Aspectos da infecção por Schistosoma mansoni ( SAMBON, 1907) em ovinos da raça Santa Inês

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Jordana Costa Alves de Assis
Data de Publicação: 2016
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFMG
Texto Completo: http://hdl.handle.net/1843/BUBD-A92P4U
Resumo: A esquistossomose mansoni é causada pelo trematoda Schistosoma mansoni, sendo impactante na saúde pública de vários países, principalmente subdesenvolvidos ou em desenvolvimento. Muito se pesquisa sobre a infecção em seres humanos, porém, são escassos os estudos sobre a susceptibilidade dos animais domésticos à infecção, como os ovinos, sendo que no Brasil, há aumento gradual da criação desses animais, como a raça Santa Inês, devido a sua produtividade e rusticidade, sendo a raça deslanada muito criada no nordeste brasileiro. O objetivo desse estudo foi avaliar aspectos da susceptibilidade em ovinos da raça Santa Inês à infecção por S. mansoni, assim como fatores clínicos, hematológicos, parasitológicos e patológicos no período de 0 a 255 dias. Os ovinos do presente estudo foram segmentados em dois grupos com 5 animais livres da infecção (Controle) e 5 infectados por via cutânea com 2.000 cercárias de S. mansoni (Infectado). A avaliação clínica foi realizada para acompanhar variáveis como peso e escore corporal, além do sistema cardiovascular, respiratório, digestório e análise de coloração de mucosa da conjuntiva ocular. Foram coletadas amostras sanguíneas para realização do perfil hematológico e cinética de anticorpos IgG. Para analisar os parâmetros parasitológicos, no diagnóstico foram realizados exames de fezes pelo método de sedimentação espontânea e pelo método de quatro tamises modificada, assim como métodos de eclosão de miracídios, curetagem de mucosa retal e detecção de antígeno pelo teste rápido de urina. Os ovinos foram sacrificados em dois intervalos: aos 135 dpi e aos 255 dpi, sendo os órgãos avaliados. Além disso, foi preconizada a perfusão das vísceras para recuperação de parasitos nos vasos mesentéricos e espaço porta e a recuperação de ovos nos tecidos. Como resultado, na avaliação clínica, houve perda de peso no grupo Infectado de 15 aos 75 dpi com ganho compensatório, mas não o suficiente para igualar ao Controle, além de fezes amorfas. À análise hematológica, foram constatados índices menores nas variáveis de células vermelhas e aumento na contagem total de leucócitos e diferencial de neutrófilos na fase aguda, assim como aumento na contagem diferencial de eosinófilos do sangue periférico de 75 aos 195 dpi. A cinética de IgG mostrou-se alta a reatividade no grupo Infectado, o que evidencia uma resposta imune humoral mais intensa na fase aguda pós postural ao comparar-se as duas titulações, concomitante com os achados clínicos e hematológicos, podendo ser utilizada como ferramenta para imunodiagnóstico da esquistossomose mansoni em ovinos. Quanto aos parâmetros parasitológicos, no diagnóstico foram obtidos os seguintes resultados: (i) não foram observados ovos ou miracídios nas amostras dos ovinos da raça Santa Inês infectados, entretanto, (ii) a técnica de Girão e Ueno (1982) foi validada para o diagnóstico da infecção por S. mansoni em hospedeiros ruminantes, (iii) a curetagem de mucosa retal foi capaz de detectar a infecção nos ovinos e (iv) o teste rápido de urina acusou detecção de antígenos, mas com traço leve, devendo ser aprimorada. Nos aspectos post mortem, na patologia dos ovinos da raça Santa Inês infectados foram observadas no fígado e pulmão: (i) pouca frequência de granulomas típicos formados em torno de ovos de S. mansoni e (ii) frequente lesões focais, esparsas, nodulares, formadas por granulomas extensos, contendo material amorfo envolto de exsudato de células inflamatórias e graus variáveis de neoformação conjuntivo vascular. Na recuperação de parasitos nos vasos mesentéricos e espaço porta, houve heterogeneidade entre os ovinos com variações de 0,45 a 5,45%. Além disso, os espécimes de S. mansoni mostraram-se menores em tamanho se comparados aos obtidos na infecção humana e em bovinos. Dessa forma, conclui-se que ovinos da raça Santa Inês não apresentam importância epidemiológica na transmissão de S. mansoni, uma vez que não eliminam ovos nas fezes. Entretanto, esses animais são susceptíveis a infecção, visto que há desenvolvimento parasitário e oviposição das fêmeas, além de sintomas clínicos, variações hematológicas, imunológicas e lesões em órgãos como fígado e pulmão consequente ao parasitismo, levando a perdas na produtividade devido à infecção.
