Pelas fronteiras: andarilhos em J.M. Coetzee e João Gilberto Noll

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Fernanda Dusse
Data de Publicação: 2019
Tipo de documento: Tese
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFMG
Texto Completo: http://hdl.handle.net/1843/30809
https://orcid.org/0000-0001-7457-9981
Resumo: A céu aberto e Life & Times of Michael K podem ser considerados pioneiros na apresentação de andarilhos, personagens que se tornaram uma constante na literatura contemporânea. Os romances são exemplares das tentativas de seus autores em lidarem com as fronteiras da linguagem e da representação, constituindo-se como livros marcadamente experimentais em obras que desafiam a construção linear de um enredo e a função referencial da linguagem. Acompanhando o trajeto errante dessas personagens, a presente Tese objetiva demonstrar como os andarilhos promovem uma fissura na historiografia por representarem sujeitos que sempre estiveram presentes na modernidade, mas que permanecem distantes das principais teorias do período e das formas de documentação legitimadas. Para tanto, o modo de vida dessas figuras é aproximado de conceitos como o lumpemproletariado marxista, o flâneur benjaminiano e a desterritorialização, como cunhada por Deleuze e Guattari. Objetiva-se também demonstrar como a leitura dos romances evidencia a ambivalência de critérios como renúncia e resistência, necessidade e desejo, liberdade e opressão na trajetória dessas personagens. Além disso, os textos apontam para a fronteira como o espaço em que as violências que mediam a civilização são percebidas de forma mais evidente, ao mesmo tempo em que o escape a elas é, em alguma medida, possível. Finalmente, a aproximação entre Coetzee e Noll movimenta o debate sobre a importância de uma crítica literária do Sul global, que tome a fronteira geográfica como conceito operante para o fazer artístico e para a proposição política. A proposta de um comparatismo estabelecido a partir dos critérios que unem projetos do Sul global é apresentada como uma possível via para a teoria da literatura que tenta se inserir nos conflitos geopolíticos da contemporaneidade.
id UFMG_d8a4633019f3899ca539a94ab27f0c95
oai_identifier_str oai:repositorio.ufmg.br:1843/30809
network_acronym_str UFMG
network_name_str Repositório Institucional da UFMG
repository_id_str
spelling Élcio Loureiro Cornelsenhttp://lattes.cnpq.br/2420574923794536Nabil Araújo de SouzaSandra Regina Goulart de AlmeidaEneida Maria de SouzaIvete Lara Camargos WaltyWalter Benjamin Abdala Júniorhttp://lattes.cnpq.br/8179821701098050Fernanda Dusse2019-11-04T16:45:37Z2019-11-04T16:45:37Z2019-02-22http://hdl.handle.net/1843/30809https://orcid.org/0000-0001-7457-9981A céu aberto e Life & Times of Michael K podem ser considerados pioneiros na apresentação de andarilhos, personagens que se tornaram uma constante na literatura contemporânea. Os romances são exemplares das tentativas de seus autores em lidarem com as fronteiras da linguagem e da representação, constituindo-se como livros marcadamente experimentais em obras que desafiam a construção linear de um enredo e a função referencial da linguagem. Acompanhando o trajeto errante dessas personagens, a presente Tese objetiva demonstrar como os andarilhos promovem uma fissura na historiografia por representarem sujeitos que sempre estiveram presentes na modernidade, mas que permanecem distantes das principais teorias do