Características do acidente vascular cerebral associado á doença de Chagas
Autor(a) principal: | |
---|---|
Data de Publicação: | 2016 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UFMG |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/1843/56174 |
Resumo: | A doença de Chagas (DC) compreende uma patologia infecciosa causada pelo parasita protozoário Trypanosoma cruzi. Estima-se que são cerca de 5,7 milhões de pessoas infectadas por este parasita na América Latina. A principal forma clínica da DC é a miocardiopatia chagásica, que afeta de 20 a 30% das pessoas infectadas e pode provocar alterações estruturais (como a formação do aneurisma apical) e do ritmo cardíaco (como fibrilação atrial). Estas são relacionadas à ocorrência de fenômenos tromboembólicos, entre eles o acidente vascular cerebral (AVC). Outros mecanismos são propostos para a relação entre DC e AVC como a microvasculopatia cerebral e endurecimento da parede arterial. Este estudo foi realizado a partir da revisão dos prontuários eletrônicos de pacientes admitidos no Hospital Risoleta Tolentino Neves por AVC isquêmico agudo. Os dados relativos a características demográficas, fatores de risco cardiovasculares (incluindo o diagnóstico de DC), medicamentos em uso, exames complementares, tempo de internação, realização de trombólise venosa com alteplase e mortalidade intrahospitalar foram registrados.Os pacientes com DC admitidos por AVC isquêmico agudo foi comparado com pacientes com AVC isquêmico agudo sem DC (na proporção de 1:4). O presente estudo foi submetido para avaliação e aprovado pelo COEP UFMG. Foram incluídos neste estudo 558 pacientes, sendo 490 com diagnóstico de AVC isquêmico. Vinte e dois pacientes eram portadores de DC. O grupo sem DC contou com 88 pacientes. Os grupos foram comparáveis em parâmetros como sexo, idade e tempo de internação. O mecanismo etiológico cardioembólico predominou no grupo com DC (77,3%; p<0,001), enquanto o mecanismo indeterminado predominou no outro grupo. Também foi observada diferença estatisticamente significativa na ocorrência de hipertensão arterial sistêmica (81,8%; p=0,023) no grupo sem DC e de cardiopatia (68,2%; p<0,001) e AVC ou ataque isquêmico transitório prévios (50,0%; p=0,016) no grupo de chagásicos. Este mesmo grupo também apresentou percentual maior de utilização de anticoagulantes orais (22,7%; p=0,008). A taxa de 9 tratamento trombolítico endovenoso também foi similar entre os grupos. Os achados relativos ao estudo ecográfico das artérias cervicais não mostraram diferença significativa entre os grupos. Os dados ecocardiográficos mostraram proporção significativamente maior de segmentos acinético ou hipocinético do ventrículo esquerdo, encontro de trombo em ventrículo esquerdo, de aneurisma apical e menor média da fração de ejeção do ventrículo esquerdo entre os pacientes portadores de DC. O óbito hospitalar foi semelhante entre os dois grupos. Conclui-se que os pacientes com DC e AVC apresentam diferenças clínicas, principalmente relacionadas a alterações cardíacas, quando comparados a pacientes com AVC isquêmico sem DC. |
id |
UFMG_dbf742e5ac892c046fea89b63d5ff59f |
---|---|
oai_identifier_str |
oai:repositorio.ufmg.br:1843/56174 |
network_acronym_str |
UFMG |
network_name_str |
Repositório Institucional da UFMG |
repository_id_str |
|
spelling |
