Salinidade e concentração de presas na larvicultura de killifish anual Hypsolebias radiseriatus (Cyprinodontiformes: Rivulidae)
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2017 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UFMG |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/1843/BUOS-ARDHE6 |
Resumo: | A larvicultura é considerada a fase crítica na produção de peixes. Alguns killifishes são anuais e são os únicos vertebrados onde os embriões podem, em certo momento, dependendo das condições ambientais, optarem por caminhos distintos de desenvolvimento, podendo este ser direto ou por diapausas. Para a espécie Hypsolebias radiseriatus ainda não existe nenhum dado de produção de juvenis. O objetivo deste trabalho foi avaliar a tolerância a diferentes gradientes de salinidade e realizar a larvicultura de H. radiseriatus em diferentes concentrações de presa e salinidade da água. Para os testes de tolerância, foram utilizadas larvas recém-eclodidas, onde foi realizado o choque osmótico (experimento I) e aclimatação gradual (experimento II) às seguintes salinidades: água doce, 2, 4, 6 e 8 g de sal/L. As observações foram realizadas até 96 horas. No experimento III, larvas recém eclodidas foram estocadas na densidade de 4 larvas L-1 e submetidas a três salinidades da água a saber: S0 - água doce, S2 - 2 g de sal L-1 e S4 - 4 g de sal L-1, e três concentrações diárias iniciais de presas: 100, 300 e 500 náuplios de artêmia larva-1 em esquema fatorial 3 × 3 com três repetições cada. A larvicultura teve duração de 35 dias. No experimento I e II a sobrevivência sofreu influência apenas na salinidade de 8 g de sal L-1 (P<0,01). Para o peso houve redução a partir de 6 g de sal L-1 (experimento I) e 8 g de sal L-1 (experimento II). No experimento III, a amônia total foi maior para a maior concentração de presas testada independente da salinidade da água. Após 15 dias, a sobrevivência foi menor a 4 g de sal L-1 e verificou-se efeitos tanto da salinidade, como da concentração de presas e da interação entre estes fatores no desempenho das larvas com menores valores para S4P100. Após 35 dias o comprimento não apresentou efeito da salinidade, concentração de presas e da interação entre os fatores (P>0,05). O peso foi influenciado somente pela concentração de presas (P<0,05) com maiores valores para P500. A sobrevivência foi influenciada pela salinidade (P<0,01) e pela concentração de presas (P<0.05), sem efeito da interação (P>0,05). A pior sobrevivência foi para S4 e para P100. Logo, a larvicultura de H. radiseriatus pode ser realizada em salinidade de até 2 g de sal L-1, com a maior concentração de presas testada neste experimento. |
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Ronald Kennedy LuzDeliane Cristina CostaDaniela Chemim de MeloLuciano Medeiros de Araujo2019-08-14T02:53:32Z2019-08-14T02:53:32Z2017-02-23http://hdl.handle.net/1843/BUOS-ARDHE6A larvicultura é considerada a fase crítica na produção de peixes. Alguns killifishes são anuais e são os únicos vertebrados onde os embriões podem, em certo momento, dependendo das condições ambientais, optarem por caminhos distintos de desenvolvimento, podendo este ser direto ou por diapausas. Para a espécie Hypsolebias radiseriatus ainda não existe nenhum dado de produção de juvenis. O objetivo deste trabalho foi avaliar a tolerância a diferentes gradientes de salinidade e realizar a larvicultura de H. radiseriatus em diferentes concentrações de presa e salinidade da água. Para os testes de tolerância, foram utilizadas larvas recém-eclodidas, onde foi realizado o choque osmótico (experimento I) e aclimatação gradual (experimento II) às seguintes salinidades: água doce, 2, 4, 6 e 8 g de sal/L. As observações foram realizadas até 96 horas. No experimento III, larvas recém eclodidas foram estocadas na densidade de 4 larvas L-1 e submetidas a três salinidades da água a saber: S0 - água doce, S2 - 2 g de sal L-1 e S4 - 4 g de sal L-1, e três concentrações diárias iniciais de presas: 100, 300 e 500 náuplios de artêmia larva-1 em esquema fatorial 3 × 3 com três repetições cada. A larvicultura teve duração de 35 dias. No experimento I e II a sobrevivência sofreu influência apenas na salinidade de 8 g de sal L-1 (P<0,01). Para o peso houve redução a partir de 6 g de sal L-1 (experimento I) e 8 g de sal L-1 (experimento II). No experimento III, a amônia total foi maior para a maior concentração de presas testada independente da salinidade da água. Após 15 dias, a sobrevivência foi menor a 4 g de sal L-1 e verificou-se efeitos tanto da salinidade, como da concentração de presas e da interação entre estes fatores no desempenho das larvas com menores valores para S4P100. Após 35 dias o comprimento não apresentou efeito da salinidade, concentração de presas e da interação entre os fatores (P>0,05). O peso foi influenciado somente pela concentração de presas (P<0,05) com maiores valores para P500. A sobrevivência foi influenciada pela salinidade (P<0,01) e pela concentração de presas (P<0.05), sem efeito da interação (P>0,05). A pior sobrevivência foi para S4 e para P100. Logo, a larvicultura de H. radiseriatus pode ser realizada em salinidade de até 2 g de sal L-1, com a maior concentração de presas testada neste experimento.Universidade Federal de Minas GeraisUFMGArtêmiaSalinidadePeixe LarvaPeixe ornamental CriaçãoPeixe ornamentalArtemiaPeixe anualSalinidade e concentração de presas na larvicultura de killifish anual Hypsolebias radiseriatus (Cyprinodontiformes: Rivulidae)info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisinfo:eu-repo/semantics/openAccessporreponame:Repositório Institucional da UFMGinstname:Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)instacron:UFMGORIGINALcd.pdfapplication/pdf970400https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/BUOS-ARDHE6/1/cd.pdfdfd300d78792924a2edc6ff43c64a83dMD51TEXTcd.pdf.txtcd.pdf.txtExtracted texttext/plain69119https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/BUOS-ARDHE6/2/cd.pdf.txtc4dae04a4246c27bdb8c7b9b9e2eddedMD521843/BUOS-ARDHE62019-11-14 13:49:01.173oai:repositorio.ufmg.br:1843/BUOS-ARDHE6Repositório de PublicaçõesPUBhttps://repositorio.ufmg.br/oaiopendoar:2019-11-14T16:49:01Repositório Institucional da UFMG - Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)false |
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