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Claudio Paixão Anastácio de Paulahttp://lattes.cnpq.br/8966520652185410Ana Paula Meneses AlvesRubem Borges Teixeira RamosMaria da Conceição CarvalhoEliana Guimarães AlmeidaMarina Nogueira FerrazEni Alves Rodrigueshttp://lattes.cnpq.br/6311105825302911Jéssica Patrícia Silva de Sá2022-05-06T14:41:27Z2022-05-06T14:41:27Z2022-02-10http://hdl.handle.net/1843/41428A leitura de obras literárias é uma experiência que desperta uma enorme gama de sensações, sentimentos, pensamentos e reflexões nos leitores. Assim sendo, a presente pesquisa objetivou investigar a apropriação simbólica da leitura literária por leitores em situações de adversidade, no que se refere às fragilidades físicas, psicológicas ou sociais. Para alcançar o objetivo geral, foram considerados os seguintes objetivos específicos: caracterizar a apropriação simbólica da leitura literária pelos leitores; compreender a relação entre as experiências de leitura e o enfrentamento de situações adversas – sejam elas fragilidades físicas, psicológicas ou sociais. A investigação vincula-se ao olhar da Ciência da Informação sobre os processos de apropriação simbólica, viés pertinente ao estudo dos sujeitos e da compreensão dos modos como se apropriam da informação. O aporte teórico contemplou discussões a respeito da leitura, literatura e as inter-relações entre leitor e texto. A própria natureza do objeto de estudo evocou a necessidade do uso de uma abordagem qualitativa, efetivada pela junção dos métodos Abordagem Clínica da Informação e História Oral. Adotou-se como técnicas de coleta de dados a entrevista semiestruturada e o incidente crítico, já como forma de análise dos dados utilizou-se a análise de conteúdo. A amostra intencional foi composta por cinco leitores pertencentes a um grupo de leitura coletiva de um aplicativo de mensagens instantâneas. A análise dos dados resultou na criação de três grandes categorias, a saber: histórias de vida e trajetórias de leitura, apropriação simbólica da leitura literária, experiências de leitura no enfrentamento de situações adversas. A análise realizada demonstrou que a leitura não é simples distração, mero prazer despretensioso, mas sim, experiência afetiva, social e existencial, capaz de proporcionar autonomia, elucidar vivências singulares, promover a atividade psíquica, elaborar emoções e pensamentos. Discutiram-se as imagens eleitas pelos colaboradores da pesquisa como representações simbólicas da própria leitura e de si mesmos enquanto leitores, o que resultou na composição de cinco modos de apropriação simbólica ou subcategorias de símbolos atribuídos a prática da leitura: equilíbrio emocional, fuga/refúgio, identidade, conexão, elaboração da morte. Compreendeu-se que a leitura literária em contextos a priori desfavoráveis atua como suporte de importantes processos psíquicos: processamento/integração, circum-ambulação, identificação/catarse, consolação, amplificação. Por fim, a pesquisa propôs o conceito de leitura fluídica, na qual o leitor é capaz de guiar-se pela sua necessidade atual e transitar por diversos perfis de leitura, de modo a atender às suas necessidades psicológicas, emocionais e sociais. Tal perfil foi evidenciado nessa investigação, categorizando o leitor que se apropria dos textos literários de modo dinâmico e intuitivo de maneira a enfrentar as adversidades.Reading literary works is an experience that awakens a huge range of sensations, feelings, thoughts