Diogo Antônio Feijó e Romualdo Antônio de Seixas: regalistas e romanizados na formação do Estado nacional brasileiro (1820-1840)
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Data de Publicação: | 2018 |
Tipo de documento: | Tese |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UFMG |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/1843/BUOS-B9BK6Z |
Resumo: | Atentando para a histórica heterogeneidade da formação intelectual e da ação política dos representantes da hierarquia eclesiástica e de seus interlocutores, o presente trabalho privilegiará o estudo de duas tendências político-eclesiológicas que começaram a se esboçar noPrimeiro Reinado e intensificaram seus embates durante as Regências. Cada uma dessas tendências, na cena pública, teve suas lideranças nas figuras de dois importantes sacerdotes, protagonistas do processo aqui analisado, nomeadamente, o paulista Diogo Antônio Feijó,regente do Império brasileiro, e D. Romualdo Antônio de seixas, arcebispo da Bahia. Diogo Feijó e Romualdo Seixas produziram um vasto e multifacetado repertório intelectual e projetaram-se no cenário político coevo. No que se refere às balizas cronológicas da tese,consideram-se fundamentais as duas primeiras décadas da formação do Estado nacional brasileiro. Durante o referido período, assistiu-se à ascensão do clero regalista liderado por Feijó, juntamente com o grupo político liberal moderado e também ao dissenso no seio dessegrupo. Entre as duas alas formadas no interior dos moderados, divergências incontornáveis tornaram-se evidentes e alimentaram o Regresso conservador. Esse movimento contou com a liderança de Bernardo Pereira de Vasconcelos, tendo a seu lado D. Romualdo Seixas e outras personalidades ligadas ao clero contrarrevolucionário, ortodoxo e romanizado. O político mineiro e o sacerdote paraense estavam entre os protagonistas da ferrenha oposição empreendida, a partir do Legislativo, à regência de Diogo Antônio Feijó. Subsequente àsreformas do Ato Adicional de 1834, a ofensiva regressista foi fundamental para a consolidação do núcleo político Saquarema e para a gênese do Partido Conservador. |
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