play, quanto seu público. |
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Na sequência, entendemos que jogos são definidos pela forma como são jogados, ou seja, pela sua jogabilidade, e acreditamos que os vídeos analisados transparecem uma apropriação de jogabilidade, o que chamamos de uma rejogabilidade. Verificamos que não é possível afirmar que o jogo Pokémon, quando no contexto das regras autoimpostas Nuzlocke, mantém sua experiência tradicional de jogabilidade. Por fim, a compreensão da espiral de apropriações nos permite verificar conflitos da função dupla de jogador-narrador assumida pelo Let’s Player. A maneira como os trechos e as intervenções apresentam uma sequência de desapropriações e retornos de jogabilidade pelos membros do canal TheSw1tcher abre espaço para uma leitura da queda de popularidade desses vídeos como consequência de um desinteresse compartilhado entre jogadores, tanto os criadores do Let’s Play, quanto seu público.This dissertation aims to identify and comprehend the different forms of appropriation made visible in video game playthroughs. We have decided to study a Let’s Play series on the YouTube channel TheSw1tcher, named Super Best Friends Play Pokémon LeafGreen [Nuzlocke/Hard Mode]. These videos show a Pokémon LeafGreen run made by the channel creators, under self-imposed rules that alter the way of playing it. We understand these videos by light of remix and mashup culture theory, as well as the notion of appropriation to expand our understanding of the object of study. Not only, we use these concepts together with references on play theory and play retelling. We observe how changed rules, gameplay, dialogue between the video authors and the relations shared with the public work as elements of an appropriation spiral perceptible in interferences made the author’s videos. These moments present notions of death and burial inserted in the Pokémon game setting by utilizing Nuzlocke rules. In these sections, the Let’s Play creators appropriate many different references. Those references demand an ongoing construction together with the viewers, so that they may be fully recognized. We describe and analyze those sequences, while emphasizing on continuities and ruptures between appropriations. We then understand games as defined by the way they are played, that is, by their gameplay, and we believe that in the videos we have analyzed we are able to see a form of gameplay appropriation, or as we call it, regameplay. We verify that is not possible to assert that the Pokémon game, when played inside the context of Nuzlocke self-imposed rules, keeps its regular form of gameplay. In our final argument, we discuss how a comprehension of the appropriation spiral allowed us to look for conflicts in the double function adopted by the Let’s Player, and its gamer-narrator divergence. The way the sections and alterations made on the videos present a sequence of returns to a previous form of gameplay by TheSw1tcher’s members opens space for and understanding of the videos fall in popularity as a consequence of a shared lack of interest between players, both the Let’s Players and their viewers.porUniversidade Federal de Minas GeraisPrograma de Pós-Graduação em Comunicação SocialUFMGBrasilFAF - DEPARTAMENTO DE COMUNICAÇÃO SOCIALComunicação - TesesJogos eletrônicos - TesesCultura do mashupJogarApropriaçãoLet’s playTemos que pegar : espirais de apropriação e regras autoimpostas de jogabilidade em trechos de vídeos de let’s play do jogo Pokémon Leafgreeninfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UFMGinstname:Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)instacron:UFMGORIGINALDissertaçãofinalparaBiblioteca - Versão Final.pdfDissertaçãofinalparaBiblioteca - Versão Final.pdfapplication/pdf4647709https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/47343/1/Disserta%c3%a7%c3%a3ofinalparaBiblioteca%20-%20Vers%c3%a3o%20Final.pdf277739aba5f3fdc0575d263d85ca937bMD51LICENSElicense.txtlicense.txttext/plain; charset=utf-82118https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/47343/2/license.txtcda590c95a0b51b4d15f60c9642ca272MD521843/473432022-11-20 11:58:14.502oai:repositorio.ufmg.br:1843/47343TElDRU7Dh0EgREUgRElTVFJJQlVJw4fDg08gTsODTy1FWENMVVNJVkEgRE8gUkVQT1NJVMOTUklPIElOU1RJVFVDSU9OQUwgREEgVUZNRwoKQ29tIGEgYXByZXNlbnRhw6fDo28gZGVzdGEgbGljZW7Dp2EsIHZvY8OqIChvIGF1dG9yIChlcykgb3UgbyB0aXR1bGFyIGRvcyBkaXJlaXRvcyBkZSBhdXRvcikgY29uY2VkZSBhbyBSZXBvc2l0w7NyaW8gSW5zdGl0dWNpb25hbCBkYSBVRk1HIChSSS1VRk1HKSBvIGRpcmVpdG8gbsOjbyBleGNsdXNpdm8gZSBpcnJldm9nw6F2ZWwgZGUgcmVwcm9kdXppciBlL291IGRpc3RyaWJ1aXIgYSBzdWEgcHVibGljYcOnw6NvIChpbmNsdWluZG8gbyByZXN1bW8pIHBvciB0b2RvIG8gbXVuZG8gbm8gZm9ybWF0byBpbXByZXNzbyBlIGVsZXRyw7RuaWNvIGUgZW0gcXVhbHF1ZXIgbWVpbywgaW5jbHVpbmRvIG9zIGZvcm1hdG9zIMOhdWRpbyBvdSB2w61kZW8uCgpWb2PDqiBkZWNsYXJhIHF1ZSBjb25oZWNlIGEgcG9sw610aWNhIGRlIGNvcHlyaWdodCBkYSBlZGl0b3JhIGRvIHNldSBkb2N1bWVudG8gZSBxdWUgY29uaGVjZSBlIGFjZWl0YSBhcyBEaXJldHJpemVzIGRvIFJJLVVGTUcuCgpWb2PDqiBjb25jb3JkYSBxdWUgbyBSZXBvc2l0w7NyaW8gSW5zdGl0dWNpb25hbCBkYSBVRk1HIHBvZGUsIHNlbSBhbHRlcmFyIG8gY29udGXDumRvLCB0cmFuc3BvciBhIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gcGFyYSBxdWFscXVlciBtZWlvIG91IGZvcm1hdG8gcGFyYSBmaW5zIGRlIHByZXNlcnZhw6fDo28uCgpWb2PDqiB0YW1iw6ltIGNvbmNvcmRhIHF1ZSBvIFJlcG9zaXTDs3JpbyBJbnN0aXR1Y2lvbmFsIGRhIFVGTUcgcG9kZSBtYW50ZXIgbWFpcyBkZSB1bWEgY8OzcGlhIGRlIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gcGFyYSBmaW5zIGRlIHNlZ3VyYW7Dp2EsIGJhY2stdXAgZSBwcmVzZXJ2YcOnw6NvLgoKVm9jw6ogZGVjbGFyYSBxdWUgYSBzdWEgcHVibGljYcOnw6NvIMOpIG9yaWdpbmFsIGUgcXVlIHZvY8OqIHRlbSBvIHBvZGVyIGRlIGNvbmNlZGVyIG9zIGRpcmVpdG9zIGNvbnRpZG9zIG5lc3RhIGxpY2Vuw6dhLiBWb2PDqiB0YW1iw6ltIGRlY2xhcmEgcXVlIG8gZGVww7NzaXRvIGRlIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gbsOjbywgcXVlIHNlamEgZGUgc2V1IGNvbmhlY2ltZW50bywgaW5mcmluZ2UgZGlyZWl0b3MgYXV0b3JhaXMgZGUgbmluZ3XDqW0uCgpDYXNvIGEgc3VhIHB1YmxpY2HDp8OjbyBjb250ZW5oYSBtYXRlcmlhbCBxdWUgdm9jw6ogbsOjbyBwb3NzdWkgYSB0aXR1bGFyaWRhZGUgZG9zIGRpcmVpdG9zIGF1dG9yYWlzLCB2b2PDqiBkZWNsYXJhIHF1ZSBvYnRldmUgYSBwZXJtaXNzw6NvIGlycmVzdHJpdGEgZG8gZGV0ZW50b3IgZG9zIGRpcmVpdG9zIGF1dG9yYWlzIHBhcmEgY29uY2VkZXIgYW8gUmVwb3NpdMOzcmlvIEluc3RpdHVjaW9uYWwgZGEgVUZNRyBvcyBkaXJlaXRvcyBhcHJlc2VudGFkb3MgbmVzdGEgbGljZW7Dp2EsIGUgcXVlIGVzc2UgbWF0ZXJpYWwgZGUgcHJvcHJpZWRhZGUgZGUgdGVyY2Vpcm9zIGVzdMOhIGNsYXJhbWVudGUgaWRlbnRpZmljYWRvIGUgcmVjb25oZWNpZG8gbm8gdGV4dG8gb3Ugbm8gY29udGXDumRvIGRhIHB1YmxpY2HDp8OjbyBvcmEgZGVwb3NpdGFkYS4KCkNBU08gQSBQVUJMSUNBw4fDg08gT1JBIERFUE9TSVRBREEgVEVOSEEgU0lETyBSRVNVTFRBRE8gREUgVU0gUEFUUk9Dw41OSU8gT1UgQVBPSU8gREUgVU1BIEFHw4pOQ0lBIERFIEZPTUVOVE8gT1UgT1VUUk8gT1JHQU5JU01PLCBWT0PDiiBERUNMQVJBIFFVRSBSRVNQRUlUT1UgVE9ET1MgRSBRVUFJU1FVRVIgRElSRUlUT1MgREUgUkVWSVPDg08gQ09NTyBUQU1Cw4lNIEFTIERFTUFJUyBPQlJJR0HDh8OVRVMgRVhJR0lEQVMgUE9SIENPTlRSQVRPIE9VIEFDT1JETy4KCk8gUmVwb3NpdMOzcmlvIEluc3RpdHVjaW9uYWwgZGEgVUZNRyBzZSBjb21wcm9tZXRlIGEgaWRlbnRpZmljYXIgY2xhcmFtZW50ZSBvIHNldSBub21lKHMpIG91IG8ocykgbm9tZXMocykgZG8ocykgZGV0ZW50b3IoZXMpIGRvcyBkaXJlaXRvcyBhdXRvcmFpcyBkYSBwdWJsaWNhw6fDo28sIGUgbsOjbyBmYXLDoSBxdWFscXVlciBhbHRlcmHDp8OjbywgYWzDqW0gZGFxdWVsYXMgY29uY2VkaWRhcyBwb3IgZXN0YSBsaWNlbsOnYS4KRepositório de PublicaçõesPUBhttps://repositorio.ufmg.br/oaiopendoar:2022-11-20T14:58:14Repositório Institucional da UFMG - Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)false |
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