Reparixina, um antagonista de CXCR1 e CXCR2, na laminite experimental de equinos

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Leonardo Rodrigues de Lima
Data de Publicação: 2013
Tipo de documento: Tese
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFMG
Texto Completo: http://hdl.handle.net/1843/SMOC-9WRHMN
Resumo: O recrutamento de leucócitos aos tecidos é uma parte essencial da resposta imune inata e esse processo de forma desregulada pode resultar em lesões nos tecidos. Assim, a infiltração de leucócitos tem sido implicada na patogênese da laminite aguda em equinos. Os objetivos desta pesquisa foram: verificar a tolerância de equinos à aplicação de um antagonista alostérico de CXCR1 e CXCR2 (reparixina) pela via intravenosa e verificar sua a ação sobre os sinais clínicos e parâmetros hematológicos de cavalos com endotoxemia e laminite induzida por oligofrutose. Doze eqüinos sem raça definida de origem brasileira receberam oligofrutose (10 g/kg de peso vivo PO no tempo 0) e foram divididos em dois grupos: tratados (30 mg/kg pv de reparixina IV, nos tempos 6, 12, 18 e 24 h) e não tratados. As frequências cardíaca e respiratória, temperatura retal, coloração de membranas mucosas, presença e intensidade de pulso digital, sensibilidade ao exame com pinça de casco e grau de claudicação segundo Obel, bem como parâmetros hematológicos e bioquímicos (hemograma, glicose, uréia, creatinina, ALT, AST, FA, GGT, bilirrubina total e proteína total) foram aferidos nos tempos 0, 6, 12, 18, 24, 36, 48, 60 e 72 horas. O modelo usando oligofructose foi adequado para induzir sinais de laminite e endotoxemia, como diarreia, febre e leucocitose em cavalos sem raça definida de origem nacional. Também, não foram observadas quaisquer reações adversas clínicas ou hematológicas relacionadas ao uso intravenoso da reparixina. Contudo essa substância, quando administrada na dose de 30 mg/kg de pv, a cada 6 horas, por quatro aplicações, não foi capaz de prevenir os sinais clínicos e as alterações hematológicas causadas pela endotoxemia na espécie equina. Novos estudos usando biópsias de casco deverão ser conduzidos de forma a verificar possível efeito benéfico da reparixina sobre o tecido lamelar.
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