período e das formas de documentação legitimadas. Para tanto, o modo de vida dessas figuras é aproximado de conceitos como o lumpemproletariado marxista, o flâneur benjaminiano e a desterritorialização, como cunhada por Deleuze e Guattari. Objetiva-se também demonstrar como a leitura dos romances evidencia a ambivalência de critérios como renúncia e resistência, necessidade e desejo, liberdade e opressão na trajetória dessas personagens. Além disso, os textos apontam para a fronteira como o espaço em que as violências que mediam a civilização são percebidas de forma mais evidente, ao mesmo tempo em que o escape a elas é, em alguma medida, possível. Finalmente, a aproximação entre Coetzee e Noll movimenta o debate sobre a importância de uma crítica literária do Sul global, que tome a fronteira geográfica como conceito operante para o fazer artístico e para a proposição política. A proposta de um comparatismo estabelecido a partir dos critérios que unem projetos do Sul global é apresentada como uma possível via para a teoria da literatura que tenta se inserir nos conflitos geopolíticos da contemporaneidade.A céu aberto and Life & Times of Michael K can be considered pioneers in the presentation of wanderers – characters who became an asset in contemporary literature. The novels are exemplary in their writers’ efforts to deal with the boundaries of language and representation, representing experimental books of authors interested in challenging the linearity of a plot and the referential function of language. By following the errant path of these characters, the present dissertation demonstrates how wanderers crack historiography, since they have always been present in modern societies, but are away from the main theories of the period and the legitimate forms of documentation. This hypothesis is validated by contrasting the wanderer`s way of life to concepts such as Marx’s lumpenproletariat, Benjamin’s flaneur and Deleuze and Guattari’s deterritorialization. Simultaneously, the novels show how ambivalent concepts as renouncement and resistance, need and desire, freedom and oppression build their path. The texts also point to the frontier as the place where the violences that assemble modernity are more evident, but also as the location where escaping from them is somehow possible. Finally, the comparison between Coetzee and Noll reinforces the relevance of a literary criticism from the global South, taking the geographical boundary as a concept for aesthetic and political propositions. Establishing comparative literature with the same criteria that bring together projects of the global South is a possible pathway for a literary theory that aims to reflect on contemporary geopolitical conflicts.CAPES - Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível SuperiorporUniversidade Federal de Minas GeraisPrograma de Pós-Graduação em LetrasUFMGBrasilFALE - FACULDADE DE LETRASNoll, João Gilberto, 1946- A céu aberto - Crítica e interpretaçãoGoetzee, J. M., 1940- Life and times of Michael K - Crítica e interpretaçãoLiteratura comparada - Brasileira e Sul-africana (Inglês)Literatura Comparada - Sul-africana (Inglês) e BrasileiraAndarilhos na literaturaandarilholiteratura contemporâneaSul globalPelas fronteiras: andarilhos em J.M. Coetzee e João Gilberto NollAlong the Frontiers: Wanderers in J.M Coetzee e João Gilberto Nollinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UFMGinstname:Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)instacron:UFMGORIGINALPelas