id UFMG_db9f7e312dfe109bbcb3d6ccaffb7da5
oai_identifier_str oai:repositorio.ufmg.br:1843/BUBD-A92P4U
network_acronym_str UFMG
network_name_str Repositório Institucional da UFMG
repository_id_str
spelling Walter dos Santos LimaPaulo Marcos Zech CoelhoMarcos Pezzi GuimaraesVitor Marcio RibeiroJordana Costa Alves de Assis2019-08-14T15:56:49Z2019-08-14T15:56:49Z2016-02-29http://hdl.handle.net/1843/BUBD-A92P4UA esquistossomose mansoni é causada pelo trematoda Schistosoma mansoni, sendo impactante na saúde pública de vários países, principalmente subdesenvolvidos ou em desenvolvimento. Muito se pesquisa sobre a infecção em seres humanos, porém, são escassos os estudos sobre a susceptibilidade dos animais domésticos à infecção, como os ovinos, sendo que no Brasil, há aumento gradual da criação desses animais, como a raça Santa Inês, devido a sua produtividade e rusticidade, sendo a raça deslanada muito criada no nordeste brasileiro. O objetivo desse estudo foi avaliar aspectos da susceptibilidade em ovinos da raça Santa Inês à infecção por S. mansoni, assim como fatores clínicos, hematológicos, parasitológicos e patológicos no período de 0 a 255 dias. Os ovinos do presente estudo foram segmentados em dois grupos com 5 animais livres da infecção (Controle) e 5 infectados por via cutânea com 2.000 cercárias de S. mansoni (Infectado). A avaliação clínica foi realizada para acompanhar variáveis como peso e escore corporal, além do sistema cardiovascular, respiratório, digestório e análise de coloração de mucosa da conjuntiva ocular. Foram coletadas amostras sanguíneas para realização do perfil hematológico e cinética de anticorpos IgG. Para analisar os parâmetros parasitológicos, no diagnóstico foram realizados exames de fezes pelo método de sedimentação espontânea e pelo método de quatro tamises modificada, assim como métodos de eclosão de miracídios, curetagem de mucosa retal e detecção de antígeno pelo teste rápido de urina. Os ovinos foram sacrificados em dois intervalos: aos 135 dpi e aos 255 dpi, sendo os órgãos avaliados. Além disso, foi preconizada a perfusão das vísceras para recuperação de parasitos nos vasos mesentéricos e espaço porta e a recuperação de ovos nos tecidos. Como resultado, na avaliação clínica, houve perda de peso no grupo Infectado de 15 aos 75 dpi com ganho compensatório, mas não o suficiente para igualar ao Controle, além de fezes amorfas. À análise hematológica, foram constatados índices menores nas variáveis de células vermelhas e aumento na contagem total de leucócitos e diferencial de neutrófilos na fase aguda, assim como aumento na contagem diferencial de eosinófilos do sangue periférico de 75 aos 195 dpi. A cinética de IgG mostrou-se alta a reatividade no grupo Infectado, o que evidencia uma resposta imune humoral mais intensa na fase aguda pós postural ao comparar-se as duas titulações, concomitante com os achados clínicos e hematológicos, podendo ser utilizada como ferramenta para imunodiagnóstico da esquistossomose mansoni em ovinos. Quanto aos parâmetros parasitológicos, no diagnóstico foram obtidos os seguintes resultados: (i) não foram observados ovos ou miracídios nas amostras dos ovinos da raça Santa Inês infectados, entretanto, (ii) a técnica de Girão e Ueno (1982) foi validada para o diagnóstico da infecção por S. mansoni em hospedeiros ruminantes, (iii) a curetagem de mucosa retal foi capaz de detectar a infecção nos ovinos e (iv) o teste rápido de urina acusou detecção de antígenos, mas com traço leve, devendo ser aprimorada. Nos aspectos post mortem, na patologia dos ovinos da raça Santa Inês infectados foram observadas no fígado e pulmão: (i) pouca frequência de granulomas típicos formados em torno de ovos de S. mansoni e (ii) frequente lesões focais, esparsas, nodulares, formadas por granulomas extensos, contendo material amorfo envolto de exsudato de células inflamatórias e graus variáveis de neoformação conjuntivo vascular. Na recuperação de parasitos nos vasos mesentéricos e espaço porta, houve heterogeneidade entre os ovinos com variações de 0,45 a 5,45%. Além disso, os espécimes de S. mansoni mostraram-se menores em tamanho se comparados aos obtidos na infecção humana e em bovinos. Dessa forma, conclui-se que ovinos da raça Santa Inês não apresentam importância epidemiológica na transmissão de S. mansoni, uma vez que não eliminam ovos nas