spelling |
Jacqueline Isaura Alvarez Leitehttp://lattes.cnpq.br/2226590630777569Mauro Martins TeixeiraCarla Oliveira Barbosa RosaRenata Nascimento de FreitasAdaliene Versiani Matos FerreiraLucíola da Silva Barceloshttp://lattes.cnpq.br/5849721693373047Juliana Lauar Gonçalves2021-03-25T19:32:32Z2021-03-25T19:32:32Z2011-12-20http://hdl.handle.net/1843/35421https://orcid.org/0000-0002-3818-922XExtratos do fungo Agaricus blazei (A. blazei), um cogumelo comestível, tem sido descritos como agentes imunoestimuladores e por isso, usados como terapia alternativa para o tratamento de muitas doenças, incluindo neoplasias malignas. No entanto, os efeitos do A. blazei como um alimento funcional ainda não estão completamente elucidados. O objetivo do presente estudo foi investigar as ações do tratamento dietético com o A. blazei em modelos experimentais de aterosclerose e artrite. Para isso, camundongos apoE -/- e camundongos submetidos ao protocolo de artrite induzida por antígeno (AIA), foram alimentados com dieta suplementada com 5% de A. blazei desidratado e processado em pó. Os tratamentos decorreram por 6 e 12 semanas no modelo de aterosclerose, e por uma semana, no modelo de AIA. Análises de fenótipo celular, mostraram um aumento na população de células CD4+CD8+, CD49b+CD3+, CD11b+CD86+ e linfócitos CD4+CD44high, no baço de animais apoE-/- após 6 semanas de tratamento dietético. A extensão do tratamento para 12 semanas, permitiu detectar adicionalmente aumento da população de células CD49b+CD3- no baço. Na circulação, a população de neutrófilos Gr1+/Ly6G, também foi aumentada. Essas populações celulares em conjunto, possivelmente contribuíram na aterogênese, uma vez que o tratamento com A. blazei, agravou de forma pronunciada a área de lesão na válvula aórtica, inclusive tornando-a mais instável, pela redução do conteúdo de colágeno intraplaca. Genes pró-aterogênicos, incluindo os genes relacionados à captação de LDL oxidada (SRA-2, CD36 e TLR4), relacionados à vulnerabilidade da placa (MMP9 e CXCL-1) e à adesão de leucócitos (VCAM-1), tiveram também sua expressão estimulada pelo tratamento com o A. blazei, no arco aórtico. Quanto aos dados obtidos no modelo de artrite, o A. blazei diminuiu expressivamente o infiltrado de neutrófilos para cavidade articular, como também o número de leucócitos aderidos na microvasculatura do joelho, e as quimiocinas responsáveis pela migração de neutrófilos, CXCL-1, sua homóloga CXCL-2 e a citocina IL-1β, mesmo tendo sido detectado um aumento em neutrófilos expressando maior quantidade do receptor de quimiocina CXCR2 na circulação. Apesar da menor atividade inflamatória no local do desafio antigênico, não houve redução de parâmetros como dor e atividade de MPO no tecido periarticular. Inversamente ao observado em animais não desafiados, o A. blazei diminui a produção de TNF-α em cultura de esplenócitos, o que é um indício de efeitos diferenciados dependendo do grau de ativação celular. Por fim, detectamos um aumento da morte celular na cavidade articular, o que nos indica uma provável ação do A. blazei em diminuir alguns parâmetros da resposta inflamatória nesse modelo. Diante dos achados do presente estudo, podemos concluir que o A. blazei leva a uma imunoestimulação celular, que na aterosclerose assume repercussões pró-aterogênicas, mas que no modelo de AIA, tem um claro efeito de inibição da produção local de quimiocinas e diminuição do infiltrado de neutrófilos. Estudos posteriores são necessários para