and reflections in readers. Therefore, this research aimed to investigate the symbolic appropriation of literary reading by readers in situations of adversity, with regard to physical, psychological or social weaknesses. To achieve the general objective, the following specific objectives were considered: to characterize the symbolic appropriation of literary reading by readers; understand the relationship between reading experiences and coping with adverse situations - be they physical, psychological or social weaknesses. The investigation is linked to the view of Information Science on the processes of symbolic appropriation, bias pertinent to the study of the subjects and the understanding of the ways in which they appropriate information. The theoretical contribution included discussions about reading, literature and the interrelationships between reader and text. The very nature of the object of study evoked the need to use a qualitative approach, effected by the combination of the Clinical Approach to Information and Oral History methods. The semi-structured interview and the critical incident were adopted as data collection techniques, while content analysis was used as a means of data analysis. The intentional sample was composed of five readers belonging to a group of collective reading of an instant messaging application. The analysis of the data resulted in the creation of three major categories, namely: life stories and reading trajectories, symbolic appropriation of literary reading, reading experiences in coping with adverse situations. The analysis showed that reading is not a simple distraction, a mere unpretentious pleasure, but an affective, social and existential experience, capable of providing autonomy, elucidating singular experiences, promoting psychic activity, elaborating emotions and thoughts. The images chosen by the research collaborators were discussed as symbolic representations of their own reading and of themselves as readers, which resulted in the composition of five modes of symbolic appropriation or subcategories of symbols attributed to the practice of reading: emotional balance, escape/refuge, identity, connection, elaboration of the death. It was understood that literary reading in a priori unfavorable contexts acts as a support for important psychic processes: processing/integration, circum-ambulation, identification/catharsis, consolation, amplification. Finally, the research proposed the concept of fluid reading, in which the reader is able to be guided by his current need and move through different reading profiles, in order to meet his psychological, emotional and social needs. Such a profile was evidenced in this investigation, categorizing the reader who appropriates literary texts in a dynamic and intuitive way in order to face adversity.porUniversidade Federal de Minas GeraisPrograma de Pós-Graduação em Ciência da InformaçãoUFMGBrasilECI - ESCOLA DE CIENCIA DA INFORMAÇÃOCiência da informaçãoLeituraLivros e leituraEmoções na literaturaLeitura literáriaApropriação simbólicaAdversidadeLeitoresAspectos simbólicos da prática da leitura literária em contextos de adversidadeinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UFMGinstname:Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)instacron:UFMGORIGINALTESE_Jéssica Patrícia Silva de Sá.pdfTESE_Jéssica Patrícia Silva de