Ensaios sobre atenção pública à saúde em Minas Gerais

• Autor(a) principal: Alessandra Coelho de Oliveira
• Data de Publicação: 2007
• Tipo de documento: Dissertação
• Idioma: por
• Título da fonte: Repositório Institucional da UFMG
• Texto Completo: http://hdl.handle.net/1843/AMSA-7EKJRW
• topic: Minas Gerais; Saúde; Economia da saúde Minas Gerais; Serviços de saúde Minas Gerais

O estado de saúde da população é dependente do acesso aos serviços oferecidos e à adequação dessa atenção. Devido a isso, essa dissertação promoveu duas análises para investigar esse acesso, referentes aos níveis de atenção à saúde existentes, em Minas Gerais no ano de 2004.O primeiro artigo analisa a extensão e qualidade dos serviços de Atenção Primária à Saúde (APS) sobre a assistência à saúde de maior complexidade por meio do indicador de internações por condições sensíveis à atenção ambulatorial (CSAA). Essa análise foi realizada por um modelo hierárquico e por um modelo de Mínimos Quadrados Ordinários, segundo grupos etários. Os resultados, de uma forma geral, sugerem que a APS provida nos municípios não tem efeitos sobre o conjunto de internações considerado. Isso parece refletir problemas na qualidade do cuidado prestado. Vale ainda destacar a significância da disponibilidade de leitos hospitalares para o aumento da (probabilidade de) ocorrência de internações por CSAA.O segundo artigo busca analisar o acesso a serviços de maior complexidade/custo por meio da distribuição geográfica dos mesmos e da população demandante. Essa análise baseou-se nos fluxos intermunicipais de pacientes para a utilização desses serviços, a partir de duas abordagens para a definição de municípios pólos (elegidos pelo Plano Diretor de Regionalização e maiores recebedores de demanda externa) e para a delimitação das áreas de influência (maior fluxo direto aos pólos selecionados e maior fluxo do município, apoiado no critério de transitividade). Graves problemas de iniqüidades no acesso e distorções em relação ao planejamento proposto foram encontrados. Os resultados mostraram, em alguns casos, a necessidade de grandes deslocamentos para atendimentos desses serviços, decorrentes da incapacidade de polarização de alguns municípios, tanto para a média quanto para a alta complexidade/custo. Esses resultados são preocupantes, uma vez que a população com mais difícil acesso é aquela caracterizada por piores condições econômicas, o que restringe sua possibilidade de deslocamento.