Antônio Lúcio Teixeira Júniorhttp://lattes.cnpq.br/2302805234722051Maria do Carmo Pereira NunesWagner Mauad AvelarPaulo Pereira Christohttp://lattes.cnpq.br/3048277073456558Fidel Castro Alves de Meira2023-07-13T15:45:02Z2023-07-13T15:45:02Z2016-11-09http://hdl.handle.net/1843/56174A doença de Chagas (DC) compreende uma patologia infecciosa causada pelo parasita protozoário Trypanosoma cruzi. Estima-se que são cerca de 5,7 milhões de pessoas infectadas por este parasita na América Latina. A principal forma clínica da DC é a miocardiopatia chagásica, que afeta de 20 a 30% das pessoas infectadas e pode provocar alterações estruturais (como a formação do aneurisma apical) e do ritmo cardíaco (como fibrilação atrial). Estas são relacionadas à ocorrência de fenômenos tromboembólicos, entre eles o acidente vascular cerebral (AVC). Outros mecanismos são propostos para a relação entre DC e AVC como a microvasculopatia cerebral e endurecimento da parede arterial. Este estudo foi realizado a partir da revisão dos prontuários eletrônicos de pacientes admitidos no Hospital Risoleta Tolentino Neves por AVC isquêmico agudo. Os dados relativos a características demográficas, fatores de risco cardiovasculares (incluindo o diagnóstico de DC), medicamentos em uso, exames complementares, tempo de internação, realização de trombólise venosa com alteplase e mortalidade intrahospitalar foram registrados.Os pacientes com DC admitidos por AVC isquêmico agudo foi comparado com pacientes com AVC isquêmico agudo sem DC (na proporção de 1:4). O presente estudo foi submetido para avaliação e aprovado pelo COEP UFMG. Foram incluídos neste estudo 558 pacientes, sendo 490 com diagnóstico de AVC isquêmico. Vinte e dois pacientes eram portadores de DC. O grupo sem DC contou com 88 pacientes. Os grupos foram comparáveis em parâmetros como sexo, idade e tempo de internação. O mecanismo etiológico cardioembólico predominou no grupo com DC (77,3%; p<0,001), enquanto o mecanismo indeterminado predominou no outro grupo. Também foi observada diferença estatisticamente significativa na ocorrência de hipertensão arterial sistêmica (81,8%; p=0,023) no grupo sem DC e de cardiopatia (68,2%; p<0,001) e AVC ou ataque isquêmico transitório prévios (50,0%; p=0,016) no grupo de chagásicos. Este mesmo grupo também apresentou percentual maior de utilização de anticoagulantes orais (22,7%; p=0,008). A taxa de 9 tratamento trombolítico endovenoso também foi similar entre os grupos. Os achados relativos ao estudo ecográfico das artérias cervicais não mostraram diferença significativa entre os grupos. Os dados ecocardiográficos mostraram proporção significativamente maior de segmentos acinético ou hipocinético do ventrículo esquerdo, encontro de trombo em ventrículo esquerdo, de aneurisma apical e menor média da fração de ejeção do ventrículo esquerdo entre os pacientes portadores de DC. O óbito hospitalar foi semelhante entre os dois grupos. Conclui-se que os pacientes com DC e AVC apresentam diferenças clínicas, principalmente relacionadas a alterações cardíacas, quando comparados a pacientes com AVC isquêmico sem DC.Chagas disease (CD) is an infectious disease caused by the protozoan parasite Trypanosoma cruzi. It is estimated that 5.7 million people are infected by this parasite in Latin America. Chagasic cardiomyopathy is the main clinical form of CD and it affects 20 to 30% of infected individuals. Structural cardiac changes (i.e. apical aneurism) and cardiac rhythm