Empiema no hemotórax retido pós-trauma: incidência e fatores associados
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2015 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UFMG |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/1843/BUOS-AJKLVG |
Resumo: | Introdução: Trauma torácico por mecanismo contuso ou penetrante é causa de hemotórax que, na maioria das vezes, é tratado com drenagem pleural simples. O hemotórax retido pós-trauma tem sido associado a empiema pleural, complicação infecciosa que contribue para morbimortalidade. Há controvérsia quanto ao tratamento do hemotórax retido e sua evolução para empiema. Objetivo: Determinar a incidência do empiema no hemotórax retido pós-trauma, fatores associados para sua formação e tratamento utilizado. Método: Estudo de 61 pacientes com hemotórax retido em 574 drenagens pós-trauma entre novembro de 2009 e março de 2013, no Hospital Risoleta Tolentino Neves, em Belo Horizonte, Minas Gerais. Foram estudadas as associações entre empiema e as seguintes variáveis: idade, gênero, mecanismo de trauma, hemitórax acometido, complicações, laparotomia, lesões específicas, fratura de arcos costais, índices de trauma, tempo de diagnóstico, indicação de drenagem pleural, volume drenado incialmente, permanência do primeiro dreno e procedimento cirúrgico. Para análise estatística utilizou-se teste Qui-Quadrado de Pearson, teste exato de Fisher ou teste de Mann- Whitney. Resultados: A incidência de empiema no hemotórax retido foi de 32,8%. A maioria foi do gênero masculino, entre 20 e 29 anos, vítimas de ferimento por armade fogo. A incidência do empiema foi inferior neste mecanismo de trauma (p=0,008) e superior quando a faixa de volume drenado esteve entre 300 e 599 ml (p=0,03). Vinte pacientes tiveram empiema associado ao hemotórax retido, dez (50%) foram tratados com única drenagem e três (15%) com redrenagem. Quarenta e um pacientes tiveram hemotórax retido sem empiema e, destes, 32 (78%) for tratados com uma única drenagem. Conclusão: A incidência de empiema nohemotórax retido foi alta. O mecanismo de trauma por arma de fogo esteve associado a menor incidência de empiema, enquanto uma maior associação foi observada para a faixa de volume de sangue drenado acima de 300 ml. A abordagem com drenagem simples de tórax seguida de observação mostrou ser viável e eficaz. |
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Marcelo Dias SanchesJoao Baptista de Rezende NetoRafael Calvao BarbutoVivian ResendeMário Pastore Neto2019-08-11T17:39:08Z2019-08-11T17:39:08Z2015-08-10http://hdl.handle.net/1843/BUOS-AJKLVGIntrodução: Trauma torácico por mecanismo contuso ou penetrante é causa de hemotórax que, na maioria das vezes, é tratado com drenagem pleural simples. O hemotórax retido pós-trauma tem sido associado a empiema pleural, complicação infecciosa que contribue para morbimortalidade. Há controvérsia quanto ao tratamento do hemotórax retido e sua evolução para empiema. Objetivo: Determinar a incidência do empiema no hemotórax retido pós-trauma, fatores associados para sua formação e tratamento utilizado. Método: Estudo de 61 pacientes com hemotórax retido em 574 drenagens pós-trauma entre novembro de 2009 e março de 2013, no Hospital Risoleta Tolentino Neves, em Belo Horizonte, Minas Gerais. Foram estudadas as associações entre empiema e as seguintes variáveis: idade, gênero, mecanismo de trauma, hemitórax acometido, complicações, laparotomia, lesões específicas, fratura de arcos costais, índices de trauma, tempo de diagnóstico, indicação de drenagem pleural, volume drenado incialmente, permanência do primeiro dreno e procedimento cirúrgico. Para análise estatística utilizou-se teste Qui-Quadrado de Pearson, teste exato de Fisher ou teste de Mann- Whitney. Resultados: A incidência de empiema no hemotórax retido foi de 32,8%. A maioria foi do gênero masculino, entre 20 e 29 