Efeitos do campo eletromagnético dinâmico e do adesivo de fibrina, usados separadamente ou em associação, sobre a cicatrização de anastomoses colônicas de ratos

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Luis Henrique Silva Borsato
Data de Publicação: 2012
Tipo de documento: Tese
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFMG
Texto Completo: http://hdl.handle.net/1843/BUOS-97QJVM
Resumo: A busca por fatores que auxiliem a cicatrização de anastomoses intestinais e que possam diminuir a ocorrência de deiscências, vazamentos, fístulas e peritonite, continua como objetivo de muitos estudos na literatura. A despeito dos avanços da medicina, essas complicações continuam frequentes com elevada mortalidade. O eletromagnetismo e o adesivo biológico de fibrina já foram empregados para auxiliar na cicatrização de tecidos. O presente trabalho tem como objetivo estudar os efeitos do campo eletromagnético dinâmico e do adesivo de fibrina, usados isoladamente ou em associação, sobre a cicatrização de anastomoses colônicas. Quarenta ratos Wistar, machos adultos, com peso entre 228g e 282g, foram distribuídos em quatro grupos com 10 animais cada. Nos animais do Grupo I (controle) não se empregou o campo eletromagnético, nem foi utilizado o adesivo de fibrina. Os animais do Grupo II (campo) foram expostos exclusivamente ao campo eletromagnético no pós-operatório (três ciclos de duas horas de duração, com intervalos de vinte e duas horas). Nos animais do Grupo III (cola), foi realizado apenas reforço da anastomose com adesivo de fibrina. No Grupo IV (campo + cola), os animais além de terem sido expostos ao campo eletromagnético no pós-operatório, eles haviam sido submetidos, no peroperatório, a reforço da anastomose com adesivo de fibrina. Todos os animais foram submetidos à transsecção do cólon a 3cm distalmente ao ceco, que se seguiu da confecção de anastomose término-terminal com pontos separados. A reoperação, em todos os grupos, ocorreu 72 horas após essa intervenção, sendo ressecado o segmento intestinal que continha a anastomose para estudo. Esse segmento foi submetido à medida de pressão de ruptura e exames histológicos para avaliação da cicatrização. A análise estatística dos dados mostrou que os valores de pressão de ruptura foram significativamente maiores nos animais dos Grupos II, III e IV em relação aos do Grupo I (p<0,05), mas sem diferença entre eles. A análise histológica de fragmentos da anastomose corados pela hematoxilina-eosina mostrou exacerbação do processo de cicatrização nos animais dos Grupos II e IV em relação aos Grupos I e III, mas sem diferença entre eles, (p<0,05). Também foi observado aumento da proporção de colágeno neoformado nos animais do Grupo II e IV em relação aos Grupos I e III, porem sem diferenças entre eles (p<0,05). Concluiu-se que a exposição ao campo eletromagnético isoladamente ou em associação ao uso do adesivo de fibrina sobre anastomoses de cólon em ratos aumenta a pressão de ruptura e a produção de colágeno e que com o uso isolado do adesivo de fibrina, observa-se aumento da pressão de ruptura da anastomose, mas, não se observa alterações histológicas significativas sobre a cicatrização da anastomose intestinal.