fezes. Entretanto, esses animais são susceptíveis a infecção, visto que há desenvolvimento parasitário e oviposição das fêmeas, além de sintomas clínicos, variações hematológicas, imunológicas e lesões em órgãos como fígado e pulmão consequente ao parasitismo, levando a perdas na produtividade devido à infecção.The schistosomiasis is caused by trematode Schistosoma mansoni and is impactful on public health in many countries, particularly underdeveloped or under development countries. There are many researches regarding the infection in humans, however, there are only a few studies about the susceptibility of cattle to infection, such as in sheep. In Brazil, there is a gradual increase in the creation of these animals, such as Santa Ines breeds, due to its productivity and rusticity; without wool breeds is very established at the Brazilian northeast. The goal of this study is to evaluate aspects of susceptibility in Santa Inês sheep breeds to infection with S. mansoni, as well as clinical, haematological, parasitological and pathological in the period 0-255 days. The sheeps of this study were segmented into two groups of 05 animals free from infection (Control) and 05 dermally infected with 2,000 of S. mansoni cercariae (Infected). Clinical evaluation were performed to monitor variables such as weight and body condition score, in addition to the cardiovascular, respiratory, digestive system and mucosal staining analysis of the ocular conjunctive. Blood samples were collected to perform the hematological profile and kinetic profile of IgG antibodies. To analyze the parasitological parameters, diagnosis were performed through examinations by spontaneous sedimentation method and the four modified sieves method, as well as miracidia hatching methods, rectal mucosal curettage and antigen detection by rapid urine test. The sheeps were sacrificed at two intervals: the 135 dpi and 255 dpi. Body organs were examined. Moreover, it was preconized the perfusion of the viscera for parasite recovery vessels in the mesenteric and portal space and eggs in the tissues were recovered. As a result, on the clinical evaluation, there was loss of weight in the infected group of 15 to 75 dpi with compensatory growth, but not enough to match the control, as well as amorphous faeces. On the hematological analysis, lower levels in the red blood cells and variable increase in the total white blood count were found as well as differential of neutrophils in acute phase and an increase in the differential count of peripheral eosinophils cells of 75 to 195 dpi. The IgG kinetics showed high reactivity in the infected group, which shows a stronger humoral immune response in post postural acute when comparing the two titrations, concomitant with clinical and hematological findings. This can be used as a tool to immunodiagnostics of schistosomiasis in sheep. Regarding the parasitological parameters, the following results were obtained on diagnosis: (i) eggs or miracidia were observed in infected samples of breed sheep Santa Inês, however, (ii) Girão and Ueno (1982) technique have been validated for diagnosis of S. mansoni infection in ruminants hosts, (iii) rectal mucosas curettage were able to detect infection in sheep and (iv) the rapid test urine detected antigens, but slight traces that should be improved. In post mortem aspects, the pathology of the Santa Inês sheep infected was observed in the liver and the lung: (i) low frequency of typical granulomas formed around S. mansoni eggs and (ii) frequently focal, scattered, and nodular lesions, formed by extensive granulomas containing amorphous material wrapped in exudate inflammatory cells besides varying degrees of vascular connective neoformation. In recovered parasites at the mesenteric and portal vessels space, there was heterogeneity among the sheep with variations from 0.45 to 5.45%. Furthermore, the specimens of S. mansoni were smaller compared to those obtained in human and cattle infections. Thus, it is conclusive that breed sheep Santa Inês have no epidemiological importance in the transmission of S. mansoni since it does not eliminate eggs in faeces. However, these animals are susceptible to infection because there is parasitic development and female oviposition as well as clinical symptoms, hematologic and immunologic changes besides organ lesions at the liver and