fronteiras final.pdfPelas fronteiras final.pdfapplication/pdf4528528https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/30809/1/Pelas%20fronteiras%20final.pdfcd197249bda6b48a9a575b1ad976833cMD51LICENSElicense.txtlicense.txttext/plain; charset=utf-82119https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/30809/2/license.txt34badce4be7e31e3adb4575ae96af679MD52TEXTPelas fronteiras final.pdf.txtPelas fronteiras final.pdf.txtExtracted texttext/plain813539https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/30809/3/Pelas%20fronteiras%20final.pdf.txt0b5c0359576aa00e9a8a3874cb52d793MD531843/308092019-11-14 12:57:23.439oai:repositorio.ufmg.br:1843/30809TElDRU7Dh0EgREUgRElTVFJJQlVJw4fDg08gTsODTy1FWENMVVNJVkEgRE8gUkVQT1NJVMOTUklPIElOU1RJVFVDSU9OQUwgREEgVUZNRwoKQ29tIGEgYXByZXNlbnRhw6fDo28gZGVzdGEgbGljZW7Dp2EsIHZvY8OqIChvIGF1dG9yIChlcykgb3UgbyB0aXR1bGFyIGRvcyBkaXJlaXRvcyBkZSBhdXRvcikgY29uY2VkZSBhbyBSZXBvc2l0w7NyaW8gSW5zdGl0dWNpb25hbCBkYSBVRk1HIChSSS1VRk1HKSBvIGRpcmVpdG8gbsOjbyBleGNsdXNpdm8gZSBpcnJldm9nw6F2ZWwgZGUgcmVwcm9kdXppciBlL291IGRpc3RyaWJ1aXIgYSBzdWEgcHVibGljYcOnw6NvIChpbmNsdWluZG8gbyByZXN1bW8pIHBvciB0b2RvIG8gbXVuZG8gbm8gZm9ybWF0byBpbXByZXNzbyBlIGVsZXRyw7RuaWNvIGUgZW0gcXVhbHF1ZXIgbWVpbywgaW5jbHVpbmRvIG9zIGZvcm1hdG9zIMOhdWRpbyBvdSB2w61kZW8uCgpWb2PDqiBkZWNsYXJhIHF1ZSBjb25oZWNlIGEgcG9sw610aWNhIGRlIGNvcHlyaWdodCBkYSBlZGl0b3JhIGRvIHNldSBkb2N1bWVudG8gZSBxdWUgY29uaGVjZSBlIGFjZWl0YSBhcyBEaXJldHJpemVzIGRvIFJJLVVGTUcuCgpWb2PDqiBjb25jb3JkYSBxdWUgbyBSZXBvc2l0w7NyaW8gSW5zdGl0dWNpb25hbCBkYSBVRk1HIHBvZGUsIHNlbSBhbHRlcmFyIG8gY29udGXDumRvLCB0cmFuc3BvciBhIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gcGFyYSBxdWFscXVlciBtZWlvIG91IGZvcm1hdG8gcGFyYSBmaW5zIGRlIHByZXNlcnZhw6fDo28uCgpWb2PDqiB0YW1iw6ltIGNvbmNvcmRhIHF1ZSBvIFJlcG9zaXTDs3JpbyBJbnN0aXR1Y2lvbmFsIGRhIFVGTUcgcG9kZSBtYW50ZXIgbWFpcyBkZSB1bWEgY8OzcGlhIGRlIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gcGFyYSBmaW5zIGRlIHNlZ3VyYW7Dp2EsIGJhY2stdXAgZSBwcmVzZXJ2YcOnw6NvLgoKVm9jw6ogZGVjbGFyYSBxdWUgYSBzdWEgcHVibGljYcOnw6NvIMOpIG9yaWdpbmFsIGUgcXVlIHZvY8OqIHRlbSBvIHBvZGVyIGRlIGNvbmNlZGVyIG9zIGRpcmVpdG9zIGNvbnRpZG9zIG5lc3RhIGxpY2Vuw6dhLiBWb2PDqiB0YW1iw6ltIGRlY2xhcmEgcXVlIG8gZGVww7NzaXRvIGRlIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gbsOjbywgcXVlIHNlamEgZGUgc2V1IGNvbmhlY2ltZW50bywgaW5mcmluZ2UgZGlyZWl0b3MgYXV0b3JhaXMgZGUgbmluZ3XDqW0uCgpDYXNvIGEgc3VhIHB1YmxpY2HDp8OjbyBjb250ZW5oYSBtYXRlcmlhbCBxdWUgdm9jw6ogbsOjbyBwb3NzdWkgYSB0aXR1bGFyaWRhZGUgZG9zIGRpcmVpdG9zIGF1dG9yYWlzLCB2b2PDqiBkZWNsYXJhIHF1ZSBvYnRldmUgYSBwZXJtaXNzw6NvIGlycmVzdHJpdGEgZG8gZGV0ZW50b3IgZG9zIGRpcmVpdG9zIGF1dG9yYWlzIHBhcmEgY29uY2VkZXIgYW8gUmVwb3NpdMOzcmlvIEluc3RpdHVjaW9uYWwgZGEgVUZNRyBvcyBkaXJlaXRvcyBhcHJlc2VudGFkb3MgbmVzdGEgbGljZW7Dp2EsIGUgcXVlIGVzc2UgbWF0ZXJpYWwgZGUgcHJvcHJpZWRhZGUgZGUgdGVyY2Vpcm9zIGVzdMOhIGNsYXJhbWVudGUgaWRlbnRpZmljYWRvIGUgcmVjb25oZWNpZG8gbm8gdGV4dG8gb3Ugbm8gY29udGXDumRvIGRhIHB1YmxpY2HDp8OjbyBvcmEgZGVwb3NpdGFkYS4KCkNBU08gQSBQVUJMSUNBw4fDg08gT1JBIERFUE9TSVRBREEgVEVOSEEgU0lETyBSRVNVTFRBRE8gREUgVU0gUEFUUk9Dw41OSU8gT1UgQVBPSU8gREUgVU1BIEFHw4pOQ0lBIERFIEZPTUVOVE8gT1UgT1VUUk8gT1JHQU5JU01PLCBWT0PDiiBERUNMQVJBIFFVRSBSRVNQRUlUT1UgVE9ET1MgRSBRVUFJU1FVRVIgRElSRUlUT1MgREUgUkVWSVPDg08gQ09NTyBUQU1Cw4lNIEFTIERFTUFJUyBPQlJJR0HDh8OVRVMgRVhJR0lEQVMgUE9SIENPTlRSQVRPIE9VIEFDT1JETy4KCk8gUmVwb3NpdMOzcmlvIEluc3RpdHVjaW9uYWwgZGEgVUZNRyBzZSBjb21wcm9tZXRlIGEgaWRlbnRpZmljYXIgY2xhcmFtZW50ZSBvIHNldSBub21lKHMpIG91IG8ocykgbm9tZXMocykgZG8ocykgZGV0ZW50b3IoZXMpIGRvcyBkaXJlaXRvcyBhdXRvcmFpcyBkYSBwdWJsaWNhw6fDo28sIGUgbsOjbyBmYXLDoSBxdWFscXVlciBhbHRlcmHDp8OjbywgYWzDqW0gZGFxdWVsYXMgY29uY2VkaWRhcyBwb3IgZXN0YSBsaWNlbsOnYS4KCg==Repositório de PublicaçõesPUBhttps://repositorio.ufmg.br/oaiopendoar:2019-11-14T15:57:23Repositório Institucional da UFMG - Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)false