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Nos animais do Grupo I (controle) não se empregou o campo eletromagnético, nem foi utilizado o adesivo de fibrina. Os animais do Grupo II (campo) foram expostos exclusivamente ao campo eletromagnético no pós-operatório (três ciclos de duas horas de duração, com intervalos de vinte e duas horas). Nos animais do Grupo III (cola), foi realizado apenas reforço da anastomose com adesivo de fibrina. No Grupo IV (campo + cola), os animais além de terem sido expostos ao campo eletromagnético no pós-operatório, eles haviam sido submetidos, no peroperatório, a reforço da anastomose com adesivo de fibrina. Todos os animais foram submetidos à transsecção do cólon a 3cm distalmente ao ceco, que se seguiu da confecção de anastomose término-terminal com pontos separados. A reoperação, em todos os grupos, ocorreu 72 horas após essa intervenção, sendo ressecado o segmento intestinal que continha a anastomose para estudo. Esse segmento foi submetido à medida de pressão de ruptura e exames histológicos para avaliação da cicatrização. A análise estatística dos dados mostrou que os valores de pressão de ruptura foram significativamente maiores nos animais dos Grupos II, III e IV em relação aos do Grupo I (p<0,05), mas sem diferença entre eles. A análise histológica de fragmentos da anastomose corados pela hematoxilina-eosina mostrou exacerbação do processo de cicatrização nos animais dos Grupos II e IV em relação aos Grupos I e III, mas sem diferença entre eles, (p<0,05). Também foi observado aumento da proporção de colágeno neoformado nos animais do Grupo II e IV em relação aos Grupos I e III, porem sem diferenças entre eles (p<0,05). Concluiu-se que a exposição ao campo eletromagnético isoladamente ou em associação ao uso do adesivo de fibrina sobre anastomoses de cólon em ratos aumenta a pressão de ruptura e a produção de colágeno e que com o uso isolado do adesivo de fibrina, observa-se aumento da pressão de ruptura da anastomose, mas, não se observa alterações histológicas significativas sobre a cicatrização da anastomose intestinal.The search for factors that assist the healing of intestinal anastomoses and which may decrease the incidence of dehiscence, leakages, fistulas and peritonitis, continues to be the subject of many studies in the literature. Despite medical advances, these complications are still frequent with a high mortality rate. Electromagnetism and fibrin biological adhesive have been used to assist the healing of tissues. This search aims to study the effects of a dynamic electromagnetic field and fibrin glue, used separately or together, on the healing of colonic anastomoses. Forty Wistar rats, adult males weighing between 228g and 282g, were divided into four groups of 10 animals each. In Group I (control) neither an electromagnetic field nor fibrin glue was used. Animals in Group II (field) were exposed postoperatively to an electromagnetic field only (three cycles of two hours duration with intervals of twenty-two hours). In the animals in Group III (glue), the anastomosis was only reinforced with fibrin glue. In Group IV (field + glue), as well as being exposed postoperatively to an electromagnetic field, the animals had also had peroperative reinforcement of the anastomosis with fibrin glue. All animals were subjected to transection of the colon 3cm distal to the cecum, following end-to-end anastomosis with separate stitches. The reoperation in all groups occurred 72 hours after this intervention, and the intestinal segment which contained the anastomosis was resected for study. This segment was subjected to measurement of burst pressure and histological examinations to assess the healing. Statistical analysis of the data showed that the burst pressure values were significantly higher in animals in Groups II, III and IV compared to Group I (p <0.05), but with no difference among them. Histological analysis of fragments of the anastomosis stained with hematoxylin-eosin showed exacerbation of the healing process in animals in Groups II and IV compared to Groups I and III, but with no difference between them (p <0.05). There was also an increase in the proportion of newly formed collagen in Groups II and IV compared to Groups I and III, but without differences between them (p <0.05). It was concluded that exposure to an electromagnetic field alone or in association with the use of fibrin glue on colonic anastomoses in rats increases the burst pressure and the production of collagen, and with the isolated use of fibrin glue there is increased anastomotic burst pressure but no significant histological changes observed in the healing of intestinal anastomosis.Universidade Federal de Minas GeraisUFMGCicatrização de feridasRatos WistarAdesivo tecidual de fibrina/administração & dosagemCampos eletromagnéticos/uso terapêuticoAnastomose cirúrgicaCirurgiaIntestinoColoEletromagnetismoCicatrização intestinalAdesivo de fibrinaEfeitos do campo eletromagnético dinâmico e do adesivo de fibrina, usados separadamente ou em associação, sobre a cicatrização de anastomoses colônicas de ratosinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisinfo:eu-repo/semantics/openAccessporreponame:Repositório Institucional da UFMGinstname:Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)instacron:UFMGORIGINALtese_luiz_henrique_borsato.pdfapplication/pdf2120996https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/BUOS-97QJVM/1/tese_luiz_henrique_borsato.pdf07d2f64772d4524ff4c98f8c33baf6d5MD51TEXTtese_luiz_henrique_borsato.pdf.txttese_luiz_henrique_borsato.pdf.txtExtracted texttext/plain100104https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/BUOS-97QJVM/2/tese_luiz_henrique_borsato.pdf.txt389ba6efe8eb940d1873ee7f1ad5fd66MD521843/BUOS-97QJVM2019-11-14 14:06:48.412oai:repositorio.ufmg.br:1843/BUOS-97QJVMRepositório de PublicaçõesPUBhttps://repositorio.ufmg.br/oaiopendoar:2019-11-14T17:06:48Repositório Institucional da UFMG - Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)false
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