disturbances (i.e. atrial fibrillation) may occur in this form of the disease. Both conditions are related to embolic phenomena like stroke. Other proposed mechanisms for the relation between CD and stroke are brain microvasculopathy and arterial wall stiffness. This study was based in the review of medical records from patients admitted to Hospital Risoleta Tolentino Neves due to acute ischemic stroke (AIS). Data regarding demographics, cardiovascular risk factors (including CD diagnosis), medications, laboratory results, time for discharge, treatment with venous alteplase and in-hospital mortality were recorded. AIS patients with CD were compared to non-CD AIS patients (in a 1:4 proportion). This study was evaluated and approved by the local ethics committee. Five hundred fifty eight patients were included in this study, being 490 with AIS diagnosis. Twenty two had CD. For comparison, 88 patients with non-CD related stroke were selected. CD and non-CD groups were similar regarding gender, age and hospital stay. Cardioembolic stroke was the main stroke subtype in the CD group (77.3%; p<0.001) while stroke of undetermined etiology predominated in non-CD group. Hypertension was statically more prevalent in non-CD group (81.8%; p=0.023), while cardiopathy (68.2; p<0.001) and previous stroke or transient ischemic attack (50.0%; p=0.016) were more prevalent in CD group. This group also had a significant difference for the use of oral anticoagulation (22.7%; p=0.008). Endovenous alteplase use were similar in both groups. Cervical artery ultrasound findings did not show statistical difference between the two groups. Echocardiography data analysis showed a significantly greater proportion of myocardial hypokinesia, myocardial akinesia, left ventricular thrombus, apical 11 aneurism and lower left ventricular ejection fraction among CD patients. Hospital mortality was similar between the two groups. In conclusion, patients with CD and stroke show clinical differences, mainly related to heart problems, when compared to patients with ischemic stroke without CD.porUniversidade Federal de Minas GeraisPrograma de Pós-Graduação em NeurociênciasUFMGBrasilICB - INSTITUTO DE CIÊNCIAS BIOLOGICAShttp://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/pt/info:eu-repo/semantics/openAccessDoença de ChagasMiocardiopatia chagásicaAcidente vascular cerebralNeurociênciasAcidente vascular cerebral isquêmicoDoença de ChagasMiocardiopatia chagásicaCaracterísticas do acidente vascular cerebral associado á doença de Chagasinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisreponame:Repositório Institucional da UFMGinstname:Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)instacron:UFMGORIGINALAVC e Doença de Chagas F Meira final.pdfAVC e Doença de Chagas F Meira final.pdfapplication/pdf4406314https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/56174/1/AVC%20e%20Doen%c3%a7a%20de%20Chagas%20F%20Meira%20final.pdf595e3b0d1a61e96dd85ff4986971f824MD51CC-LICENSElicense_rdflicense_rdfapplication/rdf+xml; charset=utf-8811https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/56174/2/license_rdfcfd6801dba008cb6adbd9838b81582abMD52LICENSElicense.txtlicense.txttext/plain; charset=utf-82118https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/56174/3/license.txtcda590c95a0b51b4d15f60c9642ca272MD531843/561742023-07-13 