lungs consequent to the parasitism leading to losses in productivity due to infection.Universidade Federal de Minas GeraisUFMGParasitologiaSchistosoma mansoniSusceptibilidadeOvinosAspectos da infecção por Schistosoma mansoni ( SAMBON, 1907) em ovinos da raça Santa Inêsinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisinfo:eu-repo/semantics/openAccessporreponame:Repositório Institucional da UFMGinstname:Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)instacron:UFMGORIGINALdisserta__o_final_02_2016.pdfapplication/pdf4310774https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/BUBD-A92P4U/1/disserta__o_final_02_2016.pdf97a53e089175c4e2210502a2fbbe4077MD51TEXTdisserta__o_final_02_2016.pdf.txtdisserta__o_final_02_2016.pdf.txtExtracted texttext/plain207907https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/BUBD-A92P4U/2/disserta__o_final_02_2016.pdf.txt80286a39200e4b2cca2fe99e8e11dfa1MD521843/BUBD-A92P4U2019-11-14 14:57:47.223oai:repositorio.ufmg.br:1843/BUBD-A92P4URepositório de PublicaçõesPUBhttps://repositorio.ufmg.br/oaiopendoar:2019-11-14T17:57:47Repositório Institucional da UFMG - Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)false
dc.title.pt_BR.fl_str_mv Aspectos da infecção por Schistosoma mansoni ( SAMBON, 1907) em ovinos da raça Santa Inês
title Aspectos da infecção por Schistosoma mansoni ( SAMBON, 1907) em ovinos da raça Santa Inês
spellingShingle Aspectos da infecção por Schistosoma mansoni ( SAMBON, 1907) em ovinos da raça Santa Inês
Jordana Costa Alves de Assis
Schistosoma mansoni
Susceptibilidade
Ovinos
Parasitologia
title_short Aspectos da infecção por Schistosoma mansoni ( SAMBON, 1907) em ovinos da raça Santa Inês
title_full Aspectos da infecção por Schistosoma mansoni ( SAMBON, 1907) em ovinos da raça Santa Inês
title_fullStr Aspectos da infecção por Schistosoma mansoni ( SAMBON, 1907) em ovinos da raça Santa Inês
title_full_unstemmed Aspectos da infecção por Schistosoma mansoni ( SAMBON, 1907) em ovinos da raça Santa Inês
title_sort Aspectos da infecção por Schistosoma mansoni ( SAMBON, 1907) em ovinos da raça Santa Inês
author Jordana Costa Alves de Assis
author_facet Jordana Costa Alves de Assis
author_role author
dc.contributor.advisor1.fl_str_mv Walter dos Santos Lima
dc.contributor.advisor-co1.fl_str_mv Paulo Marcos Zech Coelho
dc.contributor.referee1.fl_str_mv Marcos Pezzi Guimaraes
dc.contributor.referee2.fl_str_mv Vitor Marcio Ribeiro
dc.contributor.author.fl_str_mv Jordana Costa Alves de Assis
contributor_str_mv Walter dos Santos Lima
Paulo Marcos Zech Coelho
Marcos Pezzi Guimaraes
Vitor Marcio Ribeiro
dc.subject.por.fl_str_mv Schistosoma mansoni
Susceptibilidade
Ovinos
topic Schistosoma mansoni
Susceptibilidade
Ovinos
Parasitologia
dc.subject.other.pt_BR.fl_str_mv Parasitologia
description A esquistossomose mansoni é causada pelo trematoda Schistosoma mansoni, sendo impactante na saúde pública de vários países, principalmente subdesenvolvidos ou em desenvolvimento. Muito se pesquisa sobre a infecção em seres humanos, porém, são escassos os estudos sobre a susceptibilidade dos animais domésticos à infecção, como os ovinos, sendo que no Brasil, há aumento gradual da criação desses animais, como a raça Santa Inês, devido a sua produtividade e rusticidade, sendo a raça deslanada muito criada no nordeste brasileiro. O objetivo desse estudo foi avaliar aspectos da susceptibilidade em ovinos da raça Santa Inês à infecção por S. mansoni, assim como fatores clínicos, hematológicos, parasitológicos e patológicos no período de 0 a 255 dias. Os ovinos do presente estudo foram segmentados em dois grupos com 5 animais livres da infecção (Controle) e 5 infectados por via cutânea com 2.000 cercárias de S. mansoni (Infectado). A avaliação clínica foi realizada para acompanhar variáveis como peso e escore corporal, além do sistema cardiovascular, respiratório, digestório e análise de coloração de mucosa da conjuntiva ocular. Foram coletadas amostras sanguíneas para realização do perfil hematológico e cinética de anticorpos IgG. Para analisar os parâmetros parasitológicos, no diagnóstico foram realizados exames de fezes pelo método de sedimentação espontânea e pelo método de quatro tamises modificada, assim como métodos de eclosão de miracídios, curetagem de mucosa retal e detecção de antígeno pelo teste rápido de urina. Os ovinos foram sacrificados