esclarecer os mecanismos de ação do A. blazei na artrite.Extracts of the mushroom Agaricus blazei (A. blazei), an edible mushroom, have been described as possessing immunostimulatory activities and is used as an alternative medicine for the treatment of many diseases. However, these effects of A. blazei as a functional food stuff have not been fully investigated in vivo. The aim of the present study was to investigate the effects of the A. blazei dietary treatment in experimental models of arthritis and atherosclerosis. Cellular phenotype analysis showed an increase in the splenic CD4+CD8+, CD49b+CD3+, CD11b+CD86+ populations and CD4+CD44high lymphocytes after six weeks of dietary treatment in apoE-/- mice. Extending the treatment to the twelfth week allowed detection of a systemic and splenic increase in CD49b+CD3- cells and Gr1+/Ly6G neutrophil population was also increased. Together, these cellular populations possibly contributes to atherogenesis, as treatment with A. blazei severely aggravated the injured area on the aortic valve and even increasing its instability by decreasing the intra-plaque collagen content. Pro-atherogenic genes, including the ones related to oxidized LDL uptake (SRA-2, CD36 and TLR4), the ones related to plaque vulnerability (MMP9 and CXCL-1) and to leukocyte adhesion (VCAM-1) were up regulated in the aortic arch by the treatment with A. blazei. However, in the arthritis model, treatment with A. blazei reduced dramatically neutrophil infiltration to the articular cavity as well as the number of leukocytes adhered to the knee microvasculature. Moreover, chemokines responsible for neutrophil (CXCL-1, CXCL-2) migration and also the cytokine IL-1β was significantly reduced, even though an increase in neutrophils CXCR-2high was detected. Although there was a decrease of the inflammatory activity in the antigen injection site, there was no change in parameters like hyper nociception or MPO activity in the periarticular tissue. Inversely to what is observed in non-challenged animals, treatment with A. blazei decreases the release of TNF-α in cultured splenocytes, what seems to indicate that the observed effects vary accordingly to the degree of cellular activation. Additionally, we detected an increase in cell death in the articular cavity, which points to a possible way through which A. blazei reduces the inflammatory response in this model. Taking all this into account, we can conclude that A. blazei causes a cellular immunostimulation, and, in the atherosclerosis model it assumes pro-atherogenic consequences but in the AIA model, it clearly displays an inhibitory effect in the local production of chemokines and in a decrease of the neutrophil infiltrate. Further studies are required to clarify the mechanisms through which A. blazei causes its effects in the arthritis model.CNPq - Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e TecnológicoporUniversidade Federal de Minas GeraisPrograma de Pós-Graduação em Bioquímica e ImunologiaUFMGBrasilICB - DEPARTAMENTO DE BIOQUÍMICA E IMUNOLOGIAAgaricus blazeiInflamaçãoAteroscleroseArtrite experimentalDietaAgaricus blazeiInflamaçãoAteroscleroseArtrite induzida por antígenoDietaImunoestimulação pelo fungo Agaricus blazei: do alimento à inflamaçãoinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UFMGinstname:Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)instacron:UFMGORIGINALtese Juliana Lauar Goncalves (3).pdftese Juliana Lauar Goncalves (3).pdfapplication/pdf37103513https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/35421/1/tese%20Juliana%20Lauar%20Goncalves%20%283%29.pdffa99f679eb34ba06070b1366b33927eaMD51LICENSElicense.txtlicense.txttext/plain; charset=utf-82119https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/35421/2/license.txt34badce4be7e31e3adb4575ae96af679MD521843/354212021-03-25 16:32:32.059oai:repositorio.ufmg.br:1843/35421TElDRU7Dh0EgREUgRElTVFJJQlVJw4fDg08gTsODTy1FWENMVVNJVkEgRE8gUkVQT1NJVMOTUklPIElOU1RJVFVDSU9OQUwgREEgVUZNRwoKQ29tIGEgYXByZXNlbnRhw6fDo28gZGVzdGEgbGljZW7Dp2EsIHZvY8OqIChvIGF1dG9yIChlcykgb3UgbyB0aXR1bGFyIGRvcyBkaXJlaXRvcyBkZSBhdXRvcikgY29uY2VkZSBhbyBSZXBvc2l0w7NyaW8gSW5zdGl0dWNpb25hbCBkYSBVRk1HIChSSS1VRk1HKSBvIGRpcmVpdG8gbsOjbyBleGNsdXNpdm8gZSBpcnJldm9nw6F2ZWwgZGUgcmVwcm9kdXppciBlL291IGRpc3RyaWJ1aXIgYSBzdWEgcHVibGljYcOnw6NvIChpbmNsdWluZG8gbyByZXN1bW8pIHBvciB0b2RvIG8gbXVuZG8gbm8gZm9ybWF0byBpbXByZXNzbyBlIGVsZXRyw7RuaWNvIGUgZW0gcXVhbHF1ZXIgbWVpbywgaW5jbHVpbmRvIG9zIGZvcm1hdG9zIMOhdWRpbyBvdSB2w61kZW8uCgpWb2PDqiBkZWNsYXJhIHF1ZSBjb25oZWNlIGEgcG9sw610aWNhIGRlIGNvcHlyaWdodCBkYSBlZGl0b3JhIGRvIHNldSBkb2N1bWVudG8gZSBxdWUgY29uaGVjZSBlIGFjZWl0YSBhcyBEaXJldHJpemVzIGRvIFJJLVVGTUcuCgpWb2PDqiBjb25jb3JkYSBxdWUgbyBSZXBvc2l0w7NyaW8gSW5zdGl0dWNpb25hbCBkYSBVRk1HIHBvZGUsIHNlbSBhbHRlcmFyIG8gY29udGXDumRvLCB0cmFuc3BvciBhIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gcGFyYSBxdWFscXVlciBtZWlvIG91IGZvcm1hdG8gcGFyYSBmaW5zIGRlIHByZXNlcnZhw6fDo28uCgpWb2PDqiB0YW1iw6ltIGNvbmNvcmRhIHF1ZSBvIFJlcG9zaXTDs3JpbyBJbnN0aXR1Y2lvbmFsIGRhIFVGTUcgcG9kZSBtYW50ZXIgbWFpcyBkZSB1bWEgY8OzcGlhIGRlIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gcGFyYSBmaW5zIGRlIHNlZ3VyYW7Dp2EsIGJhY2stdXAgZSBwcmVzZXJ2YcOnw6NvLgoKVm9jw6ogZGVjbGFyYSBxdWUgYSBzdWEgcHVibGljYcOnw6NvIMOpIG9yaWdpbmFsIGUgcXVlIHZvY8OqIHRlbSBvIHBvZGVyIGRlIGNvbmNlZGVyIG9zIGRpcmVpdG9zIGNvbnRpZG9zIG5lc3RhIGxpY2Vuw6dhLiBWb2PDqiB0YW1iw6ltIGRlY2xhcmEgcXVlIG8gZGVww7NzaXRvIGRlIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gbsOjbywgcXVlIHNlamEgZGUgc2V1IGNvbmhlY2ltZW50bywgaW5mcmluZ2UgZGlyZWl0b3MgYXV0b3JhaXMgZGUgbmluZ3XDqW0uCgpDYXNvIGEgc3VhIHB1YmxpY2HDp8OjbyBjb250ZW5oYSBtYXRlcmlhbCBxdWUgdm9jw6ogbsOjbyBwb3NzdWkgYSB0aXR1bGFyaWRhZGUgZG9zIGRpcmVpdG9zIGF1dG9yYWlzLCB2b2PDqiBkZWNsYXJhIHF1ZSBvYnRldmUgYSBwZXJtaXNzw6NvIGlycmVzdHJpdGEgZG8gZGV0ZW50b3IgZG9zIGRpcmVpdG9zIGF1dG9yYWlzIHBhcmEgY29uY2VkZXIgYW8gUmVwb3NpdMOzcmlvIEluc3RpdHVjaW9uYWwgZGEgVUZNRyBvcyBkaXJlaXRvcyBhcHJlc2VudGFkb3MgbmVzdGEgbGljZW7Dp2EsIGUgcXVlIGVzc2UgbWF0ZXJpYWwgZGUgcHJvcHJpZWRhZGUgZGUgdGVyY2Vpcm9zIGVzdMOhIGNsYXJhbWVudGUgaWRlbnRpZmljYWRvIGUgcmVjb25oZWNpZG8gbm8gdGV4dG8gb3Ugbm8gY29udGXDumRvIGRhIHB1YmxpY2HDp8OjbyBvcmEgZGVwb3NpdGFkYS4KCkNBU08gQSBQVUJMSUNBw4fDg08gT1JBIERFUE9TSVRBREEgVEVOSEEgU0lETyBSRVNVTFRBRE8gREUgVU0gUEFUUk9Dw41OSU8gT1UgQVBPSU8gREUgVU1BIEFHw4pOQ0lBIERFIEZPTUVOVE8gT1UgT1VUUk8gT1JHQU5JU01PLCBWT0PDiiBERUNMQVJBIFFVRSBSRVNQRUlUT1UgVE9ET1MgRSBRVUFJU1FVRVIgRElSRUlUT1MgREUgUkVWSVPDg08gQ09NTyBUQU1Cw4lNIEFTIERFTUFJUyBPQlJJR0HDh8OVRVMgRVhJR0lEQVMgUE9SIENPTlRSQVRPIE9VIEFDT1JETy4KCk8gUmVwb3NpdMOzcmlvIEluc3RpdHVjaW9uYWwgZGEgVUZNRyBzZSBjb21wcm9tZXRlIGEgaWRlbnRpZmljYXIgY2xhcmFtZW50ZSBvIHNldSBub21lKHMpIG91IG8ocykgbm9tZXMocykgZG8ocykgZGV0ZW50b3IoZXMpIGRvcyBkaXJlaXRvcyBhdXRvcmFpcyBkYSBwdWJsaWNhw6fDo28sIGUgbsOjbyBmYXLDoSBxdWFscXVlciBhbHRlcmHDp8OjbywgYWzDqW0gZGFxdWVsYXMgY29uY2VkaWRhcyBwb3IgZXN0YSBsaWNlbsOnYS4KCg==Repositório InstitucionalPUBhttps://repositorio.ufmg.br/oaiopendoar:2021-03-25T19:32:32Repositório Institucional da UFMG - Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)false
|