Histórias de subsistência e histórias de trabalho em uma comunidade quilombola de Belo Horizonte

• Autor(a) principal: Elisângela de Jesus Furtado da Silva
• Data de Publicação: 2019
• Outros Autores: Luiz Alex Silva Saraiva
• Tipo de documento: Artigo de conferência
• Idioma: por
• Título da fonte: Repositório Institucional da UFMG
• Texto Completo: https://doi.org/10.21714/2177-2371EnEO2019; http://hdl.handle.net/1843/58288
• topic: Trabalho; Subsistência; Comunidade Quilombola.; Cidades; Belo Horizonte; Trabalho; Quilombos

O objetivo nesse artigo é identificar que histórias de subsistência e trabalho podem ser construídas discursivamente a partir das memórias de mulheres da Comunidade Quilombola Luizes, o que se justifica tanto pelo escasso debate sobre a dinâmica organizativa em comunidades quilombolas urbanas, quanto pelo protagonismo feminino nesses grupos. Foi feita uma pesquisa baseada no método indutivo por meio de entrevistas não estruturadas com anciãs visando recuperar suas memórias a respeito de histórias de subsistência e de trabalho. Os principais resultados sugerem que as histórias de subsistência, de um cotidiano agrícola, passaram a incorporar a comercialização da terra por meio de venda de partes da propriedade e do aluguel de imóveis. As histórias de trabalho passaram de exploração e precariedade a um espectro diversificado de atividades, adaptadas ao meio urbano. Conclui-se que se trata de histórias marginais, confrontadas com o imperativo do progresso urbano e que, por isso, precisam resistir.