em dois intervalos: aos 135 dpi e aos 255 dpi, sendo os órgãos avaliados. Além disso, foi preconizada a perfusão das vísceras para recuperação de parasitos nos vasos mesentéricos e espaço porta e a recuperação de ovos nos tecidos. Como resultado, na avaliação clínica, houve perda de peso no grupo Infectado de 15 aos 75 dpi com ganho compensatório, mas não o suficiente para igualar ao Controle, além de fezes amorfas. À análise hematológica, foram constatados índices menores nas variáveis de células vermelhas e aumento na contagem total de leucócitos e diferencial de neutrófilos na fase aguda, assim como aumento na contagem diferencial de eosinófilos do sangue periférico de 75 aos 195 dpi. A cinética de IgG mostrou-se alta a reatividade no grupo Infectado, o que evidencia uma resposta imune humoral mais intensa na fase aguda pós postural ao comparar-se as duas titulações, concomitante com os achados clínicos e hematológicos, podendo ser utilizada como ferramenta para imunodiagnóstico da esquistossomose mansoni em ovinos. Quanto aos parâmetros parasitológicos, no diagnóstico foram obtidos os seguintes resultados: (i) não foram observados ovos ou miracídios nas amostras dos ovinos da raça Santa Inês infectados, entretanto, (ii) a técnica de Girão e Ueno (1982) foi validada para o diagnóstico da infecção por S. mansoni em hospedeiros ruminantes, (iii) a curetagem de mucosa retal foi capaz de detectar a infecção nos ovinos e (iv) o teste rápido de urina acusou detecção de antígenos, mas com traço leve, devendo ser aprimorada. Nos aspectos post mortem, na patologia dos ovinos da raça Santa Inês infectados foram observadas no fígado e pulmão: (i) pouca frequência de granulomas típicos formados em torno de ovos de S. mansoni e (ii) frequente lesões focais, esparsas, nodulares, formadas por granulomas extensos, contendo material amorfo envolto de exsudato de células inflamatórias e graus variáveis de neoformação conjuntivo vascular. Na recuperação de parasitos nos vasos mesentéricos e espaço porta, houve heterogeneidade entre os ovinos com variações de 0,45 a 5,45%. Além disso, os espécimes de S. mansoni mostraram-se menores em tamanho se comparados aos obtidos na infecção humana e em bovinos. Dessa forma, conclui-se que ovinos da raça Santa Inês não apresentam importância epidemiológica na transmissão de S. mansoni, uma vez que não eliminam ovos nas fezes. Entretanto, esses animais são susceptíveis a infecção, visto que há desenvolvimento parasitário e oviposição das fêmeas, além de sintomas clínicos, variações hematológicas, imunológicas e lesões em órgãos como fígado e pulmão consequente ao parasitismo, levando a perdas na produtividade devido à infecção.
publishDate 2016
dc.date.issued.fl_str_mv 2016-02-29
dc.date.accessioned.fl_str_mv 2019-08-14T15:56:49Z
dc.date.available.fl_str_mv 2019-08-14T15:56:49Z
dc.type.status.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/publishedVersion
dc.type.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/masterThesis
format masterThesis
status_str publishedVersion
dc.identifier.uri.fl_str_mv http://hdl.handle.net/1843/BUBD-A92P4U
url http://hdl.handle.net/1843/BUBD-A92P4U
dc.language.iso.fl_str_mv por
language por
dc.rights.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/openAccess
eu_rights_str_mv openAccess
dc.publisher.none.fl_str_mv Universidade Federal de Minas Gerais
dc.publisher.initials.fl_str_mv UFMG
publisher.none.fl_str_mv Universidade Federal de Minas Gerais
dc.source.none.fl_str_mv reponame:Repositório Institucional da UFMG
instname:Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)
instacron:UFMG
instname_str Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)
instacron_str UFMG
institution UFMG
reponame_str Repositório Institucional da UFMG
collection Repositório Institucional da UFMG
bitstream.url.fl_str_mv https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/BUBD-A92P4U/1/disserta__o_final_02_2016.pdf
https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/BUBD-A92P4U/2/disserta__o_final_02_2016.pdf.txt
bitstream.checksum.fl_str_mv 97a53e089175c4e2210502a2fbbe4077
80286a39200e4b2cca2fe99e8e11dfa1
bitstream.checksumAlgorithm.fl_str_mv MD5
MD5
repository.name.fl_str_mv Repositório Institucional da UFMG - Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)
repository.mail.fl_str_mv
_version_ 1803589495740694528