Estudo da medida do volume de fluxo da arteria mesenterica superior e do teste da permeabilidade intestinal na avaliação da doença de Crohn em atividade e remissão

• Autor(a) principal: Fabiana Paiva Martins
• Data de Publicação: 2010
• Tipo de documento: Dissertação
• Idioma: por
• Título da fonte: Repositório Institucional da UFMG
• Texto Completo: http://hdl.handle.net/1843/ECJS-857MSF
• topic: Teste da permeabilidade intestinal; Arteria mesenterica superior; Volume de fluxo; Medida; Doença de Crohn; Estudos de casos; Testes imunológicos; Artéria mesentérica superior/ultrasonografia; Permeabilidade; Doença de Crohn; Reprodutibilidade dos testes; Clínica médica

A doença de Crohn (DC) é caracterizada por inflamação crônica, de caráter recorrente, na qual períodos de atividade se interpõem a períodos de remissão. A diminuição da integridade da barreira mucosa intestinal faz parte da etiopatogênese da doença, permitindo a apresentação de antígenos ao sistema imune e determinando o início ou a manutenção do processo inflamatório. Além disso, alterações vasculares caracterizadas por neovascularização, congestão e diminuição da resistência ao fluxo sanguíneo também são evidentes. A detecção de atividade inflamatória, fundamental para o tratamento, é muitas vezes difícil. O objetivo desse estudo é avaliar a medida do volume de fluxo da artéria mesentérica superior (AMS) pelo Doppler e o teste da permeabilidade intestinal em pacientes com DC em atividade e remissão. Foram incluídos 40 pacientes, que se submeteram aos dois testes e foram divididos, de acordo com os critérios do Índice de Atividade da Doença de Crohn (CDAI), em dois grupos: grupo1 28 pacientes com DC em remissão e grupo 2 12 pacientes com DC em atividade. As médias do volume de fluxo da AMS foram significativamente maiores nos pacientes com DC em atividade quando comparados aos pacientes em remissão (626ml/min e 376ml/min, respectivamente; p=0,001), assim como as médias da relação entre as taxas de excreção urinária de lactulose e manitol (TL/M) (0,083 e 0,027, respectivamente; p=0,02). A medida do volume de fluxo da AMS apresentou sensibilidade de 83% e especificidade de 82%, para o teste da permeabilidade intestinal, esses índices foram de 100% e 39%, respectivamente. O índice de concordância entre os dois exames foi de 0,37. Assim, pode-se concluir que pacientes com DC em atividade apresentaram aumento do volume de fluxo da AMS e da TL/M quando comparados aos pacientes em remissão; resultados alterados da medida de fluxo da AMS pelo Doppler e do teste da permeabilidade intestinal se associaram com a atividade da DC; a medida do volume de fluxo da AMS pelo Doppler apresentou bom desempenho na avaliação da atividade inflamatória e o teste da permeabilidade intestinal apresentou alta sensibilidade, mas baixa especificidade para o diagnóstico de atividade em pacientes com DC, tomando-se por base a avaliação pelo CDAI.