12:45:03.546oai:repositorio.ufmg.br:1843/56174TElDRU7Dh0EgREUgRElTVFJJQlVJw4fDg08gTsODTy1FWENMVVNJVkEgRE8gUkVQT1NJVMOTUklPIElOU1RJVFVDSU9OQUwgREEgVUZNRwoKQ29tIGEgYXByZXNlbnRhw6fDo28gZGVzdGEgbGljZW7Dp2EsIHZvY8OqIChvIGF1dG9yIChlcykgb3UgbyB0aXR1bGFyIGRvcyBkaXJlaXRvcyBkZSBhdXRvcikgY29uY2VkZSBhbyBSZXBvc2l0w7NyaW8gSW5zdGl0dWNpb25hbCBkYSBVRk1HIChSSS1VRk1HKSBvIGRpcmVpdG8gbsOjbyBleGNsdXNpdm8gZSBpcnJldm9nw6F2ZWwgZGUgcmVwcm9kdXppciBlL291IGRpc3RyaWJ1aXIgYSBzdWEgcHVibGljYcOnw6NvIChpbmNsdWluZG8gbyByZXN1bW8pIHBvciB0b2RvIG8gbXVuZG8gbm8gZm9ybWF0byBpbXByZXNzbyBlIGVsZXRyw7RuaWNvIGUgZW0gcXVhbHF1ZXIgbWVpbywgaW5jbHVpbmRvIG9zIGZvcm1hdG9zIMOhdWRpbyBvdSB2w61kZW8uCgpWb2PDqiBkZWNsYXJhIHF1ZSBjb25oZWNlIGEgcG9sw610aWNhIGRlIGNvcHlyaWdodCBkYSBlZGl0b3JhIGRvIHNldSBkb2N1bWVudG8gZSBxdWUgY29uaGVjZSBlIGFjZWl0YSBhcyBEaXJldHJpemVzIGRvIFJJLVVGTUcuCgpWb2PDqiBjb25jb3JkYSBxdWUgbyBSZXBvc2l0w7NyaW8gSW5zdGl0dWNpb25hbCBkYSBVRk1HIHBvZGUsIHNlbSBhbHRlcmFyIG8gY29udGXDumRvLCB0cmFuc3BvciBhIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gcGFyYSBxdWFscXVlciBtZWlvIG91IGZvcm1hdG8gcGFyYSBmaW5zIGRlIHByZXNlcnZhw6fDo28uCgpWb2PDqiB0YW1iw6ltIGNvbmNvcmRhIHF1ZSBvIFJlcG9zaXTDs3JpbyBJbnN0aXR1Y2lvbmFsIGRhIFVGTUcgcG9kZSBtYW50ZXIgbWFpcyBkZSB1bWEgY8OzcGlhIGRlIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gcGFyYSBmaW5zIGRlIHNlZ3VyYW7Dp2EsIGJhY2stdXAgZSBwcmVzZXJ2YcOnw6NvLgoKVm9jw6ogZGVjbGFyYSBxdWUgYSBzdWEgcHVibGljYcOnw6NvIMOpIG9yaWdpbmFsIGUgcXVlIHZvY8OqIHRlbSBvIHBvZGVyIGRlIGNvbmNlZGVyIG9zIGRpcmVpdG9zIGNvbnRpZG9zIG5lc3RhIGxpY2Vuw6dhLiBWb2PDqiB0YW1iw6ltIGRlY2xhcmEgcXVlIG8gZGVww7NzaXRvIGRlIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gbsOjbywgcXVlIHNlamEgZGUgc2V1IGNvbmhlY2ltZW50bywgaW5mcmluZ2UgZGlyZWl0b3MgYXV0b3JhaXMgZGUgbmluZ3XDqW0uCgpDYXNvIGEgc3VhIHB1YmxpY2HDp8OjbyBjb250ZW5oYSBtYXRlcmlhbCBxdWUgdm9jw6ogbsOjbyBwb3NzdWkgYSB0aXR1bGFyaWRhZGUgZG9zIGRpcmVpdG9zIGF1dG9yYWlzLCB2b2PDqiBkZWNsYXJhIHF1ZSBvYnRldmUgYSBwZXJtaXNzw6NvIGlycmVzdHJpdGEgZG8gZGV0ZW50b3IgZG9zIGRpcmVpdG9zIGF1dG9yYWlzIHBhcmEgY29uY2VkZXIgYW8gUmVwb3NpdMOzcmlvIEluc3RpdHVjaW9uYWwgZGEgVUZNRyBvcyBkaXJlaXRvcyBhcHJlc2VudGFkb3MgbmVzdGEgbGljZW7Dp2EsIGUgcXVlIGVzc2UgbWF0ZXJpYWwgZGUgcHJvcHJpZWRhZGUgZGUgdGVyY2Vpcm9zIGVzdMOhIGNsYXJhbWVudGUgaWRlbnRpZmljYWRvIGUgcmVjb25oZWNpZG8gbm8gdGV4dG8gb3Ugbm8gY29udGXDumRvIGRhIHB1YmxpY2HDp8OjbyBvcmEgZGVwb3NpdGFkYS4KCkNBU08gQSBQVUJMSUNBw4fDg08gT1JBIERFUE9TSVRBREEgVEVOSEEgU0lETyBSRVNVTFRBRE8gREUgVU0gUEFUUk9Dw41OSU8gT1UgQVBPSU8gREUgVU1BIEFHw4pOQ0lBIERFIEZPTUVOVE8gT1UgT1VUUk8gT1JHQU5JU01PLCBWT0PDiiBERUNMQVJBIFFVRSBSRVNQRUlUT1UgVE9ET1MgRSBRVUFJU1FVRVIgRElSRUlUT1MgREUgUkVWSVPDg08gQ09NTyBUQU1Cw4lNIEFTIERFTUFJUyBPQlJJR0HDh8OVRVMgRVhJR0lEQVMgUE9SIENPTlRSQVRPIE9VIEFDT1JETy4KCk8gUmVwb3NpdMOzcmlvIEluc3RpdHVjaW9uYWwgZGEgVUZNRyBzZSBjb21wcm9tZXRlIGEgaWRlbnRpZmljYXIgY2xhcmFtZW50ZSBvIHNldSBub21lKHMpIG91IG8ocykgbm9tZXMocykgZG8ocykgZGV0ZW50b3IoZXMpIGRvcyBkaXJlaXRvcyBhdXRvcmFpcyBkYSBwdWJsaWNhw6fDo28sIGUgbsOjbyBmYXLDoSBxdWFscXVlciBhbHRlcmHDp8OjbywgYWzDqW0gZGFxdWVsYXMgY29uY2VkaWRhcyBwb3IgZXN0YSBsaWNlbsOnYS4KRepositório de PublicaçõesPUBhttps://repositorio.ufmg.br/oaiopendoar:2023-07-13T15:45:03Repositório Institucional da UFMG - Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)false |
dc.title.pt_BR.fl_str_mv |
Características do acidente vascular cerebral associado á doença de Chagas |
title |
Características do acidente vascular cerebral associado á doença de Chagas |
spellingShingle |