dc.title.pt_BR.fl_str_mv Pelas fronteiras: andarilhos em J.M. Coetzee e João Gilberto Noll
dc.title.alternative.pt_BR.fl_str_mv Along the Frontiers: Wanderers in J.M Coetzee e João Gilberto Noll
title Pelas fronteiras: andarilhos em J.M. Coetzee e João Gilberto Noll
spellingShingle Pelas fronteiras: andarilhos em J.M. Coetzee e João Gilberto Noll
Fernanda Dusse
andarilho
literatura contemporânea
Sul global
Noll, João Gilberto, 1946- A céu aberto - Crítica e interpretação
Goetzee, J. M., 1940- Life and times of Michael K - Crítica e interpretação
Literatura comparada - Brasileira e Sul-africana (Inglês)
Literatura Comparada - Sul-africana (Inglês) e Brasileira
Andarilhos na literatura
title_short Pelas fronteiras: andarilhos em J.M. Coetzee e João Gilberto Noll
title_full Pelas fronteiras: andarilhos em J.M. Coetzee e João Gilberto Noll
title_fullStr Pelas fronteiras: andarilhos em J.M. Coetzee e João Gilberto Noll
title_full_unstemmed Pelas fronteiras: andarilhos em J.M. Coetzee e João Gilberto Noll
title_sort Pelas fronteiras: andarilhos em J.M. Coetzee e João Gilberto Noll
author Fernanda Dusse
author_facet Fernanda Dusse
author_role author
dc.contributor.advisor1.fl_str_mv Élcio Loureiro Cornelsen
dc.contributor.advisor1Lattes.fl_str_mv http://lattes.cnpq.br/2420574923794536
dc.contributor.advisor-co1.fl_str_mv Nabil Araújo de Souza
dc.contributor.referee1.fl_str_mv Sandra Regina Goulart de Almeida
dc.contributor.referee2.fl_str_mv Eneida Maria de Souza
dc.contributor.referee3.fl_str_mv Ivete Lara Camargos Walty
dc.contributor.referee4.fl_str_mv Walter Benjamin Abdala Júnior
dc.contributor.authorLattes.fl_str_mv http://lattes.cnpq.br/8179821701098050
dc.contributor.author.fl_str_mv Fernanda Dusse
contributor_str_mv Élcio Loureiro Cornelsen
Nabil Araújo de Souza
Sandra Regina Goulart de Almeida
Eneida Maria de Souza
Ivete Lara Camargos Walty
Walter Benjamin Abdala Júnior
dc.subject.por.fl_str_mv andarilho
literatura contemporânea
Sul global
topic andarilho
literatura contemporânea
Sul global
Noll, João Gilberto, 1946- A céu aberto - Crítica e interpretação
Goetzee, J. M., 1940- Life and times of Michael K - Crítica e interpretação
Literatura comparada - Brasileira e Sul-africana (Inglês)
Literatura Comparada - Sul-africana (Inglês) e Brasileira
Andarilhos na literatura
dc.subject.other.pt_BR.fl_str_mv Noll, João Gilberto, 1946- A céu aberto - Crítica e interpretação
Goetzee, J. M., 1940- Life and times of Michael K - Crítica e interpretação
Literatura comparada - Brasileira e Sul-africana (Inglês)
Literatura Comparada - Sul-africana (Inglês) e Brasileira
Andarilhos na literatura