anos, vítimas de ferimento por armade fogo. A incidência do empiema foi inferior neste mecanismo de trauma (p=0,008) e superior quando a faixa de volume drenado esteve entre 300 e 599 ml (p=0,03). Vinte pacientes tiveram empiema associado ao hemotórax retido, dez (50%) foram tratados com única drenagem e três (15%) com redrenagem. Quarenta e um pacientes tiveram hemotórax retido sem empiema e, destes, 32 (78%) for tratados com uma única drenagem. Conclusão: A incidência de empiema nohemotórax retido foi alta. O mecanismo de trauma por arma de fogo esteve associado a menor incidência de empiema, enquanto uma maior associação foi observada para a faixa de volume de sangue drenado acima de 300 ml. A abordagem com drenagem simples de tórax seguida de observação mostrou ser viável e eficaz.Introduction: Blunt or penetrating mechanism are frequently cause of thoracic trauma treated by thoracostomy. The retained hemothorax after trauma has been associated with pleural empyema, infectious complication that contributes to morbidity and mortality. There is controversy regarding the treatment of retained hemothorax and its evolution to empyema. Objective: To determine the incidence ofempyema in post-trauma retained hemothorax, associated factors for itsdevelopment and treatment. Method: Study of 61 patients with retained hemothorax in 574 post-trauma thoracostomy between November 2009 and March 2013. The following variables were studied: age, gender, mechanism of injury, affected hemithorax, complications, laparotomy, specific injuries, ribs fractures, trauma scores, time of diagnosis, thoracostomy indication, initially drained volume, permanence of the first drain. Statistical analysis was performed using Persons Chi- Square, Fishers exact or Mann-Whitneys tests. Results: The incidence of empyema in retained hemothorax was 32.8%. Most were male, 20 and 29 years old, victims of injury by firearm. The incidence of empyema was lower in the firearm injuries (p = 0.008) and higher when the drained volume range was between 300 ml and 599 ml (p = 0.03). Twenty patients with retained hemothorax had empyema, ten (50%) weretreated with a single drainage and three (15%) with re-drainage. Forty-one patients had retained hemothorax without empyema, of these, 32 (78%) were treated with a single drainage. Conclusion: The incidence of empyema in retained hemothorax was high. The firearm mechanism of injury was associated with lower incidence of empyema, while a greater association was observed for volume of blood drained above 300 ml. The approach with simple chest drainage followed by observation proved to be feasible and effective.Universidade Federal de Minas GeraisUFMGFerimentos e lesõesHemotórax/terapiaMedicinaEmpiema pleural/epidemiologiaDrenagemTraumatismos torácicosEmpiemaHemotóraxFerimentos PenetrantesFerimentos e LesõesEmpiema no hemotórax retido pós-trauma: incidência e fatores associadosinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisinfo:eu-repo/semantics/openAccessporreponame:Repositório Institucional da UFMGinstname:Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)instacron:UFMGORIGINALempiema_no_hemotorax_retido.pdfapplication/pdf2710424https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/BUOS-AJKLVG/1/empiema_no_hemotorax_retido.pdf7c9d7383210ee826a00a741a2449f5e4MD51TEXTempiema_no_hemotorax_retido.pdf.txtempiema_no_hemotorax_retido.pdf.txtExtracted texttext/plain60311https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/BUOS-AJKLVG/2/empiema_no_hemotorax_retido.pdf.txt8f764a6b00142a2e8767ac2c2b17d102MD521843/BUOS-AJKLVG2019-11-14 04:44:42.535oai:repositorio.ufmg.br:1843/BUOS-AJKLVGRepositório de PublicaçõesPUBhttps://repositorio.ufmg.br/oaiopendoar:2019-11-14T07:44:42Repositório Institucional da UFMG - Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)false |
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