Características do acidente vascular cerebral associado á doença de Chagas Fidel Castro Alves de Meira Acidente vascular cerebral isquêmico Doença de Chagas Miocardiopatia chagásica Doença de Chagas Miocardiopatia chagásica Acidente vascular cerebral Neurociências |
title_short |
Características do acidente vascular cerebral associado á doença de Chagas |
title_full |
Características do acidente vascular cerebral associado á doença de Chagas |
title_fullStr |
Características do acidente vascular cerebral associado á doença de Chagas |
title_full_unstemmed |
Características do acidente vascular cerebral associado á doença de Chagas |
title_sort |
Características do acidente vascular cerebral associado á doença de Chagas |
author |
Fidel Castro Alves de Meira |
author_facet |
Fidel Castro Alves de Meira |
author_role |
author |
dc.contributor.advisor1.fl_str_mv |
Antônio Lúcio Teixeira Júnior |
dc.contributor.advisor1Lattes.fl_str_mv |
http://lattes.cnpq.br/2302805234722051 |
dc.contributor.advisor-co1.fl_str_mv |
Maria do Carmo Pereira Nunes |
dc.contributor.referee1.fl_str_mv |
Wagner Mauad Avelar |
dc.contributor.referee2.fl_str_mv |
Paulo Pereira Christo |
dc.contributor.authorLattes.fl_str_mv |
http://lattes.cnpq.br/3048277073456558 |
dc.contributor.author.fl_str_mv |
Fidel Castro Alves de Meira |
contributor_str_mv |
Antônio Lúcio Teixeira Júnior Maria do Carmo Pereira Nunes Wagner Mauad Avelar Paulo Pereira Christo |
dc.subject.por.fl_str_mv |
Acidente vascular cerebral isquêmico Doença de Chagas Miocardiopatia chagásica |
topic |
Acidente vascular cerebral isquêmico Doença de Chagas Miocardiopatia chagásica Doença de Chagas Miocardiopatia chagásica Acidente vascular cerebral Neurociências |
dc.subject.other.pt_BR.fl_str_mv |
Doença de Chagas Miocardiopatia chagásica Acidente vascular cerebral Neurociências |
description |
A doença de Chagas (DC) compreende uma patologia infecciosa causada pelo parasita protozoário Trypanosoma cruzi. Estima-se que são cerca de 5,7 milhões de pessoas infectadas por este parasita na América Latina. A principal forma clínica da DC é a miocardiopatia chagásica, que afeta de 20 a 30% das pessoas infectadas e pode provocar alterações estruturais (como a formação do aneurisma apical) e do ritmo cardíaco (como fibrilação atrial). Estas são relacionadas à ocorrência de fenômenos tromboembólicos, entre eles o acidente vascular cerebral (AVC). Outros mecanismos são propostos para a relação entre DC e AVC como a microvasculopatia cerebral e endurecimento da parede arterial. Este estudo foi realizado a partir da revisão dos prontuários eletrônicos de pacientes admitidos no Hospital Risoleta Tolentino Neves por AVC isquêmico agudo. Os dados relativos a características demográficas, fatores de risco cardiovasculares (incluindo o diagnóstico de DC), medicamentos em uso, exames complementares, tempo de internação, realização de trombólise venosa com alteplase e mortalidade intrahospitalar foram registrados.Os pacientes com DC admitidos por AVC isquêmico agudo foi comparado com pacientes com AVC isquêmico agudo sem DC (na proporção de 1:4). O presente estudo foi submetido para avaliação e aprovado pelo COEP UFMG. Foram incluídos neste estudo 558 pacientes, sendo 490 com diagnóstico de AVC isquêmico. Vinte e dois pacientes eram portadores de DC. O grupo sem DC contou com 88 pacientes. Os grupos foram comparáveis em parâmetros como sexo, idade e tempo de internação. O mecanismo etiológico cardioembólico predominou no grupo com DC (77,3%; p<0,001), enquanto o mecanismo indeterminado predominou no outro grupo. Também foi observada diferença estatisticamente significativa na ocorrência de hipertensão arterial sistêmica (81,8%; p=0,023) no grupo sem DC e de cardiopatia (68,2%; p<0,001) e AVC ou ataque isquêmico transitório prévios (50,0%; p=0,016) no grupo de chagásicos. Este mesmo grupo também apresentou percentual maior de utilização de anticoagulantes orais (22,7%; p=0,008). A taxa de 9 tratamento trombolítico endovenoso também foi similar entre os grupos. Os achados relativos ao estudo ecográfico das artérias cervicais não mostraram diferença significativa entre os grupos. Os dados ecocardiográficos mostraram proporção significativamente maior de segmentos acinético ou hipocinético do ventrículo esquerdo, encontro de trombo em ventrículo esquerdo, de aneurisma apical e menor média da fração de ejeção do ventrículo esquerdo entre os pacientes portadores de DC. O óbito hospitalar foi semelhante entre os dois grupos. Conclui-se que os pacientes com DC e AVC apresentam diferenças clínicas, principalmente relacionadas a alterações cardíacas, quando comparados a pacientes com AVC isquêmico sem DC. |
publishDate |
2016 |
dc.date.issued.fl_str_mv |
2016-11-09 |
dc.date.accessioned.fl_str_mv |
2023-07-13T15:45:02Z |
dc.date.available.fl_str_mv |
2023-07-13T15:45:02Z |
dc.type.status.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/publishedVersion |
dc.type.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/masterThesis |
format |
masterThesis |
status_str |
publishedVersion |
dc.identifier.uri.fl_str_mv |
http://hdl.handle.net/1843/56174 |
url |
http://hdl.handle.net/1843/56174 |
dc.language.iso.fl_str_mv |
por |
language |
por |
dc.rights.driver.fl_str_mv |
http://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/pt/ info:eu-repo/semantics/openAccess |
rights_invalid_str_mv |
http://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/pt/ |
eu_rights_str_mv |
openAccess |
dc.publisher.none.fl_str_mv |
Universidade Federal de Minas Gerais |
dc.publisher.program.fl_str_mv |
Programa de Pós-Graduação em Neurociências |
dc.publisher.initials.fl_str_mv |
UFMG |
dc.publisher.country.fl_str_mv |
Brasil |
dc.publisher.department.fl_str_mv |
ICB - INSTITUTO DE CIÊNCIAS BIOLOGICAS |
publisher.none.fl_str_mv |
Universidade Federal de Minas Gerais |
dc.source.none.fl_str_mv |
reponame:Repositório Institucional da UFMG instname:Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) instacron:UFMG |
instname_str |
Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) |
instacron_str |
UFMG |
institution |
UFMG |
reponame_str |
Repositório Institucional da UFMG |
collection |
Repositório Institucional da UFMG |
bitstream.url.fl_str_mv |
https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/56174/1/AVC%20e%20Doen%c3%a7a%20de%20Chagas%20F%20Meira%20final.pdf https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/56174/2/license_rdf https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/56174/3/license.txt |
bitstream.checksum.fl_str_mv |
595e3b0d1a61e96dd85ff4986971f824 cfd6801dba008cb6adbd9838b81582ab cda590c95a0b51b4d15f60c9642ca272 |
bitstream.checksumAlgorithm.fl_str_mv |
MD5 MD5 MD5 |
repository.name.fl_str_mv |
Repositório Institucional da UFMG - Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) |
repository.mail.fl_str_mv |
|
_version_ |
1803589217314406400 |