description A céu aberto e Life & Times of Michael K podem ser considerados pioneiros na apresentação de andarilhos, personagens que se tornaram uma constante na literatura contemporânea. Os romances são exemplares das tentativas de seus autores em lidarem com as fronteiras da linguagem e da representação, constituindo-se como livros marcadamente experimentais em obras que desafiam a construção linear de um enredo e a função referencial da linguagem. Acompanhando o trajeto errante dessas personagens, a presente Tese objetiva demonstrar como os andarilhos promovem uma fissura na historiografia por representarem sujeitos que sempre estiveram presentes na modernidade, mas que permanecem distantes das principais teorias do período e das formas de documentação legitimadas. Para tanto, o modo de vida dessas figuras é aproximado de conceitos como o lumpemproletariado marxista, o flâneur benjaminiano e a desterritorialização, como cunhada por Deleuze e Guattari. Objetiva-se também demonstrar como a leitura dos romances evidencia a ambivalência de critérios como renúncia e resistência, necessidade e desejo, liberdade e opressão na trajetória dessas personagens. Além disso, os textos apontam para a fronteira como o espaço em que as violências que mediam a civilização são percebidas de forma mais evidente, ao mesmo tempo em que o escape a elas é, em alguma medida, possível. Finalmente, a aproximação entre Coetzee e Noll movimenta o debate sobre a importância de uma crítica literária do Sul global, que tome a fronteira geográfica como conceito operante para o fazer artístico e para a proposição política. A proposta de um comparatismo estabelecido a partir dos critérios que unem projetos do Sul global é apresentada como uma possível via para a teoria da literatura que tenta se inserir nos conflitos geopolíticos da contemporaneidade.
publishDate 2019
dc.date.accessioned.fl_str_mv 2019-11-04T16:45:37Z
dc.date.available.fl_str_mv 2019-11-04T16:45:37Z
dc.date.issued.fl_str_mv 2019-02-22
dc.type.status.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/publishedVersion
dc.type.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/doctoralThesis
format doctoralThesis
status_str publishedVersion
dc.identifier.uri.fl_str_mv http://hdl.handle.net/1843/30809
dc.identifier.orcid.pt_BR.fl_str_mv https://orcid.org/0000-0001-7457-9981
url http://hdl.handle.net/1843/30809
https://orcid.org/0000-0001-7457-9981
dc.language.iso.fl_str_mv por
language por
dc.rights.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/openAccess
eu_rights_str_mv openAccess
dc.publisher.none.fl_str_mv Universidade Federal de Minas Gerais
dc.publisher.program.fl_str_mv Programa de Pós-Graduação em Letras
dc.publisher.initials.fl_str_mv UFMG
dc.publisher.country.fl_str_mv Brasil
dc.publisher.department.fl_str_mv FALE - FACULDADE DE LETRAS
publisher.none.fl_str_mv Universidade Federal de Minas Gerais
dc.source.none.fl_str_mv reponame:Repositório Institucional da UFMG
instname:Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)
instacron:UFMG
instname_str Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)
instacron_str UFMG
institution UFMG
reponame_str Repositório Institucional da UFMG
collection Repositório Institucional da UFMG
bitstream.url.fl_str_mv https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/30809/1/Pelas%20fronteiras%20final.pdf
https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/30809/2/license.txt
https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/30809/3/Pelas%20fronteiras%20final.pdf.txt
bitstream.checksum.fl_str_mv cd197249bda6b48a9a575b1ad976833c
34badce4be7e31e3adb4575ae96af679
0b5c0359576aa00e9a8a3874cb52d793
bitstream.checksumAlgorithm.fl_str_mv MD5
MD5
MD5
repository.name.fl_str_mv Repositório Institucional da UFMG - Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)
repository.mail.fl_str_mv
_version_ 1803589357060227072