Sá.pdfapplication/pdf5077633https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/41428/2/TESE_J%c3%a9ssica%20Patr%c3%adcia%20Silva%20de%20S%c3%a1.pdfb60c061aef2f34786a38e7488d98b763MD52LICENSElicense.txtlicense.txttext/plain; charset=utf-82118https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/41428/3/license.txtcda590c95a0b51b4d15f60c9642ca272MD531843/414282022-05-06 11:41:28.376oai:repositorio.ufmg.br:1843/41428TElDRU7Dh0EgREUgRElTVFJJQlVJw4fDg08gTsODTy1FWENMVVNJVkEgRE8gUkVQT1NJVMOTUklPIElOU1RJVFVDSU9OQUwgREEgVUZNRwoKQ29tIGEgYXByZXNlbnRhw6fDo28gZGVzdGEgbGljZW7Dp2EsIHZvY8OqIChvIGF1dG9yIChlcykgb3UgbyB0aXR1bGFyIGRvcyBkaXJlaXRvcyBkZSBhdXRvcikgY29uY2VkZSBhbyBSZXBvc2l0w7NyaW8gSW5zdGl0dWNpb25hbCBkYSBVRk1HIChSSS1VRk1HKSBvIGRpcmVpdG8gbsOjbyBleGNsdXNpdm8gZSBpcnJldm9nw6F2ZWwgZGUgcmVwcm9kdXppciBlL291IGRpc3RyaWJ1aXIgYSBzdWEgcHVibGljYcOnw6NvIChpbmNsdWluZG8gbyByZXN1bW8pIHBvciB0b2RvIG8gbXVuZG8gbm8gZm9ybWF0byBpbXByZXNzbyBlIGVsZXRyw7RuaWNvIGUgZW0gcXVhbHF1ZXIgbWVpbywgaW5jbHVpbmRvIG9zIGZvcm1hdG9zIMOhdWRpbyBvdSB2w61kZW8uCgpWb2PDqiBkZWNsYXJhIHF1ZSBjb25oZWNlIGEgcG9sw610aWNhIGRlIGNvcHlyaWdodCBkYSBlZGl0b3JhIGRvIHNldSBkb2N1bWVudG8gZSBxdWUgY29uaGVjZSBlIGFjZWl0YSBhcyBEaXJldHJpemVzIGRvIFJJLVVGTUcuCgpWb2PDqiBjb25jb3JkYSBxdWUgbyBSZXBvc2l0w7NyaW8gSW5zdGl0dWNpb25hbCBkYSBVRk1HIHBvZGUsIHNlbSBhbHRlcmFyIG8gY29udGXDumRvLCB0cmFuc3BvciBhIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gcGFyYSBxdWFscXVlciBtZWlvIG91IGZvcm1hdG8gcGFyYSBmaW5zIGRlIHByZXNlcnZhw6fDo28uCgpWb2PDqiB0YW1iw6ltIGNvbmNvcmRhIHF1ZSBvIFJlcG9zaXTDs3JpbyBJbnN0aXR1Y2lvbmFsIGRhIFVGTUcgcG9kZSBtYW50ZXIgbWFpcyBkZSB1bWEgY8OzcGlhIGRlIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gcGFyYSBmaW5zIGRlIHNlZ3VyYW7Dp2EsIGJhY2stdXAgZSBwcmVzZXJ2YcOnw6NvLgoKVm9jw6ogZGVjbGFyYSBxdWUgYSBzdWEgcHVibGljYcOnw6NvIMOpIG9yaWdpbmFsIGUgcXVlIHZvY8OqIHRlbSBvIHBvZGVyIGRlIGNvbmNlZGVyIG9zIGRpcmVpdG9zIGNvbnRpZG9zIG5lc3RhIGxpY2Vuw6dhLiBWb2PDqiB0YW1iw6ltIGRlY2xhcmEgcXVlIG8gZGVww7NzaXRvIGRlIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gbsOjbywgcXVlIHNlamEgZGUgc2V1IGNvbmhlY2ltZW50bywgaW5mcmluZ2UgZGlyZWl0b3MgYXV0b3JhaXMgZGUgbmluZ3XDqW0uCgpDYXNvIGEgc3VhIHB1YmxpY2HDp8OjbyBjb250ZW5oYSBtYXRlcmlhbCBxdWUgdm9jw6ogbsOjbyBwb3NzdWkgYSB0aXR1bGFyaWRhZGUgZG9zIGRpcmVpdG9zIGF1dG9yYWlzLCB2b2PDqiBkZWNsYXJhIHF1ZSBvYnRldmUgYSBwZXJtaXNzw6NvIGlycmVzdHJpdGEgZG8gZGV0ZW50b3IgZG9zIGRpcmVpdG9zIGF1dG9yYWlzIHBhcmEgY29uY2VkZXIgYW8gUmVwb3NpdMOzcmlvIEluc3RpdHVjaW9uYWwgZGEgVUZNRyBvcyBkaXJlaXRvcyBhcHJlc2VudGFkb3MgbmVzdGEgbGljZW7Dp2EsIGUgcXVlIGVzc2UgbWF0ZXJpYWwgZGUgcHJvcHJpZWRhZGUgZGUgdGVyY2Vpcm9zIGVzdMOhIGNsYXJhbWVudGUgaWRlbnRpZmljYWRvIGUgcmVjb25oZWNpZG8gbm8gdGV4dG8gb3Ugbm8gY29udGXDumRvIGRhIHB1YmxpY2HDp8OjbyBvcmEgZGVwb3NpdGFkYS4KCkNBU08gQSBQVUJMSUNBw4fDg08gT1JBIERFUE9TSVRBREEgVEVOSEEgU0lETyBSRVNVTFRBRE8gREUgVU0gUEFUUk9Dw41OSU8gT1UgQVBPSU8gREUgVU1BIEFHw4pOQ0lBIERFIEZPTUVOVE8gT1UgT1VUUk8gT1JHQU5JU01PLCBWT0PDiiBERUNMQVJBIFFVRSBSRVNQRUlUT1UgVE9ET1MgRSBRVUFJU1FVRVIgRElSRUlUT1MgREUgUkVWSVPDg08gQ09NTyBUQU1Cw4lNIEFTIERFTUFJUyBPQlJJR0HDh8OVRVMgRVhJR0lEQVMgUE9SIENPTlRSQVRPIE9VIEFDT1JETy4KCk8gUmVwb3NpdMOzcmlvIEluc3RpdHVjaW9uYWwgZGEgVUZNRyBzZSBjb21wcm9tZXRlIGEgaWRlbnRpZmljYXIgY2xhcmFtZW50ZSBvIHNldSBub21lKHMpIG91IG8ocykgbm9tZXMocykgZG8ocykgZGV0ZW50b3IoZXMpIGRvcyBkaXJlaXRvcyBhdXRvcmFpcyBkYSBwdWJsaWNhw6fDo28sIGUgbsOjbyBmYXLDoSBxdWFscXVlciBhbHRlcmHDp8OjbywgYWzDqW0gZGFxdWVsYXMgY29uY2VkaWRhcyBwb3IgZXN0YSBsaWNlbsOnYS4KRepositório InstitucionalPUBhttps://repositorio.ufmg.br/oaiopendoar:2022-05-06T14:41:28Repositório Institucional da UFMG - Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)false
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