Análise das correlaçõs entre as musculaturas periféricas e respiratórias com a capacidade funcional de idosos comunitários

• Autor(a) principal: Leonardo de Assis Simoes
• Data de Publicação: 2007
• Tipo de documento: Dissertação
• Idioma: por
• Título da fonte: Repositório Institucional da UFMG
• Texto Completo: http://hdl.handle.net/1843/MSMR-7CQJZ5
• topic: Idoso; força muscular; capacidade funcional; Fisiologia respiratória; Sarcopenia; Envelhecimento Aspectos fisiologicos; Força Muscular; Medicina de reabilitação; Capacidade Funcional; Idosos Aspectos da saúde

No idoso, a capacidade reduzida do músculo esquelético em gerar força está relacionada à diminuição da sua massa, denominada sarcopenia. Essa alteração está presente tanto nos músculos periféricos quanto nos respiratórios, podendo interferir na capacidade funcional do idoso. Os objetivos deste estudo foram caracterizar a força de musculaturas periféricas (músculos flexores e extensores do joelho) e respiratória, bem como as possíveis correlações existentes entre esses músculos com a capacidade funcional dos idosos. Materiais e Métodos: participaram deste estudo 65 idosos com 71,7(4,9) anos, divididos em 2 grupos: 65 a 75 anos e 76 a 85 anos. Foram realizadas as seguintes avaliações: flexores e extensores dos joelhos para média do pico de torque (MPT) e potência média (PM) no dinamômetro isocinético Biodex System 3 Pro® nas velocidades de 60º/s, 120º/s e 180º/s; músculos respiratórios pela pressão inspiratória máxima (PImax) e pressão expiratória máxima (PEmax) com o manovacuômetro analógico Gerar® Classe B; distância caminhada no Teste de Caminhada de 6 Minutos (TC6) para capacidade funcional. Foram utilizados os testes Mann-Whitney e t-Student para comparação entre os grupos. As correlações entre os músculos respiratórios, flexo-extensores do joelho e a distância caminhada foram calculadas pelo Coeficiente de Correlação de Pearson. O nível de significância foi determinado em =0,05 para todos os testes. Resultados: as variáveis isocinéticas, de força respiratória, e distância caminhada apresentaram valores maiores para os homens em relação às mulheres (p<0,05). No entanto, quando analisadas em relação às faixas etárias, não houve diferenças estatisticamente significativas, apesar de uma média menor para todos valores nos idosos mais velhos. Foram encontradas correlações moderadas e significativas entre MPT e PImax (r=0,587), MPT e PEmax (r=0,638), PM extensora (r=0,614) e flexora (r=0,539) com a distância caminhada, PImax (r=0,508) e PEmax (r=0,541) com a distância caminhada, respectivamente. Conclusão: Os resultados apontam para uma associação entre maior força muscular e maior distância caminhada. Isto sugere a necessidade de otimização destas funções nos programas de prevenção e reabilitação para manter e/ou melhorar a capacidade funcional de idosos comunitários.